Avaliação da efetividade da segunda dose da vacina BCG em escolares contra tuberculose (e hanseníase) Um ensaio randomizado de larga escala (REVAC-BCG) Control Clin Trials 23: 540-553, 2002. Int J Lepr . 72: 8-15, 2004. Lancet, in press BCG e meningite tuberculosa/tuberculose miliar: Resumo dos trials e estudos caso controle Sumário dos estudos caso-controle realizados no Brasil para avaliação da eficácia da 1ª dose de vacina BCG contra Meningite Tuberculosa. Autor Wunsch- Camargos, Costa et al., Filho,1990 1988 1991 Local S. Paulo M. Gerais Bahia Ano 1981-1983 1975-1981 1986 N 72/520 v 64/128 16/64 72/83 h Idade 0-4 anos 0-12 anos 0-14 anos Fonte Vizinhança Hospital Vizinhança controles Hospital Forma Meningite Meningite Meningite Área Idade, data Idade residência, hosp (+-6 meses) NSE estado clínica Pareamento nutricion. Eficácia 84,5 (95%IC) [66,7-92,8] 93,3 99,5 BCG e Tuberculose: Resumo dos trials e estudos caso controle Odds Ratio* e intervalo de confiança de 95% da associação entre cicatriz vacinal e tuberculose, estratificadas por forma clínica e nível de certeza do diagnóstico. Salvador, 1990 - 1999. Variáveis Casos Controles OR* IC de 95%* EV** IC de 95%* 209 1736 0,64 0,45-0,90 0,36 0,11-0,54 Pulmonar 158 1314 0,67 0,45-1,00 0,33 0,01-0,54 Extrapulmonar 51 422 0,52 0,27-1,09 0,48 -0,009-0,73 Conf. e Prováveis 94 792 0,64 0,38-1,06 0,36 -0,05-0,60 Suspeitos 40 320 0,96 0,39-2,37 0,04 -116,44-57,42 Total Forma Clínica Nível de Certeza * O Odds Ratio e respectivos IC foram obtidos através Regressão Logística Condicional; ** EV = efetividade vacinal.;***134 casos com informação nivel de certeza Fonte: Pereira, 2001 BCG and Leprosy: Summary of trials and case control studis (Fine et al, 1999) Conclusão Uma dose de BCG neonatal: • Protege contra meningite tuberculosa • Em alguns locais protege contra TB pulmonar • Em muitos locais protege contra hanseníase Porque a eficácia é tão variável? • Diferenças na exposição a mycobacterias ambientais • Diferenças entre vacinas BCG • Características genéticas da população humana • Diferenças na virulência da M. tuberculosis Doses Repetidas de BCG Aumentam a Proteção Contra a Tuberculose? • Poucos estudos observacionais com resultados conflitivos. • Ensaio randomizado em Malawi mostrou: proteção de 0% para TB (porém, em Malawi a primeira dose não protege para TB) e de 50% para hanseníase • Muitos países tem políticas de doses repetidas de BCG, porém não é recomendada pela OMS baseado na falta de evidência científica (OMS, 1995) Justificativa Programa de Revacinação no Brasil • Recomendação do Ministério da Saúde para vacinar crianças em idade escolar com a vacina BCG (1994), fundada na idéia do declínio do efeito protetor do BCG com o tempo, coincidindo com o aumento da incidência de TB em adultos jovens. Posição da OMS • Ausência de bases científicas para a recomendação de doses repetidas do BCG (Declaração conjunta dos Programas Globais de Tuberculose e Vacinas, 1995). Consenso Nacional de Tuberculose SBPT-MS, 1997 Incidência de tuberculose por grupos de idade, Salvador e Manaus, 1996 300 Incidência/ 100.000 250 Manaus Salvador 200 150 100 50 0 0-6 7-10 11-14 15-19 20-24 25-29 30-34 age group 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 Objetivo principal: Estimar o impacto da revacinação com BCG sobre a incidência de tuberculose em uma população de escolares; Objetivo secundário: Estimar o impacto sobre a incidência de hanseníase; Controlled Clinical Trials, 5:540-553, 2002 Locais do REVAC-BCG Brazil Desenho de estudo Ensaio comunitário, controlado, randomizado por aglomerados, sem placebo População de estudo • escolares de 7-14 anos; • selecionados de escolas públicas