AMBIENTALIZAÇÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA EESC/USP:
diagnóstico preliminar e proposta em construção
Grupo de Trabalho GT – Políticas para a Graduação da EESC
EESC Sustentável
USP Recicla
Superintendência de Gestão Ambiental – SGA
Prof. Aldo Ometto –SEP
Prof. Eduardo Belini – SMM
Prof. Marcelo Montaño – SHS
Prof. Marcel Musetti – SEP
Prof. Victor Ranieri – SHS
Fabio Puglier – Pós-Graduação EESC
Yovana Barrera – Pós-Graduação EESC
Affonso Azanha – Discente Graduação EESC
Thiago Massaharu Shiguenaga – Discente Graduação EESC
Patrícia Leme – USP Recicla
Nídia Pavan Kuri – CETEPE
Rosane Aranda –DIR
Bárbara Pacheco Lopes – Ciências Biológicas/UFSCar
Laís Assumpção – Ciências Biológicas/UFSCar
Agenda
•
•
•
•
•
Motivadores e Desafios
Revisão bibliográfica: definições e recomendações
Diagnóstico Preliminar
Piloto no SEP
Proposta em construção da Implementação da
Ambientalização nos Cursos de Graduação da Escola
de Engenharia de São Carlos, Universidade de São
Paulo (EESC/USP)
• Próximos passos
Motivadores
•
•
•
•
•
Importância para a atuação do Engenheiro
Visão sistêmica
Função e a responsabilidade da Universidade
Diferencial, hoje, fundamental
EESC Sustentável – Diretriz da Diretoria,
Superintendência de Gestão Ambiental da
USP.
Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO
• 2005-2014: Década Internacional de Educação
para o Desenvolvimento Sustentável (DEDS)
para o período.
Aspectos Legais
A lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe
sobre a Educação Ambiental e institui a Política
Nacional de Educação Ambiental (PNEA), em seu
Artigo 1º, define a Educação Ambiental como “(...)
os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade
constroem
valores
sociais,
conhecimentos,
habilidades,
atitudes
e
competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
qualidade de vida e sua sustentabilidade”.
Aspectos Legais
Em seu Artigo 9º estabelece que a educação
ambiental na educação escolar deve ser “(...)
desenvolvida no âmbito dos currículos das
instituições de ensino públicas e privadas”,
englobando a educação superior, devendo
(Artigo 10º) ser “(...) desenvolvida como uma
prática educativa integrada, contínua e
permanente em todos os níveis e modalidades
do ensino formal.”
Aspectos Legais
O Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002, que
regulamenta a Política Nacional de Educação Ambiental,
estabelece, em seu Artigo 5º que “(...) na inclusão da
Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de
ensino, recomenda-se como referência os Parâmetros e as
Diretrizes Curriculares Nacionais, observando-se:
I - a integração da educação ambiental às disciplinas de
modo transversal, contínuo e permanente; e
II - a adequação dos programas já vigentes de formação
continuada de educadores.
...”
Motivadores Legais
A lei brasileira nº 9.795, de 27 de abril de 1999,
estabelece em parágrafo único do Artigo 11,
que “(...) os professores em atividade devem
receber formação complementar em suas áreas
de atuação, com o propósito de atender
adequadamente ao cumprimento dos princípios
e objetivos da Política Nacional de Educação
Ambiental.”
Etapas de trabalho
Realizado:
• Revisão, com e levantamento de casos internacionais e nacionais
e consulta sobre Ambientalização e como deve ser
implementada
Em andamento:
• Diagnóstico quanto ao grau de ambientalização nos cursos de
graduação da EESC
• Proposta de integração da ambientalização nos cursos da EESC
• Caso piloto no curso de Engenharia de Produção
• Divulgar, discutir e construir, coletivamente, a proposta de
integração
A ser realizado:
• Aprofundar o diagnóstico da ambientalização nos cursos da EESC
• Propor temas da ambientalização para os demais cursos com
base no Piloto
Definição
• “Ambientalização curricular é um processo
contínuo de produção cultural voltado à formação
de profissionais comprometidos com a busca
permanente das melhores relações possíveis
entre a sociedade e a natureza, atendendo aos
valores da justiça, solidariedade e da equidade,
aplicando os princípios éticos universalmente
reconhecidos e o respeito às diversidades” (Rede
ACES, 2000).
