Fernanda Vieira
Enfermagem
Faculdade Asa de Brumadinho
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A infecção hospitalar é uma síndrome
infecciosa (infecção) que o indivíduo
adquire após a sua hospitalização ou
realização de procedimento ambulatorial.
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Ignaz Philipp Semmelweis, médico obstetra é
considerado o pai do controle de infecções
hospitalares.
É importante lembrar que nesta época ainda
não se conheciam os estudos de Pasteur a
respeito da origem das infecções, então a
existência de microrganismos não era
conhecida.
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Em meados de 1840, este médico observou
diferença de número de casos de infecções
puerperais (infecções pós-parto) em duas
clínicas do hospital de Viena. Na primeira
clínica, as gestantes eram examinadas por
estudantes de medicina que circulavam
livremente entre a sala de autópsia e nesta
enfermaria.
Na
segunda
clínica,
os
atendimentos eram realizados por parteiras e o
número de infecções puerperais era muito
menor.
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A manifestação da infecção hospitalar pode
ocorrer após a alta, desde que esteja
relacionada
com
algum
procedimento
realizado durante a internação.
Somente um profissional treinado (médico ou
enfermeiro com qualificação especial em
Infecção Hospitalar) pode relacionar sinais e
sintomas de infecção com procedimentos
realizados em unidades de saúde e realizar o
diagnóstico de infecção hospitalar.
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O atendimento em unidades de saúde apresenta
atualmente grande evolução tecnológica. Pacientes
que no passado iriam evoluir a óbito, atualmente
não só sobrevivem, como têm boa expectativa de
vida, muitas vezes, sem seqüelas.
Em contrapartida, esta melhoria no atendimento e
avanço tecnológico aumentou o número de
procedimentos possíveis de serem realizados num
hospital. Procedimentos que, ao mesmo tempo em
que prolongam a vida, trazem consigo um risco
aumentado de infecção.
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A Lei Federal 6.431 de 6/1/97 instituiu a
obrigatoriedade da existência da Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de
um Programa de Controle de Infecções
Hospitalares (PCIH), definido como um
conjunto de ações desenvolvidas deliberada e
sistematicamente, tendo como objetivo a
redução máxima possível da incidência e
gravidade das infecções.
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Uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH) possui profissionais que deverão executar
as seguintes tarefas:
- Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo
critérios de diagnósticos previamente
estabelecidos.
- Conhecer as principais infecções hospitalares
detectadas no serviço e definir se a ocorrência
destes episódios de infecção está dentro de
parâmetros aceitáveis. Isto significa conhecer a
literatura mundial sobre o assunto e saber
reconhecer as taxas aceitáveis de infecção
hospitalar para cada tipo de serviço.
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Elaborar normas de padronização para que os
procedimentos realizados na instituição sigam
uma técnica asséptica (sem a penetração de
microrganismos), diminuindo o risco do
paciente adquirir infecção.
Colaborar no treinamento de todos os
profissionais da saúde no que se refere à
prevenção e controle das infecções hospitalares.
Realizar controle da prescrição de antibióticos,
evitando que os mesmos sejam utilizados de
maneira descontrolada no hospital.
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Recomendar as medidas de isolamento de
doenças transmissíveis, quando se trata de
pacientes hospitalizados.
Oferecer apoio técnico à administração
hospitalar para a aquisição correta de materiais
e equipamentos e para o planejamento
adequado.
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É necessário que os profissionais que
participam
de
uma
CCIH
possuam
treinamento para a atuação nesta área. Há
exigência legal para manutenção de pelo
menos um médico e uma enfermeira na CCIH
de cada hospital. Isto está regulamentado em
portaria do Ministério da Saúde.
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Outros profissionais do hospital também
devem participar da CCIH. Eles contribuem
para a padronização correta dos procedimentos
a serem executados. Estes profissionais devem
possuir formação de nível superior e são:
farmacêuticos,
microbiologistas,
epidemiologistas, representantes médicos da
área
cirúrgica,
clínica
e
obstétrica.
Representantes da administração do hospital
devem atuar também na CCIH para colaborar
na implantação das recomendações.
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Expressão que significa o controle das
condições do sistema circulatório do paciente
(vigiar e manter em valores adequados a
pressão arterial, a pulsação, a produção de
urina, a oferta de nutrientes e oxigênio ao
organismo, bem como sua utilização pelo
mesmo), visando com isso que o paciente tenha
condição de se recuperar da causa que o levou
a alteração de sua "condição hemodinâmica"
habitual (ou normal).
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Normas e rotina no controle de infecção hospitalar e ccih, suporte