Professor Ulisses Mauro Lima Resolução de questões UERJ 2 historiaula.wordpress.com A expansão marítima européia entre os séculos XV e XVI possibilitou o contato comercial entre Europa, Ásia, África e América, contribuindo para a expansão das relações entre diferentes grupos humanos, favorecendo a ampliação do conhecimento geográfico, o encontro entre culturas diferentes e a expansão das atividades comerciais, elemento fundamental para o processo de acumulação primitiva de capitais na Europa Fatores precursores da Expansão Marítima Tempero Escravos Seda Diamantes Marfim ouro A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir-se este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Professor Ulisses Mauro Lima Formação do Estado Nacional e a centralização política As Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois faziase necessário uma complexa estrutura material de navios, armas, homens e recursos financeiros. A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos tornando viável financeiramente a expansão marítima. Interesses econômicos A necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas... ... romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo - que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente. O mundo conhecido pelos europeus no século XV abrangia apenas os territórios ao redor do Mediterrâneo. Foram as navegações dos séculos XV e XVI que revelaram ao Velho Mundo a existência de outros continentes e povos. Um dos objetivos dos europeus, ao entrarem em comunicação com esses povos, era a: (A) busca de metais preciosos, para satisfazer uma Europa em crise (B) procura de escravos, para atender à lavoura açucareira nos países ibéricos (C) ampliação de mercados consumidores, para desafogar o mercado saturado (D) expansão da fé cristã, para combater os infiéis convertidos ao protestantismo Resposta: A A exploração do ouro no Brasil A descoberta de ouro influenciou inúmeras mudança estruturais do Brasil colonial e está relacionada ao bandeirantismo no final do século XVII na região de Minas Gerais. Com a mineração o eixo econômico colonial foi deslocado do litoral nordestino para a região Centro-Sul, contribuindo ampliar o comércio interno interligando por novos caminhos a região das minas as outras regiões do Brasil. Por estas rotas, as tropas de mulas, levavam e traziam tecidos, ferramentas, escravos negros muitas vezes deslocados da decadente lavoura açucareira para a região das minas. A mineração proporcionou o aumento população nas regiões das minas alterando a composição e estrutura social A social que adquire um caráter urbano multiplicando-se o número de comerciantes, intelectuais, pequenos proprietários, funcionários públicos, artesãos. Outra contribuição importante provocada pela descoberta das minas do ouro foi a transferência em 1763, na administração de Pombal, da capital administrativa da colônia de São Salvador na Bahia para o Rio de Janeiro. As transformações econômicas, políticas e sociais estimularam uma intensa atividade intelectual na região das minas. As riquezas extraídas das minas contribuíram para o surgimento de atividades culturais ligadas a música; a literatura; a arquitetura e a escultura. Destacando-se principalmente Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e o mestre Valentim. (LINHARES, Maria Yedda (org.). História geral do Brasil. Rio de Janeiro, Campus, 1990.) O século XVIII foi marcado por inúmeras descobertas de ouro no Brasil, possibilitando um aumento da extração desse metal, como se observa na tabela acima. Essas descobertas provocaram mudanças significativas na organização colonial, tais como: (A) recuperação agrícola do Nordeste e redução das atividades pastoris (B) estabelecimento da capital na cidade do Rio de Janeiro e incentivo às atividades urbanas (C) declínio da utilização de mão-de-obra escrava e ampliação do trabalho assalariado nas minas (D) superação da condição de colônia e elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves Resposta: B Podendo ser definido como uma política econômica adotada pelos os Estados Modernos, durante o período de