“ Porque”
Catarina Reis
Joana Dara
Soraia Silva
1ºFotografia
Sophia de Mello Breyner Andresen
Sophia de Mello Breyner Andersen (biografia)
 Sophia de Mello Breyner Andersen nasce a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passa a infância.
 Entre 1936 e 1939 estuda Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publica os primeiros versos em 1940,
nos Cadernos de Poesia.
 Casada com Francisco Sousa Tavares, passa a viver em Lisboa. Tem cinco filhos. Participa ativamente na oposição
ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte.
 Autora de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, escreve também contos, histórias para crianças,
artigos, ensaios e teatro.
 Sophia evoca nos seus versos os objetos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias. A sua obra, várias vezes
premiada está traduzida em várias línguas.
 Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa, e o seu corpo foi trasladado para o
Panteão Nacional precisamente a 2 de julho de 2014, 10 anos após o seu falecimento.
Sophia de Mello Breyner Andersen (bibliografia)
 Poesia:
-
O nome das coisas (4 edições)
-
O cristo cigano (5 edições)
-
Coral (6 edições)
 Prosa:
-
Os três reis do oriente (3 edições)
-
A casa do mar (1 edição)
-
O anjo de Timor (1edição)
 Contos de Criança:
-
O rapaz de bronze (19 edições)
-
A fada Oriana (34 edições)
-
A menina do mar (41 edições)
“Porque”
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não
Pagina 79 do manual
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Interpretação do poema
Página 80 do manual
1. Faz a primeira leitura silenciosa do poema e sublinha as repetições que
nele encontras.
R: As repetições encontradas no poema são: ‘’Porque os outros’’ e ‘’mas tu
não’’.
2. A que classe pertence a palavra com que se inicia a maior parte dos
versos?
R: A palavra ‘’porque’’ -conjunção subordinativa causal
3. O poema desenvolve-se em torno de uma oposição.
3.1 Identifica os elementos que o sujeito poético opõe.
R: “Tu”/ “os outros”.
3.2 Sinaliza a conjunção e o advérbio que contribuem para marcar essa
oposição.
R: Mas tu não (vv. 1, 4, 7, 10, 13).
Interpretação do poema - continuação
3.3 Liga os nomes que se seguem ao elemento a que se referem.
R: a) os outros: dissimulação; falsidade/hipocrisia; medo; cedência;
calculismo.
b) tu: ousadia; denúncia; aventura/risco; honestidade.
4. Nos versos 11 e 12, substitui a conjunção ´´e´´ por um conetor que especifique melhor
o seu valor neste contexto.
R: Nos versos 11 e 12, a conjunção coordenativa “e” tem um valor adversativo
(estabelece entre as duas orações uma ideia de contraste), podendo ser substituída
pelos conectores mas, porém, todavia, contudo…
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Porque (Sophia Mello Breyner)