“Um semeador saiu a semear. E, semeando, parte da semente caiu ao
longo do caminho; os pássaros vieram e a comeram.
Outra parte caiu em solo pedregoso e
nasceu logo porque a terra era pouco
profunda. Porém, logo que o sol
nasceu, queimou-se e secou, por
falta de raízes.
Outras sementes caíram entre os
espinhos; os espinhos cresceram e
as sufocaram.
Outras enfim, caíram em terra boa,
desenvolveram-se e deram frutos cem
por um, sessenta por um, trinta por
um. Aquele que tem ouvidos, ouça”.
Mateus 13, 4-9; Marcos 4, 3-9; Lucas 8, 4-8
“O semeador semeia a palavra. Alguns se encontram à beira do
caminho, onde ela é semeada; apenas as ouvem, mas suas tendências
tiram a palavra neles semeada.
As sementes que caíram em solo pedregoso são os ouvintes da palavra
que a acolhem com alegria, mas não têm raízes, são inconstantes, crêem
até certo tempo, e na hora da provação a abandonam.
As que caíram entre os espinhos, são os
que ouvem a palavra, mas prosseguindo
o caminho, são sufocados pelos
cuidados, riquezas e prazeres da vida, e
assim seus frutos não amadurecem.
As que caíram na terra boa, são os
que ouvem a palavra com coração
reto e bom, retêm-na e dão frutos
pela perseverança”.
Mateus 13, 19-23; Marcos 4, 14-20; Lucas 8, 11-15
• Representa as diversas maneiras pelas quais podemos aproveitar os
ensinamentos do Evangelho. Quantas pessoas há, para as quais não passa de
letra morta que, à semelhança das sementes caídas nas pedras, não produzem
nenhum fruto!
• Outra explicação é a que se pode fazer às diferentes categorias de espíritas:
• Os que se apegam apenas aos fenômenos materiais, não tirando dos mesmos
nenhuma conseqüência, pois só vêem um objeto de curiosidade.
• Os que só procuram o brilho das comunicações espíritas, interessando-se
apenas enquanto lhes satisfazem a imaginação, mas continuam frios e
indiferentes como antes.
• Os que acham muito bons os conselhos e os
admiram, mas para aplicá-los aos outros e não
a si mesmos.
• Aqueles para os quais as instruções são
como as sementes que caíram em terra boa e
produzem frutos.
Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 17, 5
Sintetiza os caracteres predominantes em todas as almas:
• Os indiferentes
são os que estão à beira do caminho, suas tendências tiram
as palavras neles semeadas;
• Os inconstantes
são o solo pedregoso onde a raiz não se aprofunda,
acolhem com alegria, mas abandonam na hora da provação
são
impenetráveis a novas idéias;
• Os imaturos
são as sementes
entre os espinhos, são sufocados pelos
cuidados, riquezas e prazeres
estiolam e matam os vegetais que
tentam crescer nas suas proximidades;
• Perseverantes
são a terra boa, ouvem
a palavra com o coração reto e bom para
retê-la
possuem boa vontade para
transformá-la em obras. (100/60/30)
Cairbar Schutel, Parábolas e Ensinos de Jesus
625. Jesus é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para servi-lhe de
guia e modelo. A doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão da Lei de
Deus.
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
• “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias,
ensinando nas sinagogas, pregando o
Evangelho do reino, e curando toda sorte de
doenças e enfermidades”. Mt 9, 35
• “Mas importa que primeiro o Evangelho seja
pregado entre todas as nações”. Mc 13,10
• “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai
o Evangelho a toda criatura”. Mc 16, 15
• “Estou pronto para anunciar o Evangelho
também a vós que estais em Roma”. Rm 1, 15
A terra que recebe as sementes representa o estado intelectual e moral de cada
um: beira do caminho, pedregal, espinhal e terra boa.
Cairbar Schutel, Parábolas e Ensinos de Jesus
780. O progresso moral segue sempre o
progresso intelectual?
— É a sua conseqüência, mas não o segue
sempre imediatamente.
780a. Como o progresso intelectual pode
conduzir ao progresso moral?
— Dando a compreensão do bem e do mal,
pois então o homem pode escolher. O
desenvolvimento do livre-arbítrio segue-se ao
desenvolvimento da inteligência e aumenta a
responsabilidade do homem pelos seus atos.