Universidade de Cambridge – Reino Unido
•
•
•
•
2000-01 foi introduzido o pensamento do desenvolvimento
sustentável através de palestras
Em 2000 também foi criada uma Área, com contratação de
docentes, em Engenharia para o Desenvolvimento
Sustentável
A partir de maio de 2003 foi formalizado um
compartilhamento de ideias sobre desenvolvimento
sustentável em todos os Departamentos de Engenharia;
Em 2003-04 o desenvolvimento sustentável foi desenvolvido
como tema chave das estratégias dos Departamentos
FENNER R. A., AINGER C. M., CRUICKSHANK H. J., GUTHRIE P. M. Embedding sustainable development
at Cambridge University Engineering Department. International Journal of Sustainability in Higher
Education Vol. 6 No. 3, pp. 229-241, 2005.
Universidade de Cambridge – Reino Unido
Criação de curso eletivo para graduação de 4 anos (2h/sem) chamado
“Design da Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável”
•Introdução ao Desenvolvimento Sustentável
•Energia e mudanças climáticas
•Água
•Engenharia e Desenvolvimento Sustentável
•Desperdícios e Materiais – sustentabilidade industrial
•Impactos, indicadores e consultorias
•Mudança para a sustentabilidade
•Avaliação do impacto ambiental
•Indicadores de Sustentabilidade
•Desperdícios
•Tomada de decisão, custo de vida e análise do ciclo de vida
http://www7.caret.cam.ac.uk/cambridge_lecture_material.htm
Universidade de New South Wales – Austrália
Curso de Graduação de Design Industrial
• Desde a Introdução até as disciplinas de Gestão e Práticas, os temas
mais trabalhados são: manufatura limpa, eficiência de energia e
água, longevidade dos produtos, impactos ambientais dos materiais,
reuso e reciclagem e distribuição eficiente;
• Algumas ferramentas de sustentabilidade utilizadas nos laboratórios
das universidades: “Guias de EcoDesign”, Avaliação do Ciclo de Vida
e Softwares para Avaliação do Ciclo de Vida;
• Como os professores se prepararam: através de seminários,
simpósios e conferências. Alguns se consideram autodidatas no
assunto, outros aprenderam com projetos de pós graduação ou com
cursos de desenvolvimento sustentável e ecologia;
• 90% concordam com a inclusão da sustentabilidade em todas as
disciplinas de design industrial.
RAMIREZ M. Sustainability in the education of industrial designers: the case for Australia. International
Journal of Sustainability in Higher Education. Vol. 7 No. 2 pp. 189-202, 2006.
http://www.unsw.edu.au/futureStudents/undergrad/sad/fundergraduate.htm
Universidade Tecnológica de Delft - Holanda
• A fim de se buscar a integração da sustentabilidade nos
currículos de todas as Engenharias da graduação, foi
criado o projeto Educação para o Desenvolvimento
Sustentável;
• Metodologia empregada: conhecimento básico sobre
desenvolvimento sustentável, complementados por
conhecimentos de como a sustentabilidade se
relaciona com suas disciplinas específicas;
• Além disso, opção de se formar com uma
especialização em desenvolvimento sustentável no
âmbito de sua faculdade.
KAMP L., Engineering education in sustainable development at Delft University of Technology.
Journal of Cleaner Production 14 - 928e931, 2006.
