FINANÇAS INTERNACIONAIS
Capítulo 22
João Barbosa
Mariana Mendes
Samuel Rosa
Rosângela Carvalho
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Objetivos
A globalização de produtos e mercados financeiros
Taxas de câmbio
Teoria de paridade das taxas de juros
Exposição a riscos cambiais
Gestão do capital de giro das multinacionais
Financiamento internacional e decisões de estrutura de
capital
• Investimento estrangeiro direto
• Discutir a internacionalização dos negócios
• Explicar porquê taxas de câmbio
internacionais em países diferentes devem
estar alinhadas
• Discutir conceito de paridade de
taxa de juros
• Explicar a teoria paridade do poder
de compra e a lei do preço único
• Explicar risco da taxa de câmbio e
como controlá-lo
• Identificar técnicas de gestão de
capital de giro para negócios
internacionais para reduzir riscos
de câmbio
• Explicar as diferenças entre as
fontes financeiras disponíveis para
corporações multinacionais e
domésticas
• Discutir o risco envolvido em
investimento estrangeiro direto
• Investimento Direto: Uma empresa
multinacional (MNC) tem controle sobre o
investimento, como quando constrói uma
fábrica no exterior.
• Investimento de Portfólio: quando a empresa
compra ativos financeiros, como ações e
títulos com maturidade acima de um ano.
• Investimento Estrangeiro Direto
(DFI) – realizado principalmente
por duas razões:
- Retornos mais altos que no
mercado interno
- Redução de Risco do
Portfólio através de diversificação
internacional (All Risk is Not
Equal)
• HISTÓRIA
• O câmbio era fixo em relação ao dólar;
• Os países podiam variar a fixação da cota
– Devaluation
– Revaluation
• Em 1972 é adotado o sistema floating-rate
international currency exchanges
O EURO
• Em Julho de 2002, 11 países
adotaram o EURO como moeda
única;
• Vantagens
• Dilema com o dólar
Mercado Estrangeiro de Câmbio
• Não existe um mercado físico;
• Opera em 3 níveis:
– Clientes > Bancos
– Bancos > Bancos do mesmo país
– Bancos > Bancos de outro país
Transação: Cota Direta
O indivíduo visualiza numa tabela
o valor de uma moeda frente a
outra
e
multiplica
pela
quantidade desejada.
Exemplo: Pagar U$2000 pra um
banco inglês. Quantas £ precisa?
£ = £0,6162 x U$2000 = 1.232,40
Transação: Cota Indireta
Neste caso vemos em uma tabela
qual o valor da cota direta e
depois calculamos inversamente o
valor do câmbio.
Exemplo: A cota direta pra £ é U$ 1,6229
Cota indireta = 1 / cota direta
Cota indireta = 1 / 1,6229
Cota indireta = 0,6162
Taxa de Câmbio e Arbitragem
• As cotas (diretas e indiretas) de
um país tem que ser próxima a de
outro para evitar arbitragem.
• Arbitragem
• Arbitrador
Arbitragem
• Arbitragem Simples
• Arbitragem Triangular
• Arbitragem de Cobertura de Juros
Taxa de Compra e Venda
• Taxa de Compra
• Taxa de Venda
• Bid-Asked Spread
Taxa Cruzada
É o cálculo da taxa de câmbio de
duas moedas a partir de uma
terceira moeda.
Exemplo: Achar qual é a taxa €/£ tendo
U$/£ = 1,6229 e €/U$ = 0,8640
Logo, €/£ = 1,6229 x 0,8640 = 1,4022
Taxa de Câmbio Futura
• Num futuro determinado, haverá a
troca de moedas por uma taxa
estabelecida no presente.
• Premium ou Desconto = F – S
F= Taxa no futuro
S= Spot Rate
Premium se F > S
Desconto se S > F
• Taxa Anual Percentual =
[ ( F – S ) / S ] x ( 12 / n ) x 100
n = número de meses do contrato futuro
• Valores do Premium ou do Desconto entre a
troca de moedas diferem devido ao nível das
taxas de juros entre os dois países.