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
365. O Espírito progride numa marcha ascendente insensível, mas o progresso
não se realiza simultaneamente em todos os sentidos; num período, ele pode
avançar em ciência, num outro, em moralidade.
751. O desenvolvimento intelectual não
acarreta a necessidade do bem; o Espírito de
inteligência superior pode ser mau; é aquele
que muito viveu sem se melhorar: ele o sabe.
192a. Podemos abreviar o caminho e reduzir
as dificuldades. Somente o desleixado fica
sempre no mesmo ponto.
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
• Para nos melhorarmos, Deus nos deu
precisamente, o de que necessitamos e nos
basta: a voz da consciência e as tendências
instintivas.
Privando-nos do que nos seria prejudicial.
O Evangelho Segundo Espiritismo, Cap. V, 11
“Um semeador saiu a semear”.
803. Todos os homens são iguais perante Deus, todos tendem para o mesmo fim
e Deus fez a suas Leis para todos.
804. Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada um deles viveu mais ou
menos tempo, e por conseguinte realizou mais ou menos aquisições.
619. Todos podem conhecer as Leis de Deus, mas
nem todos as compreendem; a cada nova existência
a inteligência se torna mais desenvolvida e
compreendem melhor o que é o bem e o que é o mal.
• A diversidade de aptidões não se relaciona com a
natureza íntima de sua criação, mas com o grau de
aperfeiçoamento a que tenha chegado como
Espírito.
• O semeador sabia da diferença de assimilação dos
ensinamentos devido a evolução espiritual de cada
um, mas proporcionou a mesma semente igualmente
para todos.
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
“beira do caminho, solo pedregoso, entre os espinhos, terra boa”
115. Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento.
116. Todos se tornarão perfeitos.
117. Eles chegam mais ou menos rapidamente à perfeição, segundo sua vontade
e a sua submissão à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais
depressa que uma rebelde?
634. Deus deixa ao homem a escolha do caminho, se
seguir o mal, sua peregrinação será mais longa. É
necessário que o Espírito adquira experiência, e para
isso é necessário que conheça o bem e o mal; eis
porque existe a união do Espírito com o corpo.
118. À medida que avançam, compreendem melhor o
que os afasta da perfeição. O conhecimento
adquirido nunca mais o perde.
119. Se tivessem sido criados perfeitos, não teriam
merecimento para gozar os benefícios dessa
perfeição. Onde estaria o mérito sem a luta?
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
“Alguns se encontram à beira do caminho, eles apenas ouvem, mas suas
tendências tiram a palavra neles semeada”.
802. Por que os Espíritos não apressam o progresso da humanidade através de
manifestações gerais e patentes?
— Desejaríeis milagres, mas Deus os semeia abundantemente nos vossos
passos e tendes ainda os homens que os negam.
• O próprio Cristo, convenceu seus contemporâneos com os prodígios que
realizou?
• Não vedes ainda hoje os homens
negarem os fatos mais patentes que se
passam diante de seus olhos?
• Não existem os que não acreditariam
mesmo quando vissem?
• Não é por meio de prodígios que
Deus conduzirá os homens. Na sua
bondade ele quer deixar-lhes o mérito
de se convencerem através da razão.
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
As que caíram em solo pedregoso, são os ouvintes da palavra que a acolhem
com alegria, mas não têm raízes, são inconstantes, e na hora da provação a
abandonam.
800. As idéias se modificam pouco a pouco e, são necessárias gerações para
que se apaguem completamente os traços dos velhos hábitos. A transformação
não pode operar-se a não ser com o tempo, gradualmente, pouco a pouco.
799. A vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem
compreenderá melhor que pode assegurar o seu futuro através do presente.
919a. Desejamos fazer-vos
compreender esse futuro de maneira a
que nenhuma dúvida possa restar em
vossa alma. Foi com esse propósito
que ditamos o Livro dos Espíritos.
Santo Agostinho
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
“As que caíram entre os espinhos, são os que ouvem a palavra e são sufocados
pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida”.
883. É natural o desejo de possuir, mas quando o homem só deseja para si e
para sua satisfação pessoal, é puro egoísmo.
883a. Há homens insaciáveis que acumulam sem proveito para ninguém ou
apenas para satisfazer suas paixões.