com mais de 50 estudantes na faixa etária; • Elegível para receber BCG na escola: - presença ou ausência de uma cicatriz de BCG • Critérios de exclusão: a) recusa dos responsaveis ou do estudante b) mais de 1 ou cicatriz duvidosa de BCG c) doença (TB ou hanseníase) reportada durante o estudo; d) criterios do PNI para não uso da vacina Tamanho da amostra Parâmetros Efetividade vacinal esperada 30% Poder de estudo 80% Erro tipo alfa 5% Incidência de TB (Salvador+Manaus) Perdas esperadas de seguimento 33 por 100.000 15% ~ 350.000 indivíduos ~ 3 anos de tempo de acompanhamento Etapas de implementação do estudo 1 Contatos com autoridades educacionais e diretores de escolas; 2 Randomização; 3 Cadastramento dos escolares; 4 Verificação da presença de cicatriz vacinal do BCG; 5 Vacinação; 6 Vigilância de eventos adversos; 7 Formação de base de dados com a população total cadastrada; 8 Seguimento 9 Análise Contatos com autoridades educacionais • Informação sobre o estudo • Obtenção da concordância • Listagem de escolas • Contato com diretores das escolas Randomização • Nº de escolas: 763 • Exclusão de escolas com menos de 50 estudantes • Estratificação por: – Número de estudantes – Área geografica: • Estrato sócio-econômico: considerando a área onde a escola estava localizada (Salvador) • Incidência de tuberculose e hansen (Manaus) por área • Em cada estrato as escolas foram pareadas aleatoriamente Cadastramento • Visita às escolas • Contato com diretores e professores • Envio de “carta informada” aos responsáveis • Transcrição para ficha padronizado dos seguintes dados dos registros escolares : Nome da criança, idade, sexo, data de nascimento, nome da mãe, endereço Verificação da presença de cicatriz vacinal do BCG • Realizada por auxiliares de enfermagem treinados: – escolas “controle”: logo após cadastramento – escolas alocadas para vacinação: dia da vacinação • Classificação: sem cicatriz (0), 1, 2, +2, duvidosa Validação da leitura da cicatriz de BCG • Confiabilidade – Método: leitura cega da cicatriz por 2 diferentes leitores – Concordância: Manaus: 90,8%, kappa=0,81; p<0,001 Salvador: 95,2%, kappa=0,84; p<0,001 • Validade – Padrão ouro: cartão de vacina + informação dos responsaveis – Resultados: Manaus Salvador • sensibilidade: 96,6% (96,0; 97,1) • especificidade: 71,1% (55,7; 83,7) 98,0 (97,1; 98,6) 84,6 (54,6; 98,1) Int J Tuberc Lung Dis, 5:1067-1070, 2001. Rev Saúde Públ, v. 37: 254-259, 2003 Vacinação • Vacina - produzida no Brasil - FAP – – – – cepa Moreau - Rio de Janeiro mesmo lote em cada escola frascos especiais com 50 doses Controle de qualidade - INCQS • Armazenamento: procedimentos de rotina do PNI • Vacinação em escolas alocadas para intervenção – BCG 0.1 ml intra-dérmico – insercao inferior do deltóide direito – se portador de cicatriz prévia, abaixo desta Vigilância de eventos adversos • Através de vigilância passiva – estimulada: Carta aos responsáveis; Informação para professores; Informação aos profissionais e serviços de saúde; Notificação de qualquer evento suspeito; Visita domiciliar para verificação; (preenchimento da ficha de evento adverso do PNI e se necessário encaminhamento para tratamento de saúde) Eventos adversos associados com a vacina BCG Local Incidência geral Incidência de acordo com cicatriz Casos por doses aplicadas Casos por doses aplicadas (IC de 95%) Manaus 1 caso por 2.656 Salvador 1 caso por 2.854 . Cicatriz BCG=0: 1 em 5.990 (1/1.485-1/34.482) Cicatriz BCG=1: 1 em 2.580 (1/1.692 -1/3.984) - Int J Tub Lung Dis, 7: 399-402, 2003. Formação do base de dados • Digitação dupla dos dados obtidos no cadastramento; • Para manipulação do banco de dados, cegamento dos pesquisadores quanto ao grupo