Gestão de Riscos: Envolvendo toda a organização na implementação Wilson Ferreira Jr. São Paulo, 12 de setembro de 2012 Agenda 1 2 3 4 5 6 2 A CPFL Energia Contextualização Construção do Modelo Ideal Componentes do Modelo de Gestão Corporativa de Riscos Interações com as Áreas de Controle Conclusões e Lições Aprendidas Agenda 1 2 3 4 5 6 3 A CPFL Energia Contextualização Construção do Modelo Ideal Componentes do Modelo de Gestão Corporativa de Riscos Interações com as Áreas de Controle Conclusões e Lições Aprendidas Evolução da CPFL Paulista: da fundação à desestatização 1912 FUNDAÇÃO DA CPFL Fusão de quatro pequenas empresas do interior de São Paulo 1927 TRANSFERÊNCIA DO CONTROLE ACIONÁRIO PARA A AMFORP American & Foreign Power Company 1964 TRANSFERÊNCIA DO CONTROLE PARA A ELETROBRÁS 1975 TRANSFERÊNCIA DO CONTROLE PARA A CESP 1997 PRIVATIZAÇÃO DA CPFL PAULISTA Preço Mínimo R$ 1,780 bilhão 4 * Com parcela empregados Ágio: 70,1 % Valor Pago no Leilão R$ 3,015 bilhões Minoritários Valor de Aquisição R$ 3,527 bilhões* Desde a privatização da CPFL Paulista, tivemos um crescimento expressivo 7 P. Eólicos Sta. Clara Euros 1 P. Eólico Eurus CPFL Nect SIIF Énergies IPO 9 P. Eólicos 2 Us. Cogeração 1997 1998 - 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Histórico de crescimento • Aquisição de 7 distribuidoras • 8 empresas de geração convencional, com construção de 6 UHEs • Constituição da CPFL Renováveis: 35 Pequenas Centrais Hidrelétricas, 33 parques eólicos e 8 UTEs de biomassa em operação e construção • Aquisição/constituição de 7 empresas de Comercialização de Energia e Serviços 5 CPFL Telecom Us. Coger. Ester P. Eólicos B.Ventos P. Eólicos Atlântica 2012 A CPFL Paulista em 1997 Área de Atuação Desempenho e Resultados 4.403 18.024 2,4 437 1997 Clientes (milhões) 1997 1997 1997 Energia Vendida Produtividade Receita Bruta (GWh com TUSD) (Clientes/Colaborador) (R$ milhões) Média Brasil 27,19 21,68 8,63 6,53 770 349 1997 Concessão: 234 municípios de São Paulo Base: 31 de dezembro de 1997 6 1997 EBITDA Lucro Líquido (R$ milhões) (R$ milhões) 1997 DEC (em horas) 1997 FEC (em vezes) A CPFL Energia em 2011 Área de Atuação Desempenho e Resultados 18.866 54.590¹ 6,9 187% 328% 203% 878 101% 18.024 2,4 2011 1997 Clientes (milhões) 437 2011 1997 Energia Vendida 2011 1997 Produtividade 1997 2011 Receita Bruta (GWh com TUSD) (Clientes/Colaborador) (R$ milhões) 3.769 3.769 18,36 1.582 353% (R$ milhões) Concessão: 569 municípios (SP | RS | MG |PR) Base: 31 de dezembro de 2011 7 349 1997 2011 Lucro Líquido (R$ milhões) 21,68 11,31 8,63 1997 2011 EBITDA Média Brasil 27,19 389% 770 4.403 6,77 1997 2011 DEC (em horas) 6,53 5,36 1997 2011 FEC (em vezes) Em 2012, a CPFL mantém-se líder em Distribuição e Comercialização e apresenta crescimento expressivo em Geração Distribuição Comercialização e Serviços Geração Área de concessão (cativo + TUSD) Mercado livre e unidades de serviços CPFL Geração (consolidado) (últimos 12 meses) (últimos 12 meses) • • • • • • 7,1 Mi de clientes 569 municípios Vendas: 55.758 GWh Receita líquida: R$ 10.355 Mi1 EBITDA: R$ 2.284 Mi Lucro líquido: R$ 1.139 Mi • • • • • • 208 clientes livres Vendas: 14.132 GWh3 Receita líquida: R$ 1.788 Mi EBITDA: R$ 270 Mi Lucro líquido: R$ 130 Mi Estrutura de serviços com SVA, CPFL Atende e CPFL Total • • • • • (últimos 12 meses) 19 usinas em operação 2.234 MW de potência instalada Receita líquida: R$ 1.423 Mi EBITDA: R$ 1.174 Mi Lucro líquido: R$ 744 Mi5 CPFL Renováveis (últimos 12 meses) • • • • 48 usinas em operação e 32 em constr. 945 MW em operação e 790 em constr. Receita líquida: R$ 448 Mi EBITDA: R$ 250 Mi / Lucro líquido: R$ 71 Mi CAGR 2004-2011 CAGR 2004-2011: 6,0% • Comercialização: 10,2% • Serviços: 32% Líder do segmento Líder do segmento CPFL 13%² CPFL 10%4 Outros: 87% 3 maiores players: 34% 8 Outros: 90% 3 maiores players: 28% CAGR 2004-2011: 17,50% 2º maior gerador privado (2012e) e 1º em Energias Renováveis CPFL 2,3%6 Outros: 97,7% 3 maiores players: 30% 1) Desconsidera receita de construção. 