895. O apego às coisas materiais é um indício notório de inferioridade, pois
quanto mais o homem se apega aos bens deste mundo, menos compreende o
seu destino.
712. Deus fez atrativos os gozos dos bens
materiais para instigar o homem ao cumprimento
de sua missão e para o provar na tentação.
712a. O objetivo da tentação é desenvolver a
razão para preservar-nos dos excessos.
• “Ajuntai para vós tesouros no céu onde a
ferrugem nem as traças os consomem e os ladrões
não roubam. Porque onde está o teu tesouro, lá
também está o teu coração”. Mt 6, 20
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
“As que caíram na terra boa, são os que ouvem a palavra com coração reto e
bom, retêm-na e dão frutos pela perseverança”. (100-60-30)
894. Os que fazem o bem por um impulso espontâneo, sem que tenham de
lutar contra nenhum sentimento contrário é porque já realizaram o progresso.
Lutaram anteriormente e venceram; é por isso que os bons sentimentos não
lhes custam nenhum esforço e suas ações lhes parecem tão fáceis: o bem
tornou-se para eles um hábito.
• Como ainda estais longe da perfeição, esses exemplos vos espantam pelo
contraste e os admirais porque são raros.
• Nos mundos mais avançados que o
vosso, isso que entre vós é exceção, se
torna regra. Uma única intenção má
seria neles uma exceção monstruosa.
• Eis porque as pessoas ali são felizes e
assim será também na Terra, quando a
Humanidade se houver transformado e
começar a praticar a caridade na sua
verdadeira acepção.
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
“caíram em terra boa, desenvolveram-se e deram frutos cem por um”
918. O Espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida corpórea
constituem a prática da Lei de Deus e quando compreende por antecipação a
vida espiritual.
• O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e de
caridade na sua mais completa pureza.
873. Justiça é um sentimento natural que o
progresso moral desenvolve, mas não o dá,
pois Deus o pôs no coração do homem.
874. Em geral se misturam paixões ao
julgamento, alterando esse sentimento,
como acontece com a maioria dos
sentimentos naturais.
886. Amor e Caridade são o complemento
da lei de justiça, porque amar ao próximo é
fazer-lhe todo o bem possível, que
desejaríamos que nos fosse feito.
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
“caíram em terra boa, desenvolveram-se e deram frutos cem por um, sessenta
por um”
886. Caridade como entendia Jesus: benevolência para com todos, indulgência
para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas.
Benevolência: Boa vontade para com alguém; complacência; afeto.
Indulgência: Pronto a perdoar; tolerante. Dic. Aurélio
• Temos de ser indulgentes, porque temos necessidade de indulgência.
Caridade: Amar o
próximo como a si mesmo e
fazer pelos outros o que
quereríamos que os outros
fizessem por nós, é a expressão
mais completa da caridade.
ESE, Cap. XI, 4
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
“caíram em terra boa, desenvolveram-se e deram frutos cem por um, sessenta
por um, trinta por um”.
• Caros amigos, sede severos convosco e indulgentes para as fraquezas dos
outros. Esta é uma prática da caridade, que bem poucos observam. ESE, Cap. X, 18
• A caridade, sem a fé, não basta(...)
essa caridade, que só com abnegação
se pratica, somente a fé pode inspirar,
porquanto só ela nos ajuda a carregar
com coragem e perseverança a cruz da
vida terrena. ESE, Cap. XI, 13
• A caridade moral, que todos podem
praticar, que nada custa, materialmente
e que é a mais difícil de exercer:
consiste em se suportarem umas às
outras criaturas e é o que menos fazeis.
ESE, Cap. XIII, 9
• Fora da caridade não há salvação.
ESE, Cap. XV
Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo
“Aquele que tem ouvidos, ouça”.
• “A quem muito se deu, muito será
cobrado; e a quem muito é confiado,
mais ainda será pedido”. Lc 12, 48
• “Vigiai! porque não sabeis quando
chegará o tempo”. Mc 13, 33
• “Não fostes vós que me escolhestes,
mas eu é que vos escolhi”. João 15, 16
• “Eu sou o Caminho, a Verdade e a
Vida! Ninguém pode chegar ao Pai,
senão por mim”. João, 14, 6
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