alocado e o estado vacinal das crianças; • Sistema informatizado de busca para vinculação dos casos de tuberculose com a população do estudo Seguimento A- Identificação dos casos • Detecção passiva de casos através do sistema de notificação compulsória, contatos semanais com responsáveis pelo PCT, visitas aos serviços de saúde; • Casos identificados eram de faixa etária mais ampla que a faixa etária alvo. Seguimento (cont.) B - Vinculação dos casos - Cega em relação ao grupo de alocação e ao estado vacinal - Utilização do nome da criança, nome da mãe e data de nascimento para: a - Seleção automática de todas as crianças com características similares à do caso b - Em caso de mais de uma criança na etapa anterior, vinculação manual REVAC-BCG Field work 7. Linkage process Database 1 Database 2 case TB cases study population Data of the case stored Matching: Is the case in the study population? by using name, mother, birth’s date • Blind of: – whether the case was vaccinated at school by the trial Validação do processo de vinculação de casos ao banco de VALIDAÇÃO DA VINCULAÇÃO DE CASOS DE TUBERCULOSE AO dados do estudo BANCO DE DADOS DO ESTUDO Busca Domiciliar 218 74 não localizados Coleta de dados 144 13 excluídos (outro município não teve tb,fora fx) Coleta de dados 131 Estudava na época do cadastramento 111 20 não estudavam na época do cadastramento 63 estudavam em escola que não é do banco de dados Escola é do banco de dados 48 Busca no Banco de dados Pai doente com o mesmo nome do filho 1 Vinculou 2 Caso de Tb cujo nome da madrasta foi notificado como sendo o da mae 1 Não vinculou (46) Pesquisa na ficha de cadastro 28 em idade limítrofe e 6 estudaram em ano diferente ao do cadastro Visita à escola 12 Não encontrou cadastro 12 Seguimento (cont.) C - Coleta de dados de prontuários médicos em formulario padronizado contendo: - dados clínicos: tempo de doença, sintomas clínicos, uso de medicamentos, evolução, diagnóstico - história de contato - dados laboratoriais: baciloscopia, cultura, LCR, líquido pleural, histopatologia ou outros - dados radiológicos (Realização de slides de radiografias) Seguimento (cont.) D - Validação dos casos 1- Revisão das informações coletadas sobre os casos por 2 pneumologistas de forma independente e cega quanto ao estado vacinal e resultado de PPD 2 - Classificação dos casos em: 1 - Confirmado 2 - Provável - informação suficiente para justificar a introdução do tratamento 3 - Suspeito - informação insuficiente para julgar 4 - Sem dados 3 - Decisão sobre os casos discordantes - Revisão por um 3o. Revisor - Consenso entre revisores em caso de discordância tripla (poucos casos) Número e proporção de casos de tuberculose classificados segundo níveis de certeza pelos 2 revisores clinicos níveis de certeza (segundo revisor) níveis de certeza (primeiro revisor) confirmado provavel suspeito sem dados confirmado no. 197 4 1 2 % 63.8% 1.3% 0.3% 0.6% provável no. 3 33 5 26 % 1.0% 10.7% 1.6% 8.4% suspeito no. 2 % 0.6% sem dados no. 3 6 4 23 % 1.0% 1.9% 1.3% 7.4% Total no. 203 43 10 53 % 65.7% 13.9% 3.2% 17.2% Kappa = 0.652; p < 0.001 Total 204 66.0% 67 21.7% 2 0.6% 36 11.7% 309 100.0% Análise • Principal variável de exposição Vacina BCG aplicada nas escolas • Principal variável resposta Incidência de tuberculose por 100.000 pessoas-ano • Medidas do efeito Risco Relativo(RR) e Efetividade da vacina(EV) EV (%) foi estimado como (1-RR) x 100 Métodos de análise • Incidência nos excluídos das escolas intervenção e controle; • Comparação das características dos grupos intervenção e controle; • Eficácia de BCG contra tuberculose em geral, por formas clínicas, níveis de certeza, idade e ano de seguimento. • Efeito da