Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Educação – Faced
Especialização em EJA e Privados de Liberdade
Cuidado:
Agentes no caminho
ou
“Há gentes” no caminho
Alunas: Jaqueline Alves
Patricia Silva Martins
Sandra Maria Homem da Silva
Professoras: Aline Cunha, Dóris Fiss e Miriam Lemos
JUSTIFICATIVA
O trabalho foi realizado a partir da solicitação das
disciplinas de Educação de Jovens e Adultos, Sujeitos da
Eja e Práticas de Pesquisa em EJA II ministradas
respectivamente pelas professoras Aline Cunha, Dóris
Fiss e Miriam Lemos, visando a descrição crítico-reflexiva
sobre a realidade da modalidade de ensino de Educação
de Jovens e Adultos e dos sujeitos que a ela integram.
OBJETIVO
Refletir sobre a importância de se conhecer os
sujeitos da EJA – perfil, expectativas e
vivências, para que as suas necessidades e
especificidades sejam consideradas no
movimento de construção de uma proposta
pedagógica.
METODOLOGIA
• Pesquisa do tipo qualitativa, de caráter etnográfico.
TÉCNICA DE PESQUISA
• Entrevista com moradores, alunos e equipe diretiva;
• Técnicas de registro através da análise de
documentos da escola
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Freire (dialogicidade, criticidade e autonomia);
Moll (espaço escolar);
Frigotto (EJA e mundo do trabalho);
Gadotti (escola cidadã);
Luckesi (planejamento e avaliação);
Brunel (sujeito e juvenilização da EJA);
...entre outros!
Apresentação do Espaço
(comunidade)
 Bairro da Zona Sul da capital, com aproximadamente
2500 hab. Advindos de áreas irregulares;
 Saneamento básico, comércio, posto da BM;
 Histórico de violência e tráfico de drogas;
 Significado de EJA (reconhecimento),
 Relação comunidade x escola;
 Educação x Trabalho.
Apresentação do Espaço
(escola)
• Caracterização;
• O espaço pedagógico;
• Os parceiros;
• Os alunos em geral;
• Os alunos da EJA pelo olhar da Escola;
• Relação Escola X Alunos;
• Projeto Político-Pedagógico;
• Pesquisa Sócio-Antropológica, Planejamento e Avaliação;
• Relação Escola X Comunidade.
AS DEVIDAS APRESENTAÇÕES
OS SUJEITOS DA EJA
São homens, mulheres, brancos, negros, mestiços, jovens,
autônomos, artesãos, diaristas, pedreiro, auxiliares de
pedreiros...
– Tempo de escolarização
tempo de trabalho.
– Adultificação precoce
– Mulher não precisa estudar.
– Várias reprovações.
Sobrevivência coloca a escola em um plano de sonho
irrealizável.
Trabalhava na roça com os pais,
plantando fumo, milho, mandioca e feijão
em Sapucaia do Sul. Quando os pais faleceram,
foi morar com os irmãos.
Eu fui no colégio [...] até 10 anos. Trabaiei na roça.
O colégio ficava uns 3 km da casa.
Produzi prá casa. (J. 68 anos. Aposentado a 8 anos.
Morador a 10 anos no bairro.)
V – Trabalha com reciclagem [...]
E – Está desempregada. Vive de bicos
(faxina) [...]
G – Trabalha como servente de obra há
5 meses. Começou a trabalhar aos
12 anos[...]
Para Oliveira (1999, p.59), esse sujeito é:
[...] geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles
proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de
trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de
instrução escolar (muito freqüentemente analfabetos), ele
próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola
e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após
experiência no trabalho rural na infância e na adolescência [...]
Frequentei a escola até os 12 anos [...] Ajudei a mãe. Ela tinha um
filhO por ano. Fiquei no alfabeto [...]. Trabaiei 20 anos na lavora [...]
Hoje sô aposentada como colona. […] Meu marido tem muito ciúmes.
Eu até tinha vontade, mas por causa da separação, né, prá evitá o
conflito em casa não estudo. (M. 57 anos).
Eu estudei até o 3º ano, mas me defendo bem. Sabe como é que
é, né: menina não tem cabeça, não tem a mãe perto prá obrigá. (G. 61
anos, viúva).
As meninas das classes populares, além de estarem mais distantes da
escola ainda assumem desde muito cedo as tarefas domésticas, incluindo
os cuidados com os irmãos menores e o trabalho da roça ( LOURO, 2006,
p.445) .