transição entre o sistema feudal e o sistema capitalista, o mercantilismo representa uma das etapas do processo de acumulação primitiva de capitais. Características: A intervenção do Estado nos assuntos econômicos visando o fortalecimento do Estado. O monopólio comercial garantindo o Enriquecimento da burguesia. O protecionismo estimulando a exportação e inibindo a importação, ao impor pesadas tarifas alfandegárias. Práticas: Balança comercial: Exportação maior que a importação auxiliava a manter as reservas de ouro impedindo a evasão monetária. Metalismo (bulionismo): necessidade de acumular metais preciosos (ouro e prata ). Pacto colonial: A colônia só poderia comercializar com a metrópole. Balança fecha com déficit de US$ 315 milhões O governo está comemorando o déficit de US$ 315 milhões na balança comercial do mês passado, bem abaixo do saldo negativo de US$ 811 milhões registrado em julho. (O Globo, 02/09/97) A notícia acima identifica uma preocupação do governo em obter um saldo positivo nas correntes de comércio. Essa preocupação, no entanto, não é nova. Na Idade Moderna - séculos XV ao XVIII, a formulação da idéia de uma balança favorável era decorrente das práticas econômicas ligadas ao: (A) mercantilismo (B) fisiocratismo (C) cameralismo (D) Metalismo Resposta: A Ao longo do século XVIII e XIX, tanto a Inglaterra como a França, intensificaram os acessos às áreas coloniais espanholas e portuguesas na América. Em 1713, o Estado inglês passa a ter o direito sobre o asiento, ou seja, sobre o fornecimento de escravos para as colônias e o permisso, que quer dizer, comércio direto com as colônias. No ano de 1797, com o decreto da abertura dos portos, as colônias espanholas passaram a manter relações comercias diretamente com as nações amigas da Espanha. No ano de 1799, o governo espanhol procurou anular o decreto, provocando uma forte reação colonial. Porém, a fragilidade econômica e o desgaste político do Estado espanhol, facilitava a deposição de Fernando VII, rei da Espanha, em 1808, pelas tropas francesas. Napoleão Bonaparte nomeia seu irmão, José Bonaparte, como o novo rei da Espanha, desencadeando uma forte reação nas colônias, que passaram a formar as Juntas Governativas - com caráter separatistas e lideradas pelos criollos. Na América espanhola, as lutas pela independência começam numa conjuntura precisa: a caduquice da Coroa espanhola por obra e graça do poder napoleônico. A Espanha está ocupada. Um rei francês (...) ocupa o trono real e os últimos vestígios de soberania refugiam-se numas espectrais Juntas ou num Conselho de Regência. (POMER, Leon. As independências na América Latina. São Paulo, Brasiliense, 1981.) Para Portugal e sua colônia americana outro será o desenrolar dos acontecimentos e outras serão suas conseqüências. A ocupação do Reino não significou o fim da Monarquia, apesar da solene declaração de Napoleão neste sentido. (BERNARDES, Denis. Um império entre repúblicas. São Paulo, Global, 1983.) De acordo com os textos apresentados, a diferença entre os processos de independência política das colônias espanholas e portuguesa na América, respectivamente, está indicada na seguinte alternativa: (A) a invasão das tropas napoleônicas provocou o declínio da economia colonial espanhola a não-invasão de Portugal garantiu a manutenção de um rígido pacto colonial sobre o Brasil (B) a invasão francesa na Espanha possibilitou a rápida difusão das idéias liberais em suas colônias a não-expansão dos ideais liberais no Brasil ocorreu devido à manutenção de um Estado absolutista em Portugal (C) a invasão napoleônica contribuiu para a reorganização das colônias espanholas em cabildos livres a transferência da corte portuguesa para o Brasil possibilitou a autonomia sem o rompimento definitivo com Portugal (D) as colônias espanholas tiveram apoio de Napoleão e dos liberais franceses em sua luta contra a exploração metropolitana as elites coloniais brasileiras não se rebelaram contra Portugal devido ao apoio inglês a esta metrópole Resposta: C Forças político-partidárias do Brasil no século XIX X Partido Brasileiro Primeiro Reinado (1822-1831) Partido Português Aristocracia Projeto descentralizador Partido Exaltado D. Pedro I Projeto centralizador Partido Moderador X Período regencial (1831-1840) Partido Restaurador 1834: Morte de D Pedro I Partido Progressista Partido Regressista Volta à centralização historiaula.wordpress.com Grupo Partidário Objetivos Setores sociais que Figura de destaque representam Jornal e associações Restauradores Apelido: Caramuru O centralismo e o Comerciantes retorno de Dom portugueses, Pedro I. militares conservadores e altos funcionários. José Bonifácio de Andrada e Silva Jornal: O Caramuru Associação: Sociedade Conservadora e mais tarde Sociedade Militar. Liberais exaltados Apelidos: Farroupilhas e/ou jurujubas. Descentralização do poder, autonomia administrativa das províncias, federalismo e república. Profissionais liberais, pequenos comerciantes, padres, militares de baixa patente e pequenos funcionários públicos. Cipriano Barata, Borges da Fonseca, Miguel Frias, Raquel de Vasconcelos e Augusto May. Jornais: A República. A Malagueta, A Sentinela da Liberdade Associação: Sociedade Federalista. Liberais Moderados Apelido: Chimangos A unidade do território, a escravidão e a ordem social, ampliação do poder dos governantes das províncias e uma monarquia . Grandes proprietários rurais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e região nordeste Padre Diogo Feijó, Evaristo da Veiga, Bernardo Pereira de Vasconcelos, entre outros. Jornal: A Aurora Fluminese. A ilustração abaixo procura demonstrar o clima político existente no Império do Brasil durante o período denominado regencial (1831-1840). A melhor interpretação da conjuntura política do período regencial está expressa na seguinte alternativa: (A) O pacto entre unitaristas e federalistas leva à eclosão de inúmeras revoltas de caráter popular. (B) A disputa entre monarquistas e republicanos provoca a antecipação da maioridade de D. Pedro. (C) A aliança entre Progressistas e Regressistas possibilita inúmeras revoltas das elites provinciais. (D) A luta entre adeptos da centralização e do federalismo resulta na afirmação de um projeto conservador. (Alencar, Francisco & outros. História da sociedade brasileira. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico SA, 1984.) Resposta: D O fim da Era Napoleônica, possibilitou a restauração das monarquias européias e deu origem à formação da Confederação que representava uma região formada por 38 Estados independentes comprometidos a defenderem a soberania das monarquias dos estados participantes. O processo de unificação da Alemanha simbolizou um período de acirramento das disputas entre as economias européias. O dia 12 de setembro de 1990 marcou o fim da Segunda Guerra Mundial: a Alemanha, vencida, há quarenta e cinco anos, dividida e colocada sob a tutela de seus vencedores, encontrou através de sua unificação a sua soberania plena e completa. A última unidade alemã tinha sido proclamada em 1871, na galeria dos espelhos do palácio de Versalhes, depois de uma guerra vitoriosa contra a França. (Adaptado de Le Monde, 13/09/90) As conjunturas históricas indicadas no texto acima apresentam aspectos diferenciados. Os dois momentos de unificação, no entanto, transformaram a Alemanha em: (A) um Estado unitário, com uma representação classista de deputados (B) uma potência central, com um papel decisivo no equilíbrio de poder europeu (C) uma república federal, com um regime parlamentar e uma constituição liberal (D) uma nação democrática, com suas instituições liberais ampliadas do oeste para o leste Resposta: B “Primeiro surto industrial brasileiro” A atividade cafeeira foi, em grande medida, a responsável pela instalação de novas atividades econômicas e o incremento da mão-de-obra livre assalariada. Os registros oficiais indicam que em 1890, já havia no país mais de 600 empresas, empregando cerca de 50.000 trabalhadores assalariados, no ramo de vestuário, mobiliário, madeira, chapelaria, mineração e metalurgia. Professor Ulisses Mauro Lima A maior evidência desse progresso foram as Estradas de Ferro que estimuladas por investimentos oficiais, oriundos da