Atenção Farmacêutica em Transtornos de Humor Profa. Luciene Alves Moreira Marques Transtornos de Humor Os mais frequentes TH são: • Distimia • Depressão • Ciclotimia • Transtorno bipolar Tipos de Transtorno do Humor Bipolar tipo I mania Bipolar tipo II hipomania Depressão Distimia Transtorno bipolar • Psicose maníaco-depressiva • Prevalência 1,5%, • Cerca de 25% dos pacientes tentam suicídio e, destes, cerca de 11% completam este objetivo. • Trata-se de uma doença recorrente e incurável que afeta igualmente homens e mulheres. Episódio Maníaco: Sintomas • Humor: – Expansivo – Melhor que o normal – Irritável – Euforia, Depressão, Labilidade – Variação circadiana – piorando ao entardecer e à nopite • Sentimentos: – Colorido positivo ou intempestivo – Grandiosidade – Otimismo exagerado – Destemor – Auto-estima aumentada – Impaciência – Domínio – Paixão – Riqueza – Desconfiança – Erotismo – Espirituais Episódio Maníaco: Sintomas • Processos Cognitivos Ficam ativados – Pensamentos se aceleram • Logorréia ou verborragia • Fuga de idéias • Confusão mental – Atenção dispersa • Distraibilidade, • concentração – memória • Fixação • Evocação distorcida • Hiperminésia (raro) – Idéias se distorcem para o positivo • “Mais, muito, melhor” – Conteúdo: • Religioso • Erotizado • Desconfiado • Coerentes com os sentimentos patológicos grandioso – Perda da capacidade de planejar e organizar a vida – Dificuldade de hierarquizar Episódio Maníaco: Sintomas • Atividade e Comportamento – Energizado, desinibido, capaz – Hiperatividade • Impaciente, Inquieto, Agitado – Inconveniente, Provocativo • Fala alto, xinga, gargalhadas, piadas, interrompe os outros • Extravagância – atividades • Trabalhar • Começa muitas coisas e não termina – impulsividade • Beber, usar drogas, • Jogar, comprar, presentear, • Dirigir em alta velocidade, • Assumir riscos • Comportamentos de risco – Esportes, – Negócios – Atos delinqüentes – Sexo sem precaução Episódio Maníaco: Sintomas • Psicóticos: – Falta de crítica do estado patológico – Distorção da realidade (Grandiosidade) – Auto-centrado – Acha-se na razão e intimida os outros – Cria uma realidade própria – Supervalorização de habilidades pessoais – Qualquer delírio • Ser injustiçado, Perseguido, Agredido – Qualquer alucinação Episódio Maníaco: Sintomas • Funções Vegetativas: – necessidade de sono • Privação de sono – exacerba mania – Raro - Queixas físicas • Aceleração interna ou insensibilidade à dor – Perda de peso – apetite, cigarro, álcool, drogas, cafeína – libido • Expressado por idéias ou comportamentos Hipomania • Forma atenuada da mania • Sem psicose ou delírios • Humor anormal – Sintomas leves a moderados de mania – Duração de dias a meses • Duração de pelo menos 4 dias* • Difere do normal da pessoa • Sem prejuízo marcado no funcionamento** Tratamento medicamentoso Estabilizadores do Humor Lítio - Carbolitium Indicações: Distúrbio depressivo maníaco (bipolar), Mania aguda, Depressão resistente. Farmacocinética: Bem absorvido, Meia vida de 20-24 horas Eliminação: urina, suor e fezes Mecanismo de ação Reações adversas: Aumento do volume de urina, boca seca, Diarréia, dor de cabeça, falta de apetite, Náuseas, hipotensão, sonolência, Tontura, fraqueza generalizada. Verificar funções renais e tireoidianas. Modifica as respostas hormonais mediadas pela AC no rim e folículos tireoidianos Orientação Farmacêutica: Não ingerir café, chá ou outra bebida que contenha cafeína, Ingerir muito líquido, Não diminuir a ingestão de sal, Fazer monitorização terapêutica, Evitar longa exposição ao sol, sauna ou banhos muito quentes. Ácido Valpróico - Valpakine, Depakene Mecanismo de ação: Aumenta a