Módulo 5: Compartilhamento de Conhecimento e Comunidades de Prática (COPs) Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr.Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 1 INTRODUÇÃO Versão: março de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 2 Avaliar Criação e/ou captação do conhecimento Compartilhamento e disseminação do conhecimento Contextualizar Kimiz Dalkir Atualizar Internalização e utilização do conhecimento McGill Graduate School of Information and Library Studies Montreal, Quebec Canadá Fonte: DALKIR, 2005 Versão:02 Versão março – setembro de 2014de 2013 ©©Prof. Prof.Dr. Dr.Fábio FábioFerreira FerreiraBatista Batista 3 Introdução • Após captação e organização do conhecimento, ele precisa ser compartilhado e disseminado na organização • Alfabetização informacional – “Conjunto de habilidades que levam o indivíduo a reconhecer a necessidade da informação e a capacidade de localizar, avaliar e usar efetivamente a informação necessária” • Internacional Data Corporation – IDC (FELDMAN, 2004 in DALKIR, 2005) – Estima que os trabalhadores do conhecimento gastam entre 15 e 35% do seu tempo em busca de informação – Trabalhadores do conhecimento encontram o que procuram em menos de 50% dos casos Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 4 Introdução • Somente um em cada cinco trabalhadores do conhecimento encontra com frequência informação necessária para seu trabalho • Trabalhadores do conhecimento gastam mais tempo criando novamente informações existentes que eles não conheciam do que criando informações novas • Por que pessoas procuram outras pessoas quando precisam de informação e conhecimento: – é mais rápido – Obtemos informação e descobrimos : i) origem da informação; ii) como rever nossa pesquisa; iii) se estamos no caminho certo e onde erramos; e iv) fonte de informação é conhecida e confiável Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 5 Introdução • O custo de não encontrar informação é muito alto para indivíduos e organização – Pessoas: principal fonte de informação para encontrar informação, resolver problemas e tomar decisões • CROSS AND PARKER, 2004 in DALKIR, 2005 – Pessoas = principais canais de informação e conhecimento – Trabalhadores do conhecimento gastam um terço do seu tempo procurando informação e ajudando colegas a fazer o mesmo – Trabalhador do conhecimento tende a procurar outra pessoa em vez de uma fonte impessoal (repositório, base de dados) Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 6 OBSTÁCULOS AO COMPARTILHAMENTO Versão: março de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 7 Obstáculos ao Compartilhamento • • Conhecimento é propriedade Conhecimento é poder – – • Fornecedor não tem certeza se o receptor entenderá e usará o conhecimento corretamente e/ou não está seguro da veracidade ou credibilidade do conhecimento – • Indivíduos são recompensados muitas vezes pelo que sabem não pelo que compartilham É importante incentivar o compartilhamento e deixar de promover o não-compartilhamento COPs contribuem para eliminar isso porque elas validam o conhecimento da comunidade Cultura e clima organizacional – Cultura que promove novas descobertas e inovação ajudará o compartilhamento Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 8 Obstáculos ao Compartilhamento • Cultura e clima organizacional – Organização que recompensa trabalho coletivo ajudará criar clima de confiança – Cultura baseada no status social promoverá o não-compartilhamento • Compartilhamento do conhecimento pode estar ocorrendo mesmo se ninguém está usando o repositório institucional – Pode estar ocorrendo o compartilhamento invisível por meio de redes sociais (a Análise de Rede Social – ARS detecta isso) Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 9 IMPLICAÇÕES ESTRATÉGICAS E PRÁTICAS Versão: março de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 10 Implicações Estratégicas • Benefícios do compartilhamento do conhecimento – Permite que profissionais entre em contato com outros profissionais por meio de plataforma. Distância não é problema – Padroniza práticas profissionais – Ajuda evitar erros – Dissemina melhores práticas – Constrói reputações – Desenvolvimento de talentos ocorre de forma mais rápida – Contribui para manter e desenvolver as competências essenciais Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 11 Implicações