Drogas
Como elas afetam?
3. OS TIPOS DE DROGAS PERTURBADORAS E
SEUS EFEITOS
Perturbadores: são drogas que alteram o funcionamento do cérebro.
• LSD-25
• 1. Histórico e origem do LSD-25
• O LSD-25, ou seja, a dietilamida do ácido lisérgico é uma substância sintética,
produzida em laboratório. Ela foi descoberta acidentalmente pelo cientista suíço
Hoffman, que ingeriu uma pequena quantidade da droga. A partir disso, iniciaramse experiências terapêuticas com o LSD-25. Ela foi utilizada para o tratamento de
doenças mentais, mas hoje em dia sabe-se que ela não tem utilidade médica. Ela é
talvez a substância mais ativa que age no cérebro. Pequenas doses já produzem
grandes alterações.
2. O que o LSD-25 faz no organismo?
• O LSD-25 é uma droga perturbadora do sistema nervoso, ou seja, ela provoca alterações no funcionamento
do cérebro, causando fenômenos psíquicos como alucinações, delírios e ilusões. Essa substância contém em
sua estrutura o núcleo indol, que também está presente em um neurotransmissor do cérebro, a serotonina.
Por esta característica, essa droga interfere no mecanismo de ação da serotonina. O LSD-25 é um
alucinógeno primário, porque seus efeitos ocorrem principalmente no cérebro.
• Os efeitos dessa droga dependem da sensibilidade da pessoa, do ambiente, da dose e da expectativa diante
do uso da droga. Os efeitos físicos observados são: dilatação das pupilas, sudorese, aumento da frequência
cardíaca, aumento de temperatura. Às vezes podem ocorrer náuseas e vômitos.
• As alterações psíquicas são muito mais importantes. As sensações podem ser agradáveis como a observação
de cores brilhantes e a audição de sons incomuns. Podem ocorrer também ilusões e alucinações. Em outros
casos as alterações são desagradáveis. Algumas pessoas observam visões terríveis e sensações de
deformidade externa do próprio corpo. Já foi descrito o efeito de flashback, isto é, semanas ou meses após
o uso da droga os sintomas mentais podem voltar, mesmo que a pessoa não tenha mais consumido a droga.
3. Como o LSD-25 é eliminado do organismo?
• A metabolização ocorre no fígado e a eliminação é feita pelas fezes e pela urina.
4. Tolerância e dependência ao LSD-25
• Os alucinógenos indólicos produzem pouco fenômeno de tolerância e não induzem dependência
física.
Maconha
• 1. Histórico e origem da maconha
• A palavra maconha provém de cânhamo (Cannabis sativa), que é um arbusto de cerca de dois metros
de altura, que cresce em zonas tropicais e temperadas. O princípio ativo da planta é o THC (tetra
hidro canabinol), sendo ele o responsável pelos efeitos que a droga causa no organismo. A folha da
maconha é conhecida por vários nomes: marijuana ou marijuana, diamba ou liamba e bangue. O
haxixe é uma preparação obtida por grande pressão que se torna uma pasta semi-sólida, que pode ser
moldada sob a forma de bolotas e que tem grande concentração de THC.
• A maconha é conhecida do homem há milênios. O uso dessa droga passou por várias etapas ao
longo dos séculos. Como medicamento ela foi usada há quase 5000 anos na China. No II milênio da
era cristã ela chegou ao mundo ocidental. A primeira referência de maconha no Brasil é do século
XVI. Nos Estados Unidos ela era muito utilizada como hipnótico, anestésico e espasmolítico. Porém
o seu uso terapêutico declinou no final do século passado. A razão para o desuso médico da droga foi
a descoberta que a droga se deteriorava muito rapidamente com o tempo, e consequentemente
ocorria a perda do seu efeito clínico. Uma outra causa foi o relacionamento do seu uso não-médico
(abuso) da maconha à distúrbios psíquicos, ao crime e à marginalização.