Universidade Tecnológica de Delft - Holanda
Operação 1: Criação do Curso Elementar para o conhecimento básico sobre
desenvolvimento sustentável:
• Disciplina de “Tecnologia no desenvolvimento sustentável”;
• 2 objetivos: aumentar a consciência e tornar essa ideia o mais concreta
possível;
• Assuntos abordados:
1. Introdução ao desenvolvimento sustentável
2. Problemas de Sustentabilidade
3. Inovação e tecnologia sustentável, teoria
4. Inovação e tecnologia sustentável, exemplos de soluções
5. O desenvolvimento sustentável nas empresas
6. Design para o desenvolvimento sustentável
7. Estudos de casos
Universidade Tecnológica de Delft - Holanda
Operação 2: Interligação do conceito de desenvolvimento
sustentável em todos os cursos da Engenharia:
• Em 2003, para uma mudança de paradigma foi criada uma
metodologia estruturada e sistemática: aproximação
Interativa Individual, baseada em entrevistas individuais que
desafiam e fazem pensar boas maneiras de se introduzir
desenvolvimento sustentável em cada curso. Essa
aproximação gerou ideias entusiasmadas em todos os cursos
entrevistados.
• Não foi avaliado em que medida os professores adicionaram
conteúdos de sustentabilidade em suas disciplinas.
Universidade Tecnológica de Delft - Holanda
Operação 3: Desenvolvimento da graduação com
especialização em desenvolvimento sustentável:
• Estudantes
podem
se
especializar
em
sustentabilidade relacionado ao seu curso
durante o último ano da graduação;
• Os alunos devem escolher de 3 a 5 disciplinas
especializadas em sustentabilidade, e o trabalho
de conclusão do curso deve ser sobre
sustentabilidade.
Recomendação Prática
Pavesi (2011), entre outros, afirma
que “a ambientalização deve ser
tratada de maneira inter e
transdisciplinar, e não apenas por
meio de uma disciplina isolada
dentro da grade curricular”.
Na Prática
• Inovações nos conteúdos conceituais, procedimentais
(metodológicos) e atitudinais nos currículos.
• Enfoque interdisciplinar do currículo
• Compreensão da complexidade e da visão sistêmica das
questões ambientais com soluções pro-ativas (desde o
projeto...)
• Transversalidade da questão ambiental
• Integração da área ambiental no campo de atuação dos cursos
• Formação dos docentes
Análises Preliminares dos Cursos de
Graduação da EESC
Análise das disciplinas obrigatórias,
optativas livres, eletivas, objetivos gerais
das disciplinas, e projetos políticopedagógicos.
Objetivo da Análise
Analisar quais disciplinas (obrigatórias e
optativas) e dos Projetos Políticos
Pedagógicos (PPP’s) estão com elementos
da ambientalização explícitos, as que não
estão ambientalizadas e as que precisam
de uma análise mais aprofundada.
Metodologia
• Foram utilizadas as seguintes palavras-chave na
busca pelos elementos de ambientalização das
disciplinas: “soc”, “natur”, “ambient”, “sustent” e
“ecolog”.
• Para classificar as disciplinas, levou-se em
consideração a definição de ambientalização da
Rede ACES (2000).
Resultados
As disciplinas foram classificadas em 3
categorias:
Aparecem as palavras-chave e estão, com
certeza, no contexto da ambientalização.
Aparecem as palavras-chave, mas há dúvidas
quanto à ambientalização.
Aparecem as palavras-chave, mas não estão,
com certeza, no contexto da ambientalização.
