NOTA DO SINMED/RJ SOBRE OS MICROCHIPS NOS JALECOS É aviltante e viola o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana impor aos médicos e demais servidores municipais a utilização, em seus jalecos, de dispositivo eletrônico de identificação por radiofreqüência, que grava informações em um chip, armazenando dados sobre a localização e deslocamento dos profissionais dentro da unidade hospitalar. A atitude do governo nos leva a uma reflexão polêmica: os trabalhadores/servidores da UPA do município de Mesquita estariam sendo comparados aos presidiários que são controlados pelo uso de tornozeleiras eletrônicas. Ambos seriam vigiados eletronicamente, uns para garantir a segurança da população e outros para serem ainda mais humilhados e desprestigiados na sua condição de trabalho. A administração estadual desperdiça dinheiro público com a utilização de uma tecnologia desnecessária, usando uma estratégia medíocre de transferência de responsabilidade de sua atribuição. O serviço de saúde está desmantelado por irresponsabilidade de seus gestores! O SinMed/RJ apresentou denúncia à Organização Internacional do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho pedindo instauração de inquérito civil e posterior ajuizamento de ação civil pública, a fim de impedir que a Administração Pública prossiga com a utilização de microchips nos jalecos dos servidores, garantindo a eles um importante direito consagrado pela nossa Magna Carta: a DIGNIDADE.