Práticas • Alta administração deve promover cultura e clima organizacional que estimule “network” • Alta administração deve conceder tempo para que funcionários possam cumprir suas responsabilidades e papéis no compartilhamento do conhecimento • Interações para compartilhar o conhecimento devem ser profissionais sempre Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 12 COMUNIDADES DE PRÁTICA (COPS) Versão: março de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 13 O que são Comunidades de Prática (COPs)? “Grupos de pessoas que compartilham uma paixão por alguma coisa que eles sabem como fazer e que interagem regularmente com outras pessoas para aprender como fazer melhor” Etienne Wenger Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 14 COPs. Fases Fases Descrição 1. Potencial O principal papel da organização nesta fase é identificar grupos de participantes e ajudá-los a se constituírem como uma comunidade de prática 2. Expansão Começa a tornar-se mais ativa, as pessoas começam a identificar o valor de se tornarem engajadas nas atividades de aprendizado, e a comunidade e suas fronteiras começam a ser moldadas 3. Maturidade A comunidade, neste estágio, ganha respaldo e reconhecimento da organização como um todo e começa a ter um crescimento sustentável do número de membros. Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 15 COPs. Fases Fases Descrição 4. Nesta fase a comunidade já não possui um engajamento tão Sustentação intenso de seus membros, mas ela continua viva como centro de conhecimento, e principalmente através dos contatos pessoais ainda existentes e da prática compartilhada durante as outras fases 5. Nessa fase, a comunidade não é essencialmente importante na vida Transforma- de seus membros, mas ainda é reconhecida como parte de suas ção identidades, através de histórias, da preservação dos seus artefatos e da reunião de documentos que ressaltem sua existência. KATO et al. O papel da organização nos diferentes estágios da comunidade de prática. Disponível em: http://biblioteca.terraforum.com.br/BibliotecaArtigo/libdoc00000170v002O%20papel%20 da%20organizacao%20nos%20diferentes%20esta.pdf. Acessado em 16/09/12 Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 16 Papéis/ Responsabilidades Descrição Visitantes Visita uma ou duas vezes a comunidade e nem sempre decidir fazer parte Iniciantes Novos membros Participantes regulares Contribuem regularmente para a comunidade e interagem com frequência com outros participantes Lideres Membros com tempo e energia para assumir papéis na comunidade Seniores Uma espécie de especialistas. Membros com muito conhecimento do tema da comunidade Facilitadores Papel que mais exige. São responsáveis por esclarecer a comunicação e assegurar a participação de todos Patrocinador Serve de intermediário entre a COP e o resto da organização formal Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 17 COPs. Principais componentes Componentes Domínio Comunidade Prática Versão: março de 2014 Descrição A definição do tema de interesse comum e os principais tópicos O relacionamento entre os membros e o senso de pertencimento O conjunto de conhecimentos, métodos, histórias, casos, ferramentas e documentos © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 18 Comunidades de Prática (COPs) Como relacionar COPs e gestão estratégica? É importante assegurar a legitimidade das comunidades na organização • Apresente proposta com valor estratégico • Identifique problemas críticos • Demonstre a necessidade de ampliar o conhecimento organizacional Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 19 Comunidades de Prática (COPs) Como educar e capacitar? As pessoas têm uma ideia sobre as COPs, mas precisam entender o vínculo dessas comunidades com seu trabalho • Realize oficinas para mostrar aos gerentes e a membros potenciais o que são COPs e para que servem • Destaque quem são as pessoas que definem e gerenciam as COPs • Use linguagem adequada para legitimar as comunidades e encontrar lugar para as COPs na organização Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 20 Comunidades de Prática (COPs) Como apoiar? A organização pode apoiar um pouco as COPs com orientação e infraestrutura tecnológica • Forneça apoio ao processo, coaching e suporte logístico • Identifique necessidades e defina a infraestrutura adequada sem ênfase em tecnologia