Cursos de graduação da EESC analisados
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Engenharia Aeronáutica
Engenharia de Computação
Engenharia Civil
Engenharia de Materiais e Manufatura
Engenharia Mecatrônica
Engenharia Elétrica – Ênfase Eletrônica
Engenharia Elétrica – Sistemas de Energia e Automação
Engenharia Mecânica
Engenharia de Produção
Engenharia Ambiental
Análise do PPP do curso de Engenharia
Aeronáutica
43%
43%
Soc
Sustent
Ambient
14%
Engenharia Aeronáutica
Grau de Ambientalização das Disciplinas de Engenharia Aeronáutica
(Obrigatórias + Optativas)
8%
5%
87%
Análise do PPP do curso de
Engenharia de Computação
41%
soc*
ambient*
59%
Engenharia de Computação
Grau de Ambientalização das Disciplinas de Engenharia de
Computação
(Obrigatórias + Optativas)
3%
4%
93%
Análise do PPP do curso de
Engenharia Civil
17%
33%
Ecolog
17%
Natur
Soc
Ambient
33%
Engenharia Civil
Grau de Ambientalização das Disciplinas de Engenharia Civil
(Obrigatórias + Optativas)
12%
11%
77%
Análise do PPP do curso de Engenharia de
Materiais e Manufatura
2%
30%
Natur
Soc
Sustent
53%
Ambient
15%
Engenharia de Materiais e Manufatura
Grau de Ambientalização das Disciplinas de Engenharia de Materiais
e Manufatura
(Obrigatórias + Optativas)
8%
4%
88%
Análise do PPP do curso de Engenharia
Elétrica – Ênfases: Sistemas de Energia e
Automação e Eletrônica
8%
29%
natur
soc
ambient
63%
Engenharia Elétrica – Ênfase Eletrônica
Grau de Ambientalização das Disciplinas de Engenharia Elétrica - Ênfase
em Eletrônica
(Obrigatórias + Optativas)
8%
3%
89%
Engenharia Elétrica – Ênfase Sistemas de Energia
e Automação
Grau de Ambientalização das Disciplinas de Engenharia Elétrica Ênfase em Sistemas de Energia e Automação
(Obrigatórias + Optativas)
7%
5%
88%
Análise do PPP do curso de Engenharia
Mecânica
5%
32%
natur*
soc*
ambient*
63%
Engenharia Mecânica
Grau de Ambientalização das Disciplinas de Engenharia Mecânica Ênfase em Mecânica Plena
(Obrigatórias + Optativas)
5%
7%
88%
Análise do PPP do curso de Engenharia
Mecatrônica
13%
21%
natur
3%
soc
sustent
ambient
63%
Engenharia Mecatrônica
Grau de Ambientalização das Disciplinas de Engenharia Mecatrônica
(Obrigatórias + Optativas)
11%
5%
84%
Análise do PPP do curso de Engenharia de
Produção
5%
natur*
44%
soc*
sustent*
45%
6%
ambient*
Engenharia de Produção
Grau de Ambientalização das Disciplinas de Engenharia de Produção
(Obrigatórias + Optativas)
31%
56%
13%
Análise do PPP do curso de
Engenharia Ambiental
1%
10%
4%
6%
Ecolog
Natur
Soc
Sustent
Ambient
79%
Engenharia Ambiental
Grau de Ambientalização do Curso de Engenharia Ambiental
(Obrigatórias + Optativas)
16%
27%
57%
Resultados Preliminares
• Os cursos mais ambientalizados são os de
Engenharia Ambiental (57%) e Engenharia de
Produção (13%).
• Os cursos menos ambientalizados são os de
Engenharia Elétrica – Eletrônica (3%) e
Engenharia de Computação (3%).
• Média do grau de ambientalização dos cursos de
graduação da EESC = 9,0 % (com Engenharia
Ambiental) e 5,7 % (sem Engenharia Ambiental).
Resultados Preliminares
Cálculo da Média das Disciplinas
"Ambientalizadas"
Sem
Ambiental
e Produção
16%
Todos os Cursos
33%
Sem Produção
33%
Sem Ambiental
18%
Cálculo da Média das Disciplinas
CURSOS
“Ambientalizadas”
“Dúvidas”
“Não-ambientalizadas”
Engenharia Ambiental
57%
16%
27%
Engenharia Aeronáutica
5%
8%
87%
Engenharia Elétrica – Eletrônica
3%
8%
89%
Engenharia de Produção
13%
31%
56%
Engenharia Elétrica – SEA
5%
7%
88%
Engenharia Mecatrônica
5%
11%
84%
Engenharia Mecânica
7%
5%
88%
Engenharia de Computação
Engenharia de Materiais e
Manufatura
3%
4%
93%
11%
12%
77%
Engenharia Civil
4%
8%
88%
Média das
"Ambientalizadas"
11%
6%
11%
Média das
“Dúvidas"
11%
10%
9%
Média das "Nãoambientalizadas"
78%
83%
80%
5%
8%
87%
Todos os Cursos
Sem Engenharia Ambiental
Sem Engenharia de Produção
Sem Engenharias Ambiental e de
Produção
Resultados Preliminares
• Após classificar as disciplinas em 3 categorias, foi
feita uma análise mais elaborada das disciplinas
classificadas como “Ambientalizadas”.
