AUDITORIA
OPERACIONAL
TRIBUNAL DE CONTAS DO PARANÁ
PAF SOCIAL
AC - Marcio José Assumpção
Email: [email protected]
Fone: 41-3350-1719
Ninguém respeita a Constituição, mas
todos acreditam no futuro da nação,
que país é esse?
Renato Russo
Programa de Trabalho
29/09/2011
 Conceitos básicos de Auditoria
Operacional
 Fases Auditoria Operacional
 Planejamento em auditoria Operacional
Programa de Trabalho
30/09/2011
 Cronograma de atividades
 Técnicas de Diagnóstico
 Execução da Auditoria Operacional
 Relatório
 Monitoramento
“O Estado não tem dinheiro.
Nenhum dinheiro é do Estado. O
dinheiro antes e depois de entrar
nos cofres públicos é do povo e,
como tal, o seu controle paira
acima de qualquer outro direito.”
João Féder, Conselheiro TCE/Paraná
6
MISSÃO:
Inspirar na Sociedade a Certeza do Controle
da Aplicação dos Recursos Públicos
VISÃO:
O Controle como elo de Confiança entre o
Poder Público e o Cidadão
7
“A fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração
direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional,
mediante Controle Externo, e pelo sistema
de Controle Interno de cada Poder.”
Art. 70 da Constituição Federal
O controle externo, a cargo do
Congresso Nacional, será
exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União,
ao qual compete:
...
IV – realizar (...) auditorias de
natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades
administrativas (...)
Art. 71 da Constituição Federal
Lei Complementas 113/05 – Lei Orgânica do
Tribunal de Contas do Estado do Paraná
Art. 9º No exercício das funções de
fiscalização, o Tribunal de Contas, através
de inspeções e auditorias, acompanhará a
execução contábil, financeira, orçamentária,
operacional, patrimonial e de metas das (...)
Lei Complementas 113/05 – Lei Orgânica do
Tribunal de Contas do Estado do Paraná
(...) unidades administrativas dos Poderes
Públicos, estadual e municipal e, ainda, dos
responsáveis sujeitos à sua jurisdição.
Regimento Interno do TCE-PR
Art. 253. Auditoria é o instrumento de
fiscalização utilizado pelo Tribunal para o
exame objetivo e sistemático das operações
financeiras, administrativas e operacionais,
efetuado concomitantemente ou
posteriormente à sua execução com a (...)
Regimento Interno do TCE-PR
(...) finalidade de verificar, avaliar e elaborar
um relatório que contenha comentários,
conclusões, recomendações e a
correspondente opinião.
Art. 254. As auditorias serão realizadas com
a finalidade de:
I - examinar a legalidade e a legitimidade
dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos
a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil,
financeiro, orçamentário, operacional e
patrimonial;
II - avaliar o desempenho dos órgãos e
entidades jurisdicionados, assim como dos
sistemas, programas, projetos e atividades
governamentais, quanto aos aspectos de
economicidade, eficiência e eficácia dos atos
praticados;
III - subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a
registro.
Regimento Interno do TCE-PR
Art. 254-A. As auditorias de cunho operacional e
procedimentos correlatos serão realizados
anualmente, por meio de equipe própria,
composta por técnicos das unidades afetas ao seu
objeto, prevista no Plano Anual de Fiscalização,
conforme proposta a ser submetida à Presidência,
sem prejuízo das atividades próprias das
Inspetorias de Controle Externo
Regimento Interno do TCE-PR
Art. 255. Inspeção é o instrumento de
fiscalização utilizado pelo Tribunal para suprir
omissões, lacunas de informações, esclarecer
dúvidas, apurar a legalidade, a legitimidade e a
economicidade de fatos específicos praticados
pela administração, por qualquer responsável
sujeito à sua jurisdição, bem como para a
apuração de denúncias ou representações.
Finalidade do Controle
Garantir que a
da Administração
Administração
atue de
.