extinção do tráfico negreiro, inauguraram os primeiros ramais partindo do Rio de Janeiro, da Bahia e de Recife. Em 1867, foi inaugurada a São Paulo Railway, com 139 km ligando o Porto de Santos as principais área da cafeicultura paulista. Professor Ulisses Mauro Lima Self made man A primeira estrada de ferro paulista foi totalmente financiada por capitais ingleses; dos tijolos as vigas de ferro, das lanternas as locomotivas, dos engenheiros aos trilhos. Tudo, literalmente, era de origem inglesa. Um dos grandes empreendedores desse desenvolvimento industrial foi Irineu Evangelista de Souza, sendo o responsável por inúmeras empresas – estaleiro, fundição, bancos, navegação de cabotagem, ferrovias, iluminação, comunicação por cabo submarino, serviços urbanos. A Estrada de Ferro Mauá: a Baronesa foi a primeira locomotiva a vapor do Brasil Parte dos empreendimentos do Barão de Mauá estavam associados a financistas e empresários ingleses. Professor Ulisses Mauro Lima A vitória do imperialismo O Barão de Mauá assistiu indignado seus sonhos de modernidade e prosperidade esvaecerem na dura realidade de um Brasil conservador, atrelado as velhas estruturas coloniais e governado por um Imperador fraco e hesitante na defesa do mercado nacional, ajoelhar-se frente a ação do imperialismo inglês. Em 1860, a Tarifa Silva Ferraz e em 1874, a Tarifa Rio Branco, reduziam as tarifas alfandegárias de importação de ferramentas, ferragens e máquinas de origem inglesas. Irineu Evangelista de Souza falido, vendeu tudo que restou do seu patrimônio para saldar dívidas. Morreu de diabetes em 21 de outubro de 1889, em Petrópolis, pobre e esquecido Professor Ulisses Mauro Lima Acompanhei com vivo interesse a solução desse grave problema [a extinção do tráfico negreiro]. Compreendi que o contrabando não podia reerguer-se, desde que a "vontade nacional" estava ao lado do ministério que decretava a supressão do tráfico. Reunir os capitais que se viam repentinamente deslocados do ilícito comércio e fazê-los convergir a um centro onde pudessem ir alimentar as forças produtivas do país, foi o pensamento que me surgiu na mente, ao ter certeza de que aquele fato era irrevogável. (Visconde de Mauá - Autobiografia .Citado por MATTOS, Ilmar R. & GONÇALVES, Marcia de A. O Império da boa sociedade. São Paulo, Atual, 1991.) Os centros urbanos brasileiros, principalmente a capital - a cidade do Rio de Janeiro, passaram por grandes transformações a partir da segunda metade do século XIX. Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, foi um dos principais personagens desse processo de mudanças. No período citado, a capital do império sofreu, dentre outras, as seguintes transformações: (A) criação de indústrias metalúrgicas e siderúrgicas, surgimento de bancos e diversificação da agricultura (B) crescimento da economia cafeeira, utilização da mão-de-obra imigrante assalariada e mecanização do cultivo (C) diminuição da importância da economia agroexportadora, desenvolvimento de manufaturas e exportação de bens de consumo manufaturados (D) aplicação de capitais na modernização da infra-estrutura de transportes, no aprimoramento dos serviços urbanos e desenvolvimento de atividades industriais Resposta: D Liberdade, realidade ou ilusão? Com uma estrutura econômica herdada da época colonial, o Brasil foi incapaz de incorporar, mesmo após a abolição em 1888, o trabalhador negro aos setores produtivos nacionais, como assalariado. Na expectativa de promover o branqueamento da população a classe dominante brasileira promoveu uma eficiente campanha para atrair trabalhadores de origem européia. O Brasil foi o último país a decretar o fim do regime escravista sustentado por uma economia capitalista agrário-exportadora adiando seu ingresso no Capitalismo Moderno. Professor Ulisses Mauro Lima No imaginário social... A elite dirigente justificava a exclusão dos negros alegando que os ex-escravos eram incapazes de exercerem atividades mais elaboradas; tanto no setor agrícola quanto no setor industrial. Uma massa de vadios, capoeiras, mendigos formada por ex-escravos constituindo mais da metade da população