Infecção do Trato Urinário Aluno: Fernando Soares Goulart Universidade Católica de Brasília Curso: Medicina Disciplina: Internato em Pediatria Brasília, 7 de Março de 2014 www.paulomargotto.com.br Infecção do Trato Urinário Patógenos nas vias urinárias Meato uretral Parênquima Renal Inflamação ITU alta ITU baixa Dificuldades no Diagnóstico Complicações Sepse Lesão do Parênquima renal HAS Crônica IR Infecção do Trato Urinário Epidemiologia Infecção bacteriana frequente Lactentes < 2 anos Principal causa de FOI 5,4 • : 1 • (< 1 ano)•• 1 • : 10 • (> 1 ano) 5 anos Treinamento esfincteriano•• Recorrência 70% após 18 meses 15 – 20% 1º ano Infecção do Trato Urinário Etiopatogenia Bacteriana Enterobacteriaceae E. coli Klebsiella spp Proteus spp Staphylococcis saprophyticus Enterococcus 75-95% Meninas Gram - Manipulação das Vias Urinárias Pseudomonas sp (Gram –) Enterococcus sp Staphylococcus (Gram +) Infecção do Trato Urinário Etiopatogenia Fúngicas Raras. ATB Sondas Vesicais Malformações Diabéticos Imunodeprimidos Viral Adenovírus 11, 21 Cistite Hemorrágica Hematúria, autolimitado (4 dias). Poliomavírus Infecção do Trato Urinário Etiopatogenia Adolescentes Chlamydia trachomatis Ureaplasma urealyticum Mycoplasma hominis Tuberculosa Parênquima renal Pelve renal Comprometimento bilateral, assimétrico. Piúria maciça (asséptica) Infecção do Trato Urinário Patogênese Ascendente Hematogênica Fatores de Defesa Clearance Bacteriano Baixo pH urinário Uréia, amônia IgG, IgA Descamação do Urotélio Fagocitose por PMN e macrófagos na submucosa Infecção do Trato Urinário Patogênese Ascendente Hematogênica Fatores de Risco Sexo feminino Não circuncisão RVU Treinamento esfincteriano Uropatia Obstrutiva Secagem vulvar inadequada Presença de P Fímbrias bacterianas Infecção do Trato Urinário Patogênese Ascendente Microbiota intestinal (períneo) Meninos Bactérias no prepúcio E. coli P fímbria Filamentos fixam nos receptores do urotélio Antígeno capsular K Protege bactéria (fagocitose, complemento) Produção de Aerobactina Obtenção/ fixação de ferro Hematogênica (neonatal) Sepse Êmbolos sépticos de endocardite bacteriana Infecção do Trato Urinário Quadro Clínico Localização do processo inflamatório Faixa etária Bacteriúria assintomática (Pré-escolar/ Escolar) Pielonefrite/Pielite Febre Lombalgia Dor abdominal Mal-estar Náusea Vômito Diarréia Infecção do Trato Urinário Quadro Clínico Localização do processo inflamatório Faixa etária Uretrite/Cistite Polaciúria Estrangúria Disúria Urgência/Incontinência Dor Suprapúbica Alterações Urinárias: Cor Odor Infecção do Trato Urinário Quadro Clínico Localização do processo inflamatório Faixa etária Cistite Hemorrágica E. coli Adenovírus 11, 21 Cistite Intersticial Urgência Frequência Disúria Dor Pélvica Aliviadas com a micção Citoscopia Úlceras na mucosa vesical Eletrocauterização Infecção do Trato Urinário Quadro Clínico Localização do processo inflamatório Faixa etária RN Toxemia/Sepse Alteração ºC Ganho ponderal Sucção débil Vômitos Dor abdominal Irritabilidade Hipoatividade Palidez/Cianose Alterações urinárias USG ! Hidronefrose, cistos renais, duplicação pielouretral, mielomeningocele Infecção do Trato Urinário Quadro Clínico Localização do processo inflamatório Faixa etária Lactentes Toxemia/Sepse Alteração ºC Ganho ponderal Sucção débil Vômitos Dor abdominal Irritabilidade Hipoatividade Palidez/Cianose Alterações urinárias Avaliação da genitália Vulvovaginite / Balanopostite Sinéquia de peguenos lábios USG ! Pielonefrite FOI! Infecção do Trato Urinário Quadro Clínico Localização do processo inflamatório Faixa etária Pré-escolares / Escolares Sintomas localizatórios Polaciúria Disúria Estrangúria Febre/ Calafrios Lombalgia Dor abdominal Alterações urinárias Adolescentes Início da atividade sexual Infecção do Trato Urinário Diagnóstico Clínica Urinocultura demonstração quantitativa e qualitativa >= 1 Bactéria Antibiograma Métodos de Coleta de Urina Controle volitivo: Jato médio Cateterismo vesical Saco Coletor Punção Suprapúbica EAS + Baixa densidade ( Redução da [ ] Nefrite Túbulo intersticial) + pH alcalino Proteus. Uréia amônia + Hematuria (Pielonefrite / Cistite) + Nitrito Positivo ( Gram - nitrato em nitrito) + Piúria + Cilindros granulosos / piocitários (Pielonefrite) Infecção do Trato Urinário Diagnóstico Exames Complementeres Cças após 1º ITU febril Lactentes sinais sistêmicos + URC positiva ITU baixa Avaliar distúrbios miccionais / intestinais < 2 Anos USG Uretrocistografia Miccional Refluxo + Cintilografia DMSA Hidronefrose / Obstruções Cintilografia DTPA > 2 Anos USG Infecção do Trato Urinário Tratamento Erradicar o infecção / Previnir recorrências Não complicada Ambulatório Sulfametoxazol-Trimetoprim VO 40mg+ 8mg/Kg/dia 12/12h por 3 – 5 dias Nitrofurantoína (Klebsiela, Enterobacter) Complicada, Alta ou Febril Internação RN: Ceftriaxone (50 – 70mg/kg/dia) Cefotaxima (100 mg/kg/dia) Ampicilina (100mg/kg/dia) + Gentamicina (3 – 5 mg/kg/dia). > 1 mês, ITU febril, BEG Ambulatório Cefixima VO Ceftriaxone IM + Cefalosporina de 3ª VO Amoxicilina-Clavulanato VO Ciprofloxacina em > 17 anos. Infecção do Trato Urinário Tratamento Quimioprofilaxia Diminuir recorrência de ITU Progressão das cicatrizes renais RVU grave III, IV, V Uropatia Obstrutiva Urolitíase Bexiga Neurogênica Sulfametoxazol-Trimetoprim VO (30% da dose terapêutica) 1x/dia Nnitrofurantoína 30% da dose terapêutica 1x/dia Infecção do Trato Urinário Prognóstico Cura espontânea é rara. Bom prognóstico em formas não complicadas. Pielonefrite: Prognóstico reservado Possibilidade de lesão renal HAS IRC Bibliografia Robert M. Kliegman, MD, Richard Behman. Nelson Textbook of Pediatrics : 19. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, c2011. v. ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay (Coord.). Robbins e Cotran patologia: bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, c2010. xx, 1458 p. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, c2010. Fábio Lopes, Dioclécio Júnior. Tratado de Pediatria da SBP. 2ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier. 2011.