AUDITORIA OPERACIONAL TRIBUNAL DE CONTAS DO PARANÁ PAF SOCIAL AC - Marcio José Assumpção Email: [email protected] Fone: 41-3350-1719 Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação, que país é esse? Renato Russo Programa de Trabalho 29/09/2011 Conceitos básicos de Auditoria Operacional Fases Auditoria Operacional Planejamento em auditoria Operacional Programa de Trabalho 30/09/2011 Cronograma de atividades Técnicas de Diagnóstico Execução da Auditoria Operacional Relatório Monitoramento “O Estado não tem dinheiro. Nenhum dinheiro é do Estado. O dinheiro antes e depois de entrar nos cofres públicos é do povo e, como tal, o seu controle paira acima de qualquer outro direito.” João Féder, Conselheiro TCE/Paraná 6 MISSÃO: Inspirar na Sociedade a Certeza do Controle da Aplicação dos Recursos Públicos VISÃO: O Controle como elo de Confiança entre o Poder Público e o Cidadão 7 “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante Controle Externo, e pelo sistema de Controle Interno de cada Poder.” Art. 70 da Constituição Federal O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: ... IV – realizar (...) auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas (...) Art. 71 da Constituição Federal Lei Complementas 113/05 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Paraná Art. 9º No exercício das funções de fiscalização, o Tribunal de Contas, através de inspeções e auditorias, acompanhará a execução contábil, financeira, orçamentária, operacional, patrimonial e de metas das (...) Lei Complementas 113/05 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (...) unidades administrativas dos Poderes Públicos, estadual e municipal e, ainda, dos responsáveis sujeitos à sua jurisdição. Regimento Interno do TCE-PR Art. 253. Auditoria é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para o exame objetivo e sistemático das operações financeiras, administrativas e operacionais, efetuado concomitantemente ou posteriormente à sua execução com a (...) Regimento Interno do TCE-PR (...) finalidade de verificar, avaliar e elaborar um relatório que contenha comentários, conclusões, recomendações e a correspondente opinião. Art. 254. As auditorias serão realizadas com a finalidade de: I - examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial; II - avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados; III - subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro. Regimento Interno do TCE-PR Art. 254-A. As auditorias de cunho operacional e procedimentos correlatos serão realizados anualmente, por meio de equipe própria, composta por técnicos das unidades afetas ao seu objeto, prevista no Plano Anual de Fiscalização, conforme proposta a ser submetida à Presidência, sem prejuízo das atividades próprias das Inspetorias de Controle Externo Regimento Interno do TCE-PR Art. 255. Inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para suprir omissões, lacunas de informações, esclarecer dúvidas, apurar a legalidade, a legitimidade e a economicidade de fatos específicos praticados pela administração, por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição, bem como para a apuração de denúncias ou representações. Finalidade do Controle Garantir que a da Administração Administração atue de . Pública acordo com os princípios • legalidade • moralidade Controle clássico e consolidado • publicidade • economicidade • finalidade pública • eficiência • motivação • eficácia • impessoalidade • efetividade Controle em processo de consolidação recente e/ou desenvolvimento Auditoria = necessidade Necessidade de CONTROLE Necessidade de INFORMAÇÕES Necessidade de CONFIANÇA nas INFORMAÇÕES Necessidade de opinião INDEPENDENTE e IMPARCIAL Auditoria A palavra auditoria se origina do Latim audire (ouvir). Inicialmente foi utilizada pelos ingleses (auditing) para significar a revisão da contabilidade. Atualmente, possui sentido mais abrangente. Conceito de Auditoria Exame independente, objetivo e sistemático de dada matéria, baseado em normas técnicas e profissionais, no qual se confronta uma condição com determinado critério com o fim de emitir uma opinião ou comentários. NORMAS DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL (NAGs) Condição X Critério Auditoria 22 Campo de aplicação Lei Complementar 113/05 – Lei Orgânica