• Desenvolvemos algumas categorias para agrupar as
diversas temáticas ambientais, colocando na mesma
categoria disciplinas que abordam os mesmos
aspectos dentro da temática ambiental e
sustentabilidade.
• Categorias utilizadas: “Correção”, “Remediação”,
“Prevenção”, “Relação sociedade-ambiente” e
“Relações ecológicas”.
Categorias das disciplinas ambientalizadas
•
•
•
•
•
Correção: o aspecto “correção” foi definido pela identificação de disciplinas que
tratam de um problema ambiental e de conhecimentos específicos acerca de
ações corretivas para a resolução definitiva do problema em questão.
Remediação: o aspecto “remediação” foi elencado pela identificação de disciplinas
que tratam de um problema ambiental e de conhecimentos específicos acerca de
ações remediativas para a resolução temporária do problema em questão.
Prevenção: o aspecto “prevenção” foi definido pela identificação de disciplinas
que tratam de um conjunto de conhecimentos específicos através dos quais se
pode prevenir a geração de problemas ambientais, de maneira pró-ativa e
preventiva.
Relação sociedade-ambiente: o aspecto “relação sociedade-ambiente” foi
definido pela identificação de disciplinas que tratam de um conjunto de
conhecimentos acerca das diferentes esferas que envolvem a relação entre a
sociedade e o meio ambiente. Os impactos sócio-ambientais que a as ações
antrópicas de produção causam e como evitá-los ou mitigá-los.
Relações ecológicas: o aspecto “relações ecológicas” foi elencado pela
identificação de disciplinas que tratam de um conjunto de conhecimentos acerca
das relações entre os seres vivos em determinadas comunidades e ecossistemas,
ou seja, das relações ecológicas que ocorrem no ambiente e como elas podem
contribuir na criação de soluções e resolução de problemas ambientais.
Classificação das Disciplinas
Ambientalizadas do Curso de Engenharia
Ambiental
Relações Ecológicas
7%
Relação
SociedadeAmbiente
15%
Prevenção
26%
Correção
23%
Remediação
29%
Categorias das Disciplinas Ambientalizadas
de Todos os Cursos (exceto o curso de Eng.
Ambiental)
Correção
19%
Relação SociedadeAmbiente
29%
Remediação
27%
Prevenção
25%
Proposta em Construção
Estratégia: Transdisciplinar
Visão Sistêmica: Ciclo de Vida do Produto (Bens e
Serviços)
Postura: Ética, Preventiva e Pró-ativa
Proposta de integração da ambientalização nos cursos
de graduação da eesc
DISCIPLINA DESENVOLVIDA EM CONJUNTO COM AS DISCIPLINAS DOS CURSOS
Bases Conceituais (Área: Gestão Ambiental)
1. Recursos Naturais e Desenvolvimento; desenvolvimento
sustentável e dimensões da sustentabilidade; ética ambiental;
problemas ambientais globais e regionais (mudanças
climáticas, acidificação, desertificação, biodiversidade,
recursos hídricos, poluição atmosférica);
2. Impactos ambientais e poluição: conceituação (estrutura e
características dos sistemas ambientais com base nos fluxos
de massa e energia; resistência; resiliência; capacidade de
suporte);
3. Principais impactos ambientais provocados pelo ciclo de vida
dos produtos sobre os sistemas ambientais (geração de
energia; extração de recursos; transporte; produção;
descarte).
Bases Conceituais
(Área: Engenharia e Gestão do Ciclo de Vida)
1. Evolução da gestão ambiental empresarial;
2. Visão do ciclo de vida de produtos (extração e
beneficiamento da matéria-prima, manufatura,
distribuição, uso, reuso, reciclagem, remanufatura e
disposição final);
3. Conceitos e fundamentos da Engenharia e Gestão do
Ciclo de Vida dos Produtos;
4. A sustentabilidade ambiental como valor para a
organização: ecoeficiência e responsabilidade social
corporativa.
