Inês Vilarinho Tiago Braz Teresa Parracho Vanessa Olival nº 57204 nº 54064 nº 52632 nº 52604 Lisboa, 22 de Fevereiro 2010 1 • Produção de cumeno a partir da alquilação do benzeno com propileno; C6H6 + C3H6 C6H5[CH(CH3)2] • Utilizado essencialmente na produção de fenol e do coproduto acetona; • O mercado do cumeno é condicionado pelo consumo de fenol. 2 Situação Actual Disponibilidade de matérias-primas; Existência de mercado Europeu; Encontra-se em fase de maturação; Situação Futura Poderá tender para uma fase de declínio; Encontra-se em desenvolvimento uma forma de produção de fenol directamente a partir de benzeno; 3 • Apesar das ameaças considerou-se viável a implementação de uma unidade de produção de cumeno; Localização: - Fornecimento de matérias-primas; - Consumo do produto; - União Europeia (livre circulação de capitais). SINES 4 Fornecimento de matérias-primas: - Benzeno (Antuérpia); - Propileno (Repsol, Sines). Capacidade: - Mercado do produto; - Fase do produto (maturação); - Análises das capacidades já implementadas. 200 Kton/ano 5 Quatro processos de produção: - Polimeri; - Exxon Mobil; - CdTech; - UOP (Q-Max®). Escolha do processo de produção: - Número de unidades implementadas; - Características do zeólito; - Características do processo. Processo da UOP 6 Zona de Reacção Zona de Separação 7 Reacção de alquilação: C6H6 + C3H6 C6H5[CH(CH3)2] Reacções de transalquilação: C6H4[CH(CH3)2]2 + C6H6 C6H3[CH(CH3)2]3 + C6H6 2 C6H5[CH(CH3)2] C6H4[CH(CH3)2]2 + C6H5[CH(CH3)2] Ocorrem reacções secundárias, nos alquiladores, que produzem DIPB, TIPB, hexeno, cimeno, xileno e DMC. 8 • Reactor R-201: Constituído por um transalquilador e dois alquiladores; Reactor R-202: Constituído por quatro alquiladores; Transalquilador: Conversão dos PIPB em cumeno por reacção com o benzeno; Alquiladores: Alquilação do benzeno com propileno, para produzir cumeno; 9 • Coluna CD-301 Separação do propano dos restantes constituintes; A corrente do topo entra no SGL-301 onde há separação da fase líquida orgânica da fase aquosa e da fase gasosa. • Coluna CD-302 Separação do benzeno; • Coluna CD-303 Separação do cumeno; • Coluna CD-304 Separação do cumeno e recuperação dos DIPB e TIPB; Opera a vácuo de 0,5 atm. 10 Objectivo: Produção de 200 Kton/ano de cumeno dentro das especificações e uma actividade anual da fábrica de 333 dias. Pureza: 99,94% (mínimo) Índice de Bromo < 5 Etilbenzeno < 100 ppm N-propilbenzeno < 200 ppm Butilbenzeno < 100 ppm Dados Transalquilador Alquilador Reagente limitante DIPB Propileno Proporção reagente limitante/Benzeno 1:2 1:8 Conversão (%) 100 100 11 Selectividades do propileno nas reacções de alquilação: Cumeno: 88,3% DIPB: 11% Outros: 0,7% Balanços de massa: efectuados no Aspen Plus 2006.5. Balanços Entálpicos: - Temperatura de referência: 25 ºC; - Pressão: 1 atm; - Estado de Agregação: compostos no estado líquido; 12 Dimensionamento dos reactores R-201 e R-202: - Reactores tubulares catalíticos de leito fixo; - Catalisador QZ-2001® ; - Suporte de esferas cerâmicas; - Dispersores; - Pratos perfurados; - Colector de mistura; - Tubagens de descarga do catalisador. R-201 R-202 13 Condições Operatórias: P (bar) T (ºC) WHSV (h-1) Tempo contacto (h) Transalquilador Alquiladores 32 135 7,3 0,14 29 127 4 0,25 14 Catalisador: - Esferas com 2 mm de diâmetro; - Densidade a granel (Kg/m3): 645; Dimensionamento do reactor Cálculo do volume de leito catalítico: WHSV (h 1 ) Caudal( Kg / h) Mass Cat( Kg ) V leito Cat Massa Cat granel Cat Massa de catalisador Volume do leito catalítico 15 D2 V L 4 L, D Delta P Determinação das perdas de carga: Método de Carman: u Re' a(1 ) f 5 0,4 Re' Re' 0,1 P f .a. (1 ) 3 L. .u 2 Re’: Reynolds modificado f: factor de atrito ρ: densidade da mistura reaccional ε : porosidade do leito a: área específica L: altura do leito u: velocidade da mistura reaccional μ: viscosidade da mistura reaccional 16 Valores obtidos no dimensionamento: M catalisador/leito (Kg) V leito catalisador (m3) L leito (m) Δ P (Pa) Transalquilador 329 0,5 0,5 5229 Alquiladores 382 0,6 0,6 11907 D (m) L Total (m) R-201 1,4 5,2 R-202 1,4 5 17 Objectivos: - Manter as variáveis do processo dentro dos limites de segurança dos equipamentos; - Maximizar o volume de produção e a qualidade do produto. Nomenclatura do equipamento de controlo: Equipamento Local Válvula pneumática automática Válvula manual Equipamento presente na sala de controlo Linha de sinal eléctrico Válvula de corte Linha pneumática 18 Variáveis a controlar: - Caudal de alimentação - Pressão no topo da coluna; - Diferencial de pressão ao longo da coluna; - Temperatura no topo e base da coluna; - Nível de líquido na coluna; - Controlo de nível no SGL; - Nível no reebulidor. 