concentração de GABA central. Inibe fracamente as duas vias de inativação do GABA: GABA transaminase e semialdeído succínico desidrogenase. Contra-indicações: Em crianças menores de 2 anos, gravidez/lactação e insuficiência hepática. Carbamazepina - Tegretol Mecanismo de ação: Bloqueia os canais de Na+, inibe a transmissão excitatória Contra-indicações: Lactação, hipersensibilidade aos Antidepressivos tricíclicos, depressão da medula óssea. T1/2: 48 h, caindo para 16 h Distúrbios afetivos: associado ao lítio Efeitos adversos: Sonolência, tontura, diplopia, diarréia, náuseas, vômitos, retenção hidríca. Antipsicóticos atípicos Não causa SEP, Não eleva a prolactina, Pode causar agranulocitose, Ganho de peso, Efeito sedativo, Podem ocorrer convulsões. Não causa SEP, Mais potente, Tratamento muito caro, Ganho de peso, Menor efeito sedativo, Melhora o humor. Não causa SEP (qualquer dose), Não eleva a prolactina, Algum ganho de peso, Efeito sedativo, Pode melhorar o humor e a função cognitiva, Não causa SEP – depende da dose, Eleva a prolactina, Menor ganho de peso, Melhora o humor e a função cognitiva, Possui baixos SEP, Não eleva a prolactina, Pouco ou nenhum ganho de peso, Efeito sedativo, Pode melhorar a função cognitiva DEPRESSÃO Teoria Monoaminérgica – mais aceita para explicar a depressão Cromossomo 11 Grande importância dos fatores ambientais. Classificação mais aceita da depressão: Depressão primária, maior ou endógena Depressão secundária ou reativa a) Classificação sintomas: da depressão, Depressão ansiosa Depressão anérgica ou apática Depressão atípica Depressão sazonal Depressão psicótica segundo os Estado normal – sem depressão Estado com depressão Receptores em up regulation Inibição da bomba de recaptação Inibição da MAO FASES DO TRATAMENTO ANTIDEPRESSIVO Normalidade Recuperação Remissão Recorrência Gravidade Recaída Recaída Sintomas Resposta Síndrome Fases do Tratamento Aguda (6 a-12 semanas) Continuação (4 a 9 meses) Manutenção (1 ano ou mais) Tempo Reprinted with permission from Kupfer, 1991 WPA/PTD Educational Program on Depressive Disorders Associações em pacientes unipolares Associações heróicas Venlafaxina (altas doses) + mirtazapina Venlafaxina (altas doses) + IRND Venlafaxina (altas doses) + estimulante Mirtazapina + ISRS ISRS + IRND IRND + trazodona/nefazodona Venlafaxina (altas doses + nefazodona Atenção Farmacêutica em pacientes com transtornos mentais • Segundo Fridman (2001) e Fridman & Filinger (2002), a Atenção Farmacêutica aos pacientes com problemas neuropsiquiátricos deve enfocar os seguintes aspectos concretos: • O manejo das reações adversas aos medicamentos (RAM) mais freqüentes. • Enfermidades concomitantes que possam influenciar no tratamento adequado do transtorno mental. • A adesão ao tratamento. • A possibilidade de ocorrência de interações. • Fornecer orientações sobre cuidados específicos com o medicamento prescrito. • O uso de psicofármacos por grupos de risco (gestantes, lactantes, idosos, crianças). • Uso de medicamentos de Venda Livre que possam interagir com os medicamentos prescritos. • Monitoramento medicamentoso. e Seguimento do tratamento • Fatores Farmacotécnicos: Necessidades de trocar a via de administração, a forma farmacêutica, impossibilidade de preparação de certa forma farmacêutica, etc. • Contribuir para a educação do paciente, familiares e cuidadores. A QUALIDADE DOS RESULTADOS DEPENDE: 1. Estar atento para que ao longo do tratamento as reações adversas aos medicamentos sejam as mínimas possíveis, e no caso de surgirem, que se possa resolvê-las imediatamente. 2. Estabelecer a relação farmacêutico-paciente. 