Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Departamento de Ciências Humanas e Educação
1ºciclo de Estudos em Psicologia
Psicopatologia do Adulto
3ºano/1ºsemestre
Vila Real, 2012
Perturbações psicóticas
Professor Doutor J. C. Gomes da Costa
Inês Maia nº 38844, Iva Desport-Coelho nº 39584, Manuel Sousa nº 39320, Natércia Leite nº 40690
Turma 2
i) Salvador Dali (1969), Alice in Wonderland
Objetivos
Geral
Abordar as perturbações psicóticas no domínio da psicopatologia
do adulto
Específicos
Génese
Manifestações e implicações
Diagnóstico diferencial
Tratamento
Metodologia
Qualitativa
Revisão de literatura
Bergeret (2000), Personalidade normal e patológica
Braconnier (2007), Manual de psicopatologia
Dalgalarrondo (2008) ,Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais
Ruiloba (2011), Introduccíon a la psicopatología y la psiquiatría
Scharfetter (2005), Introdução à psicopatologia geral
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais
(DSM- IV-TR , 2002)
Classificação internacional das doenças
(ICD-10)
Feuchterseleben (1840)
Introduz o conceito
Psicose
“Doença do espírito”
(Braconnier, 2007,p.178)
Neurose
Psicose
Braconnier (2007,p. 178) refere que gradualmente a psicose foi sendo definida
por oposição à neurose tendo em conta duas dimensões:
Dimensão quantitativa
“(…) noção de gravidade da
situação”
Dimensão qualitativa
Desconhecimento, por parte da
pessoa, da perturbação
Remetendo para o domínio da teoria psicanalítica, Scharfetter (2005,p.39,51) explica que:
Neurose
“ (…) manifestação de um conflito intrapsíquico entre o
Supereu e o Id”(…)”
“defesa do Eu contra as
exigências do Id”
Sintomas neuróticos
Segundo Foucault (1975) na neurose o Eu reprime os seus instintos e
estes projetam-se na realidade externa
Estados
depressivos
Histeria
Estados
obsessivos
Fobias
Particularidades:
Mantém-se o contato com a realidade;
 Fluidez e estrutura do pensamento intactas, embora este se apresente
mais lento;
O comportamento afetivo mantém-se, por vezes exacerbado.
Psicose
Rejeição e afastamento da realidade, o Eu é dominado pelo Id
(Freud, 1924)
“ (…) Para que o Id triunfe, poderoso, sobre o Eu, o mundo
exterior tem de se apagar perante o Eu
(…) na fuga o Eu refugia-se na psicose”
(Scharfetter, 2005,p. 51) .
i) Vincent Van Gogh (1882), Sorrow
Psicose
“Eu” caótico
Incapacidade de processar a informação secundariamente
Rutura dos mecanismos de
defesa contra a angústia
Criação de uma
“realidade privada”
(delírio)
Fuga à realidade
(alucinações, delírios)
Perceção de um objeto,
som, ou cheiro, na sua
ausência
(alucinação)
Excessiva, irrealista
Fora dos padrões culturalmente aceitas
Diferentes temáticas de acordo com o discurso predominante
( erotomaníacos,persecutórios,ciúmes,megalómanos ,entre outros)
(Scharfetter, 2005)
Princípio
primário
vs.
Princípio
secundário
(Bergeret, 2000)
Ausência de homeostase
O Id invade o Eu e destrói o Supereu
 Quebra na estrutura da personalidade
Clivagem (rutura)
Perda da
identidade
Alienação
Sensação de se sentir um estranho em si mesmo
(Scharfetter, 2005)
Perturbações psicóticas
Manifestações
Dois tipos de sintomas
(Bergeret, 2000,p.16)
Sintomas negativos
Défices observados nos pacientes
Reações específicas do paciente perante a
alteração da sua personalidade
Sintomas positivos
Perturbações psicóticas
Sintomas negativos (défice)
Distanciamento afetivo;
 Isolamento social;
 Linguagem e pensamento empobrecidos (alogia);
 Falta de vontade para a realização de tarefas (avolia)
 Negligência no autocuidado e higiene.
Sintomas positivos
Delírios;
Alucinações.
(Dalgalarrondo, 2008; Ruiloba, 2011)
Perturbações psicóticas
Para Braconnier (2007,p. 180) as conceções comuns de psicose englobam diferentes
aspetos de distintos domínios da vida da pessoa como:
 perturbações da comunicação
 ausência de consciência do estado patológico
 perturbação da perceção da realidade
 perturbações cognitivas
 dificuldades de adaptação social
Perturbações psicóticas
Segundo Dalgalarrondo (2008) os sintomas psicóticos mais típicos são:
 comportamento bizarro (fala e sorrisos imotivados)
pensamento desorganizado
alucinações e delírios
Num transtorno psicótico predomina a desorganização mental e
comportamental
Para Ruiloba (2011):
 A negação da realidade surge como primeira defesa manifestando-se,
essencialmente, nas ideias delirantes
O curso dos sintomas agrava o quadro clínico, destacando-se o isolamento social e
a recusa alimentar como principais sinais
Se a abordagem não for imediata o prognóstico poderá ser menos favorável
Psicose
De acordo com Braconnier (2007,p.180) podem ser classificadas com base em duas
dimensões:
Evolução
Aguda
 Crónica
Etiologia
Diferente natureza:
Orgânica
Tóxica
Afetiva
…
Embora as perturbações psicóticas apresentem características comuns elas
encontram-se classificadas em várias categorias diferindo no curso, duração e
etiologia
Caraterísticas nosológicas que auxiliam a
DSM-IV
identificar sinais e sintomas
ICD-10
Orientação para o diagnóstico diferencial
Auxílio na escolha de tratamento
Esquizofrenia
Destaca-se pela sua importância clínica e incidência na população geral
(Dalgalarrondo, 2008; Ruiloba, 2011).
É considerada das perturbações psicóticas mais graves, segundo a OMS é uma das
dez primeiras causas de incapacidade por doença
(Ruiloba, 2011).
Salienta-se como o tipo de psicose mais frequente
(Braconnier, 2007)
Cerca de 1% da população mundial é afetada por esta perturbação
(Braconnier, 2007; DSM-IV-TR, 2002)
Esquizofrenia
 heterogeneidade
 complexidade

