XXVIII REUNIÃO ANUAL
Núcleo de Gastrenterologia dos Hospitais Distritais
Barbeiro S., Canhoto M., Martins C., Gonçalves C., Cotrim I., Arroja B., Silva F. e Vasconcelos H.
Serviço de Gastrenterologia - Centro Hospitalar de Leiria
23 novembro 2013
Avaliação da eficácia da terapêutica padrão da hepatite C crónica.
Identificação dos fatores preditivos de não resposta ao tratamento.

Análise retrospetiva dos doentes que efetuaram tratamento padrão da
hepatite C crónica na consulta de Gastro-Hepatologia entre 2008 e 2012.

Análise estatística descritiva e correlacional: teste de Fisher, Chi-quadrado
e teste U de Mann-Whitney.
116 doentes submetidos
tratamento

Género
Feminino
26%
74%
Masculino


Idade (anos)
18
40,8 ± 9,2
66
44
71,3 ± 12,3
110
Peso (Kg)

Álcool
(N)
100
80

Hepatite B
(N)
120 98,2%
100
62%
80
60
60
40
40
20
0
20
0
Sim
Sim
Não
Não
1,8%
Não Portador Não
crónico portador
 HIV
nenhum
doente

Via provável de transmissão
76%
Drogas ev
Desconhecido
Transfusão (< 1992)
Parceiro heterossexual +
Vertical
Parceiro homossexual +
0
20
40
60
80
100
(N)

Genótipos
G4
G1
53%
3,4%
G3
42,2%
G5 e G6
G2
0,9%
0%

Biópsia hepática
49% (n=57)
43,8%
Hepatite crónica
5,2%
Cirrose
0
20
40
60
80
100
(N)

Escala de Ishak: necroinflamação média: 3,9±1,4 pontos
(N)
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
13,8%
11,2%
10,3%
0
1
2
3
4
5
6
7
8 a 18

Escala de Ishak: fibrose média: 2,4±1,4 pontos
(N)
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
15,5%
12,1%
11,2%
Fibrose grave e Cirrose:
10 doentes
0
1
2
3
4
5
6

Ecografia abdominal:
62,9%
Normal
24%
Esteatose hepática
13%
Fígado heterogéneo
0
20
40
60
80
100
(N)

Tratamentos prévios
17% (n=20)
- sem resposta: 8
- recidiva: 6
- abandono da consulta: 4
- stop (efeitos laterais): 1
- desconhecido (≠hospital): 1
(N)
100
80,2%
80
60
2,8% (n=3)
1º tratamento:
sem resposta 3
2º tratamento:
sem resposta 2
abandono 1
40
20
0
Naïve
Um
Dois

Tratamento:
116 doentes
69% (n=80)
cumpriram
31% (n=36) não
cumpriram

Tratamento:
116 doentes
69% (n=80)
cumpriram
79% (63/80)
Com SVR
G1: 75% (30/40)
G3: 82% (31/38)
21% (17/80)
Sem SVR
8 sem resposta
7 recidiva
2 abandono follow-up

Tratamento:
116 doentes
6 com SVR
31% (n=36) não
cumpriram
30 sem SVR
30 efeitos laterais
4 abandono da consulta
2 sem resposta ao tratamento
30 efeitos laterais
23 astenia, anorexia, irritabilidade, ansiedade e depressão, mialgias, s. gripal
1 hipotiroidismo grave
3 trombocitopenia grave
2 tentativa suicida
1 TB pulmonar
4 abandono da consulta
2 sem resposta ao tratamento
SVR 16,7%
(6/36)
- Idade média 30,8 anos (H=M)
- 100% Naïve
- G1=4 e G3=2
- Carga viral inicial média: 455.155 Ul/mL
- Peso médio 59,2 Kg
- tempo médio de tratamento: 24,5
semanas (<7,6 semanas)
- Ecografia N em todos (0 biópsias)

Tratamento:
116 doentes
69% (n=80)
cumpriram
31% (n=36) não
cumpriram
≤ 50 anos: SVR 81% (57/70)
> 50 anos: SVR 60% (6/10)
OR=2,9 IC95% 0,7-11,8
p=0,124
M: SVR 79% (50/63)
F: SVR 74% (13/17)
OR=1,3 IC95% 0,23-3,0
p=0,796
Peso
< 75 Kg: SVR 82% (37/45)
≥ 75 Kg: SVR 74% (26/35)
OR=1,6 IC95% 0,54-4,69
p=0,389
Naïve
Sim: SVR 86% (54/63)
Não: SVR 53% (9/17)
OR= 2,7 IC95% 0,9-16
P<0,05
Idade
Género
Sim: SVR 50% (11/22)
Não: SVR 89% (52/58)
OR= 5,1 IC95% 2,74-15,19
P<0,05
Ishak ≤3: SVR 83% (29/35)
Ishak ≥4: SVR 50% (4/8)
OR= 4,8 IC95% 0,9-24,9
P<0,05
Carga viral
< 800000 IU/mL: SVR 90% (43/48)
≥ 800000 IU/mL: SVR 62% (20/32)
OR= 3,7 IC95% 0,95-16,2
P<0,05
Genótipos
G1: SVR 75% (30/40)
G3: SVR 82% (31/38)
OR=1,6 IC95% 0,54-4,69
p=0,325
Esteatose
Fibrose

Efeitos laterais do tratamento:
(%)
100
4 sem
90
8 sem
80
12 sem
70
24 sem
60
48 sem
50
40
30
20
10
0
Efeitos Laterais
99% com efeitos laterais
Astenia
Síndrome gripal
Irritabilidade
Citopenias
Anorexia
Depressão
Ansiedade
3321/mm3
(N )
8000
2,58 g/dL
(N g/dL)
2316/mm3
7000
6000
17
15
5000
13
4000
3000
2000
Leucócitos
11
Neutrófilos
9
Hb g/dL
7
1000
5
0
antes
do TX
4
8
12
24
36
48
72
semanas
(N)
antes
do TX
4
8
12
24
36
48
72
semanas
(N U/L)
78576/mm3
250000
77,6 U/L
120
100
200000
80
150000
60
100000
Plaquetas
50000
ALT
40
20
0
antes
do TX
4
8
12
24
36
48
72
semanas
0
antes
do TX
4
8
12
24
36
48
72
semanas
O nosso estudo demonstrou eficácia da terapêutica padrão na cura
virológica da hepatite C.
A fibrose, esteatose hepática, carga viral elevada e doentes não-naïves
 fatores preditivos de não resposta ao tratamento.
O principal elemento limitador foi Taxa
a falta
global
de de
adesão
doentes
ao curados
tratamento,
SVR 79%
decorrente dos efeitos laterais da terapêutica.
60%
Em Portugal, a terapêutica padrão permanece uma terapêutica válida para
muitos doentes com hepatite C crónica > NECESSIDADE: futuros fármacos
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Atitude terapêutica farmacológica em doentes com