Pública
acordo com os princípios
• legalidade
• moralidade
Controle clássico e
consolidado
• publicidade
• economicidade
• finalidade
pública
• eficiência
• motivação
• eficácia
• impessoalidade • efetividade
Controle em
processo de
consolidação
recente e/ou
desenvolvimento
Auditoria = necessidade
 Necessidade de CONTROLE
 Necessidade de INFORMAÇÕES
 Necessidade de CONFIANÇA nas

INFORMAÇÕES
Necessidade de opinião
INDEPENDENTE e IMPARCIAL
Auditoria
A palavra auditoria se origina do Latim
audire (ouvir). Inicialmente foi utilizada
pelos ingleses (auditing) para significar
a revisão da contabilidade. Atualmente,
possui sentido mais abrangente.
Conceito de Auditoria
Exame independente, objetivo e
sistemático de dada matéria, baseado em
normas técnicas e profissionais, no qual se
confronta uma condição com determinado
critério com o fim de emitir uma opinião
ou comentários.
NORMAS DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL (NAGs)
Condição
X
Critério
Auditoria
22
Campo de aplicação
Lei Complementar 113/05 – Lei Orgânica
do TCE-PR, art. 3º:
Administração direta e indireta, incluídas
as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no âmbito
estadual e municipal
Objeto de exame da Auditoria
 Os sistemas administrativo e operacional de
controle interno utilizados na gestão
orçamentária, financeira e patrimonial;
 A execução dos planos, programas, projetos e
atividades que envolvam recursos públicos;
 A aplicação dos recursos transferidos pelo
Tesouro a entidades públicas ou privadas;
Objeto de exame da Auditoria
 Os contratos firmados por gestores
públicos com entidades privadas para
prestação de serviços, execução de
obras e fornecimento de materiais;
 Os processos de licitação, sua dispensa
ou inexigibilidade;
Objeto de exame da Auditoria
 Os instrumentos e sistemas de guarda e
conservação dos bens e do patrimônio
sob responsabilidade das unidades da
administração direta e entidades
supervisionadas;
Objeto de exame da Auditoria
 Os atos administrativos que resultem
direitos e obrigações para o Poder
Público, em especial os relacionados com
a contratação de empréstimos internos
ou externos e com a concessão de avais;
Objeto de exame da Auditoria
 A arrecadação e a restituição de
receitas de tributos federais; e
 Os sistemas eletrônicos de
processamento de dados, suas entradas
e informações de saída.
AUDITORIA DE REGULARIDADE:
Exame e avaliação dos registros; das
demonstrações contábeis; das contas
governamentais; das operações e dos
sistemas financeiros; do cumprimento das
disposições legais e regulamentares; dos
sistemas de controle interno; (...)
AUDITORIA DE REGULARIDADE:
(...) da probidade e da correção das
decisões administrativas adotadas pelo
ente auditado, com o objetivo de
expressar uma opinião.
NORMAS DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL (NAGs)
AUDITORIA DE REGULARIDADE:
Exame de funções, subfunções, programas,
ações, áreas, processos, ciclos
operacionais, serviços e sistemas
governamentais com o objetivo de se
emitir comentários sobre o desempenho
dos órgãos e das entidades da (...)
AUDITORIA DE REGULARIDADE:
(...)Administração Pública e o resultado das
políticas, programas e projetos públicos,
pautado em critérios de economicidade,
eficiência, eficácia, efetividade, equidade,
ética e proteção ao meio ambiente, além
dos aspectos de legalidade.
