Objetivos do SISTUR 1 2 SITEMA DE TURISMO (SISTUR) • Definição de Sistema: “CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS, DOUTRINAS, IDÉIAS OU PRINCÍPIOS, LOGICAMENTE, ORDENADOS E COESOS COM INTENÇÃO DE DESCREVER, EXPLICAR OU DIRIGIR O FUNCIONAMENTO DE UM TODO”. (Beni, 2000: 21) 3 SITEMA DE TURISMO (SISTUR) • Definição etimológica: conjunto de elementos associados em uma organização coerente, com o objetivo de construir um todo; • Definição descritiva: conjunto organizado e estruturado de elementos materiais e imateriais que constituem um todo ordenado e orientado; • Definição pragmática: conjunto de práticas, de métodos e de instituições que compõem ao mesmo tempo, uma construção teórica e um método prático para o estudo da atividade turística no Brasil. 4 OBJETIVOS DO SISTUR • Objetivo Geral: Organizar o plano de estudo da atividade de Turismo, tendo como princípios científicos, aperfeiçoar e padronizar conceitos e definições, e consolidar condutas de investigação para instrumentar análises e ampliar a pesquisa, com conseqüente descoberta e desenvolvimento de novas áreas de conhecimento do Turismo. Grifo do Autor 5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • 1º . Identificar características e classificar os fatores que determinam as motivações de viagens e a escolha das áreas de destinação turístico-recreativa; • 2º . Inventariar, de forma estruturada e sistêmica, o potencial de recursos turísticos naturais e culturais do território para a exploração racional da atividade de turismo e recreação; • 3º. Dimensionar a oferta existente e/ou projetada de transportes e equipamentos, instalações e serviços para o processo de ocupação turística-recreativa do território; 6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • 4º. Qualificar e determinar a demanda existente e/ou projetada de bens e serviços turísticos; • 5º. Diagnosticar deficiências, pontos críticos, de estrangulamento e desajustes entre a oferta e a demanda; • 6º. Permitir a previsão do comportamento do mercado através de tendências; • 7º. Formular diretrizes de reorientação de programas de ação para determinar o planejamento e estratégico de desenvolvimento do setor; 7 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • 8º. Planejar e executar o desenvolvimento do produto turístico, mediante a preparação de um plano integral de marketing; • 9º. Avaliar e executar campanhas de promoção turístico; • 10º. Analisar o significado econômico do Turismo e seu efeito multiplicador no desenvolvimento nacional; 8 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • 11º. Organizar a atividade de Turismo na estrutura administrativa do setor público; • 12º. Elaborar a estrutura otimizada do órgão nacional de Turismo; • 13º. Indicar procedimentos de execução e de controle de gestão setorial e global e políticas ágeis em seus subconjuntos; • 14º. Criar modelos formais e matemáticos das matrizes de relações das funções e operadores; 9 AMBIENTE DO SISTUR • Buscar conceituar o SISTUR como já vimos é algo complexo e requer que vc estudante busque aprofundar sua leitura a respeito do turismo como um todo. Cumpre lembrar que quando se afirma que alguma coisa está fora do sistema, significa que ela pode fazer relativamente pouco a respeito das características ou do comportamento de tal coisa. 10 Exemplo: • O subsistema econômico, visto sob a ótica do Turismo, integra o SISTUR, mas isso não quer dizer que vá determinar o Sistema Econômico, na realidade significativamente mais amplo, do qual o Turismo é apenas um segmento. • Note que: O ambiente “não” está fora do controle do sistema, como também determina em parte seu funcionamento. 11 Recursos do SISTUR • Os recursos são o reservatório geral a partir do qual as ações específicas do SISTEMA podem ser formadas, isto é, encontram-se dentro dele, sendo os MEIOS QUE UTILIZA PARA DESEMPENHAR SUAS TAREFAS. 12 Assim: • As ações específicas são recebidas pelos conjuntos de subsistemas, atuando em interação com seus componentes, nesse sentido, as AÇÕES DO CONJUNTO DA RELAÇÕES AMBIENTAIS, que envolvem subsistemas distintos e autônomos tais como ecológicos e econômicos por exemplo, ao serem convocados para justificar e determinar funções da atividade de Turismo, convertemse em ações específicas do sistema. 