CLASSES SOCIAIS E A EDUCAÇÃO:
COMO A EDUCAÇÃO PASSA ASER
CLASSISTA .
Professor: Jorge Alberto rosa ribeiro
Alunos: Camila Mette, Débora,
Margarete, Milca, Pedro e Soeli.
2014/2
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A EVOLUÇÃO E A FUNÇÃO DA ESCOLA
 Atualmente o estado é criador e mantenedor das
escolas, ele fiscaliza, estimula, regulamenta,
diferente dos primórdios onde quem detinha o
conhecimento eram religiosos, monges e integrantes
do clero, pois era restrito e precário o acesso.
 A partir do século XVI – pede-se à escola pública
que ofereça ao homem um ofício (se este não foi
ensinado em casa), assim a consolidação do
absolutismo, nos Estados a educação pública como
um sistema deveria formar cidadãos com um novo
sentido social e político.
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 A escola com o passar do tempo, começa a refletir as
alterações da sociedade. Dessa forma com o progresso da
ideia de democracia e com a “democratização da cultura” a
educação passa a ter um sentido mais igualitário – o saber
passa a ser considerado obra de conjunto, elaborado por
muitos – escola é considerada como lugar de aprendizagem
para todos.
 Inicialmente no Brasil a educação se dava de maneira
doméstica, com a contratação de preceptores. Em 1759 com
a reforma pombalina e a expulsão dos jesuítas o dever da
educação gratuita a população passa a ser responsabilidade
do império Luso, mas este não era de maneira igualitária.
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 Na assembleia constituinte de 1823 ficou decidido que a
Instrução primaria era gratuita a todo cidadão", mas quem
eram os cidadãos? Os escravos estavam fora desta lista, bem
como os que não possuíam propriedades, estes não teriam
direito a educação.
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EDUCAÇÃO E CLASSES SOCIAIS
 Já no período do Brasil Imperial até os dias atuais,
segue-se o mesmo esquema evolutivo do resto do
mundo, as elites possuíam uma educação forte e
prolongada, totalmente dedicada as áreas da
administração e liderança. Cujos salários eram os
mais altos e cheios de benefícios. E a classe
trabalhadora, ou operária, ficaria com uma
educação
fraca,
caseira
e
totalmente
desconfigurada.
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•
O objetivo do texto é relacionar as escolas públicas e classes
sociais, na sociedade capitalista brasileira. Por mais que seja
construído pela engenharia social, soluções para as escolas
públicas existem limites sociais e ideológicos e políticos, que
o funcionamento desta não pode abrir mão em qualquer
sociedade capitalista inclusive o Brasil.
• É assustador o número de evasão e fracasso
escolar
registrado no sistema escolar brasileiro . Olhando para este
quadro podemos concluir que a escola Pública onde o
predomínio é o ensino fundamental e o médio, pode-se dizer
que uma trajetória escolar curta a maioria social, e uma
trajetória longa é a minoria social.
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 Pierre Bourdieu nos mostra em seus trabalhos que a escola
Pública ao mesmo tempo em que se mostrava como escola
Única, direcionava para trajetórias escolares diversas
diferentes classes sociais de alunos. As classes superiores
eram encaminhadas para trajetórias longas, e as classes
inferiores eram encaminhadas para classes curtas que
abrangia no máximo a escola técnica do Ensino Médio.
 Uma escola a serviço do proletariado resgataria sua
experiência de vida concreta e de trabalho integrando-o ao
processo de produção e transmissão de conhecimento,
prepararia todos simultaneamente para o exercício do
trabalho de concepção e do trabalho de execução.
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EDUCAÇÃO DO POVO E DAS ELITES: A
DISTINÇÃO DOS SABERES
Educação moral é deve ser ensinada no lar, ou
seja pela mãe;
Obrigação do governo em manter escolas de
ensino primário era obrigação desde o
império;
A imprensa e outros jornais criticavam a
qualidade do ensino, a baixa remuneração dos
professores, o pouco investimento do estado
em educação;
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 Professores mal preparados e
remunerados da
escola pública, quem tinha condições de pagar,
apesar dos defeitos, colocavam os filhos em
estabelecimentos leigos ou religiosos;
 1896 – surgiu escola de Engenharia
 A Escola de Engenharia delimitava-se um saber
superior que preparava as elites dirigentes, como o
ensino profissional habilitava-se ao trabalho
organizado e de bom nível as classes subalternas;
 Bourdieu - a relação entre herança familiar
(sobretudo, cultural) e desempenho escolar.
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REFERÊNCIAS
FARIA Filho, Luciano Mendes de. Instrução elementar no século
XIX. In: LOPES, Eliane Marta Teixeira, FARIA FILHO, Luciano Mendes
de, VEIGA, Cynthia Greive (orgs.). 500 anos de educação no Brasil .
Belo Horizonte: Autêntica, 2000. p.135 -150.
PESAVENTO, Sandra J. O cotidiano da república. Porto Algre: Ed.
da Universidade/UFRGS, 1990. p.79 -87.
SAES, Décio Azevedo de. Escola Pública e Classes Sociais no Brasil
Atual. 2008
SAES, Décio Azevedo Marques de; Linhas críticas, Brasília, V.14, N,
27, p.165-176. Jul/dez-2008
SALDANHA , Nelson Nogueira. Sociologia da Educação. Rio de
Janeiro. Editora Aurora, s/d. Capítulo XI.
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