NORMAS DE AUDITORIA GOVERNAMENTAL (NAGs)
AUDITORIA DE
REGULARIDADE
AUDITORIA
OPERACIONAL
INTOSAI (ISSAI 3000/1.1)
INTOSAI (ISSAI 3000/1.1)
“Auditoria de Desempenho trata da
auditoria de economicidade, eficiência e
efetividade e compreende:
(a) auditoria da economicidade de
atividades administrativas de acordo com
as boas práticas e princípios
administrativos e políticas gerenciais;
INTOSAI (ISSAI 3000/1.1)
INTOSAI (ISSAI 3000/1.1)
(b) auditoria da eficiência da utilização de
recursos humanos, financeiros e outros,
incluindo a avaliação de sistemas de
informação, indicadores de desempenho e
outros sistemas de acompanhamento, além
de procedimentos seguidos pelas entidades
auditadas para corrigir deficiências
identificadas;
INTOSAI (ISSAI 3000/1.1)
INTOSAI (ISSAI 3000/1.1)
(c) auditoria da efetividade do
desempenho em relação ao alcance dos
objetivos da entidade auditada, e a
auditoria do impacto observado das
atividades, comparado com o impacto
esperado.”
Portanto, em matéria de auditoria, o
TCE-PR trabalha em duas frentes:
Auditoria de
Regularidade ou
Conformidade
Auditoria
de
Auditoria
Regularidade
ou
Operacional
Conformidade
Auditoria Integrada
Objetivos da Auditoria
 Examinar a regularidade e avaliar a
eficiência da gestão administrativa e dos
resultados alcançados.
 Apresentar subsídios para o
aperfeiçoamento dos procedimentos
administrativos e controles internos das
unidades da administração direta e
entidades supervisionadas.
Monitoramento
Seleção
Divulgação
CICLO DA
AUDITORIA
OPERACIONAL
Planejamento
Apreciação
Execução
Comentário do
gestor
Relatório
Seleção do objeto de auditoria
O principal critério de seleção é a
capacidade de a auditoria agregar
valor, por meio de sua contribuição
para a avaliação e a melhoria da
gestão pública. Outros critérios
podem ser usados, entre os quais se
destacam a materialidade,
relevância e vulnerabilidade
Levantamento
Para passar do planejamento estratégico para o
plano operacional, são necessárias informações
atualizadas sobre estrutura, funções e operações
dos possíveis objetos de auditoria, que permitam
a identificação de áreas com alta materialidade,
que apresentem vulnerabilidades e que tenham
potencial para que a auditoria contribua para
gerar melhorias na administração
Levantamento de escopo amplo
O levantamento de escopo amplo tem
por objetivo conhecer a organização e o
funcionamento das áreas que poderão ser
fiscalizadas, bem como identificar objetos
e instrumentos de fiscalização.
Levantamento de escopo amplo
O levantamento de escopo amplo explora
as possibilidades de fiscalizações mediante
análise do geral para o particular e em
perspectiva plurianual. Tendo em vista sua
amplitude, ele pode identificar
oportunidades de realizar tanto auditorias
operacionais quanto de conformidade.
Levantamento de escopo restrito
Em alguns casos, pode ser necessário
aprofundar o levantamento para estudar
a viabilidade de realização da fiscalização,
isto é, examinar se o objeto de auditoria
indicado é auditável, o que corresponde a
um dos possíveis objetivos do
levantamento.
CICLO DA
AUDITORIA
OPERACIONAL
Planejamento
Planejamento
Segundo a International
Organization of Supreme Audit
Institution (Intosai), o planejamento
deve ser realizado de modo a
assegurar que uma auditoria de alta
qualidade seja conduzida de
maneira econômica, eficiente,
efetiva e com tempestividade
PLANEJAMENTO
É na fase de Planejamento que se
procede à avaliação da
exeqüibilidade da auditoria
proposta, a partir de uma visão
ampla do seu objeto.
PLANEJAMENTO
Como resultado dessa avaliação, a equipe
deverá ser capaz de opinar sobre a viabilidade
do trabalho e indicar as dimensões do
desempenho que deverão ser abordadas,
delimitar os objetivos, definir a metodologia a
ser utilizada, elaborar as questões e explicitar
os critérios da auditoria
PLANEJAMENTO
O principal produto dessa etapa é a
Matriz de Planejamento, para as
auditorias propostas que se mostrarem
viáveis
Objetivo do planejamento de auditoria
O planejamento de auditoria visa
delimitar o objetivo e o escopo da
auditoria, definir a estratégia
metodológica a ser adotada e estimar os
recursos, os custos e o prazo necessários
a sua realização.