13 Componentes do SISTUR • Os componente do SISTUR nada mais são do que os subsistemas identificados nos conjuntos da Relações Ambientais, da organização Estrutural e das Ações Operacionais do SISTUR. • “os subsistemas ecológicos, econômico, social e cultural, da superestrutura, da infraestrutura, do mercado, da oferta, da demanda, de produção, de distribuição e de consumo ”. 14 COMPONENTES DO SISTUR • Meio Ambiente: conjunto de todos os objetos que não fazem parte do objeto, mas que exercem influência sobre a operação do mesmo; • Elementos ou unidades: partes ou componentes do sistema; • Relações: ligações que denunciam os fluxos; • Atributos: qualidades que se atribuem aos elementos do sistema, de forma a caracterizá-los; • Entrada (input): aquilo que o sistema recebe. Cada sistema é alimentado por determinados tipos de entradas; • Saída (output): produto final dos processos de transformação a que se submete o conteúdo da entrada; • Realimentação (feedback): processo de controle para manter o sistema em equilíbrio; • Modelo (abstração): é a representação do sistema. 15 DIMENSÃO DO SISTUR • O Sistur é um sistema aberto. Realiza trocas com o meio que o circunda, por extensão, é interdependente, nunca auto-suficiente; • O Sistur não se caracteriza por estruturas e funções estáticas. Justamente por ser aberto, mantém um processo contínuo de relações dialéticas de conflito e colaboração com o meio circuncidante. 16 CONJUNTO DAS RELAÇÕES AMBIENTAIS • Subsistema Ecológico; • Subsistema Econômico; • Subsistema Social; • Subsistema Cultural. 17 SUBSISTEMA ECOLÓGICO • A essência do problema que causa a crise ecológica nos espaços de uso turístico talvez possa ser resumida no enfrentamento de forças que ocorre no espaço cultural contra o espaço natural; • O homem precisa da ocupação e exploração do espaço natural para satisfação de suas necessidades mínimas, e na medida em que se percebe que este espaço não o satisfaz, tende a manipulá-los irracionalmente, criando um espaço abstrato, condicionado pelo ambiente global e não às leis naturais; 18 SUBSISTEMA ECOLÓGICO • Exploração do território do homem – subsistência; • Criação dos espaços urbanos x necessidade do consumo de espaços naturais (fuga das cadeias diárias); • Exploração dos espaços naturais (Turismo de massa x Ecoturismo); • Conceitos de sustentabilidade; • A ecologia assenta-se na base na Teoria Geral dos Sistemas; 19 SUBSISTEMA ECOLÓGICO: Tipos de espaços • Espaço real: refere-se a totalidade da superfície do planeta; • Espaço potencial: É a possibilidade de destinar o espaço rural e o uso diferente do atual; • Espaço cultural: Espaços modificados pela ação do homem = espaço adaptado (espaço natural + espaço artificial); 20 SUBSISTEMA ECOLÓGICO: Tipos de espaços • Espaço natural adaptado: são os espaços com o predomínio de espécies vegetais, animais e minerais condicionados a ação do homem – Ex. Espaço Rural; • Espaço artificial: espaço criado pelo homem (também chamado de Espaço cultural); • Espaço natural virgem: espaços raros que não têm a interferência do homem; 21 SUBSISTEMA ECOLÓGICO: Tipos de espaços • Espaço vital: conjunto de elementos que são importantes para a sobrevivência do homem, e espécies animais e vegetais; • Espaço turístico: territórios reorganizados para atender a demanda de turistas; 22 SUBSISTEMA ECONÔMICO • Destaca-se o homem, que com sua capacidade de trabalho, organiza os processos produtivos, a distribuição e o intercâmbio dos meios materiais de vida na sociedade; • Turismo = maior gerador de divisas; • Economia predominante na modernidade = capitalismo (ex. Comunismo e Socialismo – Cuba e China); 23 SUBSISTEMA ECONÔMICO • “As profundas modificações sócio-econômicas, culturais e políticas, que caracterizam o início dos tempos modernos, criaram condições para o predomínio do sistema capitalista em substituição ao sistema econômico urbano-artesanal. Desde suas principais características, os autores costumam destacar a propriedade privada dos meios de produção, o mercado, onde os preços são determinados pelo encontro da oferta e da procura, a competência das unidades domésticas e das empresas nas decisões de consumo, poupança e treinamento, a soberania dos consumidores, a separação entre o poder econômico e o poder político”. (Beni, 2000: 62-63). 