2. O que a maconha faz no organismo?
• A maconha é uma droga perturbadora do sistema nervoso, ou seja, ela altera o funcionamento normal do cérebro,
provocando fenômenos psíquicos do tipo delírios e alucinações.
• Os efeitos da droga dependem da quantidade absorvida, do tipo de preparação, da via de administração, da sensibilidade da
pessoa e do seu estado de espírito no momento do uso.
• Os efeitos físicos agudos não são muito importantes. Podem ocorrer: boca seca, dilatação dos vasos da conjuntiva e aumento
da frequência cardíaca. A diminuição do hormônio sexual masculino e consequentemente infertilidade pode ser um dos
efeitos crônicos do uso da maconha. Não existem comprovações, mas possivelmente a maconha pode provocar também
câncer de pulmão, pois contém níveis de benzopirenos semelhantes ao do tabaco. O uso prolongado provoca redução das
defesas imunológicas do organismo.
• Os efeitos psíquicos agudos dependem muito do estado de espírito do usuário e das expectativas do seu uso. Em algumas
pessoas pode provocar euforia e hilaridade, em outras causa sonolência ou diminuição da tensão. Podem surgir também os
efeitos de ilusões, delírios e alucinações. Ocorre também uma perda da noção de tempo e espaço e diminuição da memória.
Quanto aos efeitos psíquicos crônicos não existem certezas somente suposições. Possivelmente, ocorra a chamada Síndrome
amotivacional, em que as pessoas perdem o interesse pelos objetivos comuns, em prol do uso da droga do seu uso.
3. Como a maconha é eliminada do organismo?
• O THC não é solúvel em água e é por isso que ele não pode ser injetado. A via de
introdução são os pulmões. Essa substância é inativada pelo fígado e eliminada pelas
fezes e pela urina.
4. Tolerância e dependência à maconha
• O uso prolongado pode levar ao efeito de tolerância. A droga também provoca o efeito
de dependência, mas não existe uma Síndrome de abstinência característica com a
cessação.
5. Efeitos terapêuticos dos derivados da maconha
• Alguns derivados da maconha possuem efeitos terapêuticos. Tais aplicações incluem
efeitos contra vômitos e náuseas causados pela quimioterapia no tratamento de câncer e
ação analgésica e anticonvulsivante.
HAXIXE
• Extraída da mesma planta donde se extrai a maconha. Mais precisamente, é uma espécie de resina
retirada das folhas da Cannabis sativa e assim sendo, possui uma concentração maior de THC, a
substância psicoativa da droga. Ilícita e alucinógena.
• A resina é prensada em pedaços, em pelotas ou tabletes.
Efeitos
• Observam-se praticamente os mesmos efeitos presenciados quando do consumo de maconha
porém, devido à maior concentração do THC, os efeitos são mais intensos.
• Excitação seguida de relaxamento, euforia, falar em demasia, fome intensa, olhos avermelhados,
palidez, taquicardia, pupilas dilatadas e boca seca.
• Problemas com o tempo e o espaço, prejuízo da atenção e da memória para fatos recentes,
alucinações, diminuição dos reflexos, aumento do risco de acidentes, ansiedade intensa, pânico,
paranoia, desânimo generalizado.
SKANK
• Skank (também conhecida como supermaconha e skunk) é uma droga mais potente que a
maconha, ambas são retiradas da espécie Cannabis sativa e, por esse motivo, possuem em suas
composições o mesmo princípio ativo - THC (Tetra-hidro-canabinol).
O que torna o Skank uma forma mais concentrada de entorpecente?
• A diferença é proveniente do cultivo da planta em laboratório. O preparo da Cannabis sativa
para obtenção do Skank é feito em estufas com tecnologia hidropônica (plantação em água).
• Segundo estudos, no Skank há um índice de THC sete vezes maior que na maconha. A
porcentagem chega até 17,5%, sendo que na maconha é de 2,5%. Sendo assim, a quantidade
necessária para entorpecer o indivíduo é bem menor.