19 Objectivos: - Minimizar o custo de construção e futuras expansões da fábrica; - Proporcionar um fluxo económico de materiais e pessoas; - Facilitar a manutenção e o funcionamento da unidade; - Minimizar a ocorrência de acidentes; - Respeitar as distâncias exigidas face ao processo em estudo; 20 Distâncias típicas de segurança Área do Processo - Entre zonas processuais: 15 m - Entre equipamento principal: 10 m - Entre permutadores adjacentes: 1 m Áreas de armazenagem: - Entre tanques: 20 m - Distância da área de processo: 30 m 21 22 Electricidade: -Indispensável no controlo e no fornecimento de energia a bombas, ventilador. Vapor de água: - Proveniente da rede; - Aquecimento de permutadores de calor e reebulidores. Água de arrefecimento: -Arrefecimento de permutadores de calor e condensadores. Ar comprimido: - Utilizado nos controladores pneumáticos. 23 Estimativa do Investimento Total Custos directos: Capital fixo corpóreo Equipamento base, utilidades, instrumentação e controlo, custo do terreno, edifícios. Custos indirectos: Capital fixo incorpóreo Projecto e fiscalização, despesas de empreitada, provisão para imprevistos. Capital circulante: Capital necessário para garantir o funcionamento da instalação Custos das matérias-primas, dos produtos em laboração, stocks. Juros intercalares: Juros a pagar do crédito obtido do banco durante a fase de implementação e arranque da fábrica. 24 Custo do equipamento base Equipamento Base Quantidade Custo (m€ 2009) Condensador 4 103 Permutador Reebulidor Bomba 8 4 14 42 127 29 Torre de arrefecimento 1 636 Reactor 2 19 Coluna de destilação 4 774 Tanque 14 1921 Separador gás-liq 1 3 Ejector 1 25 Total 3679 25 Capital Fixo Corpóreo Valor (M€ 2009) Equipamento Base 3,7 Equipamento Base Montagem total 1,3 Montagem total Condutas Utilidades e serviços Aparelhagem e instrumentação Instalações eléctricas Terreno Edifícios Isolamentos térmicos Preparação do terreno 2,4 Parcelas dos custos directos: 3% 13% Condutas 29% 3% 3% Utilidades e serviços Aparelhagem e instrumentação 9% 10% 11% 19% Instalaçoes electricas Terreno Edificios Isolamentos térmicos Total 1,5 1,1 0,4 0,5 1,7 0,4 0,05 13 26 Parcelas dos custos indirectos: Parcelas dos custos indirectos % Custos Custo (M€ 2009) Projecto e fiscalização 15% Custos directos 1,93 Despesas de empreitada 15% Custos directos 1,93 Provisão para imprevistos 10% Custos fixos 1,92 Total 5,8 Investimento Fixo: 18,6 M€ 27 -Método dos factores “Lang”: IF = 4,74 x CEB - Método dos factores de “Lang” melhorado: IF = ∑ Ki x Ci - Método dos factores de “Cran”: IF = 3,45 x CEB - Regra de “Williams”: If I fl Q QL 0, 7 Método de “Lang” Método de “Lang” melhorado Método de “Cran” Regra de 1º caso “Williams” 2º caso Valor (M €2009) 17,4 14,4 12,7 20,3 14,3 % Desvio 6,5 22,5 31,9 8,7 23,2 28 Capital Circulante - Reserva de matérias primas: Preço do benzeno e propileno, 1 mês de stock - Stock de produtos fabricados: Preço de produção do produto, 1 mês - Condições de crédito oferecidas: Preço de venda do produto, 1 mês - Condições de crédito obtidas: Custo de fabrico, 1 mês - Fundo de maneio: 7,5% das parcelas anteriores do capital circulante 29 Capital Circulante Capital circulante Reserva de matérias-primas Quantitativo de produtos em laboração Stock de produtos fabricados Condições de crédito oferecidas Condições de crédito obtidas Fundo de maneio Valor (m€ 2009) 1788 Total 11218 54 2169 10467 -4813 1553 30 Juros Intercalares Capital Fixo -Capital alheio: 65% do Investimento Total - Capital próprio: 35% do Investimento