Modelos Mentais -- A Variável Invisível da Transformação Institucional Prof. Nelci Barros, Dr.Eng. copyright © 2010 Barros,Nelci A Internacionalização da Economia O Novo Foco das Parcerias Antiga Mentalidade Nova Mentalidade Mercado protegido Parcerias e globalização Enfoque macroeconômico Enfoque microeconômico Influenciar líderes Produtividade empresarial Capital financeiro e natural Conhecimento Hierarquia Meritocracia Economia de escala Agilidade Reação Pró-ação Governo como estrategista principal Visão compartilhada e colaboração Paternalismo Inovação Regulamentação Desregulamentação Fontes escassas Redistribui riqueza limitada Engenharia Financeira Cria novas riquezas ESPAÇO ECONÔMICO: ARTICULAÇÃO INTER-REGIONAL DO CIRCUITO DE RAMO Centros de Engenharia Centros de Negócios Centros de Pesquisas UNIVERSIDADE CIRCUITO DE RAMO CIRCUITO-1 CIRCUITO-2 CIRCUITO-3 CIRCUITO-N Região - I (criação) Engenharia Criativa (Tecnologia Desenvolvida) Zona de integração articulada em circuitos de ramo Região - II (produção) Fabricação Qualificada (tecnologia em desenvolvimento Tecnologia (laser, fibras óticas células energéticas, fusão, holografia, engenharia genética, robótica) Combinação de Produtos Alta Densidade de Mão-de-Obra Qualificada (tradição industrial) Reserva de Mão-de-Obra não Qualificada, produzida pela dissolução de outros modos ou pela Região - III (consumo) Montagem desqualificada (tecnologia subdesenvolvida) obsolecência da indústria local. Produto - 1 Produto - 2 Produto - 3 Processo de integração do Produto Final Características Produto - N Fonte: Barros, N. (1999) Fonte: Barros, Nelci (2000). Governo & Empresa Privada O Velho Modelo de Negócios Modelo Antigo (Começa com Ativos) Ativos Competitivos (“Físico”) Riquezas naturais Infra-estrutura feita pelo homem Capital financeiro Sistemas Operacionais (“Preserva fontes”) Sistemas de “linha de montagem” Distribuição por atacado “Estrategista mestre,” pesadas regulamentações Estratégia Competitiva (“Preços mais baixos”) Preço-, volumecompetição dirigida Todos os fregueses Serviços básicos Companhias independentes Governo & Empresa Privada Um Novo Modelo de Negócios Modelo Novo (Começa com Estratégia) (“Social”) Capital humano habilitado Confiança Instituições de ensino Insights únicos Estratégia Competitiva Sistemas Operacionais Ativos Competitivos (“Maximizar valor”) Sistemas flexíveis Logística sob medida Visão compartilhada entre setores público e privado (“Diferenciar”) Competição de valor dirigido Segmentos específicos Experiências de alta qualidade Parceiros Como ter o investimento sob critérios definidos Detalhamento dos Mecanismos de Financiamento de Projetos de Infra- Estrutura •Engenharia Financeira •Parcerias Público Privadas Quadro Atual • Recursos escassos e incapacidade de endividamento • Prioridade ao financiamento de projetos sociais • Aumento da demanda por bens e serviços públicos • Possíveis gargalos ao crescimento • Modelo tradicional de financiamento superado Projetos de Infra Estrutura: Características •Grande volume de recursos •Riscos elevados durante a fase de construção; • Riscos seguráveis; •Perfis de risco menores na fase operacional •Fluxos financeiros alongados e estáveis durante a vida do projeto ; •Forte impacto econômico MOTIVAÇÕES •ESCASSEZ DE RECURSOS PÚBLICOS •GARANTIA DE REMUNERAÇÃO PARA A INICIATIVA PRIVADA •DIFERIMENTO DOS DESEMBOLSOS ORÇAMENTÁRIOS •RISCOS SEGURÁVEIS •COMPROMETIMENTO DA INICIATIVA PRIVADA •MENOR DIFICULDADE NA OBTENÇÃO DE FUNDING Definições: Art. 2º ... considera-se contrato de parceria público-privada o ajuste celebrado entre a administração pública e entidades privadas, que estabeleça vínculo jurídico para implantação ou gestão, no todo ou em parte, de serviços, empreendimentos e atividades de interesse público, em que haja aporte de recursos pelo parceiro privado, que responderá pelo respectivo financiamento e pela execução do objeto, observadas as seguintes diretrizes... • PROJETOS PRIVADOS PROJETOS FINANCEIRAMENTE AUTOSUSTENTÁVEIS PROJETOS QUE