Métodos, instrumentos e ferramentas
(Área: Gestão Ambiental)
1. Política ambiental e sistemas de gestão ambiental;
2. Relação empresa e gestão na esfera pública: viabilidade
ambiental de empreendimentos; padrões de qualidade
ambiental e desempenho ambiental das atividades
produtivas;
3. Legislação ambiental e atribuições dos órgãos de meio
ambiente; licenciamento ambiental de atividades;
4. Métodos para avaliação de impacto ambiental, Estudo de
Impacto Ambiental (EIA/Rima);
5. Monitoramento e acompanhamento do desempenho
ambiental.
Métodos, instrumentos e ferramentas (Área:
Engenharia e Gestão do Ciclo de Vida)
1.
2.
3.
4.
Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais;
Sistema de Gestão Ambiental (SGA);
Produção mais Limpa (P+L);
Avaliação de Desempenho Ambiental de
organizações (ADA);
5. Avaliação do Ciclo de Vida (ACV);
6. Estratégias de fim de vida do produto (reuso,
reciclagem e remanufatura).
Aplicação integrada às disciplinas de cada curso
•
•
Os docentes responsáveis irão trabalhar com os docentes
responsáveis pelas disciplinas de cada curso a fim de
trabalhar os conteúdos de interface, formando os
docentes e incluindo a área ambiental (pública e
empresarial) aplicada à disciplina específica e tradicional
de cada cursos (podendo usar PBL).
Depois de promover isso em todo o curso, ou em
paralelo, os docentes passam a trabalhar com resoluções
de problemas práticos (públicos e empresariais)
integrando as diversas aplicações dentro do contexto de
cada curso.
Piloto na Engenharia de Produção da EESC-USP
Propostas de inclusão de conteúdo didático ambiental nas disciplinas da grade curricular da Engenharia de Produção Mecânica
Prof. Dr. Aldo Roberto Ometto
Nome da disciplina
Proposta de inclusão
Literatura sugerida
SEP0275 - Práticas em Processos de Fabricação Incluir exemplos e aplicações de Produção mais
Mecânica
Limpa, em processos de usinagem a seco, MQL,
etc
UNEP. Cleaner Production: A Trainning
Resource Package. March, 1996.
SEP0252 – Engenharia de Fabricação Mecânica
Incluir exemplos e aplicações de Produção mais
Limpa, em processos de usinagem a seco, MQL,
etc
UNEP. Cleaner Production: A Trainning
Resource Package. March, 1996.
SEP0502 - Administração de Recursos
Humanos Aplicada à Engenharia de Produção
Incluir a gestão ambiental
BARBIERI, J.C. Gestão Ambiental
Empresarial. São Paulo: Saraiva, 2004
SEP0568 - Economia da Produção
Ineficiências do mercado, externalidades
negativas (ambientais), recursos ambientais,
custos ambientais, indicadores ambientais.
MERICO, L.F.K. Introdução à Economia
Ecológica. Editora da FURB. 1996
SMM0176 - Engenharia de Fabricação
Metalúrgica
Mostrar os impactos ambientais dos processos
tradicionais e exemplos de processos
ambientalmente mais adequados
UNEP. Cleaner Production: A Trainning
Resource Package. March, 1996.
Piloto na Engenharia de Produção da EESC-USP
SEP0567 - Projetos de Investimento
Incluir fatores ambientais, como valoração
ambiental, análise econômica dos recursos
naturais: renováveis e não renováveis
MERICO, L.F.K. Introdução à Economia
Ecológica. Editora da FURB. 1996
SEP0251 - Projeto e Operação de Sistemas de
Produção
Incluir os fatores ambientais como critério e
requisito para o projeto e aplicação de sistemas de
produção
UNEP. Cleaner Production: A Trainning
Resource Package. March, 1996.
SEP0451 - Projeto do Trabalho e Ergonomia
Incluir sistema de saúde e segurança do trabalho
OHSAS 18001: 2007.
