F.2.4 – Gestão Pública Rede de Acolhimento Institucional Para Pessoa Idosa No Município do Jaboatão dos Guararapes-PE Anderson Jefferson da Silva Moura1, Gerlany Silveira de Barros2, Jair Ferreira de Oliveira3, Kleber de Lima Santos4, Lianna Karla Veras e Souza5, Paulo Sérgio de Souza Matos6, Alba de Oliveira Barbosa Lopes7. 1. Especialista em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE; *[email protected] 2. Especialista em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE; 3. Especialista em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE; 4. Especialista em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE; 5. Especialista em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE; 6. Especialista em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE; 7. Doutor em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Palavras Chave: Pessoa Idosa, Proteção Social, Rede de Acolhimento Institucional. Introdução O município do Jaboatão dos Guararapes, localizado na Região Metropolitana do Recife, possui uma população total é de 644.620 habitantes. Segundo os dados do IBGE, o percentual de idosos desta população aumentou significativamente entre os anos 2000 e 2010. Em 2000 a população de idosos correspondia a 6,5% dos habitantes do município. Já em 2010, este percentual chegou a 9% dos habitantes, correspondendo ao número de 58.256 habitantes com idade igual ou superior a 60 anos residentes na cidade (IBGE, 2010); que, conforme estabelece o Estatuto do Idoso – em seu Artigo 3º – devem gozar de absoluta prioridade no que se refere à efetivação de seus direitos. A tendência de acréscimo do índice de envelhecimento da população exige do Estado um planejamento adequado quanto à prestação de serviços para pessoa idosa. No âmbito da assistência social, estes serviços se organizam por dois tipos: 1) Proteção Social Básica; 2) Proteção Social Especial – onde encontramos o serviço de acolhimento institucional, classificado como serviço de Alta Complexidade pela Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais (MDS, 2009). O objetivo deste trabalho é analisar a Rede de Acolhimento Institucional para Pessoa Idosa no município do Jaboatão dos Guararapes – PE, através da percepção dos coordenadores da Proteção Social Especial de Alta Complexidade. O problema da pesquisa é representado pelo questionamento: qual a percepção dos gestores da alta complexidade quanto às facilidades e dificuldades de coordenação e prestação do serviço de acolhimento institucional para pessoa idosa no município do Jaboatão dos Guararapes? Para responder a esta pergunta, foi realizada uma pesquisa qualitativa que envolveu uma pesquisa documental, com revisão das normativas referentes ao tema, assim como, do ponto de vista dos instrumentos, foi realizada uma entrevista semiestruturada, no dia 03/09/2014, com a gerente e com a coordenadora do Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade do município do Jaboatão dos Guararapes. Resultados e Discussão O serviço de acolhimento institucional em Jaboatão envolve a participação de atores governamentais e não governamentais, formando uma rede de cooperação híbrida (MALMEGRIN, 2010), conforme pode ser analisado no Quadro 1: Quadro 1. Atores envolvidos. Entidade Governo Federal Governo Estadual Município Min. Público Não Governamentais Órgão(ões)/Instituição(ões) Ministério do Desenvolvimento Ministério da Social e Combate à Saúde/ANVISA Fome Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria de Políticas Sociais Conselho Municipal Integradas – de Defesa dos Secretaria Direitos da Pessoa Executiva de Idosa Assistência Social Promotoria de Justiça e Defesa da Cidadania Abrigo Cristo Abrigo Santa Luzia Redentor Fonte: Elaboração dos autores. Na entrevista, os gestores colocaram a execução indireta como facilitadora, pois, com isso ocorre a desburocratização do serviço, uma vez que a execução direta demanda muito trabalho, sobretudo no que diz respeito aos processos licitatórios. No que se refere às dificuldades, mencionou-se a árdua tarefa de articular as ações para que o serviço seja prestado com níveis qualitativos melhores. Com a execução indireta, os vínculos empregatícios, muitas vezes, são precarizados. Outra dificuldade é quanto ao pensamento da prestação do serviço na lógica da caridade, predominante nas instituições não governamentais. Conclusões Se por um lado os gestores entrevistados percebem a execução indireta do serviço de acolhimento institucional como um fator de desburocratização da prestação do serviço, por outro lado, a precarização dos vínculos empregatícios e a dificuldade de integração com as demais políticas sociais foram apontadas como as principais dificuldades quanto à prestação do serviço por entes não governamentais. ____________________ IBGE. Censo demográfico 2010. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?codi go=260290> Acesso em : 04 ago. 2014. MALMEGRIN, Maria Leonídia. Introdução à gestão de redes públicas de cooperação em ambientes federativos. In: _____. Redes públicas de cooperação em ambientes federativos. Florianóplois: Departamento de ciências da administração. UFSC:[Brasília]: CAPES: UAB, 2010. p. 13-53. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009. 67ª Reunião Anual da SBPC