TEORIA IRP
• Os valores do premium ou do
desconto devem ser iguais e
opostos em tamanho à diferença
das taxas de juros nacionais para
títulos com a mesma maturidade.
Purchasing-Power Parity Theory –
PPP Theory
• Um dólar deve ter o mesmo
poder de compra em qualquer
lugar do mundo. As taxas de
inflação influenciam o valor de
uma moeda em relação à outra.
Se a inflação na Inglaterra sobe
10% e na França, em 6%, o valor
da libra em relação ao franco cai
em 3,7%.
• Portanto:
• Câmbio Local Esperado = Câmbio Local
Real x(1+Inflação Interna / 1+Inflação
Externa)
• Câmbio Local Esperado = Câmbio Local
Real x(1+0.1/1+0.6)
• Câmbio Local Esperado = Câmbio Local
Real x(1.1/1.06)
• Câmbio Local Esperado = Câmbio Local
Real x(1.037)
Lei do Único Preço
• Em um mercado sem custos de
transporte e sem barreiras de
comércio, todo produto deve ter o
mesmo preço se expresso em moedas
iguais. Já que a inflação vai sempre
equilibrar o poder de compra da
moeda, modificando a taxa de
câmbio, o preço deve, teoricamente,
sempre permanecer o mesmo.
Lei do Único Preço
• Isso, porém, é muito dificilmente
aplicável a bens de consumo
imediato, mas caso seja aplicada
a commodities, essa teoria faz
mais sentido.
Efeito Fisher
• As taxas de juros nominais
refletem a taxa de inflação
esperada e a taxa de retorno real.
• Nominal Interest Rate = Expected
Inflation Rate + Real Rate of
Return
Efeito Fisher
• Dados empíricos relacionados à
lei de Fisher nos mostram que
para a maioria dos países
industrializados a taxa real é de
3%.
• A diferença entre as taxas
nominais se dá devido a somente
alterações da inflação.
• Um bem valorado em moeda estrangeira perderá
valor se a moeda estrangeira sofrer queda. No
entanto, o mesmo acontece com as obrigações da
firma, o que pode contrabalancear a perda.
• A empresa deve ver qual é a sua exposição líquida
aos riscos cambiais e combatê-la.
Tipos de Exposição
• Exposição à Conversão
– Bens e obrigações em moeda estrangeira
são considerados expostos quando, para
fins contábeis, devem ser convertidos à
moeda local na taxa de câmbio quando
da data do balanço. Caso eles sejam
convertidos à taxa histórica, ou seja, à
taxa quando da data da compra, não
estão enquadrados nesse risco.
Tipos de Exposição
• Exposição à Conversão
– Diferenças de conversão não
representam perdas ou ganhos reais, só
contábeis, caso o mercado seja eficiente
e as decisões da gerência estejam em
concordância com a maximização da
riqueza dos shareholders.
– Não há necessidade de hedging para
exposição à conversão.
Tipos de Exposição
• Exposição Econômica
– O nível em que uma empresa está
suscetível a mudanças causadas por
mudanças na taxa de câmbio.
– Refere-se ao impacto geral das mudanças
da taxa de câmbio no valor econômico da
empresa e não só de mudanças nas
relações competitivas subseqüentes, mas
também das exposições a conversão e
exposições a transação.
Tipos de Exposição
• Exposição Econômica
– Depende da estrutura competitiva do
mercado para inputs e outputs da
empresa e como ele é influenciado.
– Essa influência depende de elasticidade
de produtos, competição de mercados
estrangeiros e impacto direto (por preço)
ou indireto (por receita) dessas taxas de
câmbio no mercado, além de outros
fatores econômicos.
Tipos de Exposição
• Exposição Econômica
– Deve-se entender a estrutura dos
mercados para a maioria dos
inputs e outputs de uma empresa
para entender sua exposição
econômica.