PLANEJAMENTO
A fase de Planejamento engloba a
realização das seguintes atividades:
1.Coleta e análise de Dados e Informações;
2.Critérios de Auditoria
3.Matriz de Planejamento
4.Elaboração do programa de auditoria.
Coleta e análise de Dados e Informações
Conhecer sobre objeto da auditoria
Reunião inicial com O gestor
Técnicas de diagnóstico problemas
(coso/mapa de processos/ swot/ dvr/
stakeholders, etc)
Questões de auditoria (definição)
Definir E desenvolver instrumentos de
coleta/obtenção de dados
O planejamento consiste das seguintes
atividades:
a) análise preliminar do objeto de
auditoria;
b) definição do objetivo e escopo da
auditoria;
c) especificação dos critérios de auditoria;
O planejamento consiste das seguintes
atividades:
d) elaboração da matriz de planejamento;
e) validação da matriz de planejamento;
f) elaboração de instrumentos de coleta
de dados;
g) teste-piloto;
h) elaboração do projeto de auditoria.
Análise preliminar do objeto auditado
A análise preliminar consiste no
levantamento de informações relevantes
sobre o objeto auditado para adquirir-se
o conhecimento necessário à formulação
das questões que serão examinadas pela
auditoria.
Ainda na fase de análise preliminar,
podem ser utilizadas técnicas com a
finalidade de traçar diagnóstico a partir
da interpretação sistemática das
informações coletadas e da identificação
dos principais problemas relativos ao
desempenho do objeto selecionado.
SWOT e Diagrama de Verificação de Risco
 Identificar as forças e fraquezas do
ambiente interno do objeto da auditoria
e as oportunidades e ameaças do
ambiente externo.
 Identificar possíveis áreas a investigar.
 Identificar fatores de risco e conhecer a
capacidade organizacional para o seu
gerenciamento.
A técnica da análise SWOT
Ambiente
Enterno
Forças e
Fraquezas
DIAGNÓSTICO
Ambiente
Externo
Oportunidades
e Ameaças
Probabilidade
Diagrama de verificação de riscos
1
3-A
2
1-A 2-A 9-F 8-A 5-F 7-F
5-A
6-A 4-A
4-F
3
2-F
10-F
4
1-F
3-F 8-F 6-F 7-A
5
1
2
3
4
Impacto
5
Análise stakeholder
 Identificar principais grupos de
interesse (atores interessados).
 Identificar opiniões e conflitos de
interesses e informações relevantes.
Mapa de produtos e Indicadores de
desempenho
 Conhecer os principais objetivos de uma
entidade ou programa.
 Representar as relações de dependência
entre os produtos.
 Identificar os responsáveis pelos produtos
críticos.
 Desenvolver indicadores de desempenho.
Mapa de processos
 Conhecer o funcionamento de
processos de trabalho.
 Identificar boas práticas.
 Identificar oportunidades para
racionalização e aperfeiçoamento de
processos de trabalho.
Definição do objetivo e do escopo da
auditoria
Definir o objetivo da auditoria por meio
da especificação do problema e das
questões de auditoria que serão
investigadas.
Definição do objetivo e do escopo da
auditoria
O objetivo deve esclarecer também as
razões que levaram a equipe a sugerir um
determinado tema e enfoque, caso estes
não tenham sido previamente definidos
na deliberação que determinou a
realização da auditoria.
Questão de auditoria
A questão de auditoria é o elemento
central na determinação do
direcionamento dos trabalhos de auditoria,
das metodologias e técnicas a adotar e dos
resultados que se pretende atingir.
Na elaboração das questões de auditoria,
deve-se levar em conta os seguintes
aspectos:
a) clareza e especificidade;
b) uso de termos que possam ser definidos
e mensurados;
c) viabilidade investigativa (possibilidade de
ser respondida);
d) articulação e coerência
Especificação dos critérios de auditoria
A equipe deve definir os critérios de
auditoria, que são padrões de
desempenho utilizados para medir a
economicidade, eficiência, eficácia e
efetividade do objeto de auditoria.
