Prof. Erika Meirelles de Castro
HEMORRAGIA E
CHOQUE
HEMORRAGIA
É o extravasamento de sangue dos vasos
sanguíneos ou das cavidades do coração, podendo
provocar estado de choque e óbito.
 A hemorragia pode ser externa ou interna.

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA
Hemorragia externa: ocorre devido a ferimentos
abertos, onde o sangue é eliminado para o
exterior do organismo.
Sinais e sintomas de hemorragia externa:
 agitação;
 palidez;
 sudorese;
 pele fria
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA
Sinais e sintomas de hemorragia externa:
 pulso acelerado e fraco (acima de 100 bpm);
 hipotensão;
 sede;
 fraqueza;
 alteração do nível de consciência; e
 estado de choque.
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA

Hemorragia interna: ocorre quando há lesão de
um órgão interno e o sangue se acumula em uma
cavidade do organismo, como: peritônio, pleura,
pericárdio, meninges ou se difunde nos
interstícios dos tecidos. Geralmente não é visível.
Sinais e sintomas de hemorragia
internaPodem ser os mesmos encontrados na
hemorragia externa, e, ainda:
 contusões;
 dor abdominal;

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA
Sinais e sintomas de hemorragia interna
rigidez ou flacidez dos músculos abdominais;
 eliminação de sangue através dos órgãos que se
comunicam com o
 exterior, como: nariz e/ou pavilhão auditivo, vias
urinárias, vômito ou tosse com
 presença de sangue.

CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA
Arterial: quando o vaso atingido é uma artéria,
caracteriza-se por hemorragia que faz jorrar
sangue pulsátil e de cor vermelho vivo; a perda de
sangue é rápida e abundante.
 Venosa: quando o vaso atingido é uma veia,
caracteriza-se por hemorragia na qual o sangue
sai de forma contínua, na cor vermelho escuro,
podendo ser abundante.
 Capilar: quando o vaso atingido é um capilar, o
sangue escoa lentamente, normalmente numa cor
menos viva que o sangue arterial.

TÉCNICAS UTILIZADAS NO CONTROLE DE
HEMORRAGIAS
1. Pressão direta sobre o ferimento.
 2. Elevação de membro.
 3. Compressão dos pontos arteriais.
 Observação: em casos de amputação traumática,
esmagamento de membro e hemorragia em vaso
arterial de grande calibre, devemos empregar a
combinação das técnicas de controle de
hemorragia.

PRESSÃO DIRETA SOBRE O FERIMENTO

Coloque sua mão enluvada diretamentamente
sobre o ferimento e aplique pressão apertando o
ponto de hemorragia; a pressão da mão poderá
ser substituída por um curativo (atadura e gaze),
que manterá a pressão na área do ferimento. A
interrupção precoce da pressão direta ou retirada
do curativo, removerá o coágulo semi-formado,
reiniciando a hemorragia.
PRESSÃO DIRETA
ELEVAÇÃO DE MEMBRO
Eleve o membro de modo que o ferimento fique
acima do nível do coração. Essa técnica pode ser
usada em conjunto com a pressão direta nas
hemorragias de membro superior ou inferior.
 Os efeitos da gravidade vão ajudar a diminuir a
pressão do sangue, auxiliando no controle da
hemorragia. Essa técnica não deve ser
empregada quando houver suspeita de fratura,
entorse ou luxação.

COMPRESSÃO DOS PONTOS ARTERIAIS
Comprima a artéria que passe rente a uma
superfície do corpo próximo a uma estrutura
óssea. O fluxo de sangue será diminuído,
facilitando a contenção da hemorragia
(hemostasia). Essa técnica deverá ser utilizada
após a pressão direta ou quando a pressão direta
com elevação do membro tenham falhado.
 No membro superior, o ponto de compressão é a
artéria braquial (próxima ao bíceps), conforme
figura; e no membro inferior é a artéria femural
(próxima à virilha).

TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR:
exponha o local do ferimento;
 efetue hemostasia;
 afrouxe roupas;
 previna a perda de calor corporal;
 não dê nada para o paciente comer ou beber;
 ministre oxigênio suplementar, se necessário;
 estabilize e transporte o paciente.
 Observação: a primeira técnica a ser empregada
em hemorragias visíveis é pressão direta sobre o
ferimento.

ESTADO DE CHOQUE
Conceito
 É uma reação do organismo a uma condição na
qual o sistema circulatório não fornece circulação
suficiente para cada parte vital do corpo. Uma
das funções do sistema circulatório é distribuir
sangue com oxigênio e nutrientes. Quando isso,
por qualquer motivo, deixa de acontecer e essa
condição não for revertida, ocorre o que
denominamos estado de choque.