3. Recolher, sintetizar e analisar as informações relevantes. 4. Listar e classificar os problemas relatados pelo paciente e identificados na anamnese. 5. Estabelecer o resultado farmacoterapêutico desejado para cada problema relacionado com o medicamento. 6. Determinar as alternativas terapêuticas disponíveis. 7. Eleger a melhor solução farmacoterapêutica e individualizar o regime posológico. 8. Desenvolver um plano de monitorização terapêutica. 9. Iniciar o tratamento individualizado e o plano de monitorização. 10. Realizar o seguimento para medir o resultado. 11. A Atenção Farmacêutica previne e soluciona problemas relacionados com medicamentos, se posta em prática constitui a grande esperança de dar sentido à nossa profissão. Conceitos Culturais Populares que Comprometem a Psiquiatria Problemas emocionais atingem os mentalmente fracos Pensamentos positivos podem curar tudo Sem motivo justo não se têm problemas emocionais Com amor e carinho tudo se resolve Com fé e bons pensamentos, hei de vencer Sua vida é melhor que a de muita gente Esse tal emocional não existe, a gente é que permite Viajar e conhecer pessoas pode curar Você não tem nada, só uma estafazinha Crianças não devem tomar remédios Seguimento Farmacoterapêutico • Avaliar a necessidade: • RNM: • Resultado clínico negativo decorrente da falta de uso de um medicamento • Resultado clínico negativo decorrente do uso de um medicamento desnecessário. • Avaliar a efetividade • RNM • Resultado clínico negativo decorrente de inefetividade quantitativa • Resultado clínico negativo decorrente de inefetividade qualitativa • De acordo com Nieto & Manrique (2005) e Morente & Gastelurrutia (2003), antes de avaliar a efetividade do tratamento antidepressivo instaurado, e inferir que há inefetividade, deve-se verificar: • Se o paciente realmente possui diagnóstico de depressão • Qual a educação em relação ao tratamento foi fornecida ao paciente • Se o tempo de latência já foi superado. Todos os antidepressivos necessitam de duas ou três semanas para iniciarem seus efeitos. • Se houve recentemente alterações posológicas. • Qual o nível de adesão do paciente ao tratamento proposto. Instrumentos de avaliação da efetividade do tratamento da depressão: • Escala de Hamilton • Escala de Beck • Escala de Mania (Young Mania Rating Scale) Escala de depressão de Beck • • • • 1. 0 Não me sinto triste. 1 Eu me sinto triste. 2 Estou sempre triste e não consigo sair disso. 3 Estou tão triste ou infeliz que não consigo suportar. 2. 0 Não estou especialmente desanimado quanto ao futuro. 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro. 2 Acho que nada tenho a esperar. 3 Acho o futuro sem esperança e tenho a impressão de que as coisas não podem melhorar. 3. 0 Não me sinto um fracasso. 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum. 2 Quando olho para trás, na minha vida, tudo o que posso ver é um monte de fracassos. 3 Acho que, como pessoa, sou um completo fracasso. 4. 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes. 1 Não sinto mais prazer nas coisas como antes. 2 Não encontro um prazer real em mais nada. 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo. • • • • • 5. 0 Não me sinto especialmente culpado. 1 Eu me sinto culpado às vezes. 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo. 3 Eu me sinto sempre culpado. 6. 0 Não acho que esteja sendo punido. 1 Acho que posso ser punido. 2 Creio que vou ser punido. 3 Acho que estou sendo punido. 7. 0 Não me sinto decepcionado comigo mesmo. 1 Estou decepcionado comigo mesmo. 2 Estou enojado de mim. 3 Eu me odeio. 8. 0 Não me sinto de qualquer modo pior que os outros. 1 Sou crítico em relação a mim devido a minhas fraquezas ou meus erros. 