Especificação dos critérios de auditoria
Representam o estado ideal ou desejável
daquilo que se examina e oferecem o
contexto para se avaliar as evidências e
compreender os achados, conclusões e
recomendações da auditoria.
Critérios de Auditoria
São parâmetros balizadores da avaliação
das práticas administrativas, bem assim
dos resultados apresentados por
programas governamentais. Verificar se o
critério está sendo atendido consiste na
coleta de evidências de auditoria, que são
as provas obtidas pela equipe de
auditoria para embasar suas conclusões
Condição
X
Critério
Auditoria
74
Elaboração da matriz de planejamento
Uma vez definidos o problema e as
questões de auditoria, a equipe deverá
elaborar a matriz de planejamento. Tratase de quadro resumo das informações
relevantes do planejamento de uma
auditoria.
Matriz de Planejamento
A Matriz de Planejamento é uma
esquematização das informações relevantes
do planejamento de uma auditoria, com o
propósito de auxiliar na elaboração
conceitual do trabalho e na orientação da
equipe na fase de execução.
Matriz de Planejamento
É uma ferramenta de auditoria que torna o
planejamento mais sistemático e dirigido,
facilitando a comunicação de decisões sobre
metodologia entre a equipe e os superiores
hierárquicos e auxiliando na condução dos
trabalhos de campo.
Os seguintes elementos compõem a
Matriz de Planejamento de Auditoria:
 questões de auditoria;
 informações requeridas;
 fontes de informação;
 estratégias metodológicas;
Os seguintes elementos compõem a
Matriz de Planejamento de Auditoria:
 métodos de coleta de dados;
 métodos de análise de dados;
 limitações;
 o que a análise vai permitir dizer.
O propósito da matriz de planejamento é
auxiliar a elaboração conceitual do
trabalho e a orientação da equipe na fase
de execução. É uma ferramenta de
auditoria que torna o planejamento mais
sistemático e dirigido, facilitando a
comunicação de decisões sobre (...)
(...) metodologia e auxiliando a condução
dos trabalhos de campo. A matriz de
planejamento é um instrumento flexível e
o seu conteúdo pode ser atualizado ou
modificado pela equipe à medida que o
trabalho de auditoria progride.
A matriz é também o principal
instrumento de apoio à elaboração do
projeto de auditoria, pois contém as
informações essenciais que o definem.
Daí a importância da discussão
amadurecida da matriz antes de se iniciar
a redação do projeto de auditoria.
Validação da matriz de planejamento
O processo de validação da matriz de
planejamento passa por duas etapas.
Primeiramente, após a revisão do supervisor,
a matriz de planejamento deve ser submetida
a um painel de referência com o objetivo de
colher críticas e sugestões para seu
aprimoramento. Esse processo de validação
tem por objetivos específicos:
a) conferir a lógica da auditoria e o rigor
da metodologia utilizada, questionando
as fontes de informação, a estratégia
metodológica e o método de análise a ser
utilizado, em confronto com os objetivos
da auditoria;
b) orientar e aconselhar a equipe de
auditoria sobre a abordagem a ser
adotada pela auditoria;
c) prover variado conjunto de opiniões
especializadas e independentes sobre o
projeto de auditoria;
d) assegurar a qualidade do trabalho e
alertar a equipe sobre falhas no seu
desenvolvimento/ concepção; e
e) conferir a presença de benefícios
potenciais significativos.
A composição do painel, a ser organizado
pela equipe de auditoria, deve favorecer o
debate e refletir diferentes pontos de vista
sobre o tema da auditoria. O painel poderá
contar com a participação de especialistas
convidados de universidades, centros de
pesquisa com interesse no tema; (...)
(...) representantes do controle interno e
dos órgãos de planejamento e orçamento e
representantes de organizações do terceiro
setor, quando for o caso.
