Murray Singer
Questão central relativa
às Inferências
INFERÊNCIAS ELABORATIVAS
A - Elaborações de base textual
 O papel da associações relevantes
Os habitantes da cidade ficaram espantados ao
descobrir que todos os prédios desabaram .......
Mint - decisão lexical
Associadas relevantes (dinheiro)
Associadas irrelevantes (doce)
 Inferências relevantes (terremoto)
As inferências concernentes
acompanham a compreensão.
ao
traços
implícitos
INFERÊNCIAS ELABORATIVAS
A - Elaborações de base textual
 Instanciação das categorias
 Júlia se convenceu de que a primavera estava se
aproximando quando ela viu um belo pássaro de peito
vermelho no jardim.
Júlia se convenceu de que a primavera estava se
aproximando quando ela viu um belo robin de peito
vermelho no jardim.
Geral: pássaro Específico: Robin
 Robin ciscou o chão.
INFERÊNCIAS ELABORATIVAS
B - Inferências elaborativas em representação de
nível superior
• As macroproposições sãos derivadas das microestruturas por
meio dos processo de generalização e construção.
Ex: Pete posicionou a tachinha na cadeira.
MACROPROPOSIÇÃO: Pete pregou uma peça.
• As macroelaborações acompanham a compreensão
“Bridging/Backwards Inferences”
•São inferências necessárias à compreensão sendo consideradas
mais automáticas.
•A finalidade destas inferências é a de manter ou construir a
coerência (significado) fornecendo informações que conectam as
informações do texto.
•São elaboradas pelo leitor tomando por base as informações que
antecedem a informação que está sendo lida no momento, ou seja,
devem servir de suporte/conexão para a compreensão da informação
posterior.
Exemplo:
Nós retiramos as coisas do “picnic” para fora do carro.
A cerveja estava quente.
Inferência: A cerveja faz parte das coisas do piquenique.
 Atuam como ligação entre proposições presentes no texto e
proposições que as precedem preenchendo “gaps” ou brechas textuais.
Evidência – Conhecimento prévio - inferência
 Se o texto não fornece informações suficientes para a compreensão da
leitura, o leitor deve inferir eventos que não estão explícitos no texto
para sua necessária compreensão estabelecendo assim a coerência
textual.
Mas atenção!
 Ao elaborar uma inferência para a construção da coerência do texto o
leitor não está realizando uma inferência elaborativa, pois estas são
indispensáveis a compreensão.
Exemplos:
a)O dentista retirou o dente sem dor. O paciente gostou do novo método.
(informação explícita de que o dentista retirou o dente, sendo
assim não é necessária a inferência.)
b) O dente foi retirado sem dor. (Quem retirou?)
O dentista utilizou um novo método.
Inferência conectiva: O dente foi retirado pelo dentista.
c) O dente foi retirado sem dor. O paciente gostou do novo método.
Inferência elaborativa: Aqui podemos fazer inferências elaborativas
sobre o dentista, mas a coerência (compreensão) não depende destas
inferências.
Causalidade de inferências conectivas
 As relações de causalidade são fundamentais para a
narrativa;
 Propõe-se realizar um estudo de como as inferências
causais acontecem;
 Causas físicas e Causas motivacionais.
A - Representação das redes causais
 O modelo de representação organiza as categorias das
narrativas de ambiente, evento, objetivo, tentativas,
resultados e reações.
 Uma tentativa pode causar um resultado.
 Um objetivo pode motivar outro objetivo.
A - Representação das redes causais
A - Representação das redes causais
 Para avaliar as causas é preciso ter vários critérios. De
ordem psicológica, física e motivacionais;
 Tom não viu a casca de banana. Ele caiu no chão.
 Não ver a casca é uma causa provável para Tom cair se
for suficiente e, especialmente, "necessariamente dentro
das circunstâncias" para esse resultado.
