1976-1983 24 de março de 1976, A mais sanguinária Ditadura Militar da América do Sul Uma junta militar depõe a presidente Isabelita Perón. O General Jorge Rafael Videla, dissolve o congresso e dá início a repressão aos opositores. Entre 1976 e 1983 os militares assassinaram ao redor de 30 mil civis, entre eles, crianças e idosos, segundo estimativas de ONGs argentinas e organismos internacionais de defesa dos Direitos Humanos Os militares afirmam que mataram “somente” 8 mil civis (segundo declarações do próprio general e exditador Reynaldo Bignone, à TV francesa na virada do século, outros colegas seus dizem que não mataram pessoa alguma) O Estado argentino, com a volta da Democracia, recebeu pedidos para indenizações da parte de parentes de 10 mil desaparecidos A Ditadura teria sido responsável pelo sequestro de 500 bebês, filhos das desaparecidas. Desde o final dos anos 70 as avós da Praça de Mayo localizaram e recuperaram a identidade de 95 dessas crianças, atualmente adultos. “A intensidade da repressão revela que o terrorismo de Estado foi infinita e proporcionalmente maior do que a ação da oposição. “ “A chamada guerra sucia, com sua maquina repressiva estatal, impôs um verdadeiro genocídio. Entre 1976 e 1979, foram dadas como desaparecidas cerca de 9 mil pessoas identificadas pela Comisión Nacional sobre la Desaparición de Personas.” “ Outras fontes apontam até 30 mil desaparecidos. Outras 1.898 pessoas foram assassinadas, sendo seus cadáveres encontrados e identificados posteriormente. “ “Nesse período ainda, foram criados mais de 350 campos de concentração. Em suma, a repressão procesista assassinou, em menos de uma década, mais de 30 mil pessoas, após intermináveis sessões de tortura “ (SAIN, 2000; SILVA, 2001). Em 1982, perante uma crise social, perda de sustentabilidade política e problemas econômicos, o então ditador Leopoldo Fortunato Galtieri – famoso por seu intenso approach ao scotch – decidiu invadir as ilhas Malvinas para distrair a atenção da população. Resultado: após um breve período de combate, os oficiais do ditador renderam-se às tropas britânicas. Em 1983, Raúl Alfonsín venceu a campanha para presidência. Em seu discurso eleitoral prometeu promover a redemocratização, a criação de um programa de direitos humanos e rejeitar a tentativa dos militares de adotarem a auto-anistia. Alfonsín ordenou a prisão dos comandantes das juntas militares, que foram julgados e condenados à prisão.