do TCE-PR, art. 3º: Administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público, no âmbito estadual e municipal Objeto de exame da Auditoria Os sistemas administrativo e operacional de controle interno utilizados na gestão orçamentária, financeira e patrimonial; A execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam recursos públicos; A aplicação dos recursos transferidos pelo Tesouro a entidades públicas ou privadas; Objeto de exame da Auditoria Os contratos firmados por gestores públicos com entidades privadas para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais; Os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade; Objeto de exame da Auditoria Os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio sob responsabilidade das unidades da administração direta e entidades supervisionadas; Objeto de exame da Auditoria Os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Público, em especial os relacionados com a contratação de empréstimos internos ou externos e com a concessão de avais; Objeto de exame da Auditoria A arrecadação e a restituição de receitas de tributos federais; e Os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas entradas e informações de saída. AUDITORIA DE REGULARIDADE: Exame e avaliação dos registros; das demonstrações contábeis; das contas governamentais; das operações e dos sistemas financeiros; do cumprimento das disposições legais e regulamentares; dos sistemas de controle interno; (...) AUDITORIA DE REGULARIDADE: (...) da probidade e da correção das decisões administrativas adotadas pelo ente auditado, com o objetivo de expressar uma opinião. NORMAS DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL (NAGs) AUDITORIA DE REGULARIDADE: Exame de funções, subfunções, programas, ações, áreas, processos, ciclos operacionais, serviços e sistemas governamentais com o objetivo de se emitir comentários sobre o desempenho dos órgãos e das entidades da (...) AUDITORIA DE REGULARIDADE: (...)Administração Pública e o resultado das políticas, programas e projetos públicos, pautado em critérios de economicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade, ética e proteção ao meio ambiente, além dos aspectos de legalidade. NORMAS DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL (NAGs) AUDITORIA DE REGULARIDADE AUDITORIA OPERACIONAL INTOSAI (ISSAI 3000/1.1) INTOSAI (ISSAI 3000/1.1) “Auditoria de Desempenho trata da auditoria de economicidade, eficiência e efetividade e compreende: (a) auditoria da economicidade de atividades administrativas de acordo com as boas práticas e princípios administrativos e políticas gerenciais; INTOSAI (ISSAI 3000/1.1) INTOSAI (ISSAI 3000/1.1) (b) auditoria da eficiência da utilização de recursos humanos, financeiros e outros, incluindo a avaliação de sistemas de informação, indicadores de desempenho e outros sistemas de acompanhamento, além de procedimentos seguidos pelas entidades auditadas para corrigir deficiências identificadas; INTOSAI (ISSAI 3000/1.1) INTOSAI (ISSAI 3000/1.1) (c) auditoria da efetividade do desempenho em relação ao alcance dos objetivos da entidade auditada, e a auditoria do impacto observado das atividades, comparado com o impacto esperado.” Portanto, em matéria de auditoria, o TCE-PR trabalha em duas frentes: Auditoria de Regularidade ou Conformidade Auditoria de Auditoria Regularidade ou Operacional Conformidade Auditoria Integrada Objetivos da Auditoria Examinar a regularidade e avaliar a eficiência da gestão administrativa e dos resultados alcançados. Apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e controles internos das unidades da administração direta e entidades supervisionadas. Monitoramento Seleção Divulgação CICLO DA AUDITORIA OPERACIONAL Planejamento Apreciação Execução Comentário do gestor Relatório Seleção do objeto de auditoria O principal critério de seleção é a capacidade de a auditoria agregar valor, por meio de sua contribuição para a avaliação e a melhoria da gestão pública. Outros critérios podem ser usados, entre os quais se destacam a materialidade, relevância e vulnerabilidade Levantamento Para passar do planejamento estratégico para o plano operacional, são necessárias informações atualizadas sobre estrutura, funções e operações dos possíveis objetos de auditoria, que permitam