EUROPEAN JOURNAL OF CARDIO-THORACIC SURGERY 24 (2003) 133–138
A COMPREHENSIVE ANALYSIS OF TRAUMATIC RIB
FRACTURES:
MORBIDITY, MORTALITY AND MANAGEMENT
MEHMET SIRMALI*, HASAN TÜRÜT, SALIH TOPÇU, ERKMEN GÜLHAN, ÜLKÜ YAZICI, SADI
KAYA, IRFAN TAS¸TEPE
Ddo. Rodolfo Alves
Introdução

Trauma torácico
 10-15%
dos traumas e 25% das causas de morte
 70% contusos

Fratura de costelas
 4ª-9ª
(mais comuns)
 1ª-2ª (maior gravidade)
 9ª-12ª (lacerações esplênica, hepática e renal)
Objetivos

Curso clínico, estratégias de tratamento e os fatores
de
risco
que
têm
impacto
sobre
a
morbimortalidade das fraturas de costelas
Material e métodos


1417 casos de trauma torácico (maio de 1999 e
maio de 2001)
548 casos (38,7%) fratura de costela
 Nº
costelas fraturadas (1 – 2/ 3 – 5/≥ 6)
 Idade (≤12/13-17/18-59/≥60)
 Tórax instável
 Gênero, etiologia do trauma, complicações pulmonares,
lesões associadas e formas de tratamento
Material e métodos

Pacientes instáveis
 Manejados

inicialmente em UTI
Pacientes estáveis
 História,
exame físico e radiografia de tórax e
estratificação conforme gravidade da lesão (ISS)
 UTI (> 18 e/ou insuficiência respiratória e/ou tórax
instável, fratura de esterno e/ou lesão cardíaca ou de
grandes vasos)
 Enfermaria (9-18)
 Ambulatório (<8)
Injury Severity Score (ISS)





Considera as lesões provocadas nos vários
segmentos do corpo
A gravidade das lesões é determinada através do
exame físico, testes radiológicos, cirurgia e autópsia
O grau de gravidade em cada região varia entre
1-6
Eleva-se ao quadrado a pior lesão dos três
segmentos corporais mais acometidos.
ISS > 16 define trauma grave
Resultados




548 casos (38,7%) fratura de costela
331 casos (60,4%) sexo masculino
Média de idade de 43 anos (5 e 78 anos)
604 casos (42,6%) atendidos inicialmente no
serviço do estudo (cirurgião torácico na sala de
emergência)
Resultados

Principais causas de trauma torácico
 Acidente
de trânsito (60,2%), sendo que 72,4% destes
casos estavam no veículo
 Queda (22,3%)
 Agressões (9,8%)
 Acidentes de trabalho (7,7%)
Resultados

40,1% dos pacientes foram tratados em UTI (ISS 19)
 11,8
± 6,2 dias
 68,3% idosos
 88,6% com > 6 costelas fraturadas
 14 (IM), 41 (TS), 17 (FA) e 1 (FV)

42,8% tratados na enfermaria (ISS 9-18)
 4,5

± 3,4 dias.
17,1% manejo ambulatorial (ISS < 9)
Resultados

13,1% dos casos tinham fraturas de costelas
isoladas na admissão
 43
casos (1 - 2 arcos)
 29 casos (3 - 5 arcos)

48 horas da admissão, 7 pacientes desenvolveram
hemotórax e 4 desenvolveram pneumotórax
5
dos 7 hemotórax tinham 3-5 costelas fraturadas
 3 dos 4 pneumotórax tinham 3-5 costelas fraturadas
Resultados
Resultados

396 casos (72,3%) tiveram pneumotórax, hemotórax ou
hemo-pneumotórax com necessidade de drenagem
pleural

27 submetidos a tratamento cirúrgico
Laceração parenquimatosa
 Hemorragia persistente
 Decorticação


32 casos (5,8%) tiveram tórax instável
Todos seguidos em UTI
 12 casos com necessidade de fixação externa
 11 casos com insuficiência respiratória e necessidade de VPI

Resultados


Mortalidade geral de 5,7% (31 casos)
Mortalidade devido a complicações pulmonares de
3,3% (18 casos)
 72,2%
idosos
 88% > 6 costelas fraturadas
Discussão



Estudos mostram uma incidência de fraturas de costelas
de 7 a 40% (38,7%)
O tratamento e seguimento das fraturas de costelas é
critico devido à alta incidência e sérias complicações
associadas
Em um estudo em crianças:
Mortalidade com múltiplas fraturas de costelas foi 20x
maior
 Mais da metade das crianças tiveram apenas 1 ou 2
costelas fraturadas, no entanto, as complicações pulmonares
foram elevadas

Discussão

Incidência de fraturas de costelas isoladas (6-12%)
 11
dos 72 casos (15%): complicações secundárias
pulmonares dentro de 48h da admissão no hospital;
 Todos com ≥ 3 costelas fraturadas = HOPITALIZAÇÃO
Discussão

Associação entre número de costelas fraturadas e a
taxa de complicações pulmonares.
< 2 fraturas: 16,4%
 3 – 5 fraturas: 33,6 %
 > 6 fraturas: 52,7%


O tórax instável provoca uma ventilação ineficaz e
diminuição da capacidade vital:
Insuficiência respiratória
 Idosos: pequenos traumas
 Crianças: apenas 1% dos traumas sérios
 Mortalidade: 11-40 % (18,7% neste estudo)

Discussão

Algumas publicações:
 Fixação
operatória diminui
morbimortalidade
 Não é amplamente aceito

a
taxa
de
O estudo sugere apenas nos casos de toracotomia
por outros motivos
 Outros
casos: fixação mecânica com ventilação com
pressão positiva intermitente

Menos de 5% dos pacientes com trauma torácico
contuso necessitam de toracotomia
Discussão

Lesões em outros sistemas afetam negativamente a
evolução e a mortalidade dos pacientes
 Sistema

nervoso central
Dor afeta negativamente as funções pulmonares e
aumenta a morbidade
 Analgesia
epidural é superior a analgesia controlada
pelo paciente e à infusão de narcóticos por via
intravenosa.
Discussão

Taxa de mortalidade em pacientes com fratura de
costelas varia entre 8 e 12%
 Geralmente
nas primeiras 24 h do trauma
 Mortalidade “real” deve ser maior (muitos óbitos antes
de chegar ao hospital)
 Trauma menos grave pode ser fatal no idoso (67,7%
dos óbitos em idosos nesse estudo)
≥
6 costelas fraturadas (86,3% dos óbitos)
Conclusões







Fraturas de costelas são indicadores de trauma grave
Morbimortalidade aumenta com o número de fraturas
Enfatiza-se a necessidade do ISS para avaliar a gravidade
do trauma e também para decidir sobre o protocolo de
tratamento
Manejo da dor é critico para prevenir insuficiência
respiratória
O número de fraturas de costelas isoladamente em crianças
pode ser um fator confundidor na determinação da
gravidade do trauma;
3 ou mais costelas fraturas isoladamente são um início de
necessidade de internamento hospitalização;
Grupo de maior risco: idodos com ≥ 6 fraturas de costelas
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Fratura de Costelas