randomização por escolas foi controlado usando análise estatística compatível (EEG = equações de estimação generalizadas). RESULTADOS População de estudo População de 7-14 anos em Manaus e Salvador n = 599 835 Randomização: n = 348 083 (763 escolas) Grupo Intervenção = 176 845 Grupo controle = 171 240 (375 escolas) (388 escolas) Leitura da cicatriz BCG Não realizada n = 47 006 Cicatriz BCG duvidosa, 2+ n = 8 640 S/Cicatriz BCG n=18 507 Leitura da cicatriz BCG Realizada Realizada n = 124 234 n = 134 881 Não realizada n = 41 962 Cicatriz BCG cicatriz BCG 0/1 cicatriz BCG 0/1 n = 97 087 n = 103 718 População de estudo População excluída duvidosa, 2 + n = 10 541 S/Cicatriz BCG n=20 622 Comparação dos grupos de intervenção e controle de acordo com caracteristicas individuais Caracteristicas Grupo Intervenção Controle n = 124 340 n = 115 594 PA = 525 828 PA = 464 725 Média de idade (DP) 11,53 (2,08) 11,44 (2,10) 14,3 25,5 31,0 29,2 48,2 15,9 25,3 30,6 28,2 48,5 16,6 83,4 94,6 16,0 84,0 0,7 Faixa etária (%) 7-8 9-10 11-12 13-14 Sexo (% masculino) Número de cicatrizes BCG 0 cicatriz (%) 1 cicatriz (%) Vacinação (% vacinados) Comparação dos grupos de intervenção e controle de acordo com caracteristicas dos aglomerados Caracteristicas Número de escolas Tamanho da escola Média (Desvio padrão) min; max Sexo (% masculino) Média (Desvio padrão) % de estudantes segundo estratos sócio-econômicas (*) 0-25 (alto) 26-50 51-75 76 e + (Baixo) Incidencia TB (**) Média (Desvio padrão) Min; max Obs: (*) Dados apenas para Salvador (**) Dados apenas para Manaus Grupo Intervenção Controle 386 (51,3%) 365 (48,7%) 322 (233) 11; 1430 317 (215) 10; 1334 48,4 (7,4) 49,3 (5,8) 2,5 10,0 30,3 57,3 3,1 11,1 29,6 56,2 121,6 (91,3) 126,3 (74,8) 14,5; 618,0 14,5; 618 Períodos de seguimento para Salvador e Manaus População Início Termino Salvador cadastrados em 1996 1o Janeiro 1997 30 Abril 2002 cadastrados em 1997 1o Julho 1997 30 Abril 2002 Manaus • cadastrados em 1998 1o Janeiro 1999 31 Março 2002 População de estudo População de 7-14 anos em Manaus e Salvador n = 599 835 Randomização: n = 348 083 (763 escolas) Grupo Intervenção = 176 845 Grupo controle = 171 240 (375 escolas) (388 escolas) Leitura da cicatriz BCG Não realizada n = 47 006 Cicatriz BCG duvidosa, 2+ n = 8 640 S/Cicatriz BCG n=18 507 Leitura da cicatriz BCG Realizada Realizada n = 124 234 n = 134 881 Não realizada n = 41 962 Cicatriz BCG cicatriz BCG 0/1 cicatriz BCG 0/1 n = 97 087 n = 103 718 População de estudo População excluída duvidosa, 2 + n = 10 541 S/Cicatriz BCG n=20 622 Incidência de Tuberculose na população excluida Incidência (/100 000 pessoas-ano) Intervenção Controle 36•1 36•5 (95%CI: 29•2, 44•1) (95%CI 29•7, 44•1) População de estudo População de 7-14 anos em Manaus e Salvador n = 599 835 Randomização: n = 348 083 (763 escolas) Grupo Intervenção = 176 845 Grupo controle = 171 240 (375 escolas) (388 escolas) Leitura da cicatriz BCG Não realizada n = 47 006 Cicatriz BCG duvidosa, 2+ n = 8 640 S/Cicatriz BCG n=18 507 Leitura da cicatriz BCG Realizada Realizada n = 124 234 n = 134 881 Não realizada n = 41 962 Cicatriz BCG cicatriz BCG 0/1 cicatriz BCG 0/1 n = 97 087 n = 103 718 População de estudo População excluída duvidosa, 2 + n = 10 541 S/Cicatriz BCG n=20 622 Incidência de Tuberculose na população revacinada Incidência (/100 000 pessoas-ano) Intervenção Controle 29•3 30•2 Efetividade da segunda dose da vacina BCG de acordo com formas clinicas Efetividade da vacina % (IC 95%) todas as formas pulmonar extra-pulmonar 9 (–15; 28) –1 (-32; 13) 37 (-4; 61) n = 279; n = 215; n = 64; Salvador 11 (–20; 33) 10 (-25; 35) 14 (-64; 75) Manaus -2 (-46; 35) -30 (-110; 18) 68 (-2; 82) Total n = 