a identificação de áreas com alta materialidade, que apresentem vulnerabilidades e que tenham potencial para que a auditoria contribua para gerar melhorias na administração Levantamento de escopo amplo O levantamento de escopo amplo tem por objetivo conhecer a organização e o funcionamento das áreas que poderão ser fiscalizadas, bem como identificar objetos e instrumentos de fiscalização. Levantamento de escopo amplo O levantamento de escopo amplo explora as possibilidades de fiscalizações mediante análise do geral para o particular e em perspectiva plurianual. Tendo em vista sua amplitude, ele pode identificar oportunidades de realizar tanto auditorias operacionais quanto de conformidade. Levantamento de escopo restrito Em alguns casos, pode ser necessário aprofundar o levantamento para estudar a viabilidade de realização da fiscalização, isto é, examinar se o objeto de auditoria indicado é auditável, o que corresponde a um dos possíveis objetivos do levantamento. CICLO DA AUDITORIA OPERACIONAL Planejamento Planejamento Segundo a International Organization of Supreme Audit Institution (Intosai), o planejamento deve ser realizado de modo a assegurar que uma auditoria de alta qualidade seja conduzida de maneira econômica, eficiente, efetiva e com tempestividade PLANEJAMENTO É na fase de Planejamento que se procede à avaliação da exeqüibilidade da auditoria proposta, a partir de uma visão ampla do seu objeto. PLANEJAMENTO Como resultado dessa avaliação, a equipe deverá ser capaz de opinar sobre a viabilidade do trabalho e indicar as dimensões do desempenho que deverão ser abordadas, delimitar os objetivos, definir a metodologia a ser utilizada, elaborar as questões e explicitar os critérios da auditoria PLANEJAMENTO O principal produto dessa etapa é a Matriz de Planejamento, para as auditorias propostas que se mostrarem viáveis Objetivo do planejamento de auditoria O planejamento de auditoria visa delimitar o objetivo e o escopo da auditoria, definir a estratégia metodológica a ser adotada e estimar os recursos, os custos e o prazo necessários a sua realização. PLANEJAMENTO A fase de Planejamento engloba a realização das seguintes atividades: 1.Coleta e análise de Dados e Informações; 2.Critérios de Auditoria 3.Matriz de Planejamento 4.Elaboração do programa de auditoria. Coleta e análise de Dados e Informações Conhecer sobre objeto da auditoria Reunião inicial com O gestor Técnicas de diagnóstico problemas (coso/mapa de processos/ swot/ dvr/ stakeholders, etc) Questões de auditoria (definição) Definir E desenvolver instrumentos de coleta/obtenção de dados O planejamento consiste das seguintes atividades: a) análise preliminar do objeto de auditoria; b) definição do objetivo e escopo da auditoria; c) especificação dos critérios de auditoria; O planejamento consiste das seguintes atividades: d) elaboração da matriz de planejamento; e) validação da matriz de planejamento; f) elaboração de instrumentos de coleta de dados; g) teste-piloto; h) elaboração do projeto de auditoria. Análise preliminar do objeto auditado A análise preliminar consiste no levantamento de informações relevantes sobre o objeto auditado para adquirir-se o conhecimento necessário à formulação das questões que serão examinadas pela auditoria. Ainda na fase de análise preliminar, podem ser utilizadas técnicas com a finalidade de traçar diagnóstico a partir da interpretação sistemática das informações coletadas e da identificação dos principais problemas relativos ao desempenho do objeto selecionado. SWOT e Diagrama de Verificação de Risco Identificar as forças e fraquezas do ambiente interno do objeto da auditoria e as oportunidades e ameaças do ambiente externo. Identificar possíveis áreas a investigar. Identificar fatores de risco e conhecer a capacidade organizacional para o seu gerenciamento. A técnica da análise SWOT Ambiente Enterno Forças e Fraquezas DIAGNÓSTICO Ambiente Externo Oportunidades e Ameaças Probabilidade Diagrama de verificação de riscos 1 3-A 2 1-A 2-A 9-F 8-A 5-F 7-F 5-A 6-A 4-A 4-F 3 2-F 10-F 4 1-F 3-F 8-F 6-F 7-A 5 1 2 3 4 Impacto 5 Análise stakeholder Identificar principais grupos de interesse (atores interessados). Identificar opiniões e conflitos de interesses e informações relevantes. Mapa de produtos e Indicadores de desempenho Conhecer