afetação multissistémica

cronicidade
 perda de qualidade de vida
i)Francis Bacon (1930), Auto-retrato
Geralmente emerge entre os 15 e os 30 anos de idade
Aparecimento precoce no sexo masculino, e prognóstico menos favorável
(Ruiloba, 2011).
Esquizofrenia
O DSM-IV-TR (2002,p.303) define a esquizofrenia como:
Perturbação psicótica cujos sintomas predominam pelo menos durante seis meses;
Inclui pelo menos um mês de sintomas na fase ativa, com dois ou mais dos que se
seguem:
•
delírios
•
alucinações
•
discurso desorganizado,
•
comportamento amplamente desorganizado ou catatónico,
•
embotamento afetivo
•
alogia
•
avolição.
Tipos de esquizofrenia
As classificações diagnósticas, ambas, incluem a esquizofrenia nas perturbações psicóticas,
mas caraterizam de forma diferente os seus subtipos
De acordo com Ruiloba (2011)
Classifica a esquizofrenia em nove tipos:
ICD-10
Paranoide
Hebefrénica
Depressão pós esquizofrénica
Catatónica Indiferenciada
Outra esquizofrenia
Residual
Simples
Esquizofrenia
sem outra especificação
Os sintomas deverão estar presentes mais de um mês
Tipos de esquizofrenia
DSM-IV-TR (2002)
Classifica a esquizofrenia em cinco tipos:
Tipo paranoide
 Presença de uma preocupação extrema, com delírios ou alucinações auditivas
 Não se observa proeminência de discurso desorganizado, comportamento
catatónico ou desorganizado, nem embotamento afetivo
Tipos de esquizofrenia
Tipo catatónico
• imobilidade motora
Predomínio de:
• atividade excessiva sem estímulo aparente
• negativismo
• posturas desadequadas e bizarras
• ecolalia ou ecopraxia
(DSM-IV-TR,2002)
Tipos de esquizofrenia
Tipo desorganizado
 Predominância de discurso e comportamento desorganizados, embotamento afetivo
ou desapropriado
Tipo indiferenciado
Não satisfaz os critérios para os tipos paranoide, desorganizado ou catatónico
(DSM-IV-TR,2002)
Tipos de esquizofrenia
Tipo residual
 Não se observa a presença de delírios ou alucinações
Comportamento mantém-se desorganizado ou catatónico
A continuidade da perturbação é evidenciada pela presença de sintoma negativos ou
crenças estranhas e experiências percetivas invulgares
(DSM-IV-TR,2002)
Esquizofrenia
Ruiloba (2011) explica que…
O primeiro episódio de esquizofrenia, geralmente, vem precedido de sinais e sintomas
Sintomas prodrómicos
Podem surgir meses ou antes do diagnóstico
Exemplos:
 mudanças de comportamento
desorganização quotidiana
deterioração do comportamento social
…
Os sintomas prodrómicos, geralmente são percebidos por retrospetiva
Esquizofrenia
Sinais prodrómicos maioritariamente citados na literatura:

diminuição da concentração

perda de energia e motivação,

humor depressivo

perturbações do sono

ansiedade

retirada social

desconfiança

irritabilidade
(Yung et. al,1996; cit. por, Marcelli & Braconnier,2005,p.334)
Fatores de risco e vulnerabilidade para a Esquizofrenia
De acordo com Ruiloba (2011) o principal fator de risco para a esquizofrenia é
forte componente hereditária
Marcelli e Braconnier (2005), referenciando Edward e colaboradores (2002), destacam três
principais fatores de risco para a esquizofrenia

grau de parentesco,(quanto mais próximo maior a vulnerabilidade)

acontecimentos de vida

abuso de substâncias tóxicas.
Fatores de risco e vulnerabilidade para a Esquizofrenia
Braconnier (2007, p. 181) salienta como sinais de vulnerabilidade à esquizofrenia

complicações obstétricas

tipo de personalidade (paranoide, esquizóide)

anomalias cognitivas (concentração e lógica)

perturbações afetivas (frieza, apatia, extravagância)

perturbações comportamentais (excentricidade incompreensível )

anomalias neuropsicológicas ou neurofisiológicas
Estes aspetos auxiliam ao diagnóstico diferencial pelo que devem ser tidos em
conta no desenho da história clínica
Intervenção terapêutica na Esquizofrenia
Tratamento farmacológico
Terapia cruzada
Psicoterapia
Essencialmente anti psicóticos
Antidepressivos para combater
sintomas depressivos
( Ruiloba,2011).
Embora a esquizofrenia não tenha cura, a remissão é possível em muitos pacientes
(ICD-10; DSM- IV-TR,2002).
Diagnóstico diferencial
A identificação de um caso de esquizofrenia surge pela observação de:
Sintomas psicóticos
Conduta exageradamente extravagante
Alterações da afetividade
Alterações da atividade mental
Alterações da motivação social
O diagnóstico é feito por exclusão:
1) despistar os transtornos psicóticos de causa orgânica
2) excluir as perturbações psicóticas de índole afetiva
( Ruiloba,2011).
Esquizofrenia – caso clínico
Quais as principais manifestações, apresentadas pelo
paciente, que permitem fazer o diagnóstico diferencial entre
esquizofrenia e perturbação bipolar?
Outras perturbações psicóticas)
a) Perturbação psicótica breve
Duração de pelo menos um dia e geralmente com remissão dentro de um mês.
•Pode ser desencadeada por alterações no contexto como:
fatores contextuais traumáticos
importante mudança sócio- ocupacional
início no período pós-parto
(DSM-IV-TR, 2002)
Outras perturbações psicóticas)
a) Perturbação psicótica breve
(continuação)
Importante ter em conta o momento em que ocorreu a mudança contextual, isto é, se
os sintomas surgiram antes ou depois da mudança de contexto.
•Presença de pelo menos um dos seguintes sintomas:
ideias delirantes,
Alucinações
 linguagem desorganizada
comportamento catatónico ou gravemente desorganizado
(DSM-IV-TR, 2002)
Outras perturbações psicóticas)
b) Perturbação esquizofreniforme
 Semelhante à esquizofrenia.
No entanto:
 A duração é menor, de 1 a 6 meses, e não exige uma deterioração funcional tão
acentuada como acontece no caso da esquizofrenia.
(DSM-IV-TR, 2002)
Outras perturbações psicóticas)
c) Perturbação delirante
(paranoia)
Segundo Ruiloba (2011,p. 217-220)
A sintomatologia paranoide pode ocorrer em diferentes momentos da vida do
ser humano