2) Fonte: Aneel e empresas (jun/12) ; 3) Considera comercialização e geração para fora do Grupo. 4) Fonte: CCEE (mai/12) . 5) Resultado favorecido pela combinação de negócios, vindos da CPFL Renováveis. 6) Fonte: Aneel (dez, 11). Agenda 1 2 3 4 5 6 9 A CPFL Energia Contextualização Construção do Modelo Ideal Componentes do Modelo de Gestão Corporativa de Riscos Interações com as Áreas de Controle Conclusões e Lições Aprendidas Nos últimos anos, a gestão de riscos tem recebido cada vez mais destaque como instrumento para prevenir perdas 2000 a 2002 • Estouro da bolha da internet • Fraudes contábeis: 2007 / 2008 • Perdas com derivativos tóxicos (Sadia, Aracruz, outros) 2010 • Fraudes contábeis: • Crise de confiança no mercado americano (Lehman Brothers / AIG) Eventos IBGC Lança o Guia de Orientação para Gerenciamento de Riscos Corporativos Despertam a atenção dos seguintes Agentes dos Mercados de Capitais (analistas, agências de ratings, etc.) agentes entre outros... 10 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) reconhece a importância do tema de gestão de riscos Lançamento do “Guia de Orientação para Gerenciamento de Riscos Corporativos” pelo IBGC Lançamento do Guia: Out/2007 Aplicação das orientações do Guia 1. Guia apresenta caráter informativo 2. O tema era pouco conhecido por uma considerável parcela dos conselheiros das organizações brasileiras 3. Entre os especialistas, ainda não havia consenso sobre parte dos conceitos envolvidos 4. As práticas das empresas são as mais variadas A implantação da metodologia que melhor se aplica à realidade de cada organização deve levar em consideração o contexto em que esta se encontra e atua 12 A adoção de práticas de Gestão Corporativa de Riscos auxilia a gestão das atividades empresariais e seus riscos Alternativas para tratamento de riscos Evitar? Fim Não se envolver ou agir de forma a se retirar de uma situação de risco Risco Tipos de respostas aos riscos Reter > Manter o risco no nível atual de impacto e probabilidade. Não investir, assumindo que as perdas e erros atualmente sabidos e esperados para o processo de decisão e de gestão são (riscos) toleráveis Reduzir > Ações são tomadas para minimizar a probabilidade e/ou o impacto do risco Transferir / Compartilhar > Atividades que visam reduzir o impacto e/ou a probabilidade de ocorrência do risco através da transferência ou, em alguns casos, do compartilhamento de uma parte do risco Explorar > Aumentar o grau de exposição ao risco na medida em que isto possibilita vantagens competitivas Aceitar? Enfrentar a incerteza motivado por um retorno (financeiro ou não-financeiro) 13 Fonte: Guia de Orientação para Gerenciamento de Riscos Corporativos - IBGC Agenda 1 2 3 4 5 6 14 A CPFL Energia Contextualização Construção do Modelo Ideal Componentes do Modelo de Gestão Corporativa de Riscos Interações com as Áreas de Controle Conclusões e Lições Aprendidas O modelo de gestão de riscos na CPFL foi construído a partir da análise das práticas adotadas em utilities globais, confirmadas em reuniões presenciais1 Processo de elaboração do modelo de gestão de riscos na CPFL – 4 dimensões de análise 1 – Reuniões com os executivos responsáveis pela Gestão Corporativa de Riscos: Iberdrola, MVV, EDF, GDF Suez 15 O benchmarking incluiu visitas a 5 das principais utilities globais que geraram inputs para a construção do modelo de risco da CPFL 1 Modelos de risco se iniciaram há vários anos 2 Complexidade e escopo dos modelos evoluiu gradualmente no tempo 3 Métricas globais de risco claras e bem entendidas 