Pontifícia Universidade Católica de Goiás
MOBILIZAÇÕES DAS
ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS
Professor Esp. Kemil Sousa
DEFINIÇÃO

Técnicas de terapia manual usadas
para modular a dor e tratar as
disfunções articulares que limitam a
ADM,
abordando
especificamente
alterações na mecânica articular.
KISNER & KOLBI, 2009
CAUSAS DE ALTERAÇÕES DA
MECÂNICA ARTICULAR
Dor
 Mecanismo de defesa muscular
 Derrame articular
 Contraturas ou aderências nas cápsulas
articulares ou ligamentos de suporte
 Desalinhamento e subluxação das
superfícies ósseas

DIFERENCIAÇÃO

Abordam especificamente as restrições
do tecido capsular, reproduzindo a
mecânica articular normal, e ao mesmo
tempo,
minimizando
sobrecargas
compressivas anormais na cartilagem
articular.
MOBILIZAÇÃO/ MANIPULAÇÃO
Termos que podem ser usados como
sinônimos, mas não podem ser confundidos.
Técnicas de terapia manual passiva, que exigem
habilidade,
podendo
ser
aplicadas
às
articulações e aos tecidos moles relacionados
com velocidades e ADM variadas, com:
 Movimentos fisiológicos:
 Movimentos acessórios:
AUTOMOBILIZAÇÃO

Técnicas de auto-alongamento que
usam especificamente tração articular
ou deslizamentos, direcionando a força
de alongamento para a cápsula
articular.
MOBILIZAÇÃO COM MOVIMENTO (MM)
Aplicação
concorrente
de
uma
mobilização acessória sustentada (fisio)
e um movimento fisiológico ativo até o
final da amplitude (paciente).
 Sempre aplicadas no sentido livre de
dor.
(Técnica de MULLIGAN)

MOVIMENTO FISIOLÓGICO

Aqueles que o paciente realiza
voluntariamente (ex: ABD, AD, FL, EXT,
RE, RI- osteocinemáticos
MOVIMENTOS ACESSÓRIOS

Ocorrem dentro da articulação e dos
tecidos adjacentes, necessários para
ADM normal, no entanto, não podem
ser realizados ativamente pelo paciente.
 Componentes
 Mobilidade intra-articular
COMPONENTES
Aqueles que acompanham o movimento ativo,
mas não estão sob controle voluntário. Usado
como sinônimo de acessório.
Ex: rotação da escápula e da clavícula durante
FL de ombro.

MOBILIDADE INTRA-ARTICULAR

Movimentos que ocorrem entre as superfícies
articulares e também a distensibilidade, ou
quanto a cápsula “cede”, permitindo
movimentos
ósseos.
Demonstráveis
passivamente mas não podem ser realizados
pelo paciente.
Separação
 Deslizamento
 Compressão
 Rolamento
 Giro
(Artrocinemática)

MOVIMENTO BRUSCO (THRUST)

Movimento de alta velocidade e curta
amplitude que não pode ser impedido
pelo paciente. Realizado no final da
limite patológico da articulação e visa
alterar as relações de posicionamento,
soltar
aderências
ou
estimular
receptores articulares.
MANIPULAÇÃO SOB ANESTESIA

Procedimento médico usado para
restaurar a ADM completa, liberando
aderências ao redor de uma articulação
com paciente anestesiado. Pode ser
thrust ou alongamento passivo.
ENERGIA MUSCULAR
Contração ativa dos músculos profundos
que se inserem próximo à articulação e
cuja linha de tração pode causar o
movimento acessório desejado.
 O
fisioterapeuta
proporciona
a
estabilização do segmento no qual a parte
distal do músculo se insere. É dado um
comando para a contração isométrica do
músculo e esse causa o movimento
acessório da articulação.

Tipos de articulação
Ovóide : superfície convexa e outra
côncava
 Selar (sela): superfície em uma direção
côncava e a outra convexa.

