População do sexo masculino por faixa etária na Macrorregião de Fortaleza. Ceará, 1991, 1996, 2000 e 2012 Faixa etária 1991 Nº 1996 % Nº 2000 % Nº 2010 % Nº 2012 % Nº % Menor 1 ano 39.993 2,4 43.849 2,4 42.651 2,1 36.125 1,5 36.925 1,5 1 a 4 anos 179.634 10,9 174.959 9,6 179.050 8,8 147.887 6,3 151.160 6,3 5 a 9 anos 220.797 13,3 217.373 11,9 225.745 11,2 194.290 8,2 198.551 8,2 10 a 14 anos 201.774 12,2 221.189 12,1 233.206 11,5 234.782 10,0 239.914 10,0 15 a 19 anos 176.437 10,7 199.672 10,9 228.628 11,3 237.101 10,1 242.257 10,1 20 a 29 anos 301.345 18,2 322.714 17,6 360.738 17,8 465.751 19,8 475.959 19,8 30 a 39 anos 199.511 12,1 252.460 13,8 293.612 14,5 359.866 15,3 367.701 15,3 40 a 49 anos 138.023 8,3 166.060 9,1 190.616 9,4 292.838 12,4 299.105 12,4 50 a 59 anos 90.178 5,4 105.349 5,8 125.265 6,2 182.897 7,8 186.755 7,8 60 a 69 anos 64.310 3,9 68.566 3,7 78.191 3,9 114.926 4,9 117.326 4,9 70 a 79 anos 31.632 1,9 39.102 2,1 47.664 2,4 61.256 2,6 62.536 2,6 80 anos e mais 11.788 0,7 14.979 0,8 18.540 0,9 30.488 1,3 31.100 1,3 Idade ignorada - - 5.057 0,3 - 1.655.422 100,0 1.831.329 100,0 2.023.906 100,0 2.409.289 100,0 Total Fonte: Datasus/MS Nota: Censo 1991 e 2010, contagem 1996 e estimativa 2012. 100,0 2.358.207 População total do Ceará População Masculina 2,3 milhões População Feminina 2,5milhões População alvo: 20 a 59 anos 1,3 milhões = 15,4% do total 55% da população masculina Fonte: Estimativas preliminares IBGE - Censos Demográficos 2010 8,6 milhões Por que uma Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem? Porque os homens apresentam algumas peculiaridades em relação às mulheres nos quesitos: Mortalidade ♂Morbidade ♂Aspectos sociais ♂ - Ano 2012 – Ceará Dos 42.786 óbitos notificados, 24.793 (58%) foram do sexo masculino. - Dos 24.203 óbitos na Macrorregião Fortaleza, 14.250 (59%) foram do sexo masculino. - Os homens vivem 8,6 anos a menos, em média, do que as mulheres (Ceará em 2010) Número de óbitos por sexo e faixa etária, Macrorregião Fortaleza. Ceará, 2012 4,000 3,500 3,000 Nº de óbito 2,500 2,000 1,500 1,000 500 Masculino Feminino < 01 435 312 1-4 70 58 5-9 54 33 10 - 14 114 41 Fonte: SESA/Coprom/Nuias12 Nota: excluídos os óbitos com sexo ignorado 15-19 750 118 20-29 1,541 273 30-39 1,209 345 40-49 1,359 664 50-59 1,583 937 60-69 1,891 1,383 70-79 2,245 1,989 80 e+ 2,955 3,782 Principais causas de morte na população masculina de 20 a 59 anos, Macrorregião Fortaleza. Ceará, 2012 1,400 1,200 Nº de óbito 1,000 800 600 400 200 0 20-29 30-39 40-49 50-59 XX. Causas externas IX. Doenças do aparelho circulatório II. Neoplasias (tumores) XI. Doenças do aparelho digestivo I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias Demais causas Fonte: SESA/Coprom/Nuias Número e proporção de óbitos, segundo a causa externa, no sexo masculino de 20- 60 anos, Macrorregião Fortaleza. Ceará, 2012 Causas externas indeterminadas 173 (5%) Demais violências 207 (7%) Acidente de trânsito 680 (21%) Demais causas 380 (12%) Suicídio 140 (4%) Homicídio 1637 (51%) Taxa de mortalidade por homicídio no sexo masculino, por faixa etária, Macrorregião Fortaleza. Ceará, 2012 200.0 180.0 Taxa de mortalidade/100.000hab 160.0 140.0 120.0 100.0 80.0 60.0 40.0 20.0 0.0 <10 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 e + 2003 0.4 27.5 85.3 58.9 44.5 30.8 2004 1.0 24.7 89.2 53.5 21.6 20.2 2005 1.2 36.7 93.8 51.3 16.5 9.8 2006 0.8 40.4 95.8 52.1 24.0 9.6 2007 1.1 52.3 102.4 46.7 31.6 13.8 2008 0.7 56.9 101.8 45.5 19.9 27.1 2009 0.4 60.1 100.4 43.3 20.7 26.7 2010 0.5 84.1 134.0 53.6 23.3 26.2 2011 0.3 89.9 139.8 50.1 25.8 13.0 2012 0.5 144.8 186.2 65.0 25.6 12.9 Taxa de mortalidade por suicídio no sexo masculino, por faixa etária, Macrorregião