Universidade de Lisboa - Instituto de Educação Aprendizagem com as TIC ENSINO PRESENCIAL, B-LEARNING E E-LEARNING Docentes: Professora Doutora Guilhermina Miranda Doutora Joana Coelho Trabalho realizado por: Ana Teresa Ramirez Carlos Cavaco Fernando Miranda João Raimundo Óscar Santos 1 UMA MUDANÇA INEVITÁVEL ! http://www.youtube.com/watch?v=_A-ZVCjfWf8 2 3 ENSINO PRESENCIAL AMBIENTE EDUCACIONAL • O professor e os alunos estão no mesmo espaço físico a uma hora pré-determinada para a realização de uma aula. • O ensino presencial permite tirar partido da componente social da aprendizagem. • O ambiente educacional pode ter por base uma abordagem instrutiva instrucionista e/ou construtivista. AMBIENTE EDUCACIONAL Abordagem Instrucionista Abordagem Construtivista alunos alunos Professor alunos professor alunos aluno aluno AMBIENTE EDUCACIONAL - TÉCNICAS Para salientar conceitos importantes o professor aplica: – Técnicas de entoação de Voz – Técnicas de Expressão corporal • Gestos • Movimentos dos olhos • Expressões da face MEIOS E MATERIAIS - EVOLUÇÃO MEIOS E MATERIAIS - EVOLUÇÃO MEIOS E MATERIAIS - EVOLUÇÃO MODELO PEDAGÓGICO PRESENCIAL Aulas teóricas Transmissão de conteúdos Transparências Aplicação de conceitos Trabalho de grupo Avaliação Livros, artigos, apontamentos Aulas teórico-práticas Aulas práticas Aulas práticas Laboratórios Projectos Testes Projectos Trabalhos escritos e apresentações Fonte: Figueiredo, A. D. (2009). Estratégias e modelos para a educação online, p. 38. In G. L. Miranda (org.). ensino online e aprendizagem multimédia (pp. 33-55). Lisboa. Relógio d’Água Editores. 11 MODELO PRESENCIAL NA ACTUALIDADE Actualmente o ensino presencial começa a envolver cada vez mais uma componente de trabalho a distância, suportada por ferramentas, como por exemplo, os LMS, os Blogs, as redes sociais, etc, numa perspectiva que combina o modelo presencial com o modelo a distância. 12 DO MODELO PRESENCIAL AO MODELO A DISTÂNCIA Exemplos: Telescola, Ano Propedêutico CONVERGÊNCIA • “Antes do aparecimento da Web 2.0, Stephen Downes faz um retrato algo desencantado da realidade do e-learning na altura. Segundo o autor, o e-learning tinha-se burocratizado e aproximado, cada vez mais, dos modelos tradicionais de ensino, seja presenciais, seja a distância”. (Mota, 2009, http://orfeu.org/weblearning20/3_1_elearning_20) • …”Tinha-se tornado a base de um edifício que fornecia um ensino fechado, inflexível e redutor, que punha todo o controlo do lado das instituições.” (Mota, 2009, http://orfeu.org/weblearning20/3_1_elearning_20) 14 CONVERGÊNCIA “É a essa intersecção entre a Web 2.0 e o E-learning que Downes chama E-learning 2.0. Na perspectiva deste autor, um dos aspectos mais relevantes nesta mudança prende-se com as formas como os novos utilizadores, que nasceram e cresceram num mundo digital, chamados digital natives (Prensky, 2001) ou n-gen (net generation) (Tapscott, 1998), interagem com a informação e encaram a comunicação e os media.” (Mota, 2009, http://orfeu.org/weblearning20/3_1_elearning_20). 15 CONVERGÊNCIA “Em termos concretos da aprendizagem, esta tendência manifesta-se por um deslocamento do controlo para os estudantes, em abordagens pedagógicas centradas neles e nas suas expectativas, necessidades e características. Esta perspectiva permite-lhes uma autonomia muito maior, por um lado e, por outro, dá grande destaque a uma aprendizagem activa, baseada na criação, na comunicação e na participação”. (Mota, 2009, http://orfeu.org/weblearning20/3_1_elearning_20) 16 17 CONCEITO Segundo Naidu (2006), é um conjunto de actividades educativas realizadas individualmente ou em grupos de trabalho, on-line ou off-line, e de forma síncrona ou assíncrona através de computadores em rede e outros dispositivos electrónicos. 