4 Atualização frequente do mapa de riscos 1999 Quanti Quanti Quali 2003 2003 2003 2008/2009 Quanti Quanti Quali 36 riscos Limites sendo definidos Quanti Quali 500-600 riscos Limites para todos os riscos Quanti EBITDA EBITDA DRE EBIT nd. EBITDA FCL VPL nd. 2 vezes ao ano 1 vez ao ano nd. nd. 1 vez ao ano Nota: Data-base das análises: 2º Semestre /2009 16 2003 A análise detalhada de práticas mais avançadas em gestão corporativa de riscos permitiu identificar um conjunto de implicações para a CPFL Principais implicações para a CPFL (resultantes das visitas/ benchmarking) 17 A Tempo de maturação e avanço rápido no início • • • • B Definição das primeiras versões das políticas • Validação da disposição global ao risco (pelo acionista) • Definição das implicações em limites de risco por negócio/risco • Construção das políticas para os principais riscos C Construção de uma "comunidade de risco" • • • • D Construção das ferramentas e relatórios • Preparação das principais ferramentas em Excel (eventualmente com add-ins) • Conciliação com informação produzida por sistemas de riscos específicos • Preparação dos reportes globais e por risco – para vários públicos A maturação do modelo de riscos requer tempo Ainda assim, deve avançar rapidamente e com resultados práticos Maior esforço no início para obter uma "massa crítica" de riscos Foco inicial nos riscos quantitativos (impacto em EBITDA, LL, etc.) Definição de todas as responsabilidades ao longo do processo Treinamento dos participantes: seminários, reuniões individuais Clarificação da dinâmica do Comitê: objetivos das sessões, materiais Time pequeno, qualificado e treinado nas competências analíticas A análise possibilitou identificar 6 componentes principais a serem adotados no modelo de gestão de risco da CPFL 18 O desenvolvimento do modelo de gestão de riscos foi estruturado em 4 passos Diretrizes estratégicas da gestão de riscos definidas pela alta direção, ex: – Política Corporativa; – Indicadores globais e limite de risco; – Mapa de riscos. Gestão do risco ao longo do seu processo, ex: – Proprietário do risco – Etapas e interfaces na identificação, monitoramento e reporte de risco – Papel do risco na tomada de decisão Sistemas de captura, processamento e reporte Modelo organizacional e de governança de risco, ex: – Comitê Corporativo de Riscos; – Interações com Conselhos e Comitês. 19 Agenda 1 2 3 4 5 6 20 A CPFL Energia Contextualização Construção do Modelo Ideal Componentes do Modelo de Gestão Corporativa de Riscos Interações com as Áreas de Controle Conclusões e Lições Aprendidas Evolução do tema Controles Internos e Gestão Corporativa de Riscos na CPFL ENERGIA 2004 2006 IPO (Initial Public Offering) 2007 Primeira Certificação Controles Internos (SOX) 2008 2009 CVM publica a Instrução 480/2009 (Formulário de Referência - divulgação dos fatores de riscos e da efetividade do ambiente de controles) 2010 2011 Certificação ISO 9001 dos Processos de Gestão Corporativa de Riscos e Avaliação dos Controles Internos A Diretoria passa a ser ligada à Vice Presidência Financeira Manutenção da Certificação ISO 9001 Evolução nos processos de Certificação Controles Internos (SOX) Criação da Diretoria de Gestão de Riscos e Controles Internos ligada à Presidência 2012 Conselho de Administração aprova Política de Gestão de Riscos e a Norma de controles Internos. Instituído o Comitê de Riscos em junho de 2009 Desafio de revisar as normativas de gestão de riscos frente ao Programa de Transformação Em 2011, a CPFL Energia atingiu a marca de 6 certificações sem nenhum histórico de deficiências significativas ou fraquezas materiais em seu ambiente de controle interno, atestados pela Administração e pelos auditores independentes 21 Fonte: CPFL Criação da Diretoria de Gestão de Riscos e