Diagnóstico HEMORRAGIA MACIÇA EM CURSO: • • • - Intervenção cirúrgica emergencial (rara) Ressuscitação hídrica e estabilização do paciente Testes diagnósticos primários: Colonoscopia Angiografia visceral Cintilografia com 99mTc Hc Hemorragia gastrintestinal aguda baixa - Sonda nasogástrica e/ou endoscopia alta - Descartar origem gastrintestinal alta - Proctoscopia - Descartar origem retal Hemorragia maciça persistente Baixo fluxo ou hemorragia intermitente Angiografia mesentérica seletiva Diagnóstica Embolização ou Vasoconstritor intra-arterial Ressecção cirúrgica Não-diagnóstica Colonoscopia Não-diagnóstica - Cintilografia com 99 mTc Hc - Enteróclise - Cintilografia compertecnetato de 99mTC - Enteroscopia Diagnóstica Tratamento definitivo Colonoscopia • Indicação da colonoscopia de urgência (<12h) Após preparo do cólon: - Parada da hemorragia progressiva / grau de hemorragia mais moderado - Repleção volêmica e estabilidade hemodinâmica Achados positivos: - Local de sangramento ativo / vaso sanguíneo não-sangrante / coágulo aderido a um orifício divertilcular ulcerado / coágulo aderido a foco mucoso / sangue fresco em seguemento colônico Lesões não indicativas: - Lesões incidentais, coâgulos em multiplos orifícios diverticulares / pólipos e diverticulos não sangrantes • Sangue fresco no íleo terminal, após EDA, sugere fonte de sangramento no intestino delgado • A hemorragia só pode ser atribuída a lesões com estigma de hemorragia evidente Colonoscopia • - - Contra-indicação de colonoscopia de emergência: Hemorragia gastrintestinal baixa macíça Dificuldade de preparo do cólon (foco hemorrágico) Instabilidade hemodinâmica (impede sedação, risco de hipoxemia e complicações) Comprometimento da reposição volêmica durante o procedimento • A colonoscopia é o procedimento de escolha em pacientes que tenham apresentado hemorragia após uma polipectomia endoscópica Angiografia Visceral Seletiva A arteriografia mesentérica tem sido amplamente utilizada na avaliação e no tratamento dos pacientes com hemorragia gastrintestinal baixa. • A injeção seletiva de contraste radiográfico na artéria mesentérica superior ou inferior identifica o local da hemorragia em pacientes sangrando a uma velocidade de 0.5 ml/min ou mais. • O teste pode identificar com acurácia a hemorragia arterial em 45% a 75% dos pacientes, se eles estiverem sangrando ativamente no momento da injeção do contraste. Complicações e indicações • Cerca de 10% • Incluem infarto, insuficiência renal, trombose da artéria femural, imobilização do membro inferior e formação de hematoma. • A maioria dos pacientes com HDB tem mais de 60 anos de idade, co-morbidades clínicas que podem tornar o procedimento de alto risco para esses pacientes. Desta forma, a angiografia é reservada para pacientes com evidência de hemorragia significativa em curso. Cintilografia com Hemácias Marcadas com Tecnéscio 99m • Procedimento não invasivo de medicina nuclear. • As hemácias do paciente são marcadas com um isótopo do tecnécio e reintroduzidas na circulação. • Taxas de sangramento de até 0,1 ml/min podem ser detectadas. • Em cada episódio de sangramento, sangue marcado é derramado no lúmen colônico, criando um foco isotópico que pode ser visualizado com uma cintilografia abdominal. • Imagens são obtidas a intervalos distintos, dentro das primeiras 2 horas, e desde então a intervalos de 4 a 6 horas, ou no momento da evidência clínica de hemorragia. • Se o sangramento estiver presente no momento da injeção e da imagem inicial pode identificar com acurácia a origem do sangramento em 85% dos casos. Cápsula Endoscópica: • Endoscópio sem fio: Cápsula que contém uma câmara de vídeo, fonte de luz, bateria e transmissor. • Captura de 2 imagens por segundo, chegando a 50.000. Podem ser amplificadas em até 8x e o revestimento da cápsula impede interferencias com o conteúdo intestinal. Cápsula Endoscópica: • Contra-indicações: Sintomas obstrutivos, disturbios da motilidade e uso de marcapassos. • Complicações: Retenção da cápsula em algum estreitamento. Podendo ficar retida em 5% dos casos, porém, necessitando de intervenção cirurgica em apenas 1%. • Desvantagens: Incapacidade terapeutica, não localiza precisamente as lesões. • Vantagem: Extremamente útil para doenças difusas. Endoscopia Intra-operatória: • Procedimento cirurgico e endoscópico combinados para avaliar e tratar fontes de sangramento do intestino delgado. • Durante a laparotomia exploratória é realizada uma enteroscopia do delgado por um endoscopista. • O cirurgião plica cuidadosamente o intestino delgado por sobre o enteroscópio enquanto o lúmen é visualizado. Endoscopia Intra-operatória: • Essa abordagem combinada pode identificar uma fonte de sangramento em até 70% dos pacientes. • O local preciso da anormalidade pode ser identificado para permitir a ressecção limitada do intestino delgado. TRATAMENTO • Tratamento endoscópico: - Inclui o uso das mesmas modalidades terapêuticas disponíveis para hemorragia gastrintestinal alta! - Sondas térmicas, eletrocoagulação e escleroterapia são geralmente utilizadas. TRATAMENTO • Tratamento angiográfico: - Útil em pacientes cujo sangramento é identificado pela angiografia e que apresentam alto risco cirúrgico, ou na tentativa de postergar a cirurgia. - A recidiva é relativamente comum, além de que a vasopressina traz complicações importantes como a isquemia cardíaca, edema pulmonar, trombose mesentérica e hiponatremia. - Pode, no entanto, ser utilizada no controle temporário antes da ressecção cirúrgica definitiva. TRATAMENTO • A embolização transcateter de hemorragia maciça pode se utilizada em paciente com alto risco cirúrgico. • A embolização com esponjas de gelatina ou microespirais pode obter controle temporário da hemorragia por angiodisplasias e divertículos (na vigência destes procedimentos, a falta de ciruculação colateral da parede colônica pode provocar infarto colônico, manifestado por dor abdominal, febre e sepse). TRATAMENTO • Tratamento cirúrgico, indicações: - Pacientes com hemorragia progressiva ou recorrente. - Transfusão de seis unidades de concentrado de hemácias ou instabilidade hemodinâmica persistente (indicação precisa de colectomia na hemorragia aguda). • Devemos nos eforçar para localizar a fonte de sangramento para que possamos realizar uma colectomia parcial ao invés de uma total/subtotal. TRATAMENTO • A mortalidade após a colectomia por hemorragia gastrintestinal aguda baixa é de cerca de 5%, e a hemorragia, na maioria das vezes NÃO é a causa do ÓBITO, que se dá por eventos clínicos desfavoráveis como a pneumonia, eventos cardiovasculares e insuficiência renal. TRATAMENTO • A angiodisplasia, causa mais comum de sangramento do instestino delgado, deve ser tratada átravés de escleroterapia endoscópica ou coaguação, se não estiver ao alcance do endoscópio indica-se a ressecção segmentar do intestino delgado. Acompanhamento se faz necessário! • As neoplasias de intestino delgado também são tratadas cirurgicamente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • SABISTON, D.C. Textbook of Surgery. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1996. • Hemorragias Digestivas – POJETO DIRETRIZES – Federação Brasileira de Gastroenterologia. • COELHO, Júlio et al; Aparelho Digestivo: Clínica e Cirúrgica .