São homens e mulheres que viveram e vivem situações – limites nas
quais o tempo de infância, foi, via de regra, tempo de trabalho e de
sustento das famílias (MOLL, 2008, p.11).
Sujeito da EJA
Significado de Trabalho
VIDA DIGNA;
HONESTIDADE;
FATOR DE SOBREVIVÊNCIA;
POSSUIR BENS;
SOLIDARIEDADE,
COMPROMISSO.
Diálogo com Frigotto (2005, p. 14):
Nas falas: duas dimensões distintas e, para Marx, sempre articuladas:
trabalho como mundo da necessidade: trabalho como princípio
educativo, de se ter uma atividade necessária, direito e dever de todo o
ser humano, de onde ele deverá extrair os bens úteis para a sua
sobrevivência:
C – É bom, sempre trabalhou como biscate, nunca está parado.
E – É levantar cedo, pegar ônibus e ir para o trabalho. A escola também é
um tipo de trabalho, de compromisso.
G – É poder ajudar a mãe e comprar um monte de coisas.
C – É tudo, porque sem trabalho como se manter? Como viver? Trabalha
desde os sete anos.
trabalho como mundo da liberdade.
Necessidade do ser humano de estabelecer condições de produzir
os meios de manutenção de sua vida biológica e social, de trabalho livre,
criativo e não delimitado pelo reino da necessidade.
Em tentativa de sair do estado de invisibilidade em que muitas vezes se
sentem (e se encontram), as "vozes" discursam:
C – É dignidade. É poder se manter sem precisar de alguém, porque sem o
trabalho tu não consegue se manter.
V – É trabalho honesto.
PARTICIPAÇÃO EM GRUPOS:
C – Participa da Associação de Moradores, de sindicato dos comerciários,
de time de futebol (com as filhas), de grupo de dança (3ª idade), de grupo de
jovens (acompanhando as filhas), de clube de mães e de curso de
informática.
V – [...] participava de um grupo de jovens de uma igreja católica. Deixou de
frequentar por não ter dinheiro para o ônibus.
O PROJETO DE TRABALHO
PLANEJAMENTO DIDÁTICO PEDAGÓGICO
[…] Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos: o em
que se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha
a produção do conhecimento ainda não existente (FREIRE, p.31).
TEMA CENTRAL
IDENTIDADES E ESCOLA: PARTICIPANTES NA CONSTRUÇÃO
DA HISTÓRIA
PRINCÍPIO
Desenvolver um espaço em que o aluno reflita sobre sua identidade
como ser social e histórico, capaz de transformar a realidade na qual
está inserido, possibilitando assim uma leitura crítica e analítica do
mundo.
FUNDAMENTANDO NOSSO PROJETO
• Os sujeitos procuram a EJA para dar um outro caráter à sua
educação - aprendizagem da leitura e da escrita um modo de
viver dignamente, sentirem-se pertencentes à sociedade,
construtores da sua história e da história de seu país, bem
como conseguir realizar atividades do cotidiano.
• Freire (1982, p.11) alfabetização, que envolve a leitura do
mundo e a leitura da palavra - projeto político onde homens e
mulheres afirmam seu direito e sua responsabilidade não
apenas de ler, compreender e transformar suas experiências
pessoais, mas também de reconstruir sua relação mais ampla
com a sociedade.
• Professores desconhecem ou não valorizam o perfil e anseios
desses alunos
pressuposto - eles estão fora das exigências
da escola regular, perderam muito tempo e agora não resta
muito a fazer.
• Brunel (2008, p.66) papel do professor [...] não é fácil [...], pois
ele sabe que muitos alunos têm uma trajetória de
descontinuidades e rupturas na sua escolarização e, para
muitos, a EJA é a última alternativa para se manterem no
espaço escolar.
Aprender a ler e escrever envolve reflexão e ação sobre a
realidade na qual os sujeitos encontram-se inseridos. Para alfabetizar-se
Freire (1979, p.79) explica que:
(...) entender o que se lê e escrever o que se entende. É comunicar-se
graficamente. É incorporação. Implica não em uma memorização mecânica
das sentenças, das palavras, das sílabas desvinculadas de um universo
existencial – coisas mortas ou semimortas – mas uma atitude de criação e
recriação. Implica uma auto-formação da qual pode resultar uma postura
atuante do homem sobre seu contexto.
Quem é esse sujeito com o qual aprendemos e ensinamos ?
Necessário que os conteúdos a serem trabalhados façam sentido,
tenham significado, sejam elementos concretos na sua formação,
instrumentalizando-o para uma intervenção significativa na sua realidade.