Tipos de movimento




Resulta
em
movimento
angular;
É sempre na mesma direção
que o movimento de balanço
do osso quando a superfície é
côncava ou convexa.
Ocorrendo sozinho causa
compressão das superfícies
no lado para o qual o osso
está balançando e separação
do outro lado.
Rolamento ocorre combinado
com deslizamento e giro
angular
Rolamento
Tipos de movimento

Deslizamento/ translação
Tipos de movimento

Giro
Tipos de movimento
Compressão:
Diminuição no espaço articular entre as partes
ósseas, ocorre durante a sustentação de
peso tanto nos MMII quanto coluna. Cargas
compressivas intermitentes ajudam a mover
o líquido sinovial mantendo assim a
cartilagem saudável.
 Tração:
Separação das superfícies articulares.

Tipos de movimento
compressão
tração
Efeitos da mobilização articular

Movimentação do liquido sinovial levando
nutrientes para a cartilagem avascular e
fibrocartilagens intra-articulares
dos
meniscos. Mantém extensibilidade e força
de tensão nos tecidos articulares e
periarticulares. Provê impulso sensoriais:
posição estática e senso de velocidade do
movimento, mudança na velocidade do
movimento, regulação de tônus musc.,
estímulos nociceptivos.
INDICAÇÕES
Dor, mecanismo de defesa muscular
 Hipomobilidade articular reversível
 Falhas de posicionamento/ subluxações
 Limitação progressiva
 Imobilidade funcional

Contra indicações
Hipermobilidade
 Derrame articular
 Inflamação

Precauções
Dor excessiva
 Malignidade
 Artroplastias totais.
 Doenças ósseas detectáveis no Raio X
 Fratura não consolidada
 Hipermobilidade nas articulações
associadas
 Doenças sistêmicas do tecido conectivo
 Tecido conjuntivo recém formado
 Pessoas idosas

Procedimentos para aplicação das
técnicas
Avaliação e análise
 Técnicas oscilatórias graduadas:
Grau I – pequenas oscilações rítmicas no
inicio da amplitude
Grau II – oscilações em grande amplitude
dentro da amplitude (não passar o limite)
Grau III – grandes oscilações de amplitude
até o limite da mobilidade existente e
forçadas na resistência do tecido

Procedimentos para aplicação das
técnicas
Grau IV – oscilações de pequena amplitude no
limite da mobilidade existente e forçadas na
resistência do tecido.
Grau V – técnica brusca (thrust) com pequena
amplitude e alta velocidade para soltar
adesões no limite da mobilidade disponível.
 Aplicações oscilatorias.
Graus I e II tratar limitações pela dor.
Graus III e IV usados para manobras de
alongamento.
Técnicas de mobilizações intraarticulares
Dosagem
Grau 1(frouxo) tração de pequena amplitude
onde a cápsula não é sobrecarregada.
Grau 2(tenso) tração ou deslizamento
articulares para tencionar os tecidos.
Grau 3(alongamento) tração ou deslizamento
articulares em grande amplitude para o
alongamento da cápsula.

Técnicas de mobilizações intraarticulares
Aplicações
Grau I – usa em todos os movimentos de
deslizamento e uso para alivio de dor
Grau II – usada para conhecimento de
articulação sensível e assim conhecida
aumentar ou diminuir a dosagem. Inibição
de dor e manter a mobilidade intra-articular .
Grau III – usados para alongar estruturas
articulares e aumentando a mobilidade intraarticular.

Técnicas de mobilizações

Articulação escapulotorácica
Técnicas de mobilizações

Progressão do deslizamento posterior
Técnicas de mobilizações

Deslizamento posterior
Técnicas de mobilizações

mobilização posterior de joelho
Técnicas de mobilizações
Técnicas de mobilizações
Técnicas de mobilizações
Sequência de tratamento
sugerida para ganhar e reforçar
mobilidade funcional
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Mobilização IA