“De uma maneira ou de outra, a função de quase toda tecnologia, do arco e flecha ao iPod, é tornar o homem mais completo” Rafael Cabral – colunista do Estado de S. Paulo A evolução das próteses ao longo da história se deu de maneira exponencial. Estudos na área eclodem pelo mundo todo. Hoje já é possível conectar membros robóticos diretamente à rede neural do amputado. Mais do que nunca, torna-se palpável a possibilidade da integração perfeita entre máquina e homem. O trabalho a seguir visa destacar como a engenharia pode ser aplicada no campo da saúde, proporcionando a deficientes físicos, a chance de recobrar suas vidas normais. Além de mostrar o caminho que o desenvolvimento das próteses mecânicas tende a seguir, e as expectativas que surgem fundamentadas nos atuais estudos nessa área. O pioneirismo no uso de próteses para a substituição de membros amputados se deu no antigo Egito, como revelam escavações arqueológicas, que provam que já há milênios antes de Cristo se fabricavam pernas e olhos artificiais. A prótese mais antiga do mundo, foi descoberta numa múmia do Egito do ano 300 A.C., atualmente se encontra no museu do Cairo. Contudo, relatos de partes protéticas visando não somente ocupar o espaço do membro amputado, mas também restituir as funções desse membro datam do século XV, de quando há relatos da manufatura de próteses de ferro feitas para soldados, pelos mesmos ferreiros que produziam suas armaduras. Encontrado braço artificial na nova linha de metrô de Londres. Especialistas afirmam que pode revolucionar a idéia que tínhamos sobre a medicina do século XV. No século XIX as próteses de metal começaram a ser substituídas pelas de madeira, muito mais leves, algumas com articulações, capazes de recriar os movimentos das pernas ou braços amputados a partir de reações a movimentos de outras partes do corpo. Mãos e pernas de madeira datadas do século XIX. Do século XX em diante começaram a ser desenvolvidas próteses mais leves, de componentes poliméricos, que eram produzidas com processos industriais avançados e permitiam uma maior adaptação por parte das vítimas de amputação. Corredor usando o Flex Foot. Foi somente no final do século XX e início de século XXI que se deu início à área hoje chamada de biomecatrônica, ciência que estuda a integração de sistemas mecatrônicos com o corpo humano, permitindo a criação de próteses ligadas diretamente ao sistema nervoso, que respondam com grande fidelidade aos impulsos neurais. Braço biônico do século XXI Fica evidente a partir de pesquisas a curva exponencial sobre a qual o desenvolvimento da protética tem se dado. Acompanhando a tendência da tecnologia em geral, tem se visto como diariamente a eclosão de mais e mais modelos de próteses aos quais estão sempre anexados promissoras perspectivas para um futuro não tão distante. O Estado de S. Paulo - Caderno Link de 3 de maio de 2010 http://news.cnet.com/2300-11393_3-6091199-2.html http://singularityhub.com/2010/01/20/iwalk-presents worlds-first-actively-powered-foot-and-ankle/ http://www.forbes.com/forbes/2009/1214/breakthroughsmit-herr-robotics-step-beyond-human.html http://www.fastcompany.com/magazine/142/superhuman.html?page=0%2C0 http://www.onlineweblibrary.com/blog/?p=694 http://www.gizmowatch.com/entry/paraplegics-can-walkagain-with-the-rewalk/ http://danbrokamp.com/wordpress/?p=60