24 SUBSISTEMA SOCIAL • Sociedade capitalista globalizada com sistema econômico regente o NEOLIBERALISMO; • A modernidade trouxe a mobilidade da diversas relações, mudando a filosofia moderna – especialmente de estudos científicos; • Globalização x Desretorialização; • Fuga da rotina, descoberta do novo, experiência, status, troca de culturas, etc. • Autóctones x turistas. 25 SUBSISTEMA CULTURAL • Territórios modificados pela ação do homem; • Cultura: pode ser entendida como conjunto de crenças, valores e técnicas para lidar com o meio ambiente; • O que dita a cultura? • Cultura moderno x Culturas antigas; 26 DINÂMICA DO SISTUR SUBSISTEMA DE MERCADO 27 SUBSISTEMA DE MERCADO • O que fazemos do mercado? A primeira idéia é de uma troca de produtos ou valores denominado comércio. Se estabelece uma relação entre a oferta e a demanda de bens, serviços e capitais. Portanto, todas as pessoas e empresas que oferecem ou demandam tais bens, serviços e capitais determinam o surgimento organizado e as condições dessa troca. Pode-se então falar dos mercados específicos que formam a estrutura das trocas em nível nacional e internacional. 28 SUBSISTEMA DE MERCADO • No estudo do mercado existem três questões centrais: • 1º O que produzir; • 2º Como produzir e • 3º Para quem produzir. • Para resolver a primeira é preciso levar em consideração que toda a sociedade dispõe de um número limitado de recursos com os quais deve satisfazer um número praticamente ilimitado de necessidades. A decisão do que produzir significa determinar não só os bens e serviços que devem ser produzidos, como também a quantidade de cada um deles, obedecendo sempre à restrição imposta pela própria natureza das trocas. Ou seja, a quantidade e a qualidade dos bens e serviços para atender a todos os membros da sociedade, que estabelecem livremente seu consumo visando obter máxima satisfação com os recursos financeiros de que dispõem, o que poderia ser chamado de “eficiência atributiva”. 29 SUBSISTEMA DE MERCADO • A segunda questão – “Como produzir” – implica produzir, ao menor custo, empregando a menor quantidade possível de recursos, o que poderia ser chamado de “eficiência produtiva”. • A terceira questão “Para quem produzir” consistem resolver quem consome os bens e serviços produzidos, coma condição de que cada consumidor tenha uma satisfação proporcional ao custo, o que poderia ser chamado de “eficiência distributiva”. 30 SUBSISTEMA DE MERCADO • As três questões devem ser resolvidas simultâneamente em cada economia nacional para milhões de pessoas e centenas de milhares de produtos. • Desta forma, pode-se dizer que os mercados constituem um sistema de informação que permite a milhares de agentes econômicos, produtores e consumidores, até certo ponto entre si, tomar decisões necessárias para que a sociedade possa alcançar três eficiências: atributiva, produtiva e distributiva. 31 SUBSISTEMA DE MERCADO • Os mercados resolvem as três questões centrais da organização econômica das trocas através dos preços. • Os preços são o mecanismo fundamental do mercado. Estes se formam através da formação de duas categorias de agentes que atuam o mercado, os que compram e os que vendem, técnica e respectivamente denominados demanda (ou de procura) e oferta. 32 SUBSISTEMA DE MERCADO • Demanda é a quantidade de bem ou serviços que os consumidores desejam e podem comprar a um dado preço e um dado tempo. • Oferta é quantidade de um bem ou serviço que chega ao mercado por um dado preço em um dado período de tempo. 33 SUBSISTEMA DE MERCADO • A demanda é determinada pelo bom preço do bem ou serviço sob análise, valor de produtos, bens ou serviços substitutivos ou complementares, nível e distribuição de renda, número e idade dos consumidores, preferências, fatores de moda e outros. • A oferta de um bem de consumo depende de seu preço de mercado e das condições em que é produzido, os quais constituem a chamada “função de produção”, que compreende a tecnologia utilizada e os preços dos insumos necessários. 34 SUBSISTEMA DE MERCADO • Os aumentos e diminuições da demanda, produzindo iguais movimentos nos preços, provocam as necessárias mudanças nas quantidades oferecidas. Nota-se que se diz “mudanças na demanda” (e não na quantidade demandada); quer dizer que havendo modificações nos fatores fixos, para os mesmos preços os consumidores desejam maior ou menor quantidade do bem ou do serviço sob estudo. Isso pode acontecer porque variam os gostos, necessidades e preferências, a composição demográfica ou os preços de outros bens, desta forma, resultam novos preços e quantidades determinadas pelo mercado. 