• Ações no organismo: A droga começa a ser absorvida pelo fígado até que o composto THC
alcance o cérebro e o aparelho reprodutor.
Ayahuasca (Chá do Santo Daime)
• As origens do uso da Ayahuasca na bacia Amazônica remontam à Pré-história. Não é
possível afirmar quando tal prática teve origem, no entanto, há evidências arqueológicas
através de potes, desenhos que levam a crer que o uso de plantas alucinógenas ocorra desde
2.000 a.C.
• É uma droga lícita, porém a legalização protege o uso da droga para fins religiosos. Produz
efeitos alucinógenos devido à presença da Dimetiltriptamina na planta Banisteriopsis caapi.
• É uma bebida, um chá, preparada por meio da mistura da Banisteriopsis caapi (também
denominada Ayahuasca) e da Psichotria viridis ou de plantas similares.
• É conhecida também em diferentes culturas por: yajé, caapi, natema, pindé, kahi, mihi, dápa,
bejuco de oro, vine of gold, vine of the spirits, vine of the soul, hoasca, chá do Santo Daime
ou vegetal.
Efeitos
• Alterações no processo de pensamento, concentração, atenção, memória e julgamento.
Alteração na percepção da passagem do tempo, medo de perda do controle e do contato com a
realidade, alterações na expressão emocional variando do êxtase ao desespero, mudanças da
percepção corporal, alterações perceptuais atingindo vários sentidos, onde alucinações e
sinestesias são mais comuns, mudanças no significado de experiências anteriores, sensação de
inefabilidade, sentimentos de rejuvenescimento, hiper sugestionabilidade, sensação da alma estar
se desprendendo do próprio corpo, sensação de contato com locais e seres sobrenaturais.
• Náuseas, diarreia, vômitos, aumentos da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e
incoordenação motora. Após o uso de grandes quantidades há relatos de que os usuários
tornam-se frenéticos e agitados por alguns minutos. Podem aparecer também prostração e
sonolência. Há ainda referências à audição de zumbidos, formigamento das extremidades
sudorese e tremores. Pode apresentar ainda a síndrome serotoninérgica, quadro que pode ser
fatal.
Cogumelos
• Organismos que por suas características se enquadram no reino vegetal, embora incapazes de sintetizar
clorofila, os cogumelos apresentam espécies comestíveis e outras altamente tóxicas, das quais se extraem
venenos e substâncias alucinógenas.
• Cogumelo é um fungo pertencente à classe dos basidiomicetos e dos ascomicetos, distribuído por numerosas
famílias e centenas de gêneros. Compõem-se, morfologicamente, de um receptáculo ou chapéu, em cuja face
inferior se encontram finíssimas lamelas, e um pedúnculo. Podem ser microscópicos, como os Aspergillus,
Phitophthora e Plasmopora, ou visíveis a olho nu. Dentre as espécies macroscópicas, o chapéu-de-sol-dodiabo (Agaricus campestris) apresenta pedúnculo com aproximadamente seis centímetros e cresce em lugares
úmidos e em madeira podre. É a espécie mais comum na Europa e muito encontrada no Brasil, onde
também é frequente a orelha-de-pau ou urupê (Polyporus sanguineus).
Efeitos
• Provocam alucinações variadas. Ás vezes, o usuário tem reações psíquicas agradáveis. Em outros casos, o
cogumelo provoca fenômenos mentais desagradáveis, como sensações de deformação no próprio corpo.
Também ocorrem enjoos, diarreias e vômitos. Pode causar intoxicação de consequências fatais, decorrentes
de insuficiência renal e hepática.
FONTES:
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www.ppad-vida.com
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www.psicologia.pt
www.spiner.com.br
www.unodoc.org
www.grupoescolar.com
www.wikipédia.org
www.pragadomilenio.com