183; n = 96; OUTROS ACHADOS RELEVANTES População de estudo População de 7-14 anos em Manaus e Salvador n = 599 835 Randomização: n = 348 083 (763 escolas) Grupo Intervenção = 176 845 Grupo controle = 171 240 (375 escolas) (388 escolas) Leitura da cicatriz BCG Não realizada n = 47 006 Cicatriz BCG duvidosa, 2+ n = 8 640 S/Cicatriz BCG n=18 507 Leitura da cicatriz BCG Realizada Realizada n = 124 234 n = 134 881 Não realizada n = 41 962 Cicatriz BCG cicatriz BCG 0/1 cicatriz BCG 0/1 n = 97 087 n = 103 718 População de estudo População excluída duvidosa, 2 + n = 10 541 S/Cicatriz BCG n=20 622 Efetividade da primeira dose da vacina BCG aplicada na idade escolar Efetividade da vacina % ( IC 95% ) todas as formas Total Salvador Manaus pulmonar extra-pulmonar 21 (–18; 47) 25 (-17; 52) -1 (-156; 60) 38 (1; 62) 36 (-7; 62) 50 (-79; 86) -42 (-200; 33 ) -7 (-157; 55) -216 (-1464; 46) População de estudo População de 7-14 anos em Manaus e Salvador n = 599 835 Randomização: n = 348 083 (763 escolas) Grupo Intervenção = 176 845 Grupo controle = 171 240 (375 escolas) (388 escolas) Leitura da cicatriz BCG Não realizada n = 47 006 Cicatriz BCG duvidosa, 2+ n = 8 640 S/Cicatriz BCG n=18 507 Leitura da cicatriz BCG Realizada Realizada n = 124 234 n = 134 881 Não realizada n = 41 962 Cicatriz BCG cicatriz BCG 0/1 cicatriz BCG 0/1 n = 97 087 n = 103 718 População de estudo População excluída duvidosa, 2 + n = 10 541 S/Cicatriz BCG n=20 622 Efetividade da primeira dose (neonatal) da vacina BCG Efetividade da vacina % (IC 95% ) todas as formas pulmonar extra-pulmonar Total 37 (13; 55) 44 (20; 62) 2 (-111; 54) Salvador 49 (24; 66) 51 (24; 68) 40 (-54; 76) Manaus 1 (-86; 47) 24 (-54; 73) -113 (-815; 51) Efetividade até 15 anos de idade : 34 % (-22 to 65) Efetividade para maiores de 15 anos: 39 % (9-58) Int J Tub Lung Dis, in press REVAC-BCG/Leprosy arm - flow chart Randomisation 286 schools Control 146 schools Intervention 140 schools Data collection n = 79,458 Data collection n = 72,980 BCG scar reading BCG scar reading No n = 15,966 Yes n = 63,492 BCG scar 2, +2, doubtful n = 4,481 BCG scar 0-1 n = 59,011 Yes n = 55,663 BCG scar 0-1 n = 51,207 No n = 17,317 BCG scar 2, +2, doubtful n = 4,456 Vaccinated n = 46,997 (92%) Source: Cunha, SS. A trial of BCG vaccine effectiveness against leprosy among school children in Manaus, Northern Brazil. PhD Thesis, LSHTM, University of London, 2003 Hanseníase - Efetividade da segunda dose da vacina BCG Clinical form Allocation groups intervention control Protection (%) (95% C.I.) 1 Number of cases Total number of cases n =141 70 71 -11 (-67; 26) MB cases n = 43 20 23 6 (-72; 48) PB cases n = 98 50 48 -2 (-100; 28) 7 33 (-92; 77) Indeterminate cases n = 19 12 1 - Based on Poisson reegression, adjusted for clustering effect (robust variance estimator especifying school as cluster), and controlled for BCG scar, sex, age at entry into the trial, incidence of leprosy and Tb in geographical areas where schools where located. Sumário dos achados • Grupos comparáveis e sem efeito da randomização por aglomerados (design effect) • 80% dos casos foram pulmonares • Efetividade vacinal (EV) da segunda dose para todas as formas de TB: 9% (-15; 28) • EV do BCG neonatal 37% (13 ; 55) até idade de 15-19 anos • Efetividade vacinal (EV) da segunda dose para todas as formas de Hanseníase : -11% (-67; 26) Perspectivas • Esclarecer diferenças de efeito da revacinação BCG em Salvador e Manaus e sobre diferentes formas clinicas; • Esclarecer diferenças de efeito da vacinação neonatal BCG em Salvador e Manaus e sobre diferentes formas clinicas; • Estudar efeitos sobre hospitalização e mortalidade em TB e outros eventos associados com o BCG.