A organização do espaço urbano As áreas funcionais - Terciárias; - Residenciais; Em função Do valor do solo - Industriais. - Acessibilidade; - Transportes. No espaço urbano, de um modo geral, o preço dos terrenos e, consequentemente, dos imóveis e das rendas diminui do centro da cidade para a periferia, devido: À diminuição da acessibilidade; Ao aumento dos terrenos disponíveis; À diminuição da procura. Variação, do centro para a periferia, do custo do solo para as três funções urbanas Ao analisarmos o espaço de uma cidade, constatamos a existência de funções, que se organizam em zonas específicas que apresentam uma certa homogeneidade em termos de funções e que por isso se chamam: ÁREAS FUNCIONAIS A forma como se distribuem estas áreas funcionais nas cidades faz com que elas sejam diferentes umas das outras, sendo por isso um factor de identidade da cidade. As áreas funcionais que compõe a cidade são: 1. Área central 2. Áreas industriais 3. Áreas residenciais AS ÁREAS FUNCIONAIS NO ESPAÇO URBANO 1. A ÁREA CENTRAL Na área central predomina a função comercial e nele é possível encontrar: Comércio de pequena superfície (quer seja especializado, associado a produtos de luxo, ou vulgar e acessível à população em geral); Hotéis, cafés e restaurantes de luxo; Espaços de cultura e lazer, como teatros e museus; AS ÁREAS FUNCIONAIS NO ESPAÇO URBANO 1. A ÁREA CENTRAL Na área central predomina a função comercial e nele é possível encontrar: Centros de decisão da administração pública, como ministérios, tribunais superiores, governos regionais ou municipais; Sedes de bancos, de empresas, de companhias de seguros, bolsas de valores, entre outros. Lisboa, Assembleia da República A MIGRAÇÃO DAS ATIVIDADES TERCIÁRIAS NO ESPAÇO URBANO As atividades terciárias andam associadas à área central da cidade. Cada vez mais, a sua localização acompanha o crescimento das cidades. As cidades crescem e com elas assiste-se a uma descentralização das atividades terciárias, para outras áreas da cidade, mais espaçosas e bem servidas de transportes. Estas fixam-se preferencialmente ao longo de grandes eixos de circulação radiais, logo de grande acessibilidade. A migração das atividades terciárias para outras áreas da cidade devem-se a vários fatores como: • Elevado congestionamento funcional; • A escassez de espaço para expansão das atividades; • As ruas estreitas e a saturação das vias de acesso (elevada intensidade de tráfego); • As dificuldades de estacionamento. O CENTRO DAS CIDADES: UM ESPAÇO EM DESPOVOAMENTO... O centro das cidades tem perdido população. Esta tem procurado bairros, de construção mais recentes e funcionais, localizados noutras áreas da cidade ou na sua periferia, com a qualidade de vida que o centro já não lhes oferece. Os fatores responsáveis pelo abandono do centro estão relacionadas com: A crescente ocupação do centro pelas atividades terciárias; O desenvolvimento dos transportes urbanos e suburbanos (que aumenta a mobilidade da população e a sua fixação em áreas afastadas do local de trabalho); Porto O CENTRO DAS CIDADES: UM ESPAÇO EM DESPOVOAMENTO... Os fatores responsáveis pelo abandono do centro estão relacionadas com: O aumento do congestionamento de trânsito e das dificuldades de estacionamento; O aumento da poluição sonora e atmosférica; A degradação das habitações antigas, que cada vez mais apresentam condições de habitabilidade precárias. Lisboa AS ÁREAS FUNCIONAIS NO ESPAÇO URBANO 2. AS ÁREAS INDUSTRIAIS Atualmente, a função industrial localiza-se sobretudo, nas periferias, devido a fatores como: A grande necessidade de espaço; A necessidade de se localizar em áreas de grande acessibilidade, próximo dos grandes eixos de comunicação; Os elevados índices de poluição a que está associada. AS ÁREAS FUNCIONAIS NO ESPAÇO URBANO 2. AS ÁREAS INDUSTRIAIS Contudo podemos encontrar pequenas unidades industriais no interior do tecido urbano já que: Necessitam de pouco espaço para laborarem; Necessitam de estar muito próximo do mercado consumidor; Não provocam poluição significativa. AS ÁREAS FUNCIONAIS NO ESPAÇO URBANO 3. AS ÁREAS RESIDENCIAIS As áreas residenciais estão presentes por toda a cidade, distribuindo-se por diferentes áreas, desde o centro até à periferia. As áreas residenciais refletem o nível socioeconómico dos seus residentes. Assim existem áreas residenciais de: a) Classe social mais favorecida. b) Classe média. c) Classe social mais desfavorecida. AS ÁREAS FUNCIONAIS NO ESPAÇO URBANO 3. AS ÁREAS RESIDENCIAIS a) Classe social mais favorecida As áreas residenciais da classe mais favorecida caracterizam-se por: Existência de vivendas ou apartamentos de luxo, com acesso a equipamentos e serviços como porteiro, piscina, posto médico, ginásio, etc.; Elevada acessibilidade; Existência de jardins e espaços verdes; Baixos índices de poluição. AS ÁREAS FUNCIONAIS NO ESPAÇO URBANO 3. AS ÁREAS RESIDENCIAIS b) Classe média As áreas residenciais da classe média caracterizam-se por: Localizações algo diversas no espaço urbano mas procura áreas mais baratas e com boas acessibilidades; Estes bairros são plurifamiliares e não apresentam a harmonia e qualidade arquitetónica dos bairros das classes mais elevadas, registando as habitações uma área inferior; São os bairros de classe média que ocupam a maior parte do solo urbano. A diminuição do preço do solo com o aumento da distância em relação ao centro tornam possível à classe média suportar os preços da habitação. AS ÁREAS FUNCIONAIS NO ESPAÇO URBANO 3. AS ÁREAS RESIDENCIAIS c) Classe social mais desfavorecida I - No centro da cidade • Habitações antigas e degradadas onde ainda vivem pessoas, sobretudo idosos e imigrantes, de fracos recursos económicos. • Bairros de habitação social, construídas pelas autarquias, para pessoas de mais fracos recursos; II - Nas áreas afastadas do centro • Constituídos por blocos de apartamentos de áreas pequenas e de fraca qualidade de construção. AS ÁREAS FUNCIONAIS NO ESPAÇO URBANO 3. AS ÁREAS RESIDENCIAIS c) Classe social mais desfavorecida III - Nos subúrbios, em áreas muito poluídas, e mal servidas de transportes • Bairros de construção clandestina, conhecidos como bairros de lata. Estas áreas residenciais caracterizam-se: Por não terem as condições mínimas de habitabilidade; Pela maioria não ter água canalizada, eletricidade e esgotos; Pela sua dimensão ser muito reduzida.