B - Processos Causais de Inferência
 Para estabelecer a relação de causalidade é preciso que
o leitor faça uso de sua memória de trabalho. Por meio
dela é possível criar conexões entre frases.
 Porém, há um limite para que sejam percebidas as
relações de causalidade.
B - Processos Causais de Inferência
 Don estava prestes a começar o plantão noturno (all
night=noite inteira) no hospital.
a-Ele checou a lista de pacientes.
b-Ele havia checado a lista de pacientes.
C - Estudos empíricos de Conectivas Causais
 Examina evidências relevantes derivadas de uma
variedade de medidas on-line e de memória.
1 - Tempo de leitura
A relação entre as causas e os resultados foram
identificadas por gradações: alta, moderada e baixa.
C - Estudos empíricos de Conectivas Causais
 Alto
a) O amigo de Tony, de repente, empurrou-o para uma
lagoa.
b) Ele voltou para casa, todo molhado, para mudar de
roupa.
C - Estudos empíricos de Conectivas Causais
 Moderado
a) Tony se encontrou com seu amigo perto de um lago no
parque.
b) Ele voltou para casa, todo molhado, para mudar de
roupa.
C - Estudos empíricos de Conecções Causais
 Baixo
a) Tony sentou sob uma árvore para ler um livro.
b) Ele voltou para casa, todo molhado, para mudar de
roupa.
C - Estudos empíricos de Conectivas Causais
2 - Tempo de inferência e julgamento
 As questões de inferências conectivas eram lidas mais
rapidamente do que as inferências elaborativas.
 O espião rapidamente lançou o seu relatório no fogo. As
cinzas flutuaram para cima da chaminé..
C - Estudos empíricos de Conecções Causais
3 - Pistas de recordação
 A ligação entre pares de sentenças (frases), até mesmo
altamente relacionadas, frequentemente dependem de
outras ideias mediadoras de conhecimento.
C - Estudos empíricos de Conecções Causais
3 - Pistas de recordação
 O menino abaixou as chamas e caminhou até a
geladeira, colidindo com uma tigela que tinha deixado
sobre a mesa. (causal – colisão)
 O menino abaixou as chamas e caminhou até a
geladeira, vendo uma tigela que tinha deixado sobre a
mesa. (temporal - vendo)
C - Estudos empíricos de Conecções Causais
4 – Validando Conectivos Causais
 Teóricos de Inferência concordam que a pragmática de
inferências-conectivas são baseadas no conhecimento
dos leitores.
D - Conectivos próximos e causas distantes
Hipótese 1: Leitores inferem conecções causais apenas
entre as idéias que estão próximas em um discurso.
 Hipótese 2: Leitores inferem conecções causais
predominantemente com base em idéias próximas em um
mesmo discurso.
 Hipótese 3: Leitores inferem conecções causais
baseadas em idéias de discurso próximos. Mesmo em
condições de coerência local, no entanto, certas
conexões causais distantes são feitas.
D - Conectivos próximos e causas distantes
1 - Tempo de Leitura
 Em particular, quanto maior a distância, maior o tempo de
leitura.
2 – Tempo de inferência e julgamento
 O tempo de julgamento é mais rápido quando o objetivo
definido é seguido de uma tentativa fracassada.
D - Conectivos próximos e causas distantes
a) Betty queria dar um presente para a sua mãe.
b1) Betty comprou uma bolsa (tentativa bem sucedida).
b2) Betty descobriu que tudo era muito caro (tentativa
fracassada).
D - Conectivos próximos e causas distantes
3 - Preparação
 O resultado é mais rápido quando ele foi preparado pela
meta(objetivo) distante do que pelo título da história.
4 – Validando Conectivos Causais
 O Tempo de resposta é mais rápido para a condição A do
que para a B. Este resultado sugere que tentativas de
narrativa são conectadas com metas(objetivos)
moderadamente distantes.
D - Conectivos próximos e causas distantes
a) Laurie saiu mais cedo para a festa de aniversário.