18 MODALIDADES Naidu (2006) citando Romiszowski (2004), considera: • Individualizada no seu próprio ritmo e-learning online; • Individualizada no seu próprio ritmo e-learning offline; • Baseada em e-learning em grupo síncrona; • Baseada em e-learning em grupo de forma assíncrona. 19 TENDÊNCIAS Segundo Naidu (2006): • As organizações que tradicionalmente ofereciam programas de educação apenas presenciais apostam em sistemas de e-learning, um nicho de mercado em crescimento fortemente apoiado na vertente espaço e tempo. • O sector empresarial aposta no e-learning como forma de racionalizar os custos, em actividades de formação do pessoal. 20 ATRIBUTOS Ainda de acordo com Naidu (2006): • O acesso flexível refere-se ao acesso e uso da informação e aos recursos num lugar, tempo e ritmo que é adequado e conveniente ao aluno. • O conceito de educação a distância foi fundada sobre os princípios de acesso flexível (Willems, 2005). Os alunos seriam obrigados a concluir as tarefas, apresentar os seus trabalhos e realizar os exames dentro do prazo definido. 21 SISTEMAS DE GESTÃO DE APRENDIZAGEM (LMS) ONLINE Segundo Naidu (2006) são um conjunto de ferramentas de software que permitem a gestão e facilitação de uma gama de aprendizagem e actividades de ensino e serviços. Características da maioria dos LMSs • Capacidade de fornecimento de conteúdos curso; • Gestão de operações de aula on-line; • Rastreamento e relatórios de progresso de aluno; • Avaliação dos resultados da aprendizagem; • Relato de realização e de execução de ganhar tarefas; • Gestão de registos de estudantes. 22 SISTEMAS DE GESTÃO DE APRENDIZAGEM (LMS) ONLINE Exemplos Blackboard, WebCT, FirstClass, Moodle e Lotus Learning Space. 23 OBJECTOS DIGITAIS DE APRENDIZAGEM Segundo Naidu (2006) são um recurso electrónico que tem o potencial de promover a aprendizagem. Tipicamente incluem scripts, imagens e módulos de multimédia e formato digital. São na maior parte das vezes desenvolvidos como entidades discretas, por isso podem ser reutilizadas por outros utilizadores em vários contextos educacionais como acontece, por exemplo, com as peças do LEGO. • Suportam a aprendizagem e o ensino • Permitem a pesquisa por metadados • Devem ser colocados em repositórios 24 OBJECTOS DIGITAIS DE APRENDIZAGEM Repositórios • POOL (Portal for Online Objects in Learning). • POND (Utiliza o protocolo POOL). • SPLASH (Comunica através de peers via o protocolo POOL). • MERLOT (Multimedia Educational Resource for Learning and Online Teaching). • CAREO (Campus Alberta Repository of Educational Objects). 25 DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE CURSOS DE APRENDIZAGEM ONLINE Naidu (2006) considera dois tipos de cursos de ensino online: • Parcialmente online Integra recursos materiais existentes, que estão disponíveis na forma impressa ou não impressa, como livros, etc., com alguns elementos de aprendizagem online. • Totalmente online Terá a maior parte da sua aprendizagem e actividades de ensino online. 26 DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE CURSOS DE APRENDIZAGEM ONLINE O modelo de Embrulho (Wrap around) Segundo Naidu (2006) este modelo consiste na aprendizagem online em torno dos recursos existentes, como livros, CD-ROM, etc. Conta com materiais de apoio que podem incluir: • Guias de estudo online • Actividades e discussões 27 DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE CURSOS DE APRENDIZAGEM ONLINE Modelo Integrado Para Naidu (2006) este modelo está mais próximo de um curso completo online de aprendizagem, uma vez que: • Inclui um sistema integrado de gestão de aprendizagem; • • • • • Disponibiliza grande parte da matéria em formato electrónico; Prevê a conferência por computador; Promove o trabalho em pequeno grupo; Baseia-se em actividades de aprendizagem colaborativa online; Prevê a avaliação online dos resultados de aprendizagem. 