2 Eu me culpo sempre por minhas falhas. 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece. 9. 0 Não tenho quaisquer idéias de me matar. 1 Tenho idéias de me matar, mas não as executaria. 2 Gostaria de me matar. 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade. • • • • • 10. 0 Não choro mais que o habitual. 1 Choro mais agora do que costumava. 2 Agora, choro o tempo todo. 3 Costumava ser capaz de chorar, mas agora não consigo mesmo que o queira. 11. 0 Não sou mais irritado agora do que já fui. 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava. 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo. 3 Absolutamente não me irrito com as coisas que costumavam irritar-me. 12. 0 Não perdi o interesse nas outras pessoas. 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas. 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas. 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas. 13. 0 Tomo decisões mais ou menos tão bem como em outra época. 1 Adio minhas decisões mais do que costumava. 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisões do que antes. 3 Não consigo mais tomar decisões. 14. 0 Não sinto que minha aparência seja pior do que costumava ser. 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos. 2 Sinto que há mudanças permanentes em minha aparência que me fazem parecer sem atrativos. 3 Considero-me feio. • • • • • • 15. 0 Posso trabalhar mais ou menos tão bem quanto antes. 1 Preciso de um esforço extra para começar qualquer coisa. 2 Tenho de me esforçar muito até fazer qualquer coisa. 3 Não consigo fazer nenhum trabalho. 16. 0 Durmo tão bem quanto de hábito. 1 Não durmo tão bem quanto costumava. 2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de hábito e tenho dificuldade para voltar a dormir. 3 Acordo várias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir. 17. 0 Não fico mais cansado que de hábito. 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava. 2 Sinto-me cansado ao fazer quase qualquer coisa. 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa. 18. 0 Meu apetite não está pior do que de hábito. 1 Meu apetite não é tão bom quanto costumava ser. 2 Meu apetite está muito pior agora. 3 Não tenho mais nenhum apetite. 19. 0 Não perdi muito peso, se é que perdi algum ultimamente. 1 Perdi mais de 2,5 Kg. 2 Perdi mais de 5,0 Kg. 3 Perdi mais de 7,5 Kg. Estou deliberadamente tentando perder peso, comendo menos: SIM ( ) NÃO ( ) • • 20. 0 Não me preocupo mais que o de hábito com minha saúde. 1 Preocupo-me com problemas físicos como dores e aflições ou perturbações no estômago ou prisão de ventre. 2 Estou muito preocupado com problemas físicos e é difícil pensar em outra coisa que não isso. 3 Estou tão preocupado com meus problemas físicos que não consigo pensar em outra coisa. 21. 0 Não tenho observado qualquer mudança recente em meu interesse sexual. 1 Estou menos interessado por sexo que costumava. 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente. 3 Perdi completamente o interesse por sexo. TOTAL DE PONTOS: _________________ Escala de ansiedade de Beck Dormência ou formigamento Sensações de calor Tremor nas pernas Incapaz de relaxar Medo de acontecimentos ruins Confuso ou delirante Coração batendo forte e rápido Inseguro Apavorado Nervoso Sensação de sufocamento Tremor nas mãos Trêmulo Medo de perder o controle Dificuldade de respirar Medo de morrer Assustado Indigestão ou desconforto abdominal Desmaios Rubor facial Sudorese (não devido ao calor) 0 1 2 3 Ausente Suave, não me incomoda muito Moderado, é desagradável mas consigo suportar Grave, quase não consigo suportar • De acordo com as diretrizes