35 SUBSISTEMA DE MERCADO • O mercado não se situa em um espaço geográfico determinado. Esse sentido de localização física pertence ao conceito popular. A área geográfica que ele abrange varia para cada bem ou serviço; existem mercados mundiais para certas mercadorias mundiais, como o petróleo, trigo, café, etc., e mercados regionais para produtos que se vendem em pequenas transações, como os artesanais e souvenirs. 36 SUBSISTEMA DE MERCADO • Em condições de concorrência perfeita, o preço dos bens e serviços não altera nas diferentes situações de mercado nem ao longo do tempo. A diferença de preços só se explica pelos custos de transportes, impostos e outros. Compradores e vendedores conhecem bem as condições do mercado. 37 CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS • Para Xavier Martini, os mercados podem ser categorizados em três pontos de vista ou perspectiva: a geográfico, temporal e a da concorrência. • Do ponto de vista geográfico pode-se observar que o mercado será maior ou menor se forem numerosas ou escassas as pessoas que demandam os bens envolvidos no processo de comercialização. Se a demanda de um bem de consumo for universal, o mercado será mundial. Se forem poucas as pessoas que demandam o produto, amplitude geográfica será pequena. 38 CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS • O mercado de um bem ou serviço será mais amplo se for possível efetuar uma descrição fácil e exata para os compradores distantes. A amplitude geográfica dependerá da maior ou menor durabilidade dos bens de consumo comercializados e entre estes últimos se encontram produtos perecíveis que devem ser imediatamente negociados, pois têm um mercado geográfico extremamente limitado. 39 CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS • Do ponto de vista temporal, os mercados podem ser distinguidos quanto ao período durante o qual se efetua o ajuste entre a oferta e a procura, ou seja, a formação do preço. • a) Os mercados de tempo mínimo poderão ter bens e serviços específicos em promoção, pois o ajuste do preço é feito de imediato; • b) os mercados de tempo curto, em que a quantidade oferecida depende dos custos de produção; • c) já os mercados de tempo longo, em que entra na decisão das quantidades oferecidas os custo dos bens de capital que exigem investimentos a longo prazo. 40 SITUAÇÕES DE MERCADOS • Concorrência pura ou perfeita: Situação de mercado em que há muitos produtores, de modo que nenhum pode influenciar no preço, e os competidores novos têm a liberdade de produzir nas mesmas condições dos produtos existentes. Esta forma de mercado se aplica também aos compradores. • Concorrência imperfeita: Situação de mercado que se caracteriza pela capacidade de influenciar na demanda, usando práticas enganadoras como diferenciação do produto, marcas, propaganda; por restrições ao ingresso de competidores. 41 SITUAÇÕES DE MERCADOS • Monopsônio: Situação de mercado no qual existe um único comprador. • Monopólio: Situação de mercado em que um único vendedor ou um único produto sem similar adquire completo controle de preço. • Oligopólio: Situação de mercado em que o produto é oferecido por um pequeno número de empresas, com atividades e políticas de produção determinadas pelas reações esperadas de uma outra. A essência do oligopólio é essa interdependência entre poucas empresas • Duopólio: Situação de mercado em que há somente dois vendedores, e a influência de um deles sobre o preço é 42 bastante considerável. MERCADO DE TURISMO • Para cada produto turístico existe um mercado real ou potencial, pode-se falar então em mercados turísticos. • Os mercados Turísticos inserem-se na categoria “concorrência imperfeita”. Os produtos não são homogêneos e intercambiáveis. Cada empresa vende um produto que de certo modo se traduz como único e diferenciado dos demais e, neste sentido, assemelha-se a uma empresa monopolista. É justamente por este diferenciação que o mercado do Turismo é quase um monopólio. 