HÉRNIAS PERINEAIS NA ESPÉCIE CANINA Karine Costa Laura Siqueira Letícia Moreira Ligia Real Luciana Moura Luíza Coutinho Luiz Eduardo Philipe Pimenta Philippe Vargas CONCEITO Hérnia perineal é o enfraquecimento ou afastamento dos músculos e das fáscias que constituem o diafragma pélvico. Ocorrendo assim o aumento de volume na região, por entrada dos órgãos que estão na cavidade abdominal ou na cavidade pélvica. Podendo ser uni ou bilateral.  Em geral, a hérnia perineal ocorre entre os músculos esfíncter externo do ânus e o elevador do ânus e, ocasionalmente, entre os músculos elevador do ânus e coccígeo. Períneo e diafragma pélvico  Fatores predisponentes: Raças (Boston terrier, Pequinês e Boxer são mais acometidos)  Sexo (mais comum em machos)  Idade: 6 a 14 anos (7 a 9 anos)  Cauda curta  Lesão nervosa  Patologias intestinais  Patologias prostáticas   Conteúdo herniário:       Gordura retroperineal Líquido seroso Reto Próstata Bexiga retroflexionada Intestino delgado ETIOLOGIA  Fraqueza do diafragma pélvico  Variações anatômicas na musculatura  Atrofia muscular neurogênica  Miopatias  Neoplasias  Alterações hormonais gonadais  Prostatomegalia  Alterações que causam esforço SINAIS CLÍNICOS E COMPLICAÇÕES Tenesmo  Bexiga no saco herniário ( dor visceral, oligúria, anúria)  Retroflexão da bexiga  Prostração variável  Oclusão intestinal  Disquesia  Flatulência  Tumefação perineal  Prolapso retal  Estrangulamento  DIAGNÓSTICO  Clínico:    Palpação perineal Palpação retal Exames complementares:       Raio X Urocistografia contrastada Hemograma Perfil bioquímico Uronálise Ultrassom DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL           Neoplasias Fístula perianal Atresia anal Hiperplasia dos sacos anais Neoplasia perianal Abcessos dos sacos anais Corpo estranho Prolapso retal Hiperplasia das glândulas perianais Dermatite anal Constrição anal Neoplasia de saco anal Fístulas perianais TRATAMENTO CLÍNICO     Dieta rica em fibras Laxantes Emolientes fecais Enemas periódicos ou retirada manual de fezes do reto TRATAMENTO CIRÚRGICO  Pré-operatório:     Enema Antibioticoterapia Cistocentese perineal Preparação do paciente:      Palpação retal Tricotomia Esvaziamento dos sacos anais Sutura em bolsa de tabaco do reto Posicionamento do animal TRATAMENTO CIRÚRGICO  Herniorrafia clássica ou anatômica: TRATAMENTO CIRÚRGICO  Herniorrafia com transposição do músculo obturador interno: TRATAMENTO CIRÚRGICO  Herniorrafia com transposição do músculo semitendinoso: TRATAMENTO CIRÚRGICO  Utilização de redes prostéticas: TRATAMENTO CIRÚRGICO  Colonpexia e cistopexia por fixação do ducto deferente: TRATAMENTO CIRÚRGICO  Pós-operatório:        Analgésico Limpeza da ferida cirúrgica Sutura bolsa de tabaco – prolapso retal Fluidoterapia – pacientes urêmicos Antibioticoterapia Emolientes fecais Colar elizabethano TRATAMENTO CIRÚRGICO  Complicações:         Infecção ou deiscência da ferida Dor e claudição dos membros posteriores Incontinência fecal Tenesmo Prolapso retal Lesão dos nervos da região Necrose da bexiga Recorrência PROGNÓSTICO  Favorável:   Tratamento cirúrgico Reservado:  Tratamento clínico prolongado  Retroflexão de bexiga REFERÊNCIAS: Ferreira, F. & Delgado, E.; Hérnias perineais nos pequenos animais . Revista Portuguesa de Ciencias Veterinárias, v. 98, n.545 p. 3-9, 2003. Fossum, T. W.; Small animal surgery. Ed. Mosby. Texas,1997. GIORDANO P.P., JÚNI L.C.B. Hérnia Perineal em cães. Revisão de literatura. Pontifícia Universidade Católica – PUC campus Poços de Caldas – MG Volume 1 art. 11. Mortari A. C. & Rahal S. C. 2005. Hérnia perineal em cães.[Revisão Bibliográfica] Ciência Rural, Santa Maria, v35, n.5, p.1220-1228. Slatter, D. Manual de Cirurgia de Pequenos Animais. 3ª ed. v.1. Ed. Manole. Brasil, 2007. Foto: www.cirurgiaveterinaria.com Semiglia, G. Hernia Perineal Etiología, Fisiopatología, Diagnóstico y Tratamiento. Universidade de Montevideo. Obrigado!