28 GESTÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO E-LEARNING Os requisitos administrativos do E-learning • A tecnologia • O desenho e desenvolvimento do curso • Gestão dos conteúdos da matéria • Requisitos da implementação do E-learning • Registo dos estudantes • Apoio ao estudante • Avaliação da aprendizagem (formativa e sumativa) • Avaliação dos impactos do E-learning 29 MODELO PEDAGÓGICO PRESENCIAL Aulas teóricas Transmissão de Transparências conteúdos Livros, artigos, apontamentos Aplicação de conceitos MODELO PEDAGÓGICO A DISTÂNCIA Conteúdos escritos Conteúdos multimédia Livros, artigos Aulas teórico-práticas Trabalho autónomo Aulas práticas Trabalho cooperativo Aulas práticas Trabalho de grupo Avaliação Laboratórios Trabalho cooperativo Projectos Testes Testes objectivos Projectos Simulações Trabalhos escritos e apresentações Trabalhos escritos Projectos Portefólios Fonte: Figueiredo, A. D. (2009). Estratégias e modelos para a educação online, p. 38, 41. In G. L. Miranda (org.). ensino online e aprendizagem multimédia (pp. 33-55). Lisboa. Relógio d’Água Editores. 30 B-LEARNING É um processo de aprendizagem que combina práticas e métodos do ensino/aprendizagem presencial e a distância. 31 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • Permite percursos de aprendizagem diferenciados. • Promove a auto-aprendizagem e a auto-regulação da aprendizagem. • Desenvolve aprendizagem em ambiente tecnológico evoluído. • Promove diferentes tipos de interacção. • Potencia o desenvolvimento de diferentes modelos de aprendizagem. 32 MODALIDADES DO B-LEARNING SÍNCRONO ASSÍNCRONO AULA PRESENCIAL + VÍDEO, CONFERÊNCIA, CHAT, QUADRO PARTILHADO,… AULA PRESENCIAL + FÓRUNS, CORREIO,… MISTO AULA PRESENCIAL + VÍDEO, CONFERÊNCIA, CHAT, QUADRO PARTILHADO + FÓRUNS, CORREIO,… 33 PORQUÊ O B-LEARNING? • Porque maximiza as potencialidades do ensino presencial e a distância, permitindo tirar partido, nas sessões presenciais, da componente social da aprendizagem. • Porque tira partido do interesse que a tecnologia desperta nos alunos. • Porque potencia atingir níveis mais profundos de aprendizagem. 34 OBJECTIVOS EDUCATIVOS TAXONOMIA DE BLOOM 35 ABORDAGENS INSTRUTIVAS Que teoria devo ter por base na elaboração de um curso/actividade pedagógica? Instrucionismo Construtivismo Aprender a aprender Na aprendizagem introdutória Na aprendizagem • avançada • especializada 36 MODELO PEDAGÓGICO COMBINADO Conteúdos escritos Transmissão de conteúdos Conteúdos multimédia Livros, artigos Sessões presenciais Trabalho autónomo Aplicação de conceitos Trabalho cooperativo Trabalho de grupo Trabalho cooperativo Sessões presenciais Sessões presenciais Testes objectivos simulações Avaliação Trabalhos escritos Projectos Portefólios Apresentações Fonte: Figueiredo, A. D. (2009). Estratégias e modelos para a educação online, p. 40. In G. L. Miranda (org.). ensino online e aprendizagem multimédia (pp. 33-55). Lisboa. Relógio d’Água Editores. 37 PLANEAR UMA ACTIVIDADE PEDAGÓGICA ONLINE FORMULAÇÃO DE OBJECTIVOS CONCEPÇÃO DA ACTIVIDADE DEFINIÇÃO DA ABORDAGEM INSTRUTIVA Professor DESENHO DE ESTRATÉGIAS DIDÁCTICAS (Interacção, síncrona ou assíncrona, …) 38 PLANEAR UMA ACTIVIDADE PEDAGÓGICA ONLINE OBJECTIVOS – em função das realizações esperadas e não dos conteúdos OPERACIONALIZAÇÃO DA ACTIVIDADE DISPONIBILIZAÇÃO DE TODOS OS RECURSOS (Incluindo exemplos de trabalhos realizados por outros alunos) Aluno TAREFAS A REALIZAR E CALENDARIZAÇÃO PLANO DE AVALIAÇÃO 39 Utilização das tecnologias UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS – TEMPO GASTO NA APRENDIZAGEM online e-learning b-learning presencial Tempo gasto na aprendizagem online Fonte: Heinze, A. & Procter, C. (2004). Reflections on the use of blended learning. , p. 1. Retirado em 4 de Outubro de 2010 de https:// www.ece.salford.ac.uk/proceedings/papers/ah_04.rtf 40 41 QUE ESCOLA QUEREMOS ?! http://www.youtube.com/watch?v=Fnh9q_cQcUE 42 Actualmente utiliza-se o regime de b-learning ou e-learning essencialmente em educação/formação de adultos. Será viável no ensino básico e secundário? 