(motivo)
b) Laurie deixou a festa de aniversário antecipadamente.
 Ela seguiu para o norte da estrada.
 Ela saiu no Antelop Drive.
 Ela fez uma hora de compras no shopping.
 As pessoas levam presentes para festas de aniversário?
Conclusões
 As conexões são realizadas durante a leitura para
conseguir estabelecer a coerência e, com isso,
compreender a mensagem.
 É possível fazer conexões entre idéias distantes em um
mesmo discurso.
 A controvérsia é se as conexões causais distantes são
encontradas quando há coerência local.
Factors that affect Inference Processes
Fatores que afetam os processos de
Inferência
Parte A
Fatores discursivos:
Tema
Distância
“Affordance” (gênero e forma)
“Interestingness”
Theme and Inference (pág.498)
A) The Spring Episode was the first revolution in Morinthia.
B) All Morinthian revolutions were failures.
C) The Spring Episode was a failure.
*Considerando os julgamentos das inferências
realizadas as pessoas foram mais precisas nas
inferências derivadas de inferências temáticas.
Outro fator que também contribuiu foi a frequência. Ideias mencionadas mais
frequentemente tem maior inter-conectividade no discurso e facilita a compreensão.
Ideias que tem uma consequência, também são mais precisas .(exs.)
Os resultados dos experimentos mostraram que as pessoas julgam melhor as
implicações em um discurso que tem ideias de consequências importantes.
Também a leitura de frases é mais rápida, nesse caso (Goetz,1979) .
Frases com ideias temáticas são mais guardadas na memória funcional (Fletcher &
Bloom, 1988; Kintsch & Van Dijk,1978).
Distância
Nos estudos empíricos realizados,as frases “The Spring
Episode was the first revolution in Morinthia” and “All
Morinthian revolutions were failures” foram
apresentadas em um mesmo texto (condição próxima)
e em dois textos diferentes (condição longe) . Assim a
dedução de que “The Spring Episode was a failure”,foi
verificada com maior precisão na vez que as frases
vieram em um mesmo texto (Walker & Meyer,1980).
Affordance (design/forma)
O gênero e a forma de um discurso pode promover o processamento do texto. Por
exemplo, narrativas, como contos de fada, podem facilitar ao leitor a compreensão e
detectar as interrelações entre as ideias discursivas, e um texto expositivo vai
favorecer o foco em ideias individuais
( Einstein, McDaniel, Owen & Cote ,1990).
Interestingness
“...has not received much experimental testing...”
Mas o que pode aumentar a precisão, rapidez e compreensão
são:
Tópicos emocionais: poder,sexo,dinheiro e morte.
(Schank,1979).
Relevância pessoal e familiaridade para o leitor. (Kintsch, 1980) .
Acontecimentos inesperados e atípicos. (Graesser, Gordon &
Sawyer, 1979; Nezworski, Stein & Trabasso, 1982).
Tempo de leitura
Lê-se
mais
rápido
sentenças
relacionadas por inferências de ponte
causalmente do que as relacionadas
temporalmente.
Confusão entre quantidade de
repetições e o grau de associação
semântica;
“contaminação” por leituras anteriores;
Tempo de leitura mais longo pode
refletir dificuldade de processamento
ao invés de computação de uma
inferência;
Monitoramento dos
olhos
Medição on-line do tempo e posição de
leitura.
Fixação de olhos indica se o leitor
regressivamente procura no texto por
informações as quais o alvo deva ser
ligado inferencialmente.
A interpretação dos dados parte do
pressuposto de que cada palavra é
totalmente processada assim que é fixada
e é mantida enquanto o leitor continua
processando-a.
Inferências de ponte, que, por
Identificar conexões entre ideias,
preservam a coerência textual;
 Quais pontes o pesquisado pode
detectar;
Identificar
características
da
mensagem e do pesquisado que
guiam a computação da inferência.
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inferencias_10-05-2011_bruno_curso_carla - cursocarla-2011-1