Fortaleza. Ceará, 2012 40.0 Taxa de mortalidade por 100.000hab 35.0 30.0 25.0 20.0 15.0 10.0 5.0 0.0 <10 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 e + 2003 0.0 3.5 14.9 12.0 13.6 5.1 2004 0.0 3.8 15.7 12.7 17.1 15.2 2005 0.0 4.1 16.1 20.2 15.8 34.2 2006 0.0 2.1 13.8 18.5 15.5 28.8 2007 0.0 3.7 15.5 17.0 14.7 23.0 2008 0.2 2.9 13.8 16.8 17.8 22.6 2009 0.0 3.1 14.0 14.3 8.0 31.1 2010 0.3 3.6 12.4 8.4 9.6 16.4 2011 0.0 4.2 15.3 13.9 19.7 19.5 2012 0.0 4.4 12.4 10.3 17.2 3.2 Taxa de mortalidade por acidente de moto, no sexo masculino, por faixa etária, Macrorregião Fortaleza. Ceará, 2012 30.0 Taxa de mortalidade por 100.000 hab 25.0 20.0 15.0 10.0 5.0 0.0 <10 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 e + 2003 0.0 2.3 18.0 10.5 5.3 5.1 2004 0.0 3.2 16.2 10.0 5.2 0.0 2005 0.2 2.5 18.4 9.7 4.3 0.0 2006 0.2 3.4 18.3 12.6 3.5 0.0 2007 0.0 4.1 15.5 11.0 4.2 0.0 2008 0.0 4.3 16.3 10.3 2.7 9.0 2009 0.0 2.3 14.3 10.7 6.0 0.0 2010 0.3 5.1 18.0 9.7 10.2 0.0 2011 0.5 7.5 19.0 11.9 6.7 9.7 2012 0.0 8.5 24.9 18.9 9.5 3.2 Taxa de mortalidade, no sexo masculino, por neoplasias malignas de próstata, estômago e pulmões. Ceará, 2003 a 2012 14.0 Taxa de mortalidade por 100.000 hab 12.0 10.0 8.0 6.0 4.0 2.0 0.0 CA de estômago CA de pulmão CA de próstata 2003 9.9 8.9 8.9 2004 7.8 8.6 10.0 2005 8.6 10.1 9.1 2006 9.3 9.3 11.7 2007 10.2 10.5 11.4 2008 9.6 10.4 11.9 2009 9.6 11.4 11.4 2010 8.7 11.1 10.7 2011 8.7 12.1 12.0 2012 9.7 13.1 12.7 Principais causas de internações no sexo masculino na faixa de 20 a 60 anos, Macrorregião Fortaleza. Ceará - 2012 5000 4500 4000 Nº de óbito 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 20 a 29 anos Causas externas Doenças Ap. circulatório 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos Doenças Ap. digestivo Doenças infecciosas e parasitárias Número de casos de doenças transmissíveis, por sexo, Macrorregião Fortaleza. Ceará, 2007 a 2012 Doença / agravo Aids(adulto) Hepatite B Hepatite C Hepatite A Tétano acidental Dengue Leishmaniose tegumentar Leishmaniose visceral Leptospirose Hanseníase (caso novo) Tuberculose (caso novo) 2007 Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem Masc Fem 2008 2009 2010 2011 2012 388 188 105 390 188 105 441 186 111 524 189 87 555 210 63 535 231 82 56 51 35 319 57 60 55 255 55 82 54 102 37 61 60 57 31 63 31 31 50 60 46 24 228 22 2 6.728 8.121 629 538 256 142 55 14 1.353 1.184 1.494 982 232 21 6 19.113 24.276 516 465 225 121 85 9 1.370 1.225 1.682 1.032 99 30 8 2.313 2.304 591 546 247 119 283 23 1.170 1.095 1.754 1.056 41 20 1 3.501 3.730 608 531 248 137 32 6 1.211 984 1.716 968 26 25 4 19.783 23.758 430 401 283 121 111 13 1.166 869 1.723 971 18 19 2 19.564 25.921 518 460 157 67 44 16 1.193 972 1.634 881 Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan ASPECTOS SOCIOCULTURAIS ♂ Têm medo de descobrir doenças; ♂ Acham que nunca vão adoecer e por isso não se cuidam; ♂ Não procuram os serviços de saúde e não seguem os tratamentos recomendados; ♂ Estão mais expostos aos acidentes de trânsito e de trabalho; ♂ Utilizam álcool e outras drogas em maior quantidade; ♂ Estão envolvidos na maioria das situações de violência; ♂Não praticam atividade física com regularidade. Por que os homens não se cuidam e não procuram os serviços de saúde? Estereótipos de gênero Socioculturais O pensamento mágico Medo que descubra doenças O papel de provedor O papel de “cuidar” Barreiras Institucionais Estratégias de comunicação não privilegiam os homens Inadequação dos serviços de saúde a.Horários de funcionamento b.Dificuldades de acesso c.Presença de mulher no exame do toque retal POR QUE, EM GERAL, OS HOMENS NÃO DEMANDAM OS SERVIÇOS DE SAÚDE? O que impede ou