OBJETIVOS GERAIS
• Favoreça situações onde o aluno construa seu conhecimento, incentivando
ação, pesquisa, descoberta, criticidade, ludicidade e criatividade para que se
perceba como ser capaz de produzir saberes.
• Inserir o jovem e o adulto no contexto da sociedade, valorizando sua
cultura e seu conhecimento.
• Promova o desenvolvimento da autonomia e solidariedade, através de
trabalho cooperativo.
• Proponha atividades que promovam o desenvolvimento afetivo, cognitivo,
emocional, corporal, social, entre outros.
• Construa a ampliação do ato de ler e escrever.
• Posicionar-se em relação a diferentes temas tratados.
METODOLOGIA:
O trabalho priorizará a bagagem de conhecimentos trazidos
pelos alunos, ajudando-os a relacioná-los com o “conhecimento
letrado”.
Para a efetivação: materiais trazidos e confeccionados pelos
alunos, material estruturado para desenvolvimento do raciocínio
lógico; leituras e discussões de diferentes suportes de textos como
livros, revistas, jornais, filmes, vídeos, fotos, diversos estilos de
músicas, poesias, histórias em quadrinhos, charges, obras de
diferentes artistas plásticos antigos e atuais, brasileiros e
internacionais; observações, comparações, discussões utilizando
diferentes mapas: origem do aluno, município (local da escola) bairros, ruas/avenidas; elaboração de textos coletivos e individuais
nas diferentes áreas de abrangência.
ÁREAS DE ABRANGÊNCIA:
Este Projeto visa o entendimento de temas relacionados
ao local de origem, à infância, à migração de alguns alunos, ao
bairro, à escola, à moradia, bem como a valorização da bagagem
cultural do aluno e da comunidade, o convívio com a diversidade
e a troca de experiências proporcionando um intercâmbio de
conhecimentos pessoais com os conhecimentos formais das
diferentes áreas de abrangência. Flexibilidade de ações: o foco
principal possibilita temas transversais: identidade, outras
marcas de identidade, migração, relações humanas, espaços de
convivência, identidade e trabalho e direitos humanos. Tudo isso
inter-cruzado com costumes, alimentação, saúde, moradia, lazer
e cultura.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 LINGUA PORTUGUESA:
Trabalhar a expressão oral desenvolvendo habilidades para
emitir opiniões, com clareza.
Desenvolver capacidades mínimas de inserção na sociedade,
eliminando discriminações e desenvolvendo capacidades de
uso diário como:
 Saber fazer uso de seus direitos e também conhecendo os
seus deveres;
 Conhecer e distinguir e saber usar diferentes textos de uso
cotidiano;
 Trabalhar diversos tipos de textos, diferentes linguagens e
diversos tipos de leitura.
 ESTUDOS DA SOCIEDADE E DA NATUREZA
Desenvolver
valores,
conhecimentos e habilidades que
ajudem
os
educandos
a
compreender
criticamente
a
realidade em que vivem e nela
inserir-se
de
forma
mais
consciente e participativa.
Desenvolver a noção de tempo
duração,contemporaneidade,sim
ultaneidade) e espaço através de
análises,
conversações
e
observações.
Ampliar as visões de mundo por
meio da observação e relatos de
fatos.
Reconhecer a existência de uma
história local e de indícios de
uma história local na paisagem.
Identificar as diferenças entre o
urbano e o rural.
Conhecer e distinguir a história e
a geografia do município, do
estado e do país.
Construir conceitos de cidadania
a partir da realidade local
articulando política, cultura,
questões social e meio ambiente.
Conhecer a formação do povo
brasileiro
Entender as leis, como: Leis
trabalhistas, Constituição
Federal, Estatuto do idoso, etc.
Articular o conhecimento trazido
pelo aluno com o saber científico
sobre seu próprio corpo
(aspectos externos e internos),
formas de relacionamento com o
meio exterior e mecanismos de
preservação do indivíduo e da
espécie.
 PENSAMENTO LÓGICO MATEMÁTICO:
Dominar conceitos e procedimentos da matemática necessários a
sua vida pessoal, social e profissional.
Fazer uso da matemática em situações de seu cotidiano, em seu
meio e nas suas necessidades.
Apreciar o caráter de jogo intelectual da Matemática, reconhecendoo como estímulo à resolução de problemas.
Reconhecer sua própria capacidade de raciocínio matemático.
Desenvolver o interesse e o respeito pelos conhecimentos
desenvolvidos pelos companheiros.