REQUEREM APORTE PARCIAL DE RECURSOS FISCAIS PROJETOS PÚBLICOS TRADICIONAIS • PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS FOCO PARA INVESTIDORES GRAU DE ATRATIVIDADE Grau de atratividade em relação à PPP Estrutura de uma SPE Seguradoras Acionistas • Risco Político • Risco Cambial Poder Concedente • Força Maior Financiadores (Locais e Externos) SPE Sociedade Anônima Fornecedores Construtores Agente Fiduciário Receitas e Produto Final Usuários Operadores Como ter o investimento sob critérios definidos Detalhamento dos Mecanismos de Financiamento de Projetos de Infra- Estrutura •Engenharia Financeira •Parcerias Público Privadas Quadro Atual • Recursos escassos e incapacidade de endividamento • Possíveis gargalos ao crescimento • Modelo tradicional de financiamento superado Projetos de Infra-Estrutura Características: • Grande volume de recursos • Riscos elevados durante a fase de construção • Perfis de risco menores na fase operacional • Fluxos financeiros alongados e estáveis durante a vida do projeto • Forte impacto econômico Possibilidades de Financiamento Doméstico e Estrangeiro (2010-2011) Bancos Privados Empréstimos Sindicalizados Fundos Constitucionais Agências Multilaterais Garantias •BID: US$ 5 Bilhões •Bird: US$ 4,5 Bilhões R$ 3 Bilhões Garantias Financiamento •CAF: US$ 200 Milhões Merc. de Capitais Projetos Parcerias R$ 15,6 Bilhões (2004) CEF San/Infra: R$ 8 – 10 Bilhões Participações BNDES Financiamento Público Investimentos • Debêntures Garantias e Contra-Garantias Habitação: R$ 20 Bilhões Corporación Andina de Fomento (CAF) Participaçõ es Investimen tos Poder • Certificados de Recebíveis Fundos Setoriais de Investimento e Participações Fundos de Pensão Nacionais R$ 18 Bilhões Fundos de Pensão Estrangeiros Financiamento Privado: Instrumentos Multilaterais BID •Garantias financeiras integrais a títulos emitidos em moeda local (Melhoria na classificação de risco do título) •Garantias parciais a títulos de longo prazo •Financiamento direto ao setor privado Bird •Avais a títulos vinculados a projetos de infra-estrutura e emitidos por Municípios e Concessionárias (GuarantCo) •Garantias contra risco político (MIGA) •Securitização do portfolio do BNDES CAF Corporación Andina de Fomento •Apoio e garantias a operações de underwriting en moeda local •Garantias a empréstimos sindicalizados •Linhas de financiamento direto Modalidade de financiamento garantido pelas receitas, ativos e colaterais de um projeto economicamente separado em uma Sociedade de Propósito Específico. Características: • Alavancagem financeira • Estrutura contratual detalhada • Participação dos agentes na elaboração do projeto • Separação entre os riscos financeiro e operacional • Utilização de múltiplos instrumentos financeiros • Necessidade de segurança jurídica Governo •Estabilidade: - Economica - Normativa •Redução do Risco Soberano •Agências de Fomento •Fontes de Crédito Rotativo •Marco legal adequado Agências Multilaterais CAF, Bird, BID, IFC, PRI, OPIC,Eximbanks •Assistência técnica na estruturação do projeto; •Garantias a títulos privados emitidos em moeda local; •Programas de financiamento mais agressivos ao setor privado; •Participação em fundos setoriais de investimento. • Atrair o interesse e a confiança do investidor Bancos Privados • Desenvolver mecanismos de mitigação de riscos; • Financiamentos tradicionais sindicalizados; Parceiro Privado • Desenvolvimento adequado do Projeto; •Menor custo de execução; •Formação de ampla base de acionistas. •assistência na Emissão e colocação de novos títulos. • Assunção de riscos e garantia de desempenho Melhoria da classificação de risco dos títulos do projeto • Reduzido impacto orçamentário; • Equidade social, com pagamento pelo usuário modulado de forma a garantir sustenabilidade; • Flexibilidade no emprego de instrumentos contratuais e financeiros; • Segregação de riscos; • Tratamento contábil distinto entre empresa-mãe e SPE; • Aumento da alavancagem (otimização dos recursos); • Desenvolvimento do Mercado de Capitais; • RODOVIAS – Principais Eixos (custo Brasil) • Rodovia Mercosul, Fernão Dias, Sepetiba (109 RJ), Anel de Santos. (Abandonados em SC- Inter-praias, Eixo Portuário) • SANEAMENTO – Tratamento de águas nas prefeituras mais bem aparelhadas; •Distribuição de água e coleta de esgoto nas prefeituras menores; (oportunidade para todos os municípios que não renovaram com a Casan) • Habitação; (Abandonado em SC- Comunidade Planejada) • SETOR ELÉTRICO – A maior parte dos investimentos hidro e termoelétricos, especialmente pela capacidade de auto financiar-se. Contrato Público Tradicional Contrato Parceria Público Privada (PPP) Risco de superfaturamento Custos estimados de investimento 5 Fase de Construção Custos não programados Atraso Custos não programados Custos estimados 10 15 anos Fase de Operação Nenhum pagamento até a finalização da construção Pagamento baseado na performance (metas) 5 Fase de Construção 10 15 anos Fase de Operação • FINANCIAMENTO (Engenharia Financeira) MODELOS DE Operação onde o foco de estudo é a análise de capacidade FINANCIAMENTO de pagamento da empresa proponente, incluindo a análise empreendimento proposto. •PROJECTdo FINANCE •Projeto •Fluxo de Caixa Operação onde o foco de estudo é a análise de capacidade Análise do Negócio de •CORPORATE pagamento do FINANCE projeto. Nesse caso, é •Empresa financiado um projeto de investimento autônomo, economicamente separável (off balance), isto é, cujos ativos possam passar a pertencer a uma empresa criada com o propósito específico de implantar o projeto. Engenharia Financeira O modelo PPP com EF proporciona ganhos de natureza sistêmica: Utiliza a expertise administrativa do setor privado na alocação de recursos e no gerenciamento das obras. Estabelece requisitos contratuais de performance associados ao pagamento da remuneração, garantindo a realização da obra no tempo estabelecido e a prestação de serviços de qualidade aos usuários. O governo trata com apenas um ente privado, a Sociedade de Propósito Específico, que por sua vez realiza todas as demais contratações decorrentes da construção, financiamento e prestação de serviços, trazendo significativos ganhos administrativos para a união. Análise Técnica Premissas Básicas: Projeto Ente privado e Ente público Análise de Viabilidade Econômico-Financeira Análise dos riscos envolvidos Alocação de riscos Garantias das operações de crédito SPE Contas Reservas (serviço da dívida e contingência); Penhor (ações, direitos emergentes, Indenizações e encampações); Cessão de recebíveis; Seguros e auditorias. Instrumentos de Crédito •Definição precisa dos serviços •Garantias / Seguros •Fontes de •Legislação / Edital Financiamento •Regras do setor econômico •Especificação dos padrões de desempenho e qualidade •Correta alocação dos riscos LEI Nº 13.335, de 28 de fevereiro de 2005 Autoriza o Poder Executivo a constituir empresa para os projetos de parcerias público-privadas e de concessões. Capital social autorizado no valor R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais). LEI Nº 13.545, 09 de novembro de 2005 Art. 2º A SC PARCERIAS S/A terá por finalidade e objeto a geração de investimentos no território catarinense, através de participações societárias, constituição de sociedades, inclusive as de propósito específico ou pela celebração de contratos, inclusive nos regimes de concessão, em qualquer das suas modalidades, terceirização ou parcerias públicoprivadas.” Art. 5º Poderão ser cedidos ou transferidos à SC PARCERIAS S/A: - ativos de propriedade do Estado, em montante e condições definidos pelo Chefe do Poder Executivo; II - bens móveis, imóveis, direitos creditórios, participações acionárias, na forma estabelecida em Decreto; e III - recebíveis do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Catarinense - FADESC, e os direitos relativos aos créditos tributários, inclusive aqueles parcelados, inscritos ou não em dívida ativa. Depois que os projetos ficaram prontos para apresentar a investidores a Diretoria foi substituída (2008). Os projetos foram abandonados!