43 MERCADO DE TURISMO • A empresa de Turismo têm então uma certa capacidade de variar seus preços: os clientes estarão dispostos a pagar mais por um produto melhor, ou consumir mais de uma empresa que ofereça preços mais atraentes. Esta capacidade, ou poder do mercado, é de alcance reduzido, já que o consumidor deverá escolher o roteiro de uma empresa ou de outra. 44 MERCADO DE TURISMO • O poder de mercado das empresas, na realidade, é bem restrito; embora difiram dos monopólios, que têm poucos substitutos ou nenhum, elas têm substitutos próximos mais imperfeitos. A concorrência monopólica não é a forma de mercado que caracteriza toda a atividade, porque deve ser levado em consideração o fato de existirem muitas empresas pequenas em relação ao mercado. 45 MERCADO DE TURISMO • O transporte aéreo talvez seja o único segmento do SISTUR que vem demonstrando tendência à diminuição de preços ao consumidor em termos reais, não levando em conta a inflação ao longo de um período prolongado. 46 MERCADO DE TURISMO • As duas formas de concorrência imperfeita – monopolística e oligopolística – indicam que há poder de mercado dos vendedores e, em determinadas circunstâncias, dos compradores. • É necessário distinguir dois mercados: o do produto (turístico) que o consumidor compra (o de roteiros de viagens ou pacotes turísticos pode estar em concorrência perfeita, mas tende ao oligopólio já que as operadoras são empresas relativamente grandes); o do insumo (caso dos pernoites hoteleiros em que a demanda depende do que acontece ao outro mercado, ou seja, é uma demanda derivada; também pode ser um mercado de concorrência perfeita ou imperfeita). 47 MERCADO DE TURISMO • Há alternativas de organização dos mercados que tendem a eliminar as discrepâncias entre os preços ideais, que prevalecem em concorrência perfeita, e os preços reais dos mercados imperfeitos, com estatização das empresas e controle dos preços, mas neste setor, aos menos, todas terminariam causando transtornos mais graves do que os que seriam suprimidos. Ex. Empreendimentos que não têm concorrência. 48 MERCADO DE TURISMO • O mercado, em síntese, produto da confrontação de oferta e demanda de serviços turísticos, exibe certas imperfeições quanto as suas formas de concorrência. Sem dúvida, na maioria dos países, funciona de modo aceitável, em especial se está livre de controle ou interferências, exceto algumas medidas que, atuando pela via do próprio mercado, favorecem sua maior eficiência. 49 SEGMENTAÇÃO DO MERCADO DO TURISMO • A melhor maneira de estudar o mercado turístico é por meio da sua segmentação, que é a técnica estatística que permite decompor a população em grupos homogêneos, e também a política de marketing que divide em partes homogêneas, cada um dos seus próprios canais de distribuição. Essa segmentação possibilita o conhecimento dos principais destinos geográficos e tipos de transporte, da composição demográfica dos turistas, como faixa etária e ciclo de vida, nível econômico ou de renda, incluindo elasticidade-preço da oferta e da demanda, e da sua situação social, como escolaridade, ocupação, estado civil e estilo de vida. 50 SEGMENTAÇÃO DO MERCADO DO TURISMO • Os maiores segmentos deste mercado são: • Turismo de Descanso, Férias ou Lazer; Negócios e Compras; Desportivo; Ecológico; Rural; Aventura; religioso; Cultural; Científico; Gastronômico, Estudantil; Congressos, Convenções, Encontros e Similares; Familiar; Amigos; Saúde ou médicoterapêutico. 51 COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TURISMO • A competitividade tanto geral como por um destino turístico em particular é determinada pelo baixo custo da mão-de-obra, por juros baixos, taxas de câmbio favoráveis e economia de escala. • É preciso destacar que não existem países competitivos, mas países com indústrias ou setores competitivos. São empresas que competem, e não os países. A competitividade baseia-se na capacidade das empresas em obter e manter a competitividade. 52 COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TURISMO • Conforme Guitiérrez e Borda, a concorrência nos mercados internacionais se estabelece entre clusters, que são conglomerados de vários atrativos, infraestruturas compatíveis e equipamentos e serviços receptivos, e organização turística concentrada em âmbito geográfico bem delimitado. Manaus, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Bariloche e Cancún são exemplos de clusters. São eles, nos distintos países, que realmente concorrem nos mercados turísticos internacionais em diferentes níveis de competitividade. 