os principais objetivos de uma entidade ou programa. Representar as relações de dependência entre os produtos. Identificar os responsáveis pelos produtos críticos. Desenvolver indicadores de desempenho. Mapa de processos Conhecer o funcionamento de processos de trabalho. Identificar boas práticas. Identificar oportunidades para racionalização e aperfeiçoamento de processos de trabalho. Definição do objetivo e do escopo da auditoria Definir o objetivo da auditoria por meio da especificação do problema e das questões de auditoria que serão investigadas. Definição do objetivo e do escopo da auditoria O objetivo deve esclarecer também as razões que levaram a equipe a sugerir um determinado tema e enfoque, caso estes não tenham sido previamente definidos na deliberação que determinou a realização da auditoria. Questão de auditoria A questão de auditoria é o elemento central na determinação do direcionamento dos trabalhos de auditoria, das metodologias e técnicas a adotar e dos resultados que se pretende atingir. Na elaboração das questões de auditoria, deve-se levar em conta os seguintes aspectos: a) clareza e especificidade; b) uso de termos que possam ser definidos e mensurados; c) viabilidade investigativa (possibilidade de ser respondida); d) articulação e coerência Especificação dos critérios de auditoria A equipe deve definir os critérios de auditoria, que são padrões de desempenho utilizados para medir a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade do objeto de auditoria. Especificação dos critérios de auditoria Representam o estado ideal ou desejável daquilo que se examina e oferecem o contexto para se avaliar as evidências e compreender os achados, conclusões e recomendações da auditoria. Critérios de Auditoria São parâmetros balizadores da avaliação das práticas administrativas, bem assim dos resultados apresentados por programas governamentais. Verificar se o critério está sendo atendido consiste na coleta de evidências de auditoria, que são as provas obtidas pela equipe de auditoria para embasar suas conclusões Condição X Critério Auditoria 74 Elaboração da matriz de planejamento Uma vez definidos o problema e as questões de auditoria, a equipe deverá elaborar a matriz de planejamento. Tratase de quadro resumo das informações relevantes do planejamento de uma auditoria. Matriz de Planejamento A Matriz de Planejamento é uma esquematização das informações relevantes do planejamento de uma auditoria, com o propósito de auxiliar na elaboração conceitual do trabalho e na orientação da equipe na fase de execução. Matriz de Planejamento É uma ferramenta de auditoria que torna o planejamento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de decisões sobre metodologia entre a equipe e os superiores hierárquicos e auxiliando na condução dos trabalhos de campo. Os seguintes elementos compõem a Matriz de Planejamento de Auditoria: questões de auditoria; informações requeridas; fontes de informação; estratégias metodológicas; Os seguintes elementos compõem a Matriz de Planejamento de Auditoria: métodos de coleta de dados; métodos de análise de dados; limitações; o que a análise vai permitir dizer. O propósito da matriz de planejamento é auxiliar a elaboração conceitual do trabalho e a orientação da equipe na fase de execução. É uma ferramenta de auditoria que torna o planejamento mais sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de decisões sobre (...) (...) metodologia e auxiliando a condução dos trabalhos de campo. A matriz de planejamento é um instrumento flexível e o seu conteúdo pode ser atualizado ou modificado pela equipe à medida que o trabalho de auditoria progride. A matriz é também o principal instrumento de apoio à elaboração do projeto de auditoria, pois contém as informações essenciais que o definem. Daí a importância da discussão amadurecida da matriz antes de se iniciar a redação do projeto de auditoria. Validação da matriz de planejamento O processo de validação da matriz de planejamento passa por duas etapas. Primeiramente, após a revisão do supervisor, a matriz de planejamento deve ser submetida a um painel de referência com o objetivo de colher críticas e sugestões para seu aprimoramento. Esse processo de validação tem por objetivos específicos: a) conferir a lógica da auditoria e o rigor da