CURSO DE PÓS-LICENCIATURA
EM ENFERMAGEM DE
REABILITAÇÃO
Padrão Espástico / Anti-Espástico
Exercícios Terapêuticos no leito
Espasticidade
• Alteração motora caracterizada por hipertononia e hiperreflexia, secundárias a um aumento da resposta do reflexo
de estiramento
• Disturbio motor mais frequente e incapacitante observado
nos indivíduos com lesão do SNC
• Aparece em diferentes doenças:
paralisia cerebral
Lesão medular
Lesão encefálica
Traumáticas
Tumorais
Vasculares
Infecciosas
Degenerativas
Avaliação da Espasticidade
Escala modificada de Ashworth
 Escala ordinal que varia de 0 a 4
 Amplamente utilizada
 Confiável
 reprodutibilidade interobservador
Executa-se a mobilização passiva da extremidade
avaliando o momento da amplitude articular em que
surge a resistência ao movimento
Avaliação da Espasticidade
Escala modificada de Ashworth
0
Nenhum aumento do tônus muscular
1
Leve aumento do tônus muscular, manifestado
por tenção momentânea ou por resistência
mínima, no final da amplitude de movimento
articular (ADM), quando a região é movida em
flexão ou extenção
1+
Leve aumento do tônus muscular, manifestado
por tensão abrupta, seguida de resistência
mínima em menos de metade da ADM restante
2
Aumento mais marcante do tônus muscular,
durante a maior parte da ADM, mas a região é
movida facilmente
3
Considerável aumento do tônus muscular, o
movimento passivo é difícil
4
Parte afectada rígida em flexão ou extensão
Padrão Espástico/ Anti-Espástico
Objectivo:

Reeducar todos os padrões normais de
movimento voluntário do lado afectado, através
do posicionamento em padrão anti-espástico e
de outros exercícios.
Padrão Espástico:
Padrão Anti-Espástico:
1. Inclinação lateral da cabeça
para o lado afectado, com
rotação para o lado são;
1. Manter o alinhamento
cabeça com o corpo;
da
2. Retracção da omoplata, com
depressão do ombro;
2. Protração da omoplata;
3. Inclinação lateral do tronco
para o lado afectado;
3. Alongamento do tronco do
lado afectado;
4. Rotação interna e adução da
articulação escápulo-umeral;
4. Rotação externa e abdução da
articulação escápulo-umeral;
5. Flexão do cotovelo em
pronação;
5. Extensão do cotovelo em
supinação;
Padrão Espástico:
6. Flexão do punho e dedos em
adução;
7. Retracção da pélvis;
8. Rotação externa e extensão
do membro inferior;
9. Extensão do tornozelo com
inversão do pé e flexão
plantar.
Padrão Anti-Espástico:
6. Extensão do punho e dedos
em abdução;
7. Protração da pélvis;
8. Rotação interna e flexão do
membro inferior;
9. Flexão do tornozelo com
eversão e dorsiflexão do pé.
Padrão Anti-Espástico
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Manter o alinhamento da cabeça com
o corpo;
Protração da omoplata;
Alongamento do tronco do lado
afectado;
Rotação externa e abdução da
articulação escápulo-umeral;
Extensão do cotovelo em supinação;
Extensão do punho e dedos em
abdução;
Protração da pélvis;
Rotação interna e flexão do membro
inferior;
Flexão do tornozelo com eversão e
dorsiflexão do pé.
Padrão Anti-Espástico
• Deve ser mantido por toda a equipe 24h por dia
• Usado como influência inibidora nos neurónios
motores hiperactivos até que o mecanismo reflexo
postural ausente seja restabelecido.
Posicionamento em padrão anti-espástico
Lado afectado
Decúbito lateral sobre o lado afectado
Posicionamento em padrão anti-espástico
Decúbito dorsal
Posicionamento em padrão anti-espástico
Decúbito dorsal
Posição que produz a máxima espasticidade extensora.
Padrão anti-espástico:
■ Ombro protraído e em rotação externa mantido nessa posição por
um travesseiro
■ cotovelo e punho estendidos
■ Quadril em protração e rotação interna e joelho flectido, mantidos
por travesseiros sob o quadril e joelho.
Posicionamento em padrão anti-espástico
Lado são
Decúbito lateral sobre o lado são
POSIÇÃO DE REPOUSO
NO PADRÃO DE RECUPERAÇÃO
POSIÇÃO DE GANCHO
Deitado de costas, os joelhos flectidos e mantidos
firmemente juntos.
Travesseiro colocado por forma a manter a protração
dos ombros
 Evita a rotação externa dos quadris;
 Diminui o espasmo extensor do membro afectado.
POSIÇÃO DE REPOUSO
NO PADRÃO DE RECUPERAÇÃO
POSIÇÃO DE GANCHO
POSIÇÃO DE REPOUSO
NO PADRÃO DE RECUPERAÇÃO
Lado são por cima
 Pescoço alinhado e ligeiramente flectido;
 Mantém a rotação externa do ombro;
 Mantém um grau aceitável de abdução digital;
 Evita a rotação externa dos quadris;
 Diminui o espasmo extensor do membro afectado.
Exercícios Terapêuticos:
A PONTE
Elevação dos quadris do leito:
 Faz com que os músculos do tronco entrem em acção;
 Ajuda a restabelecer o movimento controlado e funcional do quadril;
 Tem um papel importante na preparação para a posição erecta,
sentado e marcha.
A PONTE
Permanecer em decúbito dorsal, com ambos os joelhos
flectidos, e elevar os quadris, equilibrando-se nesta posição.
Exercícios Terapêuticos
Preensões da mão usadas no padrão de recuperação
Aperto de mão
Usada nos estádios iniciais ao lidar
com o doente hemiplégico.
Em qualquer posição (de pé deitado ou
sentado), esta preensão pode ser
usada para manter o polegar para
cima, levando a mão de pronação para
supinação e mantendo o ombro em
rotação externa.
Aperto de mão com apoio
de punho
Exercícios Terapêuticos
Preensões da mão usadas no padrão de recuperação
Mantém os dedos no padrão de recuperação
total e é usado em muitos dos exercícios de
reabilitação do braço
Exercícios Terapêuticos
aplicação de pressão sobre a base da mão
• Recuperação total da mão e a extensão completa do
punho é adicionada como outra influência inibidora.
• O cotovelo é colocado em flexão e o peso é suportado
do cotovelo para a mão
• Deverá ser usada o mais cedo possível, por forma a
evitar a perda da extensão do punho
Exercícios Terapêuticos
Preensões da mão usadas no padrão de recuperação
Punho estendido e o polegar
abduzido.
O profissional estabiliza o cotovelo
em extensão com a mão que tem
livre
Exercícios Terapêuticos
ROLAR
Rolamento passivo
Rolamento activo-assistido
Para o lado são
Para o lado afectado
Exercícios Terapêuticos
ROLAR
Rotação do tronco para o lado afectado
Palmas das mãos juntas, dedos
entrelaçados e cotovelos em
extensão, o membro inferior
para o lado que se vai virar em
extensão e o outro em flexão
(ou ambos em flexão), iniciar o
movimento.
Exercícios Terapêuticos
ROLAR
Rotação do tronco para o lado são
É mais difícil de executar
porque o movimento é liderado
pelo lado afectado.
Exercícios Terapêuticos
OMBRO
A dor no ombro hemiplégico frequentemente complica e prolonga a
reabilitação.
Causas de dor:
 subluxação glenoumeral;
 espasticidade nos músculos do ombro;
 trauma dos tecidos moles,
 ruptura dos tendões da coifa dos rotadores
Na verdade todos esses mecanismos podem ser somados na produção do
ombro doloroso.
Exercícios Terapêuticos
OMBRO
Manuseamento correcto do
braço afectado, com apoio
proximal e distal.
Exercícios Terapêuticos
OMBRO
Manuseamento correcto do braço afectado, com apoio proximal e distal.
Exercícios Terapêuticos
QUADRIL
Rotação interna e externa dos quadris, com os joelhos flectidos
Exercícios Terapêuticos:
Rotação dos quadris
É importante para o controlo precoce da articulação do quadril.
Numa 2ª fase, executa-se o movimento apenas com o membro
inferior afectado em flexão.
Exercícios Terapêuticos
QUADRIL
Extensão total com flexão
do joelho.
A extensão total do quadril não deve ser perdida ou mais
tarde poderá ser impossível estabelecer a marcha
Suporte de peso com
contracção dos músculos
surais
Exercícios Terapêuticos
FACILITAÇÃO CRUZADA
Define-se como um exercício
do lado são do corpo, através
da linha mediana, para iniciar a
actividade bilateral.
Preparação para o levante;
Ajudar nas AVDs;
Inibir o espasmo extensor;
Iniciar o equilíbrio em lateral;
Ajudar a integrar o esquema
corporal
Exercícios Terapêuticos
ROTAÇÃO DO TRONCO
Rotação do tronco c/apoio
(carga) sobre o cotovelo
afectado
Aumentar o tónus extensor;
Preparar para a posição de sentado;
EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS
ROTAÇÃO DO TRONCO
Rotação do tronco – apoio no cotovelo afectado– sentar
Cruzamento do membro inferior são sobre o membro inferior afectado.
Exercícios Terapêuticos
ROTAÇÃO DO TRONCO
A execução da rotação do tronco é importante:




na recuperação dos movimentos voluntários do
tronco;
na consciencialização dos hemicorpos direito e
esquerdo;
no relaxamento do espasmo extensor,
para dar início aos movimentos activos do ombro e
do quadril.
Exercícios Terapêuticos
Posição das mãos com os dedos entrelaçados
Mão
afectada
Entrelaçar os dedos:
 Ajuda a tomar consciência da mão afectada como parte
integrante do seu corpo;
 Proporciona a extensão e abdução dos dedos;
 Tem um papel importante na extensão e supinação do
cotovelo e na rotação externa do ombro.
Exercícios Terapêuticos:
AUTOMOBILIZAÇÃO
Integrar o membro superior no esquema corporal
Ajudar a adquirir a sensação de espaço
Contrariar o padrão espástico
Dar ao doente a satisfação de fazer algo útil
Decúbito dorsal, com flexão dos
membros inferiores;
Erguer simultaneamente os dois
braços, palmas das mãos
juntas e dedos entrelaçados.
Exercícios Terapêuticos:
AUTOMOBILIZAÇÃO

Decúbito dorsal, com os
membros inferiores em
flexão;

Rotação do tronco de um
lado para o outro, com os
cotovelos em extensão,
palmas das mãos juntas e
dedos entrelaçados.
TREINO DO EQUILÍBRIO DO TRONCO
 Sentar na cama, com os
joelhos flectidos em ângulo
recto, mantendo os pés
apoiados firmemente no
chão/superfície dura.
TREINO DO EQUILÍBRIO DO TRONCO
 Sentado na cama, com os joelhos separados e flectidos,
mantendo os membros superiores apoiados no leito (fixando o
cotovelo afectado), transferimos o peso de quadril para quadril.
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