Controles Internos, ligada à Vice-Presidência Financeira, possui missão claramente estabelecida Missão da Diretoria: Promover e monitorar, de forma integrada, a gestão de riscos e dos controles internos sobre demonstrações financeiras nas áreas corporativas e unidades de negócio, garantindo a adesão dos processos às normas nacionais e internacionais, e o alinhamento de políticas e estratégias ao planejamento empresarial da CPFL Energia Presidência Vice-Presidência Financeira FG Diretoria de Gestão de Riscos e Controles Internos FGGR Gerência de Gestão de Riscos (6) FGCO Gerência de Compliance (9) Responsável pelo desenvolvimento da Gestão Estratégica de Riscos, alinhada às melhores práticas existentes 22 Comitê Interno de Riscos da CPFL ENERGIA Grupo multidisciplinar, contribui com a disseminação da gestão de riscos e avaliação dos eventos sob a ótica do Planejamento Estratégico Empresarial, regulação setorial e planejamentos econômico financeiro – não tem caráter deliberativo A criação de valor na CPFL é realizada dentro do ciclo de Planejamento Estratégico do Grupo 1 Elaboração do Plano Estratégico 1. Análise de Cenários e reflexão estratégica 2. Definição da estratégia dos negócios atuais Identificação de oportunidades de criação de valor 3. Definição da estratégia de crescimento empresarial Criação 2 Desdobramento do Plano em metas 1. Definir metas e indicadores alinhados aos objetivos do Plano 2. Divulgação do Plano e seus objetivos Desdobramento das oportunidades de criação de valor por área de Valor no Grupo CPFL 3 Execução e Monitoramento da estratégia 1. Garantir que ações e metas do Plano estejam sendo executadas e atingidas 23 Acompanhamento da estratégia A Gestão Corporativa de Riscos é mais um componente para garantir a criação de valor definida na estratégia empresarial através da identificação dos eventos que influenciam fortemente sua realização Plano Estratégico da CPFL - Ilustrativo Total shareholder return (TSR) = XX% B Crescimento estratégico A Inovação em processos Plano Base Plano base 24 Distrib. Distribuição Geração Geração Serviços Serviços Corporativo com Crescimento Corporativo Valuation Plano base Crescimento com iniciativas Estratégico iniciativas Valuation Plano Estratégico Plano 201216 Os principais componentes do modelo de Gerenciamento Corporativo de Riscos da CPFL Energia são: A Política de Gestão Corporativa de Riscos Princípios e diretrizes de implantação do modelo de gerenciamento de riscos Comitê Corporativo de Gestão de Riscos Composto por diretores com visão de Riscos, Planejamento Estratégico, Regulação Setorial, Planejamento Econômico-Financeiro Mapa de Riscos Conjunto de eventos, de origem interna e externa, que podem impactar o alcance dos objetivos estratégicos da CPFL Energia Riscos Incertezas associadas a eventos ou situações aos quais a organização está exposta e que podem impactar os objetivos de negócio Proprietário de Riscos Melhor capacitado para dar transparência, entender as relações e indicar as ações de prevenção e/ou mitigação Indicadores Globais Métricas utilizadas na apuração do efeito do risco: EBITDA, Fluxo de Caixa Livre, VPL B C D E F 25 Documento disponível na plataforma GED (Gerenciador Eletrônico de Documentos) A Política de Gestão Corporativa de Riscos Princípios e diretrizes de implantação do modelo de gerenciamento de riscos Aprovada pelo Conselho de Administração da CPFL Energia, a Política de Gestão de Riscos aborda as principais diretrizes do processo, o documento aborda: > Estrutura da Área de Gestão de Riscos (Visão, Missão, Objetivos e Principais Processos) > Princípios e Diretrizes de Implantação > Modelo de Gerenciamento de Riscos > Papéis e Responsabilidades dos principais agentes: Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Comitê