Tipos de Exposição
• Exposição de Transação
– Recebíveis, contas, contratos de
compra e venda fixos – todos,
quando relacionados a moeda
estrangeira, estão sujeitos a
flutuação e variações da moeda em
questão. A empresa tem, portanto,
algumas maneiras de se proteger
contra possíveis perdas.
Proteção contra Exposição de
Transação
Hedge de Mercado Financeiro
– A exposição às transações é
contrabalanceada por empréstimos ou
créditos ao mercado financeiro.
– Visualizemos a situação de uma empresa
americana com uma dívida a ser paga em
30 dias no valor de 3000 libras. As taxa
do mercado são, 1% para empréstimos
nos EUA e 1,5% para concessões na Grã
Bretanha.
Proteção contra Exposição de
Transação
Hedge de Mercado Financeiro
• I – Deve-se calcular o NPV das 3000 libras
• II – Converte-se o NPV em dólares e faz a troca dos
dólares pelas libras.
• III – Investe-se o valor em libras na Grã Bretanha em
um investimento de um mês que, ao final, acumulará
as 3000 libras necessárias para saldar a dívida.
• Esse tipo de hedge pode ser mais caro,
dependendo de como o mercado se
encontra.
Proteção contra Exposição de
Transação
Hedge de Mercado Forward
• Imagine a mesma situação descrita
anteriormente.
– I – Fecha-se um contrato hoje para
comprar 3000 libras ao final de 30 dias.
– II – Ao final dos 30 dias, compra-se as
libras pelo preço pré-fixado e salda-se a
dívida
Proteção contra Exposição de
Transação
• Currency-Futures Contratcs
– Em alguns casos, os hedges de mercado
forward não podem ser aplicáveis ou não
estão disponíveis. Dessa maneira, temos
as novas opções de compra de currencyfeatures contracts.
Proteção contra Exposição de
Transação
• Currency-Futures Contratcs
– Esse contratos, diferentemente dos
Hedge de Mercado Forward, podem ser
descontados a preço fixo a qualquer
momento, não só no momento da
maturidade e necessitam de prérequisitos como taxa as serem pagas a
priori, diferentemente do outro, que
conta somente com a boa-fé que o
credor tem em relação ao devedor.
• Princípio básico de gestão é igual para ambas
empresas
• Diferença da inserção de dois fatores:
– impostos e taxa de câmbio
• Melhor decisão para o capital de giro:
considera o mercado como um todo
• Para efeito da gestão global:
Modelos sofisticados que
incorpora muitas variáveis de
cada filial
• Técnicas úteis na gestão do
capital de giro:
• Leading and Lagging
• Cash management and positioning of
funds
Leading and Lagging
• Importantes técnicas de redução
de riscos
• Exemplos:
– Ativo líquido de longo prazo em
moeda fraca ou que tenha potencial
de desvalorização
converter
os fundos em ativos em uma moeda
forte
leading
Leading and Lagging
• A empresa deve atrasar a cobrança de uma
divida líquida em moeda forte.
• Se a empresa tem um passivo líquido de
curto prazo em moeda fraca, então ele
deve atrasar o pagamento desse passivo,
ou adiar, até que a moeda se desvaloriza.
Dessa forma, ela realizará o lagging.
• No caso de uma valorização da moeda ou
se a divida está em uma moeda forte, a
empresa deverá adiantar os pagamentos.
Leading and Lagging
• Reduzem os riscos, mas não os elimina.
• Quando as taxas mudam continuamente, o
risco de variação cambial não pode ser
eliminado
• A redução dos riscos ou um aumento do
ganho das variações cambiais é muito útil:
– para a gestão de caixa
– gestão de contas a receber
– gestão de contas a pagar
de curto prazo
Gestão de caixa e posicionamento
dos fundos
• A transferência de fundos devem ser de
modo que exposição cambial e as
responsabilidades
fiscais
da
multinacional sejam minimizadas.
• A transferência de fundos entre filiais e
matriz podem ser feitas por royalties,
fees, e transfer pricing.
