Simetria e assimetria na conversação O TURNO CONVERSACIONAL Conceito de turno Segundo Fávero, turno define-se como a produção de um falante enquanto ele está com a palavra, incluindo a possibilidade do silêncio. Galembeck, P. T. O turno conversacional (pp.65-92). In PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo: Humanitas – Projeto NURC/SP, 1993. Série Projetos paralelos, v. Conversação simétrica. Segundo Galembeck diz respeito ao processo interacional durante a conversação, quando ambos os interlocutores assumem os mesmo papeis, contribuindo para o desenvolvimento do tópico conversacional. Galembeck, P. T. O turno conversacional (pp.65-92). In PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo: Humanitas – Projeto NURC/SP, 1993. Série Projetos paralelos, v. Conversação assimétrica Segundo Galembeck, um dos interlocutores ocupa a cena por meio de uma série de intervenções de nítido caráter referencial, ou seja, de intervenções nas quais se desenvolve o tópico, ou o assunto do fragmento. Neste tipo de conversação, um dos participantes só contribui com intervenções episódicas. Durante a conversação assimétrica é comum o uso de algum marcadores conversacionais, tais como: certo, uhn uhn, ahn. Galembeck, P. T. O turno conversacional (pp.65-92). In PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo: Humanitas – Projeto NURC/SP, 1993. Série Projetos paralelos, v. TIPOLOGIA Turno nuclear: tem valor referencial (nele o falante desenvolve o tópico conversacional ou assunto tratado no fragmento conversacional) Turno inserido: indica que o interlocutor acompanha ou segue as palavras do seu interlocutor. Não tem valor referencial nítido. Turno inserido de função interacional: o interlocutor aceita a posição de ouvinte e deseja permanecer como tal. Galembeck, P. T. O turno conversacional (pp.65-92). In PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo: Humanitas – Projeto NURC/SP, 1993. Série Projetos paralelos, v. TROCA DE FALANTES Passagem de turno: nessa modalidade de troca de falantes, a colaboração do interlocutor é implícita ou explicitamente solicitada. Passagem de turno: a passagem requerida pelo falante é assinalada por uma pergunta direta ou pela presença de marcadores que testam a atenção ou buscam a confirmação do ouvinte (né?, não é? Sabe/, entende?) Passagem consentida: essa modalidade de passagem de turno corresponde a uma entrega implícita; o ouvinte intervém e passa a deter o turno, sem que o concurso tenha sido diretamente solicitado. Galembeck, P. T. O turno conversacional (pp.65-92). In PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo: Humanitas – Projeto NURC/SP, 1993. Série Projetos paralelos, v. Assalto ao turno: nesta modalidade o assalto é marcado pelo fato de o ouvinte intervir sem que a sua participação tenha sido direta ou indiretamente solicitada. Em outras palavras, o ouvinte invade, não respeitando o processo conversacional. Galembeck, P. T. O turno conversacional (pp.65-92). In PRETI, D. (org.) Análise de textos orais. São Paulo: Humanitas – Projeto NURC/SP, 1993. Série Projetos paralelos, v. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Galembeck, A. T. et alii. O turno conversacional. In: Pretti, D. e URBANO, H. (Orgs.). A linguagem falada culta na cidade de São Paulo. São Paulo: T. A. Queiroz/ Fapesp, 1990, v. IV – Estudos.