Gestão Por Competências Helena Martins :: 2015 UC de Gestão de Recursos Humanos Mestrado em Gestão das Organizações APNOR Gestão de Recursos Humanos • O vocabulário para descrever a relação de emprego tem vindo a sofrer alterações ao longo dos tempos. • “Serviços de Pessoal” • “Gestão de Recursos Humanos” • “Gestão Estratégica de Recursos Humanos” Em inglês • Usa-se cada vez mais o “employee”, mais do que o “industrial” ou “labour” relations. A questão que se coloca é: A GRH é substancialmente diferente da Gestão de Pessoal? Se sim, em quê? Modelos • • • • Normativo Descritivo-Funcional Critico-avaliativo Descritivo-comportamental Modelos Normativos • Há normas, mas cuidado com a “grundnorm” – A justiça é cega, mas a aplicação de normas não deve ser! • A tarefa crítica da gestão é alinhar a estrutura forma dos sistemas de RH (seleção, avaliação, recompensas e desenvolvimento) com os objetivos estratégicos de uma organização. (Frombrun, Tichy and Devanna, 1984). Modelos Normativos • Mudança de paradigma (Beer e Spector, 1985) : – Intervenções proactivas, aplicadas à globalidade dos sistemas, com ênfase na adaptabilidade (fit), associando a GRH ao planeamento estratégico e à mudança cultural (vs. anteriores pressupostos: intervenções reativas, localizadas em resposta a problemas específicos). – As pessoas constituem um capital social capaz de desenvolvimento (vs. Pessoas como um custo variável) “Secção de Pessoal” vs. “Gestão de RH” • Coincidência de interesses vs. Conflito entre os diferentes stakeholders • Procura um equilíbrio de poder, para potenciar a colaboração e a confiança • Canais de comunicação abertos para permitir confiança e comprometimento vs. Controlo do fluxo de informação para aumentar a eficiência e o poder “Secção de Pessoal” vs. “Gestão de RH” • Orientação para os objetivos vs. Orientação para a relação • Participação e escolha informada vs. Controlo do topo Análise de Funções • A Análise de funções é uma verificação comparativa de quais as exigências (requisitos) que essas tarefas ou atribuições impõem ao ocupante. Ou seja… – Quais os requisitos psicológicos e físicos que o ocupante deveria ter para desempenhar adequadamente a função, – Quais as responsabilidades que a função impõe ao colaborador – Em que condições deve a função ser desempenhada pelo ocupante. Métodos de Análise e Descrição de Funções • • • • Método da Observação Directa Método do Questionário Método da Entrevista Métodos Mistos Fases da Análise de Funções • Planeamento • Preparação • Execução Objectivos da DAF • Base do Sistema de RS, Formação, Recompensas e Retribuições, Gestão de Desempenho • É a fundação de todo o sistema de GRH. •Que impacto tiveram as competências na forma de gerir as pessoas? •Conceito de competência •Competências relevantes para a empresa –Core competences genéricas e específicas –Competências transversais e subcompetências •Perfil de competências de uma função •Gaps de competências •Ligação com a DAF Gestão por competências • Que impacto tiveram as competências na forma de gerir as pessoas? • Conceito de competência • Competências relevantes para a empresa – Core competences genéricas e específicas – Competências transversais e subcompetências • Perfil de competências de uma função • Gaps de competências • Ligação com a DAF Competências • E diz que Bolonha privilegia as competências mais que os conhecimentos. • Ouviram dizer? • Concordam? • O que é isso de competência?? Attitude is more important than aptitude O que é uma competência? • “Este colaborador é muito competente” vs “você é um incompetente” • “Isto não me compete” • “Tens muitas competências de que não fazes uso” Conceito de competência • Conjunto de qualidades e comportamentos profissionais que mobilizam os conhecimentos teóricos e permitem agir na solução de problemas, estimulando desempenhos profissionais superiores alinhados com a orientação estratégica da empresa. Competências • Saber Mobilizar (Perrenoud, 1996) – Conhecimentos – Traços de personalidade – Capacidades – Habilidades – Competências específicas – Competências Transversais • Atitude Reflexiva Origens do Interesse • Na Europa, o termo estava conotado com “uma capacidade aprendida para fazer” mas não era usado amplamente além da educação ocupacional. Origens Core Competences (Hammel e Prahlad, 1990); ‘Core competence’= a distinguishing feature in which an organisation excels, a source of competitive advantage and base for success. Abordagens: – Quaisquer características relacionadas com uma performance superior (competency); – Uma capacidade aprendida para fazer (competence); Origens do Interesse • The notion became popular because of the assumed link between employee competences and firm competences • Offering new legitimation to HRM, it caused a true revolution involving a rehaul of concepts, instruments and practices throughout the Western world. • Competences have meanwhile spread to education and the trend is still going on. • Consultants have played a key role in this 1.