• Uma multinacional muitos acessos a fontes de
recursos
• Sendo que: pode usufruir de recursos de seu
próprio país como também dos países em que
ela opera
• Países hospedeiros prover custos baixos de
financiamento atrair investimento estrangeiro
• Desfrutar de padrões de crédito
preferencial e preferência do
investidor para a sua moeda
• Obtenção de recursos de outros
países: mercado de capitais.
4 fatores a serem considerados na
decisão de estrutura de capital das
empresas filiais
1º) Influências das normas locais de
estrutura de capital do setor e do
país. Normas locais para as
empresas do mesmo setor podem
diferir de país para país
2º) refletir as atitudes corporativas
para o risco da taxa de câmbio e
risco político no país
4 fatores a serem considerados na
decisão de estrutura de capital
3º) refletir os requisitos do país de
origem no que diz respeito à
estrutura de capital
4º) a estrutura ótima de capital da
multinacional deve refletir ao maior
acesso aos mercados financeiros, a
sua capacidade de diversificar os
riscos econômicos e políticos, e sua
vantagens sobre outras companhias
nacionais.
• Uma multinacional faz investimento no exterior
na forma de novas fabricas e equipamentos
• Riscos em orçamento de capital nacional surge de
duas fontes:
- Risco do negócio
- Risco financeiro
• O orçamento de capital internacional incorpora:
- Risco do negócio
- Risco financeiro
- Risco político
- Risco de câmbio
Risco do negócio
• Resposta do negócio à condições
econômicas no pais estrangeiro
• Presença de outras multinacionais
(ocasionando concorrência)
• Envolve o local do negócio
• Importação dos produtos.
Risco Financeiro
• Referente aos fluxos de lucros da
empresa. Os riscos financeiros das
operações estrangeiras (da empresa
filial) não são muito diferentes de
uma empresa nacional.
Risco Político
• Surge devido a filial conduz seus
negócios em um sistema político
diferente do país da empresa matriz
• Em governos de países em
desenvolvimento são menos estáveis
• Uma mudança pode ter conseqüências
graves para a multinacional
– Exemplo - nacionalização
Alguns exemplos dos riscos
políticos
• Expropriação de fábricas e
equipamentos, sem compensação
• Expropriação com indenização mínima
que está abaixo do valor real de mercado
• Não conversão das receitas das filiais
estrangeiras para a moeda da matriz - o
problema dos fundos bloqueados
Alguns exemplos dos riscos políticos
• Substancial mudanças nas leis que regem
a tributação
• Controles Governamental no país
hospedeiro em relação ao preço de venda
dos produtos, salários e compensação de
pessoal,
contratação
de
pessoal,
realização de transferências para o país e
empréstimos locais
• Alguns governos requer certa participação
acionária no negócio. Alguns exigem que a
maioria das participações no capital
pertencem ao seu país
Risco Político
• Todos estes controles e ações
governamentais causam riscos ao fluxo de
caixa dos investimentos
• Riscos devem ser analisados antes de
tomar a decisão
• As multinacionais evitam investir em países
que podem causar os riscos 1 e 2
• Outros riscos a multinacional pode
suportar: retorno dos investimentos são
altos suficientes para compensá-los
• Riscos presentes nos países da empresa
matriz
Risco da Taxa de Câmbio
• O ativo fixo é a melhor medida do efeito de
variação da taxa de cambio
– mudança na taxa de câmbio pode afetar as
vendas por incentivar a competição de
produtos importados
– os custos dos produtos vendidos podem
alterar, se alguns insumos são importados.
• Estes exemplos são os efeitos do risco da
taxa de câmbio no DRE de uma empresa e
estes itens podem ser devidamente medidos
para avaliar o risco cambial.
• KEOWN, Arthur. MARTIN, John D. PETTY, J.
William. JR., David F. Scott - FINANCIAL
MANAGEMENTE- principles and applications,
10º ed. Prentice Hall: New Jersey. 2004.
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