SEP0100 - Introdução à Engenharia de Produção
Incluir a Gestão ambiental; Engenharia do Ciclo UNEP. Life Cycle Management: A business guide
de Vida (ECV); Gestão do Ciclo de Vida (GCV)
to sustainability. 2007. Disponível em:
http://www.unep.org/pdf/dtie/DTI0889PA.pdf
SEP0101 - Abordagens para a Identificação e
Solução de Problemas de Engenharia de Produção
Incluir problemas ambientais para solução na
produção
UNEP. Cleaner Production: A Trainning
Resource Package. March, 1996.
SEP0501 - Formação do Pensamento
Administrativo
Incluir a sustentabilidade, Responsabilidade Social
Corporativa (RSC) e Relatórios de
sustentabilidade (Global Reporting Initiative –
GRI)
PORTER, M. E., KRAMER, M. R. Strategy and
Society: A Link Between Competitive Advantage
and Corporate Social Responsibility. In: Harvard
Business Review, Dec, 2006.
Piloto na Engenharia de Produção da EESC-USP
SMM0194 - Engenharia e Ciência dos
Materiais II
Incluir aplicações na reciclagem e possíveis
mudanças nas propriedades dos materiais
UNEP. Recycling – From e-waste to Resources,
2009. Disponível em:
http://hqweb.unep.org/pdf/Recycling_From_ewaste_to_resources.pdf
SEP0151 - Processo de Desenvolvimento do
Produto
Design for ecodesign; design for sustainability;
design for environment; design for life cycle;
design for recycling; design for
remanufacturing
MANZINI, E., VEZZOLI, C. O
Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis - Os
requisitos ambientais dos produtos industriais.
: Edusp, 2002. 367 p.
HAUSCHILD, M.Z., JESWIET, J., ALTING,
L. From Life Cycle Assessment to Sustainable
Production: Status and Perspectives. In: Annals
of the CIRP 54/2, 2005.
SEP0201 - Projeto da Fábrica
Incluir aspectos ambientais no projeto de
fábrica, desde a localização ambientalmente
adequada até o âmbito físico (ecologia
industrial)
GIANNETTI, B. F., ALMEIDA, C. M. V. B.
Ecologia Industrial. Conceitos, ferramentas e
aplicações. Edgard Blucher, 2006.
SEP0561 - Custos Industriais e Orçamento
Incluir custos ambientais e contabilidade
ambiental
MOURA, L. A A. Economia Ambiental:
Gestão de Custos e Investimentos. Editora :
Juarez de Oliveira, 2006.
SEP0303 - Logística Integrada
Incluir logística reversa e logística “verde”.
LEITE, P. R. Logística Reversa: Meio
Ambiente e Competitividade. Editora: Prentice
Hall, 2009.
Próximas Atividades
• Questionário para os docentes
• Revisão crítica por especialistas
• Workshop para divulgação, coleta das sugestões e ajustes e
trabalho com os docentes para identificar oportunidades.
• Reunião na CG e nas CoCs, com formação de grupo de trabalho
para a ambientalização, a fim de envolver os docentes dos cursos.
Esse grupo seria formado por:
o Docentes responsáveis pela disciplina “Ambientalização”
o Coordenador CoC
o Docentes do curso que já trabalham com a área ambiental
o Funcionário CETEPE
Com Apoio do GT Ambientalização.
Agradecemos a Atenção!
Grupo de Trabalho GT – Políticas para a Graduação da EESC
EESC Sustentável
USP Recicla
Superintendência de Gestão Ambiental – SGA
Prof. Aldo Ometto –SEP
Prof. Eduardo Belini – SMM
Prof. Marcelo Montaño – SHS
Prof. Marcel Musetti – SEP
Prof. Victor Ranieri – SHS
Patrícia Leme – USP Recicla
Nídia Pavan Kuri – CETEPE
Rosane Aranda –DIR
Fabio Puglier – Pós-Graduação EESC - USP
Yovana Barrera – Pós-Graduação EESC- USP
Affonso Azanha – Discente Graduação EESC – USP
Thiago Massaharu Shiguenaga – Discente Graduação EESC – USP
Bárbara Lopes – Ciências Biológicas/UFSCar
Laís Assumpção – Ciências Biológicas/UFSCar
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Apresentação do PowerPoint - Escola de Engenharia de São Carlos