dificulta a procura dos homens por serviços públicos de saúde são os estereótipos de gênero, enraizados há séculos em nossa cultura, que potencializam práticas baseadas em crenças e valores típicos do que é ser homem. A idéia de que ser homem é ser forte e de que doença é sinal de fragilidade, gera uma compreensão de que os serviços de saúde são exclusivamente para os supostos mais fracos: mulheres, crianças e idosos. Conseqüentemente, os homens não consideram os serviços de saúde como espaços masculinos e os serviços de saúde não consideram os homens como sujeitos de cuidado. EM QUE MOMENTO OS HOMENS PROCURAM OS SERVIÇOS DE SAÚDE Homem acessa o sistema de saúde por meio da atenção especializada, já com o problema de saúde instalado e evoluindo de maneira insatisfatória. Conseqüência: ♂ Agravo da morbidade; ♂ Maior sofrimento; ♂ Menor possibilidade de resolução; ♂ Maior ônus para o Sistema Único de Saúde. Conclusão: Muitas doenças poderiam ser evitadas se os homens procurassem os serviços de saúde com mais regularidade pela porta de entrada do SUS, que é a Atenção Básica. POR QUE, EM GERAL, OS HOMENS NÃO DEMANDAM OS SERVIÇOS DE SAÚDE? Do ponto de vista estrutural, essas barreiras são potencializadas, quando observamos: • O baixo nível de renda da população brasileira (de um modo geral) e de escolaridade (especialmente da população masculina) no Brasil que impede o pleno exercício da cidadania; • A progressiva melhoria mas não auto-suficiência dos serviços públicos de saúde e de educação que impedem uma atenção de qualidade. Por que uma Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem? Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem OBJETIVO GERAL Facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde, contribuindo para a redução das causas de morbidade, mortalidade e atuação nos aspectos socioculturais Principais desafios • Assessoramento aos municípios para implantar/ implementar a Política de Atenção Integral à Saúde do Homem. • Reuniões Técnicas com Gestores regionais, Municipais e Coordenações para disseminar a Política de Atenção à Saúde do Homem. •Monitoramento e avaliação da Atenção à Saúde do Homem no território estadual de forma regionalizada Principais desafios • Articulação intra e intersetorial com áreas programáticas da Atenção Básica, Vigilância em Saúde, Controle e Avaliação Rede de Serviços, instituições e entidades atuantes na área. • Qualificação da Atenção Primária de Saúde em Saúde do Homem. • Incentivar os 05 municípios a realizar ações educativas, atividade física, saúde sexual e reprodutiva, saúde bucal, violência doméstica e sexual, alimentação saudável para os Homens em ambientes escolares e de trabalho. Principais desafios • Estimular a participação e inclusão de 100% dos homens nas ações de planejamento de sua vida sexual e reprodutiva, enfocando inclusive a paternidade responsável; • Garantir a oferta da contracepção cirúrgica voluntária masculina nos termos da legislação específica • Promover na população masculina, a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV; Principais desafios • Facilitar o acesso aos serviços especializados de atenção secundária e terciária para 100% dos casos identificados como merecedores destes cuidados •Promover a atenção integral à saúde do homem nas populações indígenas, negras, quilombolas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais, homens com deficiência, em situação de risco, em situação carcerária, entre outros. • Ofertas de exames para os homens que participam do pré- natal (Aferição de PA, glicemia, lipidemia, Fator RH, VDRL, HIV, Hepatites virais) e outros. • Produção e distribuição de materiais educativos: Agenda do Homem. Obrigado!