metodologia utilizada, questionando as fontes de informação, a estratégia metodológica e o método de análise a ser utilizado, em confronto com os objetivos da auditoria; b) orientar e aconselhar a equipe de auditoria sobre a abordagem a ser adotada pela auditoria; c) prover variado conjunto de opiniões especializadas e independentes sobre o projeto de auditoria; d) assegurar a qualidade do trabalho e alertar a equipe sobre falhas no seu desenvolvimento/ concepção; e e) conferir a presença de benefícios potenciais significativos. A composição do painel, a ser organizado pela equipe de auditoria, deve favorecer o debate e refletir diferentes pontos de vista sobre o tema da auditoria. O painel poderá contar com a participação de especialistas convidados de universidades, centros de pesquisa com interesse no tema; (...) (...) representantes do controle interno e dos órgãos de planejamento e orçamento e representantes de organizações do terceiro setor, quando for o caso. O gestor poderá participar do painel de referência sempre que a equipe e o supervisor entenderem que a sua presença não trará prejuízo aos objetivos propostos no painel. A segunda etapa do processo de validação consiste na apresentação da matriz de planejamento aos gestores do órgão ou programa auditado, depois dos ajustes necessários em função do resultado das discussões do painel de referência. A finalidade desse procedimento é apresentar o resultado da etapa de planejamento, realizada com a participação do gestor, visando obter seu comprometimento com o objetivo e a condução da auditoria. Elaboração de instrumentos de coleta de dados e teste-piloto Uma vez definida e validada a matriz de planejamento, passa-se à elaboração dos instrumentos de coleta de dados que serão utilizados durante a execução da auditoria. Elaboração de instrumentos de coleta de dados e teste-piloto Cada técnica de coleta de dados – entrevista, questionário, grupo focal e observação direta – possui um instrumento próprio, a ser desenhado de forma a garantir a obtenção de informações relevantes e suficientes para responder às questões de auditoria. Para obter um quadro representativo, a equipe deve escolher para a realização do teste-piloto um local ou aspecto do objeto da auditoria que apresente dificuldades potenciais à condução dos trabalhos, permitindo que a equipe antecipe os problemas que poderão (...) (...) ser enfrentados. Além disso, os dados coletados permitirão ajustar o tamanho da amostra e assegurar que a estratégia metodológica selecionada oferecerá resposta conclusiva à questão de auditoria. Elaboração do projeto de auditoria Ao final da etapa de planejamento, a equipe deve preparar o projeto de auditoria que resume a natureza do trabalho a realizar e os resultados que se pretende alcançar. O projeto deve explicitar a motivação para se investigar determinado problema de auditoria, segundo enfoque específico e com a utilização de certa metodologia. Portanto, o projeto conterá descrição sucinta do objeto de auditoria, objetivos do trabalho, questões a ser investigadas, procedimentos a ser desenvolvidos e resultados esperados com a realização da auditoria. Farão parte do apêndice: a matriz de planejamento, que resume as informações centrais do projeto de auditoria; o cronograma proposto para a condução dos trabalhos; e a estimativa de custos, inclusive de contratação de especialista, quando for o caso. Programa de Auditoria Após a conclusão da Matriz de Planejamento, é a elaborado o Programa de Auditoria, que trata da descrição dos procedimentos de auditoria que serão realizados para a consecução dos objetivos propostos, indicando a seqüência lógica das atividades que serão executadas na fase seguinte O Programa de Auditoria também se constitui em ferramenta de controle para os coordenadores e supervisores de auditoria sobre a execução dos procedimentos pela equipe. Na sua elaboração devem ser considerados os seguintes itens: objetivo da auditoria; período de realização dos exames; escopo ou alcance do exame; questões de auditoria; critérios de auditoria; estratégias metodológicas a serem utilizadas métodos e técnicas de obtenção de dados; métodos e técnicas de análise de dados; pessoal técnico envolvido, incluindo a utilização de especialistas; cronograma das atividades; material