vivendo perambulando pelas ruas das maiores cidades do Brasil atemorizava a população branca. No Brasil, as diferenças e hierarquias foram construídas a partir de modelos que privilegiavam os atributos de liberdade e propriedade. Professor Ulisses Mauro Lima A vigilância do poder estatal, que... ...interfere, adverte, proíbe e reprime as tradições populares, identificadas como ações contra a ordem vigente. Excluído da cadeia produtiva o elemento negro passou a representar uma ameaça à comunidade branca, tornando-se a principal vítima do darwinismo social dominante no Brasil. Portanto, a exclusão do negro do mercado de trabalho foi uma opção étnica perpetuando a mentalidade escravocrata, mesmo após a abolição historiaula.wordpress.com Café: o ouro verde Os Barões do café da Região do Vale do Paraíba do Sul representavam o principal sustentáculo político e econômico do Segundo Reinado. A principal atividade econômica do Segundo Reinado foi baseada no cultivo do Café, produzido inicialmente na região do Vale do Paraíba do Sul, estruturada de forma muito semelhante a Plantation açucareira. historiaula.wordpress.com Total de imigrantes para o Brasil por nacionalidade (1820 – 1910) Período italianos portugueses espanhóis alemães outros 1820-1890 360 224 313 025 45 834 75 299 193 079 1891-1900 678 761 202 429 157 119 12 489 78 517 1901-1910 215 886 187 236 129 404 17 553 90 498 Total 1 254 871 702 690 332 357 105 341 362 094 Em 1910, a população total do Brasil era de 22 042 800 habitantes. O café movia uma parte de São Paulo e do Brasil. O novo contingentes da população composto por operários imigrantes eram agora os artífices da cidade grande, vivendo em condições miseráveis, constituindo bairros operários como o Bexiga, o Brás, e Cambuci. As fábricas urbanizavam o país enquanto milhares de operários trabalhavam das 5 da manhã às 10 da noite. Não eram só italianos que estavam chegando, imprimindo a marca de sua cultura e de seus hábitos à vida brasileira. Grande parte desses imigrantes desembarcavam no Porto de Santos. Ficavam alojados na Hospedaria dos Imigrantes aguardando o momento para assinarem o contrato de trabalho. O emprego da mão-de-obra livre na cafeicultura aumentou a capacidade produtiva das fazendas. Em 1890/91 existia em São Paulo 200 milhões de pés de café, cinco anos depois, 688 845 410 pés. Entre os anos de 1910 e 1914, a produção média anual era de 10 milhões de sacas sendo necessárias para cuidar dessa produção cerca de 300 000 pessoas. A maior parte será deslocada para as fazendas de café; alguns poucos acabam ficando no porto recrutados como carregadores ou emprego temporário em São Paulo. Um tempo de sonhos e decepções... Apesar das ofertas, muitos imigrantes não sentiam-se satisfeitos. Chegavam como gado em navios superlotados. Abrigados nas Hospedarias dos Imigrantes, aguardavam os interessados em contratar mão-de-obra. Ali, discutiam as condições dos contratos de trabalho, nem sempre respeitado pelos patrões. Submetidos à vontade e aos caprichos dos fazendeiros e enfrentados as dificuldades de vida e os baixos salários, imigrantes abandonavam as fazendas à procura do Eldorado. (...) Estão em greve presentemente, nesta capital, cerca de 15 mil operários, e à hora em que escrevemos, nada faz prever que esse número decresça tão cedo. Ao contrário, há justificados receios de que o movimento aumente ainda, caso não se encaminhem as desinteligências para um acordo satisfatório e eqüitativo. (O Estado de São Paulo, 12/07/1917. Citado por TREVISAN, Leonardo. A República Velha. São Paulo, Global, 1982.) O movimento operário, durante as primeiras décadas do regime republicano no Brasil, caracterizou-se pela existência de: (A) apoio de trabalhadores rurais, que participaram de várias greves organizadas (B) partidos de tendência anarquista, que foram responsáveis pela greve geral de 1917 (C) reivindicações políticas, que foram atendidas por legislação implantada na década de 20 (D) lideranças de imigrantes europeus, que traziam a experiência de organização de seus países de origem Resposta: D Até a próxima aula Fim historiaula.wordpress.com