CAUSAS
Coração: insuficiência cardíaca: o coração
não consegue bombear suficiente quantidade de
sangue para o organismo ou pára de funcionar.
 Vasos sangüíneos: quando os vasos sangüíneos,
por algum motivo, dilatam, impedindo que o
sistema permaneça corretamente preenchido.
 Volume de sangue circulante: o sistema
circulatório deve obrigatoriamente ser um
sistema fechado. Quando os vasos são lesados, há
uma diminuição nesse volume, podendo levar ao
estado de choque.

TIPOS DE CHOQUE

O choque pode ser classificado de várias formas
porque existem mais de uma causa para ele. É
fundamental que o socorrista entenda de que
forma os pacientes podem desenvolver o choque.
TIPOS DE CHOQUE

Choque hipovolêmico: é causado pela redução
acentuada do volume circulante no organismo,
devido à perda de sangue (também chamado de
choque hemorrágico), plasma (queimaduras,
contusões e lesões traumáticas) ou líquido
(desidratação provocada por vômito ou diarréia).
TIPOS DE CHOQUE

Choque distributivo: ocorre quando o volume
sanguíneo é anormalmente deslocado no sistema
vascular, tal como ocorre quando ele se acumula
nos vasos sanguíneos periféricos. O choque
distributivo pode ser causado por perda do tônus
vascular. Os vários mecânismos que levam a
vasodilatação inicial no choque distributivo
subdividem-se em neurogênico, anafilático e
séptico.
TIPOS DE CHOQUE

Choque neurogênico: é causado quando o
sistema nervoso não consegue controlar o calibre
dos vasos sangüíneos, que ocorre como
conseqüência de lesão na medula espinhal. O
volume de sangue disponível é insuficiente para
preencher todo o espaço dos vasos dilatados.
TIPOS DE CHOQUE

Choque anafilático: é causado quando uma
pessoa entra em contato com uma substância na
qual é alérgica, pelas seguintes formas: ingestão,
inalação, absorção ou injeção . O choque
anafilático é o resultado de uma reação alérgica
severa e que ameaça a vida. Apresentando alguns
sinais e sintomas característicos, como: prurido e
ardor na pele, edema generalizado e dificuldade
para respirar.
TIPOS DE CHOQUE

Choque séptico: é causado quando
microorganismos lançam toxinas que provocam
uma dilatação dos vasos sangüíneos. O volume de
sangue torna-se insuficiente para preencher o
sistema circulatório dilatado. O choque séptico
ocorre geralmente no ambiente hospitalar e,
portanto, é pouco observado pelos socorristas.
TIPOS DE CHOQUE

Choque cardiogênico: é causado pela falha do
coração no bombeamento sangüíneo. A
inadequada função cardíaca pode ser causada
pelo enfraquecimento do músculo cardíaco, das
válvulas e do sistema de condução elétrica.
SINAIS E SINTOMAS GERAIS DO ESTADO DE
CHOQUE
Inquietação ou ansiedade;
 Respiração rápida e superficial;
 Pulso rápido e fraco;
 Pele fria;
 Sudorese;
 Palidez ou cianose;
 Pupilas dilatadas;

SINAIS E SINTOMAS GERAIS DO ESTADO DE
CHOQUE
Sede;
 Náuseas e vômitos;
 Frio;
 Fraqueza;
 Tontura;
 Hipotensão;
 Alteração do nível de consciência; e
 Enchimento capilar acima de 2 segundos.

TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DO ESTADO
DE CHOQUE
Avalie nível de consciência.
 Posicione a vítima deitada (decúbito dorsal).
 Abra as VA estabilizando a coluna cervical.
 Avalie a respiração e a circulação.
 Efetue hemostasia.
 Afrouxe roupas.
 Previna a perda de calor corporal.
 Não dê nada de comer ou beber.
 Eleve os membros inferiores, após posicionar o
paciente sobre uma
 maca rígida, exceto se houver suspeita de
traumatismo crânio-encefálico (TCE).

TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DO ESTADO
DE CHOQUE
Imobilize fraturas.
 Ministre oxigênio suplementar.
 Transporte o paciente imediatamente para o
hospital.


Observação: na entrevista, pergunte ao paciente
se ele é alérgico a alguma substância e se teve
contato com ela. No mais, trate igualmente como
outro choque já visto anteriormente. Nesse caso,
a vítima precisa receber medicamentos para
combater a reação alérgica.
OBRIGADA!!!
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HEMORRAGIA E CHOQUE