Interna: Natália C. M. da Costa
Autores: Amy M. Trakle, MD, Kerri A. Thom, MD, Jon P.
Furuno, PhD, Sandra M. Strauss, BS M(ASCP), Anthony D.
Harris, MD, MPH, and Eli N. Perencevivh, MD, MS
University of Maryland Medical Center, Baltimore, MD.
American Journal of Infection Control, March 2009.
•
Aumento de bactérias resistentes a ATB em todo mundo;
Resistência a ATB está associada ao maior tempo de
internação, aos elevados custos e a morbidade e mortalidade;
•
Estudos anteriores indicam que Staphylococcus aureus e
enterococcus podem ser transmitidos por contato direto ou por
utensílios médicos, como estetoscópios, roupas, roupas de
cama;
•
tentativa adotada pelo United Kingdom’s Department of
Health: “despido abaixo do cotovelo” – como exemplo, a
adoção de roupas com mangas curtas, sem relógios ou jóias.
•
Apesar do interesse sobre bactérias resistentes a ATB e ao
controle das infecções, profissionais da saúde caregam, sem
saber, S aureus e enterococcus em seus jalecos;
•
Recente revisão inglesa indica que não há, na literatura
atual, suporte suficiente que comprove a afirmação de que
uniformes e roupas sejam veículos para transmissão de
organismos.
•
•Avaliar
a prevalência de S aureus, incluindo
MRSA, e VRE em jalecos;
•Avaliar
os fatores de risco associados à
contaminação
Estudo transversal no hospital terciário da University of
Maryland Medical Center, em Baltimore;
•
Em 15/11/2006, pessoas do ambiente médico clínico foram
convidadas a participar do estudo;
• Em 07/08/2007 ocorreu o mesmo com pessoas do meio
cirúrgico que estivessem usando jalecos;
•
Cada participante completou um questionário e realizou
uma cultura de swab no seu jaleco.
•
Foi utilizado um questionário para coleta de dados
demográficos e informações sobre os hábitos de lavagem dos
jalecos dos participantes;
•
•Dados
demográficos: - ocupação( residente, estudante,
colega, funcionário, outros)
- especialidade( cirurgião ou clínico)
- local de trabalho( enfermarias,
salas cirúrgicas, setor administrativo, UTI)
- data do último contato com paciente
internado( naquele dia, na última semana, no último mês ou
mais do que um mês)
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Informações sobre lavagem dos jalecos:
- tempo em que o jaleco estava sendo usado desde a
última lavagem( menos de 3 dias, 7 dias, 2 semanas, 4
semanas ou mais de 4 semanas);
- local de lavagem( em casa, lavanderia
compartilhada, lavanderia do hospital ou outro)
- percepção do participante sobre a condição do
jaleco, se sujo ou limpo
- razão pela qual usa o jaleco( profissionalismo,
reconhecimento, carregar objetos, cobrir as roupas,
manter-se aquecido, outro)
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O questinário foi anônimo e feito juntamente com a
coleta para cultura;
A coleta do material para cultura foi feita por cada
participante, em seu próprio jaleco, após demostração;
Foi coletado material das golas, bolsos e mangas dos
jalecos.
1.
2.
os swabs, embebidos em solução salina, passados nos
jalecos, foram colocados em caldo BHI, permanecendo
incubados por 24 a 48h;
Se o resultado fosse positivo, do BHI eram feitas placas
de agar sg;
Foram realizadas placas de agar sg qualitativas não
específicas, placas cromatgênicas(CHROMagar)
específicas para avaliar crescimento de MRSA, e placas
VRE, específicas para avaliação do crescimento de VRE.
Análise estatística:
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Intervalo de confiança de 95% para participantes
colonizados com S aureus ou MRSA.
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Dos 149 participantes, 109 faziam parte do meio
clínico e 40 do cirúrgico;
Deste total 34 (22.8%) estavam contaminados com S
aureus e 6 (4%) com MRSA;
18% de todos os S aureus encontrados eram MRSA ;
Qto à especialidade: dos jalecos contaminados com S
aureus(34), 27 eram de pessoas do setor clínico e 5
do cirúrgico;
Qto à posição: 38 estudantes, 64 residentes, 12
colegas, 31 funcionários; Destes, os residentes foram
os que mais tinham jalecos contaminados com S
aureus(19/64). A maior prevalência de MRSA foi
encontrada entre os funcionários(4/31)
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Qto à razão do uso do jaleco: a resposta mais prevalente foi
“profissionalismo” e “para carregar objetos”;
Qto ao local de trabalho: a maioria contaminada com S
aureus(34) trabalhava em enfermarias(27) e UTI(5);
Qto à data do último contato com paciente: do total de 34
contaminados com S aureus, 26 haviam tido contato com
paciente naquele dia. Dos 6 participantes contaminados com
MRSA, 3 haviam tido contato com paciente naquele dia;
Qto ao tempo de uso do jaleco desde a última lavagem: não
foi encontrada relação entre o tempo da última lavagem do
jaleco e a presença de S aureus;
Qto ao local da lavagem: dos 34 conatminados com S
aureus, 20 lavavam o jaleco em casa e 10 no hospital. Dos 6
jalecos contaminados com MRSA, 4 lavavam no hospital
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As informações obtidas no estudo indicam que
profissionais da saúde geralmente estão com seus
jalecos contaminados com S aureus, sendo alguns
MRSA;
S aureus foram escontradas em todos os locais e
posições(cargos);
Características que se relacionam a maior
probabilidade de contaminação por S aureus: ser
residente, ter tido contato com paciente na última
semana e trabalhar em enfermarias ou UTIs.
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Características relacionadas a maior probabilidade de
colonização por MRSA sobre MSSA: ser funcionário e
lavar o jaleco no hospital.
Estudos anteriores mostram dados variados sobre S
aureus e VRE:
1) Wong et al avaliou 100 jalecos de médicos por meio
de cultura direta. Encontrou 29 com S aureus( nenhum
MRSA). Tbm encontrarm maior probabilidade de
colonização em jaleco de cirurgiões em relação ao de
clínicos.
2) Loh et al avaliou 100 jalecos de estudantes por meio de
cultura direta. Encontrou contaminação por bactérias,
mas S aureus somente em 5.
3) Osawa et al, 2003, avaliou jalecos de médicos em setores
de um hospital escola durantes 2 surtos de MRSA. Foi
encontrado 80% de contaminação por MRSA.
Limitações do presente estudo:
1. Mesmo sendo o maior estudo deste tipo, não foram
encontradas diferenças significativas entre colonização
ou não dos jalecos, devido ao tamanho da população
analisada;
2.
A técnica utilizada foi menos eficaz do que as de estudos
anteriores;
3.
O swab era feito pelo próprio participante, estando
sujeito a erros;
4.
Não foi utilizado grupo controle que não estivesse
usando jaleco, havendo, assim, a possibilidade de o
jaleco ter sido contaminado antes da atividade clínica.
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Diante dos fatos da grande probabilidade de jalecos
contaminados por bactérias patogênicas, os
profissionais da saúde devem ser encorajados a
lavarem seus jalecos com maior frequência;
Futuramente devem ser feitos novos estudos sobre
jalecos como meio de trasmissão de bactérias
patogênicas, bem como alternativas aos mesmos,
como o uso de capas universais.
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Bacterial contamination of health care workers` white coats Autores