BRASIL COLÔNIA: A QUESTÃO DA DIVISÃO DE TERRAS Expedição Martin Afonso de Souza. 1530 Objetivo: reconhecimento, exploração das terras brasileiras por parte da Coroa e início de organização administrativa. CAPITANIAS HEREDITÁRIAS Lotes de terra que dividiam o Brasil em 15 regiões que partiam do litoral até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. CAPITANIAS HEREDITÁRIAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS Estas enormes faixas de terras foram doadas para nobres e pessoas de confiança do rei. Estes que recebiam as terras, chamados de donatários. DONATÁRIOS: tinham a função de administrar, colonizar, proteger e desenvolver a região. Combater os índios de tribos que tentavam resistir à ocupação do território. Duarte Coelho Pereira, o primeiro donatário da capitania de Pernambuco; Chegou ao Brasil no dia 9 de março de 1535, acompanhado de sua mulher, Brites de Albuquerque, do seu cunhado Jerônimo de Albuquerque, e de algumas famílias do norte de Portugal. Trouxe também vários judeus para a montagem de engenhos de açúcar e feitores com experiência nas plantações de cana-de-açúcar na ilha da Madeira e em São Tomé, uma vez que Pernambuco, com clima quente e temperado, sem grandes variações de temperatura e chuvas regulares, era um lugar propício para a cultura da cana. Duarte Coelho Pereira, ao chegar em Pernambuco, entrou pela barra da ilha de Itamaracá e desembarcou no rio Igarassu, numa antiga feitoria denominada dos “Marcos”. governo na área onde hoje se encontra a cidade de Olinda, possivelmente pouco antes do dia 12 de março de 1537, considerando a data da Carta de Doação conhecida como Foral de Olinda. O território da Capitania de Pernambuco, denominada de Nova Lusitânia por Duarte Coelho, abrangia todo o atual estado de Alagoas, indo até o rio São Francisco, na fronteira com o atual estado de Minas Gerais. 1566, por uma carta de sesmaria lavrada na vila de Olinda, Duarte de Albuquerque Coelho (segundo donatário de Pernambuco) concedeu a Gaspar Alves de Purga uma légua de terras situadas nas margens do rio Jaboatão, judicialmente demarcadas em 1575. Grande parte dessa sesmaria foi vendida, em 15 de setembro de 1573, a Fernão Soares, que, juntamente com seu irmão, Diogo Soares, construiu o Engenho Nossa Senhora da Assunção (posteriormente Suassuna), o qual começou a moer em 1587. Gaspar Alves de Purga ainda ficou com uma grande parte da sesmaria, na qual construiu o Engenho São João Batista (atual Usina Bulhões), que já estava em atividade em 1575. Em 1584 esse engenho foi comprado por Pedro Dias da Fonseca, que nove anos depois o revendeu aos portugueses Bento Luiz de Figueiroa e sua mulher, D. Maria Feijó de Figueiroa, ambos naturais da cidade do Porto. A escritura pública foi lavrada na vila de Olinda, no dia 04 de maio de 1593, considerada a data simbólica da fundação de Jaboatão. Eles se estabeleceram como terceiros proprietários do engenho, nas terras onde hoje se localiza o município de Jaboatão dos Guararapes. Com o tempo, já desenvolvida a povoação, Bento de Figueiroa doou um terreno para erigir uma igreja, além de contribuir com donativos para a construção da mesma e terras para a constituição do seu patrimônio canônico. A igreja foi erguida sob a invocação de Santo Amaro e, em 1598, recebeu foros de paróquia. No mesmo ano foi criado um curato, por D. Antônio Barreiros, terceiro bispo do Brasil, anteriormente prior da Ordem de S. Bento de Avis; o curato(derivado de cura, ou padre) foi provido em 1609. D. Maria Feijó de Figueiroa faleceu no dia 12 de novembro desse mesmo ano e foi sepultada na capela-mor da igreja matriz, atendendo ao pedido que constava em seu testamento. Pela Lei Estadual nº 4, de 05 de maio de 1989, o município passou a denominar-se Jaboatão dos Guararapes, em homenagem ao local das batalhas históricas, os Montes Guararapes. A mesma lei criou o distrito de Jaboatão, integrado ao município de Jaboatão dos Guararapes, e extinguiu o distrito de Muribeca dos Guararapes, cujo território passou a pertencer ao distrito sede. Em divisão territorial datada de 1º de junho de 1995, o município é constituído de três distritos: Jaboatão dos Guararapes (sede), Cavaleiro e Jaboatão, assim mantendo em divisão datada de 2005. No dia 11 de janeiro de 2008 a Lei Complementar nº 2 criou mais dois distritos: Curado e Jardim Jordão. DICA DO CAMILINHO!!! A palavra Jaboatão vem do tupy-guarani e existem quatro versões para a origem do nome. 1.Ya , o que tem; PO ou BO, fibra, madeira e ANTÃ, dura. Logo, madeira muito dura. 2. JABOTI - tipo de cágado; ATAM ou ATÃ, andar. Logo, significa andar como cágado ou andar devagar. 3.YAPOATAN - a mais aceita, significa tronco linheiro, reto. Era o nome de uma árvore da qual se fabricava mastros para navios pequenos e, tudo indica, nas matas existiam muitas dessas árvores. 4. IAUÁ - jaguar; POATÃ - mão rija, mão firme. Ou seja, mão de onça. Trata-se de um fruto cheio de espinhos que os selvagens compararam a uma mão áspera, como a mão de uma onça com as unhas estendidas Principais Capitanias Hereditárias e seus donatários: SãoVicente (Martim Afonso de Sousa), Santana, Santo Amaro e Itamaracá (Pêro Lopes de Sousa); Paraíba do Sul (Pêro Gois da Silveira),Espírito Santo (Vasco Fernandes Coutinho), Porto Seguro (Pêro de Campos Tourinho), Ilhéus (Jorge Figueiredo Correia), Bahia (Francisco Pereira Coutinho). Pernambuco (Duarte Coelho), Ceará (António Cardoso de Barros), Baía da Traição até o Amazonas (João de Barros, Aires da,Cunha e Fernando Álvares de Andrade). Dificuldades de administração das capitanias Distância de Portugal Os ataques indígenas A falta de recursos Extensão territorial dificultaram muito a implantação do sistema. Com exceção das capitanias de Pernambuco e São Vicente, todas acabaram fracassando Novo sistema de organização administrativa para o Brasil 1548 Portugal então passou a centralizar a administração da colônia criando o cargo de governador geral. tinha a função de representar os interesses do rei de Portugal em terras brasileiras. o provedor-mor, o capitãomor e o ouvidor-mor. Auxilio para os Governos. PROVEDOR-MOR tinha a responsabilidade de garantir a arrecadação dos impostos em terras brasileiras e cuidar dos gastos que o governo geral tivesse na administração do território. CAPITÃO-MOR tinha a responsabilidade de organizar as tropas responsáveis pela defesa do litoral brasileiro contra as possíveis invasões estrangeiras e os ataques das comunidades indígenas presentes no Brasil. OUVIDOR-MOR exercia a função de juiz, aplicando as leis e resolvendo os conflitos existentes entre a população colonial. O governo-geral acabou somente no ano de 1808, quando a Família Real Portuguesa chegou ao Brasil.