Corporativo de Riscos, Corpo Diretivo, Diretoria de Gestão de Riscos e Controles Internos) 26 Ajuda a disseminar a cultura e colabora para o adequado funcionamento do modelo de Gestão Corporativa de Riscos B Comitê Corporativo de Gestão de Riscos Composto por diretores com visão de Riscos, Planejamento Estratégico, Regulação Setorial, Planejamento Econômico/ Financeiro MEMBROS DO COMITÊ DE GESTÃO DE RISCOS ESCOPO • Diretor de Gestão de Riscos, Controles Internos e Processos Consolidados • Revisão e avaliação dos principais riscos aos quais a CPFL está exposta • Diretor de Planejamento e Controle • Discussão dos limites aceitáveis do risco a serem encaminhados pelo Diretor VicePresidente Financeiro à Diretoria Executiva Colegiada • Diretor de Estratégia e Inovação • Diretor de Assuntos Regulatórios • Outros executivos são convidados e/ou informados apenas quando podem contribuir com o assunto em pauta (por ex. Engenharia, R.H., T.I., Jurídico, etc..) • Discussão sobre as ações sinalizadas pelas áreas de negócios proprietárias dos riscos e proposições de melhorias • Acompanhamento das implantações Driver do Programa de Transformação: Participação dos executivos de acordo com a capacidade de contribuição 33 Eventos que podem impactar as estratégias de criação de valor da CPFL ENERGIA C Mapa de Riscos Conjunto de eventos, de origem interna e externa, que podem impactar o alcance dos objetivos estratégicos da CPFL Energia • Uso de consultoria na construção da primeira versão do mapa de fatores de riscos (Deloitte) • COSO ERM: Framework internacional de controles internos com a visão ampliada para gerenciamento de riscos corporativos • Aderência do mapa em relação aos fatores de risco (CVM e 20F) • A Revisão do mapa à luz de um modelo público no qual foi avaliada a pertinência e aplicabilidade de cada risco aos negócios da companhia • Fraquezas e ameaças sinalizadas por meio da análise SWOT do Planejamento Estratégico • O Mapa recebeu ainda contribuições em 2 etapas de consultoria internacional (Roland Berger). Todas as contribuições foram incorporadas. As análises dos aspectos listados gerou um conjunto de eventos que podem comprometer o alcance dos objetivos empresariais 34 Assunto padronizado (normatizado) por organizações internacionais D Riscos Incertezas associadas a eventos ou situações aos quais a organização está exposta e que podem impactar os objetivos de negócio Risco efeito da incerteza no objetivo. Nota 1: um efeito é o desvio do esperado – positivo e/ou negativo. Nota 2: Objetivos podem ter diferentes aspectos (como financeiros, saúde e segurança e objetivos ambientais) e podem ser aplicáveis em diferentes níveis (como estratégicos, abrangentes pela organização, projetos, produtos e processos). Nota 3: Risco é freqüentemente caracterizado pela referência a eventos potenciais e conseqüências, ou a combinação destes. Nota 4: Risco é freqüentemente expresso em termos de uma combinação de conseqüências de um evento (incluindo mudanças nas circunstâncias) e a probabilidade associada da ocorrência. Nota 5: Incerteza é o estado, mesmo parcial, de deficiência de informação relacionada a, compreensão ou conhecimento de, um evento, suas conseqüências ou probabilidade. 