O gestor poderá participar do painel de
referência sempre que a equipe e o
supervisor entenderem que a sua
presença não trará prejuízo aos objetivos
propostos no painel.
A segunda etapa do processo de
validação consiste na apresentação da
matriz de planejamento aos gestores do
órgão ou programa auditado, depois dos
ajustes necessários em função do
resultado das discussões do painel de
referência.
A finalidade desse procedimento é
apresentar o resultado da etapa de
planejamento, realizada com a
participação do gestor, visando obter seu
comprometimento com o objetivo e a
condução da auditoria.
Elaboração de instrumentos de coleta de
dados e teste-piloto
Uma vez definida e validada a matriz de
planejamento, passa-se à elaboração dos
instrumentos de coleta de dados que
serão utilizados durante a execução da
auditoria.
Elaboração de instrumentos de coleta de
dados e teste-piloto
Cada técnica de coleta de dados –
entrevista, questionário, grupo focal e
observação direta – possui um
instrumento próprio, a ser desenhado de
forma a garantir a obtenção de
informações relevantes e suficientes para
responder às questões de auditoria.
Para obter um quadro representativo, a
equipe deve escolher para a realização do
teste-piloto um local ou aspecto do
objeto da auditoria que apresente
dificuldades potenciais à condução dos
trabalhos, permitindo que a equipe
antecipe os problemas que poderão (...)
(...) ser enfrentados. Além disso, os dados
coletados permitirão ajustar o tamanho
da amostra e assegurar que a estratégia
metodológica selecionada oferecerá
resposta conclusiva à questão de
auditoria.
Elaboração do projeto de auditoria
Ao final da etapa de planejamento, a equipe
deve preparar o projeto de auditoria que
resume a natureza do trabalho a realizar e
os resultados que se pretende alcançar. O
projeto deve explicitar a motivação para se
investigar determinado problema de
auditoria, segundo enfoque específico e
com a utilização de certa metodologia.
Portanto, o projeto conterá descrição
sucinta do objeto de auditoria, objetivos
do trabalho, questões a ser investigadas,
procedimentos a ser desenvolvidos e
resultados esperados com a realização da
auditoria. Farão parte do apêndice:
a matriz de planejamento, que resume as
informações centrais do projeto de
auditoria; o cronograma proposto para a
condução dos trabalhos; e a estimativa de
custos, inclusive de contratação de
especialista, quando for o caso.
Programa de Auditoria
Após a conclusão da Matriz de Planejamento,
é a elaborado o Programa de Auditoria, que
trata da descrição dos procedimentos de
auditoria que serão realizados para a
consecução dos objetivos propostos,
indicando a seqüência lógica das atividades
que serão executadas na fase seguinte
O Programa de Auditoria também se
constitui em ferramenta de controle para
os coordenadores e supervisores de
auditoria sobre a execução dos
procedimentos pela equipe. Na sua
elaboração devem ser considerados os
seguintes itens:
 objetivo da auditoria;
 período de realização dos exames;
 escopo ou alcance do exame;
 questões de auditoria;
 critérios de auditoria;
 estratégias metodológicas a serem utilizadas
 métodos e técnicas de obtenção de dados;
 métodos e técnicas de análise de dados;
 pessoal técnico envolvido, incluindo a
utilização de especialistas;
 cronograma das atividades;
 material necessário; e
 estimativa de custos.
CICLO DA
AUDITORIA
OPERACIONAL
Execução
EXECUÇÃO DA AUDITORIA
A Execução é a fase na qual são aplicados
os procedimentos de auditoria para
coletar as evidências, isto é, as provas
que sustentarão o juízo que se fará sobre
o problema investigado.
A etapa de execução consiste na
obtenção de evidências apropriadas e
suficientes para respaldar os achados e
conclusões da auditoria.
As principais atividades realizadas
durante a execução são:
a) desenvolvimento dos trabalhos de
campo;
b) análise dos dados coletados;
c) elaboração da matriz de achados;
d) validação da matriz de achados.
