na obra O CAVALEIRO DA DINAMARCA de Sophia de Mello Breyner Andresen Os textos literários contêm elementos susceptíveis de uma leitura simbólica. O Cavaleiro da Dinamarca não é excepção. Apresentamos-te, em seguida, alguns elementos da obra e o respectivo significado simbólico com base no Dicionário de Símbolos de Jean Chevalier. Convidamos-te a olhares o texto de Sophia à luz desta nova informação. CAVALEIRO É um símbolo de triunfo e de glória e assim como domina a sua montada, domina as forças adversas. Coloca-se ao nível dos deuses, dos heróis e dos eleitos. O sonho do Cavaleiro revela o desejo de participar numa empresa de carácter moral muito elevada e sagrada. PEREGRINO É alguém que está ligado às ideias de purificação prestando homenagem àquele que santificou os lugares de peregrinação. PEREGRINAÇÃO/ VIAGEM É o símbolo da busca da verdade, da paz, da imortalidade; a viagem simboliza uma aventura e uma procura, quer se trate de um tesouro quer se trate de um conhecimento concreto ou espiritual. TRÊS É um número perfeito. É o número do Céu. Exprime um mistério de síntese, de reunião, de união. Para os cristãos é a perfeição de unidade divina: Deus é Um em três Pessoas. BÉTULA Árvore sagrada na Europa Oriental e na Ásia Central; especial para os povos siberianos, simboliza a Primavera e a donzela na Rússia. Tem um papel de protecção e simboliza o caminho por onde desce a energia do Céu e por onde sobe a aspiração humana para o alto. PINHEIRO Símbolo da imortalidade (extremo Oriente); explica-se pela persistência da folha e pela incorruptibilidade da resina. Na arte, é símbolo de força vital; na literatura, de espera. Os japoneses colocam à entrada de casa dois pinheiros durante as festas de Ano Novo, pois acreditam que as divindades vivem nos ramos das árvores e como o pinheiro tem folha permanente foi o escolhido para o efeito. LOBO O lobo é símbolo do que é selvagem. Para os nórdicos é símbolo solar, de luz, herói guerreiro. URSO Na Europa, é símbolo de obscuridade, de trevas. Tradicionalmente foi o emblema da crueldade e da brutalidade por ser violento, perigoso, incontrolável, mas também pode ser domesticado: dança e brinca. Agora que já leste e analisaste O Cavaleiro da Dinamarca, qual te parece ser a relevância desta informação para um entendimento mais profundo e completo da obra? Que tal uma nova viagem pelas páginas deste livro de Sophia de Mello Breyner ?