IMPORTÂNCIA DA INTROPOLOGIA A antropologia é uma ciência social surgida no século XVIII. Porém, foi somente no século XIX que se organizou como disciplina científica. A palavra antropologia tem raízes gregas e significado: antropo=homem e logia=estudo. Esta ciência estuda, principalmente, os costumes, crenças, hábitos e aspectos físicos dos diferentes povos que habitaram e habitam o planeta. Os antropólogos estudam a diversidade cultural dos povos. Como cultura, podemos entender todo tipo de manifestação social. Modos, hábitos, comportamentos, folclore, rituais, crenças, mitos e outros aspectos são fontes de pesquisa para os antropólogos. Os antropólogos utilizam, como fontes de pesquisa, os livros, imagens, objetos, depoimentos entre outras. Porém, as observações, através da vivência entre os povos ou comunidades estudadas, são comuns e fornecem muitas informações úteis ao antropólogo. O homem foi e é o protagonista da história. Daí não se pode omitir seus sucessos, sua evolução, suas conquistas em todos os campos do saber humano; suas incursões no desenvolvimento do pensamento social. A Antropologia foi ramificada com o propósito de ser mais eficiente em suas diversas investigações. Por isso temos: a Antropologia biológica ou física, a Antropologia social ou cultural, a Arqueologia e a Antropologia linguística. A IMPORTÂNCIA DA ANTROPOLOGIA PARA O DIREITO Antropologia do Direito é uma área da Antropologia Social ou Cultural, voltada ao estudo das categorias que perpassam o saber jurídico: seus mecanismos de produção, reprodução e consumo. Busca identificar, classificar e analisar as formas como se organiza o campo jurídico. A resolução nº 09 de 29 de Setembro de 2004 do Conselho Nacional de Educação, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de bacharel em Direito enfatiza, entre vários outros elementos, a presença obrigatória da disciplina Antropologia no eixo de formação fundamental do futuro jurista. O pluralismo e a multipolaridade provocados pela mundialização cultural hodierna (atualizada) estão abertos à nova visão de aproximações e de teorizações interculturais do direito. O direito internacional está passando por profundos questionamentos e cada vez mais se coloca em dúvida a tutela do ocidente em relação a alguns valores antes defendidos como universais. Na prática, os direitos humanos não se denominam universais, pois não são garantidos de maneira universal a todos os seres humanos e muitas vezes são violados no mundo todo. Ainda é necessário ser preenchida a lacuna entre a teoria e a retórica dos direitos humanos e as realidades concretas. A universalidade abstrata é colocada em questão cada vez mais e a cada dia se multiplicam as posições teóricas que colocam em cheque estes direitos, mencionados como universais, realmente constituem o horizonte máximo e único para a “boa vida”. As tradições culturais não ocidentais questionam esta visão de universalidade. (EBERHARD, 2004). As pesquisas interdisciplinares na área de Ciências Humanas, a partir da antropologia cultural, estão contribuindo para iniciar um diálogo intercultural entre vários povos, nas aproximações interculturais dos direitos humanos, compreendendo as diferentes maneiras dos outros e a forma deles de viverem juntos, elementos que estão intimamente ligados. A Intenção do direito é a correlação da diversidade de culturas e a admissão do pluralismo cultural e político. As diferenças podem ser pontos de diálogo entre as culturas. Os aspectos diferentes podem ser fundamentalmente complementares para uma aproximação pluralista do fenômeno jurídico. Isto permite “interculturalizar” à aproximação dos direitos humanos. Dai a importância de o futuro jurista possuir conhecimentos sobre antropologia jurídica para compreender em que cultura, em que época em que nível cultura as leis estão sendo aplicada e a grande dificuldade da aplicação dos direitos humanos. Obrigada!!...