necessário; e estimativa de custos. CICLO DA AUDITORIA OPERACIONAL Execução EXECUÇÃO DA AUDITORIA A Execução é a fase na qual são aplicados os procedimentos de auditoria para coletar as evidências, isto é, as provas que sustentarão o juízo que se fará sobre o problema investigado. A etapa de execução consiste na obtenção de evidências apropriadas e suficientes para respaldar os achados e conclusões da auditoria. As principais atividades realizadas durante a execução são: a) desenvolvimento dos trabalhos de campo; b) análise dos dados coletados; c) elaboração da matriz de achados; d) validação da matriz de achados. EXECUÇÃO DA AUDITORIA A Execução é a fase na qual são aplicados os procedimentos de auditoria para coletar as evidências, isto é, as provas que sustentarão o juízo que se fará sobre o problema investigado. Nessa fase é que se concentram os trabalhos de campo, com avaliação aprofundada dos controles e sistemas de informações, e aplicação de técnicas de auditoria, com vistas a levantar evidências suficientes e confiáveis para responder as questões de auditoria formuladas durante a fase de Planejamento. EXECUÇÃO DA AUDITORIA Procedimentos de auditoria: Pesquisa documental Pesquisa banco de dados Reuniões Pesquisa de opinião Habilidades necessárias no trabalho de campo: Capacidade de negociação Auto-confiança Trabalho em equipe Capacidade de formar julgamentos Capacidade de rever expectativas Habilidades necessárias no trabalho de campo: Competência necessária para acesso aos dados Não desviar da questão proposta Seletividade Conclusões do PAF SOCIAL Auditoria de Regularidade ou Conformidade Auditoria de Auditoria Regularidade ou Operacional Conformidade Auditoria Integrada Achado de auditoria Achado é a discrepância entre a situação existente e o critério. Achados são situações verificadas pelo auditor durante o trabalho de campo que serão usadas para responder às questões de auditoria. O achado contém os seguintes atributos: Achado de auditoria critério (o que deveria ser), condição (o que é), causa (razão do desvio com relação ao critério) e efeito (consequência da situação encontrada). Quando o critério é comparado com a situação existente, surge o achado de auditoria. Critério A situação que deveria ser encontrada X Achado Condição A situação encontrada Relatório 117 Matriz de Achados É a forma de organizar as informações correspondentes aos achados de auditoria. O desenvolvimento dos achados de auditoria consiste em levantar evidências suficientes para a emissão de juízo sobre o objeto da auditoria, por meio da comparação entre a situação observada e os critérios fixados. Matriz de Achados A organização em forma de matriz facilita a visualização dos resultados da auditoria e a estruturação lógica da análise das informações levantadas na fase de execução, sendo composto de: Matriz de Achados Achados de Auditoria; Análises e Evidências; Causas, Efeitos, Boas Práticas; Recomendações; Benefícios Esperados; RELATÓRIO DE AUDITORIA É a descrição dos trabalhos e exames realizados; dos fatos relevantes apurados com base em evidências concretas e das conclusões, recomendações e opiniões da equipe de auditoria. RELATÓRIO DE AUDITORIA Deverá incluir apenas informações relevantes, achados e conclusões amparados por evidências suficientes, pertinentes e adequadas, devidamente documentadas nos papéis de trabalho. C C Requisitos para elaboração do Relatório: Clareza a palavra “certo” Convicção C Concisão E Exatidão R Relevância T Tempestividade O Objetividade PLANO DE AÇÃO E MONITORAMENTO O Relatório de Auditoria deve conter recomendação específica para que o gestor elabore e apresente, em prazo determinado pelo Tribunal, Plano de Ação para implementar as recomendações apontadas O Plano de Ação deve conter cronograma para a implementação de todas as medidas saneadoras a serem adotadas, baseadas nas recomendações aprovadas pelo Tribunal, preferencialmente com metas e prazos negociados previamente entre a equipe de auditoria e o gestor. O Plano de Ação permite que o Tribunal exerça objetivamente o Monitoramento tempestivo das medidas saneadoras necessárias à efetiva implementação de suas recomendações, de modo a garantir a eficácia da auditoria. “As pessoas poderão até duvidar do que você diz, mas acreditarão no que faz” Ralph Emerson