sofisticada Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 21 Comunidades de Prática (COPs) Quando iniciar? Comece a cultivar COPs o mais rápido possível. Exemplos de COPs em funcionamento ajudam pessoas a aprender fazendo • Inicie poucas comunidades piloto assim que possível • Identifique áreas prontas e com potencial e inicie COPs nelas • Entreviste alguns membros potenciais para: i) entender os assuntos; ii) começar a discutir a COP; e iii) identificar líderes potenciais • Reuna grupo central para preparar e iniciar o lançamento da COP • Ajude membros a organizar uma série inicial de atividades agregadoras de valor • Estimule os membros a assumir cada vez mais responsabilidade pela gestão do seu conhecimento Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 22 Comunidades de Prática (COPs) Como estimular? Membros normalmente entendem o valor do trabalho em comunidade, mas sentem que a organização não pensa da mesma forma • Encontre patrocinadores para estimular a participação • Avalie o trabalho das comunidades • Divulgue os casos de sucesso Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 23 Comunidades de Prática (COPs) Como integrar? Organização deve contar com processos e estrutura para integrar as COPs e valorizar a paixão pessoal e comprometimento dos seus membros • Integre as comunidades à maneira de trabalhar da organização • Identifique e remova barreiras • Alinhe as COPs a elementos culturais e estruturais importantes Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 24 Comunidades de Prática (COPs) Por que enfatizar COPs? Organização Membros Importância no Curto Prazo Importância no Longo Prazo • Ajuda a enfrentar desafios • Acesso ao conhecimento dos especialistas • Confiança em si próprio • Trabalho agradável • Trabalho importante • • • • Desenvolvimento pessoal Reputação Identidade profissional rede • Solução de problemas • Economia de tempo • Compartilhamento do conhecimento • Sinergia entre as unidades • Reutilização dos recursos • • • • • Capacidade estratégica Inovação Retenção de talentos Novas estratégias Manter-se no mesmo nível da concorrência Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 25 Comunidades de Prática (COPs) Quais são os Fatores Críticos de Sucesso? • • • • • Comunidade Domínio que motive o grupo central Moderador habilidoso e com ótima reputação Participação de especialistas Ênfase no detalhamento da prática Ritmo e mistura de atividades adequados Versão: março de 2014 • • • • • Organização Importância estratégica do domínio Patrocínio gerencial claro, mas sem interferência no gerenciamento das COPs Interação entre estrutura formal e informal Recursos adequados Atitude consistente © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 26 Fatores Críticos de Sucesso Ciência por parte dos membros de quais são os principais objetivos da comunidade Ciência por parte dos membros de qual é o domínio de conhecimento da comunidade Existência de uma atmosfera de confiança Existência de uma atmosfera de reciprocidade Existência de recursos para armazenar e recuperar informações enviadas e geradas pela comunidade Moderação atuante Reificação Estabelecimento de compreensões compartilhadas Existência de regras de comportamento Conhecimento preexistente dos participantes Participação de especialistas no domínio de conhecimento da comunidade Condução de eventos presenciais MAMEDE, Carlos. Fatores Críticos de Sucesso para o estabelecimento e a operação de comunidades de prática virtuais. Brasília: UCB, 2003 (Dissertação de Mestrado) Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 27 Leitura para a próxima aula Próxima aula: Módulo 6 – Aplicação do Conhecimento Texto: DAVENPORT, T., DEE LONG, D., e BEERS, M. Sucessful knowledge management projects. Sloan Management Review, 1998, 39 (2): 43-57 Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr. Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 28 FIM DO MÓDULO 5. Obrigado! Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista Técnico de Planejamento e Pesquisa Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) Presidência da República Tel.: (61) 3315-5082 [email protected] Professor do Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação (MGCTI) Universidade Católica de Brasília [email protected] Versão: março de 2014 © Prof.©Dr. Prof. Fábio Dr.Ferreira Fábio Ferreira BatistaBatista 29