ª abordagem: • O que faz com que eu seja excelente no meu trabalho Modelo do Iceberg “an underlying characteristic of an individual that is causally related with criterion referenced effective and/or superior performance in a job or situation” (Spencer & Spencer, 1993) Modelo do Iceberg Skill Knowledge Auto-conceito Traços Motivos Exemplos de Competências? • • • • • • • • • • • Commercial insight Planning and organising Conflict handling Persuasiveness Assertiveness Courage Customer orientation Abstract ability Extraversion Stress tolerance Networking • • • • • • • • • • • Empowerment Team work Self confidence Goal setting Information gathering Analysis Expertise Flexibility Customer orientation Sensitivity Impact Abordagem • This approach to competence has been widely adopted in business organizations. • Consultancies have developed a variety of ‘unique’ competence systems which have found their way to larger clients. • However, there are problems with this approach … Críticas ao modelo • Many of the systems currently-in-use suffer from a fuzzy or inconsistent conceptual basis. • There is confusion about the meaning and usefulness of competencies. • There are measurement problems. • There are no clear links with firm level competences. • There is little in it for employees. • One can raise doubts about the role of consultancies selling “old wine in new bottles”. 2.ª abordagem • Competence: “a learned capacity of an individual to adequately perform a task, duty or role” (Roe, 2002, p.206). • Analogous competence notions can be defined at the group and firm level Exemplos • • • • • • • Analysing and interpreting the flight plan Analysing and interpreting meteo information Anticipating to and recognising special situations Determining alternative routes and airports Assessing the aircraft’s airworthiness Assessing the competence and fitness of the crew Assessing the conditions for safe, efficient and comfortable flight execution Características diferença • A segunda abordagem interpreta competência como sendo específica do seu contexto, relacionada com tarefas a ser realizadas num tipo de contexto específico. • Integra knowledge, skills and attitudes (and hence is different from these) – KSA (e portanto não é a mesma coisa que estes) • A aprendizagem de competências é influenciada pelas capacidades, habilidades, traços de personalidade e outras características (e portanto não é a mesma coisa que estes) Modelo Arquitectónico das Competências Competências Selecção © Roe, 1999 Atitudes Educação Académica Básica Habilidades Formação Profissional Inicial Competências Básicas Conhecimentos Prática Profissional Capacidades Traços de Personalidade Características Biográficas Esquema de Reclassificação Perguntas Em consideração está aConclusões “Competency X” • X pode ser descrito através de um verbo? KSA ou Disposição Sim Não • X pode ser aprendido ou alterado através da aprendizagem? Sim • X pode ser concebido como uma actividade com um princípio e um fim? Disposição Não KSA Sim • Esta actividade é uma parte importante do trabalho, i.e. uma coisa pela qual as pessoas são Sim pagas? Não Subcompetence Não Competence Relevância do Conceito Estado: •Motivação •Energia •Vitalidade Competence Performance Oportunidade: •Instrumentos •Informação •Meios A Aprendizagem na Aquisição de Competências Aprendizagem prática no dia-a-dia no trabalho (experiência laboral) Contexto Formal Educação e Formação Habilidades Traços pessoais Outras caract. Conhecimento Capacidades Atitudes Competences Subcompetences Aprendizagem no dia-a-dia Aprendizagem prática no dia-a-dia (experiência de vida) Contexto Informal Uses in HRM • Both approaches to competency / competence can be used in a variety of HRM applications. • However, there seems to be less confusion and greater transparency in using the second approach. Using competences: proposed applications • • • • Recruitment & Selection Performance appraisal Training Career Development Análise de competências Análise de Competências Análise de Competências de Tarefa Produtos da análise • Competence profile • • Describes the (sub)competences required for • successful performance and all underlying • characteristics (KSA and APO) • Competence model • • Describes the relations of competences with • learned met characteristics (KSA) and • dispositions (APO) RS Gestão de Desempenho Formação Gestão de Carreiras Selecção Formação e Desenvolvimento: aquisição de Competências Formação e Desenvolvimento: aquisição de Competências Aplicação Então, vá • Afinal de contas, para que serve a Gestão por Competências, que vantagens tem e qual a grande diferença com o “modelo tradicional”? Referências • • • • • • • • Legge, K. (1999). What is Human Resources Management? In Human Resource Management: Critical Perspectives on Business and Management, Michael Poole, Ed. Câmara, P., Guerra, P. & Rodrigues, J (1997). Novo Humanator. Lisboa: Publicações D. Quixote Roe, R. A. (2002). Competences - A key toward the integration of theory and practice in work and organizational psychology / Competenties - Een sleutel tot integratie in theorie en praktijk van de A&O-psychologie. Gedrag en Organisatie 15(4): 203-224. Roe, R. A. (2002). What makes a competent psychologist? European Psychologist 7(3): 192-203. Roe, R. A. (2005). The design of selection systems: Context, principles, issues. Handbook of personnel selection. A. Evers, O. Smit and N. Anderson. Oxford, Blackwell. Bartram, D. and R. A. Roe (2005). Definition and Assessment of Competences in the Context of the European Diploma in Psychology. European Psychologist 10(2): 93-102. Bartram, D. and R. A. Roe (forthcoming). Individual and Organizational Factors in Competence Acquisition. Chapter in W. Nijhof et al. (Eds.), Book on work place learning. Perrenoud, P. (1996). Formation continue et développement de compétences professionnelles [Continuous training and the development of professional competences]. L’Éducateur, 9, 28-33.