Total - Taxa de juro: Euribor a 12 meses 1% Parcelas Valor (M€ 2009) Corpóreo (custos directos) 12,9 Incorpóreo (custos indirectos) 5,8 Total Capital circulante Juros durante a fase de investimento 18,6 11,2 Investimento Total 30,6 0,2 31 Custos de produção Directos Indirectos Fixos Despesas Gerais Matérias-primas Catalisador Mão-de-obra de fabrico e supervisão Manutenção, patentes e royalties Utilidades e fornecimentos diversos Laboratório de controlo Serviços sociais Serviços técnicos Amortizações Seguros Impostos locais Custos administrativos Custos comerciais I&D Encargos financeiros 32 Distribuição dos custos de produção 24% 2% 5% 69% Custos directos Custos indirectos Custos Fixos Despesas gerais 33 Análise do ponto crítico de capacidade Valor mínimo de capacidade a partir do qual o projecto se torna lucrativo Q C fixos P V Q – Ponto crítico em capacidade C fixos – Custos fixos P – Preço unitário de venda V – Custo variável unitário Custos fixos 37,5 M€/ano Custo variável unitário 181 €/ton Preço unitário de venda do cumeno 628 €/ton 34 Custos (Milhões de euros) 140 120 100 80 60 40 Receita 20 Custos totais 0 0 50 100 150 Capacidade (Kton) 200 Q=85 Kton/ano < Produção anual de 200 Kton/ano Processo viável, boa margem de segurança 35 Análise de rentabilidade - Contraposição do investimento com os benefícios obtidos durante o período de vida útil do projecto; - Tem que assegurar a remuneração do investimento, cobrir os juros e remunerar os intervenientes; - Permite avaliar se o projecto é rentável. Calcula-se: - Conta de exploração previsional: Sistematização dos proveitos e custos anuais; - Cash-Flow de exploração: Diferença entre receitas e despesas associadas a um projecto; - Orçamento de tesouraria: Evidencia as necessidades de liquidez a curto prazo. 36 Critérios de Rentabilidade Valor Líquido Actual (VLA) - Somatório dos cash-flow anuais actualizados a uma taxa de 4%, e deduzidos no montante actualizado à mesma taxa dos investimentos; - Maior VLA Investimento mais favorável VLA 37 Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) - Utilizada quando se desconhecem as condições específicas de financiamento relativamente a juros; - O projecto será tanto mais justificável quanto mais elevada for a TIR; CFk I k 0 k k 0 (1 TIR) n VLA TIR =91% Investimento favorável 38 Período de Recuperação de Capital (PRC) -Tem em conta o factor tempo; -Período após o qual se recupera o investimento. t t CFk Ik PRC k k ( 1 i ) ( 1 i ) k 0 k 0 PRC= 3 anos 39 Rácios de Rentabilidade -Traduzem de uma forma geral a relação lucros/capital; - Utilizados na pré-selecção de projectos de investimento; -RCP (rentabilidade do capital próprio) – Resultado líquido/Capital próprio -ROI (Rentabilidade do investimento) – Resultado líquido/Investimento total -RV (Rentabilidade das vendas) – Resultado líquido/Valor das vendas -ER (Rotação do capital próprio) – Valor das vendas/Capital próprio RPC 3,50 ROI 1,23 RV 0,61 ER 5,71 40 Análises de sensibilidade Preço das matérias-primas Custo de produção (M€/ano) VAL (M€/ano) TIR 173 77,0 259 85% 91 144 72,7 285 91% 73 115 68,3 312 100% Variação Custo do Benzeno (€/ano) Custo do Propileno (€/ano) 20% 109 0% -20% Preço do produto principal Variação Custo do cumeno (€/ano) Custo de produção (M€/ano) VAL (M€/ano) TIR 10% 691 72,7 361 114% 0% 628 72,7 285 91% -10% 565 72,3 214 76% 41 Preço do equipamento base Variação Custo do EB (M€/ano) Custo de produção (M€/ano) VAL (M€/ano) TIR 20% 4,4 73,4 278 83% 0% 3,7 72,7 285 91% -20% 2,9 71,9 293 103% Preço da mão-de-obra Variação Custo da mão-de-obra (M€/ano) Custo de produção (M€/ano) VAL (M€/ano) TIR 20% 25,7 74,6 275 89% 0% 21,5 72,7 285 91% -20% 17,2 70,8 297 95% 42 Parâmetros analisados por ordem de importância + Preço do produto principal Preço do equipamento base Preço das matérias-primas - Preço da mão-de-obra 43 Conclusões - O projecto é economicamente rentável; - Recuperação do investimento no terceiro ano; - O projecto é essencialmente influenciado pelo preço do produto e do equipamento base; - A rentabilidade é suficientemente elevada para cobrir os capitais próprios e alheios. 44