A experiência com o Fórum do
Movimento Social de Manguinhos
Cooperação Social/FIOCRUZ
Cooperação Social da FIOCRUZ

Determinações Sociais da Saúde em territórios
vulnerabilizados em centros urbanos densamente
povoados.

Gestão Participativa e Territorializada em Saúde.
Território, Supressão de Direitos e Saúde
•
“Enquanto permanecer essa condição de território de exceção, as
pessoas continuarão adoecendo e voltando ao Centro de Saúde” (José
Leonídio Madureira, Coordenador da Cooperação Social/FIOCRUZ).
“Aqui em Manguinhos, a gente já nasce com o direito de permanecer
calado”(Maria Auxiliadora, moradora, no Fórum do Movimento Social
de
Manguinhos) .
Como surgiu o Fórum de Manguinhos?

Em 2007, a partir de reivindicação histórica de organizações de
base sócio-comunitária por habitação saudável e saneamento
básico.

Pela necessidade de garantir participação comunitária e
democrática no processo de implementação do PAC-Manguinhos.

Precursores do Fórum de Manguinhos – movimento da Agenda
Redutora de Violências apoiada pela FIOCRUZ, com destaque para
a experiência da ENSP/FIOCRUZ em DLIS (Desenvolvimento Local,
Integrado e Sustentável).
Fórum Social de Manguinhos
- Espaço de debate e de formação política que reúne moradores
para discussão de demandas e reivindicações de Manguinhos
para a construção de propostas e estratégias dos atores coletivos
- Objetivo de garantir a participação efetiva dos moradores na
gestão participativa das políticas públicas: construção,
implementação e controle social das políticas voltadas para
Manguinhos
Ações relevantes e participação em
políticas promotoras de saúde
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
Participação na Gestão Social do TEIAS com a
ACS/ENSP e Equipe Técnica do programa no território
de Manguinhos
Conferências Livres: Local de Saúde Ambiental;Local
de Saúde em Manguinhos e participação na Distrital;
Segurança Pública em Manguinhos e Municipal;
Participação na Consulta Pública para o Programa
Estadual de Educação Ambiental;
Organização do Segmento das Mulheres em
Manguinhos, Municipal e quatro delegadas para
Conferência Estadual.
Fortalecimento de organizações de base sóciocomunitária
Grupo
da Sub-bacia do Canal do Cunha: gestão participativa dos
recursos hídricos em favelas da cidade do Rio de Janeiro
Laboratório
de Direitos Humanos de Manguinhos : políticas públicas
para a gestão democrática do território
Organização
Mulheres de Atitude: Luta pela saúde da mulher
e contra a violência de Gênero
UADEMA/ Território em Transe: História Social do Território através
de exposição itinerante em comunidades

Direito à cidade

“Ainda tenho muitas esperanças para Manguinhos,
em toda a minha vida nunca pensei em mudar de
Manguinhos para a minha vida melhorar mas,
sempre desejei mudar Manguinhos para viver uma
vida melhor. Sonho com um lugar onde haja saúde,
educação, habitação, oportunidade e trabalho,
lazer, esporte e cultura para todos. Com a chegada
do PAC, pensei que estaríamos mais perto de
realizar este sonho, mas com o findar das obras,
posso ver que ainda há muito o que sonhar, lutar e
conquistar para deste sonho acordar”.
Patricia Evangelista, moradora de Manguinhos e
integrante da Organização Mulheres de Atitude.
Por outro desenvolvimento

“toda grande cidade tem um ou vários bairros onde se concentra
a classe trabalhadora, é freqüente que a pobreza resida em
ruazinhas escondidas, às vezes até perto dos ricos, mas em
geral, a pobreza habita num lugar à parte, distante, escondida do
olhar das classes mais afortunadas que podem viver bem
enquanto os pobres têm que se virar do jeito que conseguem.
Esses bairros estão organizados por toda parte e da mesma
maneira estão colocadas aí as piores habitações das cidades,
quase sempre se trata de edifícios de um ou dois andares sem
adequada terminação, quer dizer, mal feito, alinhados em filas,
com sótãos mal habitados, construídos irregularmente. Estas
pequenas casas de duas, três, quatro peças e cozinha,
constituem-se em todas as cidades da Inglaterra como a forma
de viver da classe trabalhadora. As ruas não são normalmente
planas e pavimentadas, são sujas, cheias de detritos vegetais e
animais, sem esgotos e sem valas, mas em troca são cheias de
poças, são inundáveis, lugares de multiplicação de mosquitos,
ademais disso a ventilação é muito difícil porque a construção do
bairro normalmente é muito ruim e muitas pessoas vivem
amontoadas em pequenos espaços e é fácil imaginar como é ruim
o ar que se respira nesses lugares. Por outra parte, essas ruas
também servem para secar as roupas, para que as pessoas se
encontrem e para que umas convivam com as outras”.
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