36 Definição alinhada com os padrões internacionais facilitando o aculturamento e entendimento D Riscos Incertezas associadas a eventos ou situações aos quais a organização está exposta e que podem impactar os objetivos de negócio Definição de Risco (GED nº 13.307) “Toda e qualquer incerteza em relação a eventos ou situações ao qual a entidade está exposta e que podem impactar o atendimento dos objetivos de negócio do Grupo CPFL Energia” 37 Cada risco é modelado numa lógica hierárquica com modelos individuais e específicos – não há receita, cada risco é um modelo diferente Riscos quantitativos, são medidos em EBITDA, Lucro Líquido, FCL e VPL. Riscos qualitativos em scores (muito baixo, baixo, alto e muito alto). Os eventos de riscos podem ser... Evento de Risco Fatores de Risco Indicadores Chave de Risco 38 Aceleração da Dívida Covenants Financeiros • • • • • • Covenants Não Financeiros Cada evento possui uma definição associada: “Aumento do custo da dívida ou vencimento antecipado devido ao não cumprimento de covenants financeiros e não financeiros estabelecidos nas cláusulas de empréstimos, financiamentos ou debêntures” Os fatores de risco são as origens ou condições para a materialização do risco. No exemplo, dois fatores associados: “Covenants financeiros” e “Covenants Não Financeiros” Dívida Líquida / EBITDA PL / (PL+Divida Líquida) EBITDA / Resultado Financeiro EBITDA / Despesa Financeira Dívida Total / (Dívida Total + PL) ... Definidos os fatores, constrói-se o conjunto de indicadores chave de risco, ou seja, o conjunto de variáveis que melhor explicam a exposição em termos de impacto de probabilidade. Definida a modelagem, a obtenção dos dados históricos e projetados, quando aplicável, permite as simulações que, no conjunto, explicam as variáveis de impacto e probabilidade Análise Levantamento Simulação • Contratos de Dívidas • Apuração dos covenants no período (2012 – 2017) • Probabilidade de quebra, por covenant e por empresa • Monte Carlo (10.000 lances) a partir dos desvios observados em cada covenant de acordo com o período de apuração • Recálculo Despesa Financeira considerando o spread decorrente de queda no rating • Covenants das empresas do Grupo • Dados históricos (2006 – 2011) • Dados projetados (2012 – 2017) 39 • Cenários diversos (Base, Crescimento Estratégico, etc.) Os resultados das avaliações são comunicados à Diretoria e Conselho de Administração por meio de relatórios que explicam as principais variações das exposições, bem como o andamento dos planos endereçados Estrutura do relatório de monitoramento > Definição do Risco I II > Ilustração gráfica do posicionamento do risco na data-base da avaliação > Descrição dos Fatores e Subfatores > Comparativo com avaliação anterior > Explicação das variações dos indicadores > Plano de Ação (acompanhamento e resultados) II 40 I Todos os 36 riscos do Mapa Corporativo possuem proprietários definidos na figura de Diretores ou Vice-Presidentes. Alguns deles são responsáveis por mais de 1 risco, totalizando 18 proprietários. E Proprietário de Riscos Melhor capacitado para dar transparência, entender as relações e indicar as ações de prevenção e/ou mitigação Atributos e responsabilidades Profissional (cargo de Diretor ou superior) com profundo conhecimento sobre o assunto sendo mensurado e avaliado Além de auxiliar na identificação dos melhores fatores de risco e indicadores chave de risco, possui a atribuição de coordenar as ações endereçadas como resposta aos riscos A figura do ‘proprietário do risco’ é fundamental para desenvolver os modelos que melhor capturem as exposições (impacto e probabilidade) 41 A comparação com empresas internacionais permitiu a adoção de práticas diferenciadas: certificação ISO-9001:2008 em Gestão de Riscos e Controles Internos Sobre Demonstrações Financeiras Ao final de 2010, a Diretoria de Gestão de Riscos, Controles Internos obteve a certificação ISO9001:2008 para os processos: • Gestão Corporativa de Riscos; • Avaliação dos Controles Internos Sobre Demonstrações Financeiras (SOX e CVM 480/2009) Ao final de 2011 houve a renovação da certificação 42 Agenda 1 2 3 4 5 6 43 A CPFL Energia Contextualização Construção do Modelo Ideal Componentes do Modelo de Gestão Corporativa de Riscos Interações com as Áreas de Controle Conclusões e Lições Aprendidas As áreas de controle e gestão