43 BIBLIOGRAFIA Coutinho, C. & Junior, J. (2006). A complexidade e os modos de aprender na sociedade do conhecimento. In COLÓQUIO DA SECÇÃO PORTUGUESA DA ASSOCIATION FRANCOPHONE INTERNATIONALE DE RECHERCHE SCIENTIFIQUE EN EDUCATION, 14, Lisboa, Portugal, 2006 – “Para um balanço da investigação em educação de 1960 a 2005 : teorias e práticas : actas do Colóquio da AFIRSE”. [Lisboa : Universidade de Lisboa, 2006]. Retirado em 4 de Outubro de 2010 de https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6501/1/Afirse%202007%20Final.pdf Ferreira, M. & Silva, B. (2009). Docência online: uma tessitura pedagógica/comunicacional. In SILVA, B. [et. al.], org. – “Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia : actas do Congresso, 10, Braga, Portugal, 2009”. Braga : CIEd - Universidade do Minho. ISBN 978-972-8746-71-1. p. 5646-5657. Retirado em 4 de Outubro de 2010 de https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9970/1/DOC%C3%8ANCIA%20ONLINE%20%20UMA%20TESSITURA%20PEDAG%C3%93GICACOMUNICACIONAL.pdf Gomes, M. (2005). Desafios de e-learning: Do conceito às práticas. In SILVA, Bento D. ; ALMEIDA, Leandro S., coord. – “Actas do Congresso Galaico-Português de Psicopedagogia, 8, Braga, Portugal, 2005” [CD-ROM]. Braga : Centro de Investigação em Educação do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, 2005. ISBN 972-8746-36-9. p. 66-76. Retirado em 4 de Outubro de 2010 de https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3339/1/Educa%C3%A7%C3%A3o-online.pdf 44 Gomes, M. (2008). Reflexões sobre a adopção institucional do e-learning : novos desafios, novas oportunidades. “e-Curriculum” [Em linha]. 3:2 (2008). [Consult. 30 Jan. 2009]. Disponível em: www.pucsp.br/ecurriculum. ISSN 1809-3876. Retirado em 4 de Outubro de 2010 de https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8678/1/gomesmj_08.pdf Heinze, A. & Procter, C. (2004). Reflections on the use of blended learning. Retirado em 4 de Outubro de 2010 de https:// www.ece.salford.ac.uk/proceedings/papers/ah_04.rtf Mota, J. (2009). Da Web 2.0 ao e-Learning 2.0: aprender na rede. Dissertação de Mestrado, Versão Online, Universidade Aberta. Retirado em 6 de Outubro de 2010 de http://orfeu.org/weblearning20/ Miranda, G. (2009). Ensino online e aprendizagem multimédia. Lisboa: Relógio d’água. Naidu, S. (2006). E-Learning, A Guidebook of Principles, Procedures and Practices. Melbourne: Commonwealth Educational Media Center for Asia (CEMCA). Retirado em 4 de Outubro de http://www.cemca.org/e-learning_guidebook.pdf NSWDET Country Areas Program Regional Consultants in conjunction with the NSWDET Rural and Distance Education Unit.(2010). Blended learning “any time, any how, many ways”. New South Wales Department of Education and Training – Australia. Retirado em 5 de Outubro de 2010 de http://www.cap.nsw.edu.au/blended_learning/Blended%20Learning%202010.pdf. Torrão, S. & Tiirmaa-Oras, S. (2007). Blended learning: research reports & examples of best practices. Coordinated by University of Tartu, Estonia. Retirado em 5 de Outubro de 2010 de http://www.ut.ee/blearn/orb.aw/class=file/action=preview/id=386871/blearn+multilingual+compendi 45 um.pdf.