Distorção de perceções
sensoriais
Elaboração anormal do
processamento secundário
Interpretação errada da
realidade
Dificuldade para organizar
a informação
c) Perturbação delirante
(continuação)
 Ocorre maioritariamente entre mulheres
 Normalmente surge na vida adulta atingindo um pico entre os 35 e 50 anos de
idade
 Pode coincidir com desintegrações orgânicas da personalidade ou desintegrações
sociais
Manifesta-se com mais intensidade em personalidades predispostas (paranoide,
esquizoide)
Prognóstico poderá ser menos favorável podendo conduzir ao delírio crónico
(Ruiloba ,2011,p. 217-220)
c) Perturbação delirante
(continuação)
De acordo com o DSM-IV-TR (2002)…
Caracterizada por delírios com diversas caraterísticas (persecutórios, erotomaníaco, etc.)
Percebidas pelo discurso
do paciente
Exemplo de classificação diagnóstica:
Perturbação delirante do tipo persecutório
c) Perturbação delirante
(continuação)
 Os delírios não são bizarros, normalmente implicam situações quotidianas como
ser seguido, envenenado, ou traído.
Não é hábito a existência de alucinações, e caso presentes não são elevadas
 Não se observa incoerência de pensamento
 Os sintomas devem estar presentes pelo menos um mês, sem outros sinais da fase
aguda da esquizofrenia
(DSM-IV-TR, 2002)
Outras perturbações psicóticas)
d) Perturbação esquizoafetiva
Diagnóstico de exceção.
Quando não puder ser feito o diagnóstico diferencial entre esquizofrenia e
transtorno afetivo maior com manifestações psicóticas
d) Perturbação esquizoafetiva
(continuação)
O episódio de humor e os sintomas da fase ativa da esquizofrenia ocorrem em simultâneo
•tipo bipolar
Quando ocorrem episódios maníacos, depressivos
2 subtipos:
maiores ou misto
•tipo depressivo
Quando somente os episódios depressivos maiores (humor
deprimido) fazem pare do quadro
( DSM-IV-TR ,2002)
Outras perturbações psicóticas)
d) Perturbação psicótica partilhada
 A ideia delirante surge no sujeito pelo contato com outra (s) pessoa (s) que já
possuíam a perturbação e o conteúdo dessas ideias é muito parecido ou idêntico.
Esta alteração não se observa devido à presença de outro transtorno nem por
causas fisiológicas
(DSM-IV-TR, 2002)
d) Perturbação psicótica partilhada
(continuação)
Segundo Ruiloba (2011,p.223) podem-se destacar três grupos de díades:
1) Psicose simultânea
Ocorre ao mesmo tempo em pessoas que convivem e apresentam igual disposição para a
perturbação
2) Psicose imposta
A perturbação surge inicialmente na pessoa doente e passa para o indivíduo são,
interrompendo o seu curso no indivíduo saudável aquando da separação
3) Psicose comunicada
O sujeito que possui a perturbação transmite-a a um recetor e esta desenvolve-se
neste de modo autónomo não desaparecendo quando separados
Outras perturbações psicóticas)
e) Perturbação psicótica associada a uma doença
 Os sintomas psicóticos são considerados como decorrentes de uma condição médica
geral.
f) Perturbação psicótica induzida por uma substância

Os sintomas psicóticos são considerados uma consequência fisiológica direta
de uma droga de abuso, de medicação, ou exposição a determinada substância.
(DSM-IV-TR, 2002)
Outras perturbações psicóticas)
g) Perturbação psicótica sem outra especificação