53 COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TURISMO • Assim, A Argentina não compete com o Uruguai, e ambos os países não competem com o Brasil. A verdadeira concorrência se estabelece entre Mar del Plata (Argentina) e Punta del Este (Uruguai), entre Camboriú Guarujá, no Brasil. 54 COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TURISMO • A experiência do consumidor e seu nível de satisfação serão o resultado de um conjunto de elementos desse conjunto cabe mencionar a quantidade de aeroporto, as facilidades de traslados, a estética do entorno urbano, a gastronomia típica, a hospitalidade do poo, o nível de informação recebida, as compras, a sinalização dos atrativos, os serviços de apoio. 55 COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TURISMO • Cluster – agrupamento concentrado de empresas interrelacionadas e instituições correlatas numa determinada área, vinculada por elementos comuns e complementares. Essa área geográfica pode ser um município, um estado, país ou uma rede de países (vizinhos) que têm fronteiras comuns. 56 57 Grupo de interessados em um Cluster Turistico 58 Dessa forma: • O cluster é um conjunto de atrativos com destacado diferencial turístico, concentrado num espaço geográfico delimitado, dotado de equipamentos e serviços de qualidade, eficiência coletiva, coesão social e política, articulação da cadeia produtiva e cultura associativa, com excelência gerencial em redes de empresas que geram vantagens estratégicas comparativas e competitivas. 59 COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TURISMO • O planejamento do marketing estratégico (Markestrat) irá definir cada um dos microclusters: • 1 - Oportunidades e perfis de negócios; • 2 - Estratégias de mercado; • 3 - Estratégias de marketing. 60 COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TURISMO • Os conteúdos que deverão ser estabelecidos serão: • Cluster que compõem ou comporão a destinação; • Os mercados e segmentos estratégicos nos quais cada cluster deve concentrar seus esforços; • As estratégias competitivas e de crescimento de cada cluster; • Os produtos prioritários a serem desenvolvidos em cada cluster; • A ordenação física do território de cada cluster e suas etapas ou planos de ação de desenvolvimento; • Modelo de gestão turística do cluster; • Plano de competitividade de cada cluster e seus microclusters. 61 COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TURISMO • Benefícios da aplicação do Markestrat: • Para as empresas de turismo: um conhecimento detalhado da ação do marketing do setor público e, conseqüentemente, a possibilidade de planejar melhor seus esforços de marketing de forma coordenada com o cluster e a região. 62 COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TURISMO • Para os clusters; um plano de ação coerente com o planejamento regional e a possibilidade de coordenar melhor suas atividades com as de outros órgãos envolvidos; • Para o governo: um guia prático para orientar toda a ação de marketing de forma coerente e rentável; • Para a região: mais benefícios derivados da atividade de Turismo sustentável. 63 Qualidade dos produtos e serviços turísticos • Sem qualidade no serviço não há concorrência possível no mercado, nem entre empresas em entre Estados. • “Não há produtividade sem qualidade e sem inovação; Não há qualidade sem produtividade e sem inovação; Não há inovação sem qualidade e sem produtividade”. 64 A política turística de competição estratégica (COMPETSTART) • A empresa de turismo deve aprender a competir em mercados tradicionais cada vez mais sofisticados e a desenvolver sua capacidade de competir em mercado novos, nos quais os custos dos competidores são altos em que também é a sua alta produtividade. 65 Administração do SISTUR • Por administração do SISTUR entende-se a criação de planos que envolvam os objetivos globais, o ambiente, a utilização dos recursos, e os componentes. 66 Ainda: • Cabe ressaltar que a administração do SISTUR NÃO apenas engendra seus planos, como também deve assegurar que sejam executados de acordo com os objetivos originais. 67 PRÓXIMAS AULA • Conjunto da Organização Estrutural Superestrutura e Infraestrutura no Turismo 68