de risco do Grupo CPFL integram um modelo de governança robusto que se retro-alimenta, com a clara definição de papéis e responsabilidades Inputs para outros processos Outputs do processo Gestão Corporativa de Riscos Compliance Auditoria Interna 44 Gestão Corporativa de Riscos Compliance Auditoria Interna 1. Identifica os riscos relevantes 2. Monitora os indicadores e ações > - > Risk Assessment como componente do Entity Level > Define extensão e profundidade dos testes > Plano Anual de Auditoria com base em riscos 1. Define o escopo da certificação 2. Testa os controles internos sobre as demonstrações financeiras 3. Disponibiliza resultados dos testes > Considera o estágio de maturidade dos controles na avaliação do risco > - > Alinha o cronograma da auditoria > Revisa a estratégia de testes dos processos > Considera a maturidade dos controles na avaliação do risco 1. Elabora o Plano Anual de > Considera o estágio de Auditoria com base em maturidade dos riscos controles na avaliação 2. Testa demais controles do risco dos processos 3. Disponibiliza os resultados dos testes > > Alinha o cronograma dos trabalhos de avaliação > Revê extensão e profundidade dos testes dos controles Agenda 1 2 3 4 5 6 45 A CPFL Energia Contextualização Construção do Modelo Ideal Componentes do Modelo de Gestão Corporativa de Riscos Interações com as Áreas de Controle Conclusões e Lições Aprendidas Além de proporcionar um olhar crítico e visão independente das atividades e gestão das áreas, a avaliação de risco resulta na melhoria de processos e controles Risco Tipo de melhoria Efeitos práticos Comercialização de Energia Maior Controle – Estabelecimento de limites de operação e risco Operações realizadas de acordo com diretrizes de preço e quantidade definidas semanalmente pelo Comitê Técnico e validadas pelo Presidente do Negócio Operações de compra e venda balizadas por avaliações de risco Alcançado determinado valor em risco as operações de compra e venda são levadas para aprovação do Conselho de Administração Melhoria no processo – Conversão de MWmédio para impacto financeiro Visão por negócio da exposição ao risco com impacto nos indicadores financeiros Maior Controle – gestão dos covenants Visão probabilística da quebra dos covenants (análise estocástica) Custo estimado de eventual renegociação de limite para os covenants Melhoria no processo – Apuração dos covenants Transferência de medição dos covenants para a CPFL Energia (Holding) Renegociação dos covenants financeiros, refletindo ativos e passivos regulatórios no IFRS Melhoria no processo – Indicadores para gestão dos Autos de Infração Padronização das normas fiscais entre as empresas do grupo Consolidação de informações relativas a autos de infração em esfera administrativa viabilizando acompanhamento e apuração de indicadores de risco Prospecção de ferramentas auxiliares (B.I. Fiscal) Divulgação de informações consolidadas relativas ao planejamento tributário Aceleração da Dívida Fiscal 46 Lições aprendidas ao longo do desenvolvimento de uma estrutura de controles internos e gestão de riscos 47 1. Fundamental o patrocínio da direção da empresa 2. Comunicação clara entre os diversos organismos de monitoramento e governança 3. Equipes próprias treinadas e capacitadas 4. É necessária a quebra da visão de silos na busca por um modelo integrado; 5. Podem existir diferentes modelos, enfoques, metodologias e estruturas 6. Desafio na disseminação da gestão de riscos fora do ambiente de negócios de empresas financeiras, principalmente em função da sedimentação de conceitos (Risco = Incerteza) e expectativas 7. Deve apoiar e contribuir com o Plano Estratégico Empresarial, na preservação e criação de valor (Foco) Obrigado Wilson Ferreira Jr. Fone: 55 (19) 3756-8700 [email protected] 48