Trata-se de uma categoria residual

Incluída para classificar os quadros psicóticos que não satisfaçam os
critérios para nenhuma das outras condições, ou então para aquelas sobre as
quais não existam informações em quantidade e qualidade necessárias para o
diagnóstico.
(DSM-IV-TR, 2002)
Intervenções terapêuticas para as perturbações psicóticas
A intervenção de tratamento nas perturbações psicóticas vai depender do tipo de
psicose
No entanto
Em todos os casos há o cruzamento entre o tratamento medicamentoso e as
intervenções psicossociais
•Tratamento farmacológico: neurolépticos ou anti psicóticos
Evitar evolução desfavorável da doença
Efeito sobre as manifestações, atenuando-as
(Ruiloba, 2011).
Intervenções terapêuticas para as perturbações psicóticas
•Abordagens psicossociais: psicoterapia, terapia ocupacional e familiar
Promoção da evolução favorável da perturbação
Ajustamento social do paciente
Intervenção em regime ambulatório
Contudo
O internamento é necessário em fases agudas ou de descompensação
O tempo de hospitalização depende do caráter da gravidade da situação
Família e doença mental
Representação social da doença mental
Negativismo
Fraqueza
 agressividade
 perigo
Incompreensão
Mesmo os mais próximos do indivíduo doente têm dificuldade em perceber a situação
Família e doença mental
Família
Meio natural de terapia e recuperação
“ (…) parceiro singular e fundamental para o cuidado dispensado ao doente(…)”
A família também sofre, não só pela exaustão dos cuidados prestados mas
também por não compreender as manifestações da doença
Procura de auxilio e de respostas nítida.
Importante um apoio especializado
(Colver, Ide, & Rolim,2004.p. 198)
Reflexão final
A vida humana é marcada por crises, estas quando superadas
ajudam a processar e a estabilizar condições de sofrimento
conduzindo a uma mudança, a um amadurecimento.
Mas nem sempre tal acontece…
Reflexão final
…por vezes o conflito psíquico pode afetar profundamente a pessoa
originando a um corte total com a realidade, provocando um investimento
narcísico de tal ordem que a pessoa acaba por ruir, fragmentar-se
desencadeando um estado de confusão interna ao qual chamamos de
psicose.
Reflexão final
• As perturbações psicóticas caraterizam-se essencialmente por :
corte com a realidade
 perda da identidade
 não-aceitação da condição
Estes aspetos manifestam-se essencialmente através de ideias delirantes e alterações
comportamentais
Os sintomas psicóticos podem surgir associados a diversas psicopatologias,
como perturbações da ansiedade ou do humor, demências.
É de suma importância identificar a sua natureza, o seu curso, manifestações,
presença, ou não, de fatores desencadeastes, para que se possa elaborar um bom
diagnóstico diferencial.
Reflexão final
Em suma, as perturbações psicóticas podem ser compreendidas como manifestações
resultantes de grande sofrimento a nível individual, familiar ou social intenso, não
podendo ser interpretadas como perturbações fechadas, mas sim como resultantes de
determinados contextos, tanto a nível individual como relacional.
Amerycan Psychological Association- APA (2002). Esquizofrenia e outras
perturbações
psicóticas. In Cláudia Dornelles (4 Ed.), Manual diagnóstico e estatístico
de transtornos mentais-DSM-IV-TR (333-343). Porto Alegre: Artmed
Bergeret, J. (2000). A personalidade normal e patológica. Lisboa:
Climepsi.
Braconnier, A. (2007). Manual de psicopatologia. Lisboa: Climepsi
Colvero, L.A.; Ide, C.A.P., & Rolim, M.A. (2004). Família e doença mental:
a difícil
convivência com a diferença. Revista Escola Enfermagem USP, 38
(2),197-205.
Consultado
online
a
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v38n2/11.pdf
6/10/2012
em:
Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto
Alegre: Artmed.
Freud, S. (1924). A perda da realidade na neurose e na psicose. In S. Freud (XIX), O
Ego e o Id (111-114). Consultado online a 8/10/2012 em:
http://pt.scribd.com/doc/49808834/24/A-PERDA-DA-REALIDADE-NA-NEUROSE-E-NAPSICOSE
Foucault, M. (1975). Doença mental e psicologia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,
Ltda.
Marcelli, D., & Braconnier, A. (2005). Adolescência e psicopatologia. Lisboa:
Climepsi.
Ruiloba, J.V. (2011). Introducción a la psicopatologia y la psiquiatria. Barcelona:
Elsevier Masson.
Scharfetter, C.H. (2005). Introdução à psicopatologia geral. Lisboa: Climepsi
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