EXECUÇÃO DA AUDITORIA
A Execução é a fase na qual são aplicados
os procedimentos de auditoria para
coletar as evidências, isto é, as provas
que sustentarão o juízo que se fará sobre
o problema investigado.
Nessa fase é que se concentram os
trabalhos de campo, com avaliação
aprofundada dos controles e sistemas de
informações, e aplicação de técnicas de
auditoria, com vistas a levantar evidências
suficientes e confiáveis para responder as
questões de auditoria formuladas durante
a fase de Planejamento.
EXECUÇÃO DA AUDITORIA
Procedimentos de auditoria:
Pesquisa documental
Pesquisa banco de dados
Reuniões
Pesquisa de opinião
Habilidades necessárias no
trabalho de campo:
 Capacidade de negociação
 Auto-confiança
 Trabalho em equipe
 Capacidade de formar julgamentos
 Capacidade de rever expectativas
Habilidades necessárias no
trabalho de campo:
 Competência necessária para acesso
aos dados
 Não desviar da questão proposta
 Seletividade
Conclusões do PAF SOCIAL
Auditoria de
Regularidade ou
Conformidade
Auditoria
de
Auditoria
Regularidade
ou
Operacional
Conformidade
Auditoria Integrada
Achado de auditoria
Achado é a discrepância entre a situação
existente e o critério. Achados são
situações verificadas pelo auditor durante
o trabalho de campo que serão usadas
para responder às questões de auditoria.
O achado contém os seguintes atributos:
Achado de auditoria
critério (o que deveria ser), condição (o
que é), causa (razão do desvio com relação
ao critério) e efeito (consequência da
situação encontrada). Quando o critério é
comparado com a situação existente,
surge o achado de auditoria.
Critério
A situação que
deveria ser
encontrada
X
Achado
Condição
A situação
encontrada
Relatório
117
Matriz de Achados
É a forma de organizar as informações
correspondentes aos achados de auditoria.
O desenvolvimento dos achados de auditoria
consiste em levantar evidências suficientes
para a emissão de juízo sobre o objeto da
auditoria, por meio da comparação entre a
situação observada e os critérios fixados.
Matriz de Achados
A organização em forma de matriz facilita a
visualização dos resultados da auditoria e a
estruturação lógica da análise das
informações levantadas na fase de
execução, sendo composto de:
Matriz de Achados
Achados de Auditoria;
 Análises e Evidências;
 Causas, Efeitos, Boas Práticas;
 Recomendações;
 Benefícios Esperados;
RELATÓRIO DE AUDITORIA
É a descrição dos trabalhos e exames
realizados; dos fatos relevantes apurados
com base em evidências concretas e das
conclusões, recomendações e opiniões da
equipe de auditoria.
RELATÓRIO DE AUDITORIA
Deverá incluir apenas informações
relevantes, achados e conclusões amparados
por evidências suficientes, pertinentes e
adequadas, devidamente documentadas nos
papéis de trabalho.
C
C
Requisitos para elaboração
do Relatório:
Clareza
a
palavra
“certo”
Convicção
C
Concisão
E
Exatidão
R
Relevância
T
Tempestividade
O Objetividade
PLANO DE AÇÃO E MONITORAMENTO
O Relatório de Auditoria deve conter
recomendação específica para que o gestor
elabore e apresente, em prazo determinado
pelo Tribunal, Plano de Ação para
implementar as recomendações apontadas
O Plano de Ação deve conter cronograma
para a implementação de todas as medidas
saneadoras a serem adotadas, baseadas
nas recomendações aprovadas pelo
Tribunal, preferencialmente com metas e
prazos negociados previamente entre a
equipe de auditoria e o gestor.
O Plano de Ação permite que o Tribunal
exerça objetivamente o Monitoramento
tempestivo das medidas saneadoras
necessárias à efetiva implementação de
suas recomendações, de modo a garantir
a eficácia da auditoria.
“As pessoas poderão até duvidar do que
você diz, mas acreditarão no que faz”
Ralph Emerson
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Apresentação Curso de Capacitação - 29/10/2011