para o tratamento da depressão, as estratégias de intervenção que devem ser utilizadas quando um paciente não responde ao tratamento com antidepressivo consistem em: a) aumento de dose; b) potencialização; c) associação de antidepressivos; d) troca de antidepressivo; e) Eletroconvulsoterapia; f) associação com psicoterapia • Avaliação da segurança • RNM: • Resultado clínico negativo decorrente de insegurança quantitativa • Resultado clínico negativo decorrente de insegurança qualitativa Efeito indesejável Manejo Referências Xerostomia Uso de gomas de mascar sem açúcar, saliva artificial, exagues bucais com flúor ou bochechos com algumas gotas de Pilocarpina (colírio). uso de pastilhas com vitamina C. Feio & Sapeta, 2005 Constipação intestinal Orientar o paciente a responder imediatamente ao reflexo defecatório, manter regularidade de horário, relaxar, fazer exercícios, ingerir fibras e muito líquido. Tess, 2001 Sedação Caso o paciente apresente sedação excessiva, podese orienta-lo a utilizar o medicamento a noite. Morente & Gastelurrutia, 2003 Enjôos Ingerir alimentos gelados ou em temperatura ambiente. Evitar comidas doces, salgadas ou gordurosas. Dormir ou divertir-se durante os períodos de náusea, praticar exercícios físicos. Tomar a medicação após alimentação e fracionar a alimentação ao longo do dia. Bisson, 2006 Tess, 2001 ou Pode-se orientar o paciente a utilizar a medicação pela manhã ou substituir o AD. Tess, 2001 Alterações na função sexual Pode-se sugerir ao médico a redução da dose ou substituição do medicamento ou ainda, adicionar a bupropiona que parece amenizar este efeito indesejável. O fármaco Neostigmina na dose de 7,5 mg a 15 mg meia hora antes do ato sexual pode aumentar a libido; e a ciproeptadina 4 mg\dia pode diminuir a anorgasmia. Mari et al., 2002 Tess, 2001 Demétrio et al., 2006 Sadock, 2002 Inquietude insônia Hipertensão venlafaxina por Realizar um acompanhamento da pressão arterial e sugerir ao médico a redução da dose. Morente & Gastelurrutia, 2003 Taquicardia tricíclicos por Deve-se sugerir ao médico a redução da dose ou substituição do medicamento Morente & Gastelurrutia, 2003 Ganho de peso Sugerir ao médico a redução de dose ou substituir o antidepressivo Demétrio 2006 Hipotensão ortostática Deve-se aconselhar o paciente a evitar mudanças bruscas na postura e reduzir o consumo de cafeína. Ingerir de 2 a 2,5 litros de líquido e fazer uma dieta mais rica em sal, praticar exercícios para fortalecer pernas e músculos abdominais como a natação também podem auxiliar. Uso de meia elástica de alta compressão. Caicedo, 2010 Morente & Gastelurrutia, 2003 Demétrio et al., 2006 Retenção urinária Uso de betanecol Demétrio 2006 et al., Cefaléia Reduzir a dose ou interromper o tratamento e inserir outro antidepressivo Demétrio 2006 et al., do Deve-se sugerir ao médico a redução da dose ou substituição do antidepressivo Demétrio 2006 et al., Elevação colesterol Fotossensibilização protetor solar a cada 2 horas, evitar se expor ao sol entre 10-16 h e utilizar óculos de sol. et Torres, 2010. al., Informações importantes • Informar ao paciente sobre a existência do período de latência prévio ao efeito terapêutico. • Iniciar com doses baixas para minimizar o aparecimento de efeitos indesejáveis. • Monitorar o paciente em relação à tentativa de suicídio. • Um antidepressivo que tenha sido usado anteriormente com sucesso deve ser considerado em caso de recorrência do episódio depressivo. • A terapia deve ter duração não inferior a 6 meses para evitar o aparecimento de recorrência e esta informação deve ser dada ao paciente para que não abandone o tratamento por sentir-se melhor.