Comunicar-se matematicamente, identificando, interpretando e
utilizando diferentes linguagens e códigos.
Reconhecer a cooperação, a troca de idéias e o confronto entre
diferentes estratégias de ação como meios que melhoram a
capacidade de resolver problemas individual e coletivamente.
Desenvolver a capacidade de realizar estimativas e cálculos
aproximados e utilizá-la na verificação de resultados de operações
numéricas.
CULMINÂNCIA
• Durante projeto: organizar materiais trazidos e
produzidos em aula: fotos particulares, escritas
coletivas e individuais, pesquisas em jornais e revistas,
bem como recortes destes
• Elaboração
livro
descobertas como
sujeitos capazes de construir conhecimentos.
• Confecção convites para a noite ou dia de autógrafos.
• Roda conversa suas impressões.
AVALIAÇÃO
O educador precisa partir do seu conhecimento de vida e do conhecimento
da vida do educando, caso contrário, o educador falha. (FREIRE, 1994)
Aluno: instrumento tomada de consciência –
conquistas, dificuldades, possibilidades
de reorganização do aprender.
Professor: instrumento reflexão contínua
sobre prática; e para criação de novas
práticas, retomada de aspectos revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequados para o processo de
aprendizagem individual ou de todo o
grupo.
Haydt (1997, p.14) um meio de diagnosticar e verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensinoaprendizagem estão sendo atingidos.
Se o papel fundamental do professor é cuidar
que o aluno aprenda, então avaliar faz
parte indispensável. [...] mas sem
diagnóstico adequado, torna-se difícil
planejar e interferir em favor do aluno [...]
avaliar sistematicamente sempre, desde a
primeira hora. A função crucial da
avaliação é garantir a aprendizagem do
aluno. (DEMO, 2010)
investigativa contínua
permanente
sistemática
abrangente
Avaliação investigativa ou diagnóstica: possibilita ao
professor obter informações necessárias para propor
atividades e gerar novos conhecimentos;
Avaliação contínua: permite a observação permanente do
processo ensino-aprendizagem e possibilita ao educador
repensar sua prática pedagógica;
Avaliação sistemática: acompanha o processo de
aprendizagem do educando, utilizando instrumentos
diversos para o registro do processo;
Avaliação abrangente: contempla a amplitude das ações
pedagógicas no tempo-escola do educando;
Avaliação permanente: permite um avaliar constante na
aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do
seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da
escola.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Escola como espaço de saberes diversificados;
• Dar visibilidade a quem se torna invisível a si
mesmo;
• Aprendizagens significativas;
• EJA como espaço de diálogo e reflexão, pensando
em ações pedagógicas que visem uma
aproximação entre educador/educando,
tornando-as transformadoras;
• EJA se materializa nas ações que por serem
transformadoras ajudam na consolidação e na
consciência crítica do sujeito.
Bibliografia
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BRUNEL, Carmen. Jovens cada vez mais jovens na educação de jovens e adultos. Porto Alegre:
Mediação, 2ª Edição, 2008.
DEMO, Pedro. Textos discutíveis-8- Avaliação. Disponível em
http://pedrodemo.sites.uol.com.br/textos/td8.html
DI CAVALCANTI. Operário. Nanquim, ass.inf.dir. c. 1930. 26,5 X 18,5. Disponível em
http://www.bolsadearte.com/realizados/novembro2006/di_operario.htm . Acessado em 21 nov
2010.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. São Paulo: BB-Educar, 1994. 1 videocassete (51 min.): VHS,
Ntsc, son., color. Com narrativa. Didático.
______. Educação e mudança. Coleção educação e mudança, v.1. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1979.
______. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Coleção o mundo hoje, v. 10. Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 5ª ed.1981.
______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra,
1996.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A dupla face do trabalho: criação e destruição da vida. In: A experiência do
trabalho e a educação básica. Rio de Janeiro: DP&A Editora: 2005.
HAYDT, Regina Célia C.Curso de didática geral. São Paulo: Ática,1997.
LOURO, Guacira Lopes. Mulheres na Sala de Aula. In: DEL PRIORE, Mary (org.). História das
mulheres no Brasil. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2006.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.
Trabalho apresentado na 22ª Reunião Anual da ANPEd, Caxambu-MG, 1999. Disponível
em http://www.cinterfor.or.uy/public/spanich. Acessado em 8 out 2010.
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TRABALHO FINAL PPT - Práticas de Pesquisa EJA e privados