Projeto “Nós Propomos! Cidadania e Inovação em Educação Geográfica – 2013/2014 “Hortas Urbanas” Trabalho elaborado por: José Silva, Nelson Gonçalves, Daniela Alves, Ricardo Quintal e Miguel Quintal 12ºJ Ano lectivo 2013/2014 Escola Secundária Alberto Sampaio Introdução • Este trabalho surgiu no âmbito da disciplina de Geografia C, inserido no projeto “Nós Propomos! Cidadania e Inovação em Educação Geográfica”, tendo como principal objetivo o aproveitamento de terrenos desocupados com potencial para serem aproveitados para exploração agrícola. Identificação do problema • Na altura em que se deu a revolução industrial adotou-se um modelo de desenvolvimento onde o crescimento económico representava uma questão fulcral, procurando-se produzir o máximo o mais rapidamente possível, aumentando os impactos causados ao meio ambiente e à população. Assim, os problemas ambientais e sociais foram assumindo um papel preponderante. O crescimento económico foi relevante, mas várias vezes com custos ambientais significativos. • Com o agravamento destas questões iniciou-se um novo ciclo, alicerçado na consciencialização populacional relativamente à degradação progressiva do meio ambiente. A importância de reverter essa situação, conduziu a uma mudança de atitude por parte da população com o objetivo de melhorar a qualidade ambiental. Surgiu assim o conceito de desenvolvimento sustentável. Área de intervenção escolhida Localização: São José de São Lázaro Área: 6365.2 m2 Regime de propriedade: Terreno privado Regime de exploração: Terreno privado para aluguer através de acordo com o proprietário O terreno em questão é privado e pretende-se o seu aluguer propondo um acordo justo e benéfico para o proprietário, como por exemplo, a isenção do IMI durante um determinado período de tempo. Qual é o objetivo? • O objetivo é a integração das questões ambientais no desenvolvimento económico, procurando uma gestão sustentável do espaço, adotando métodos de inclusão social, permitindo equidade no acesso a recursos rurais, bem como definindo limites ecológicos que possibilitem assegurar uma boa qualidade de vida às gerações futuras. • Tendo em conta a progressiva urbanização e crescente concentração populacional nas cidades revela-se crucial um planeamento estruturado, que permita a melhoria das condições de vida dos habitantes e assente numa política de defesa do ambiente. • Nesta ótica, a agricultura urbana pode representar uma estratégia na defesa do desenvolvimento sustentável das cidades. Proposta de intervenção • Nós propomos a criação de uma “Horta urbana” neste local, onde sugerimos o uso das seguintes culturas: 1ª ano 2ª ano 3ª ano 4ª ano cultura Época Cebola (Apiáceas) Pimento padrão (solanácea) Couve flor (Brássica) Melão (Cucurbitáceas) Espinafre (Aliáceas) Alface (Asteráceas) Alho francês (Apiáceas Tomate (solanácias) Jun/Set Nov/Mai Nov\Abril Mai/Out Nov/Mai Mai/Out Out/Mai Jun/Set • Esta escolha incidiu essencialmente de acordo com a procura e a facilidade/ disponibilidade de canais de comercialização, o seu fácil desenvolvimento e crescimento na região em questão, e por fim, a relação entre tradição e consumo destas hortícolas. • O plano de produção e a escolha das espécies a cultivar teve em consideração por um lado a aptidão dos solos e as características climáticas e por outro a possibilidade dada à população desempregada ou reformada de desenvolver uma actividade que lhes permita diminuir os gastos com estes produtos, vender os excedentes no mercado local, aumentar os seus rendimentos e tornarem-se mais intervenientes na comunidade onde estão inseridos. O desenvolvimento deste projecto visa acima de tudo a boa complementaridade a nível não só de preservação de solos, mas também de preservação fitossanitária de culturas de que podem beneficiar. Por estas razões e após um breve realização da procura e das tendências de mercado optou-se por culturas cuja produção fosse útil e satisfizesse as necessidades locais da população. Conclusão • Consideramos que este projeto apresenta benefícios a nível social, ecológico, económico e de saúde, dos quais se destacam a produção de alimentos de elevada qualidade, a promoção da segurança alimentar, o uso racional dos espaços e o combate à pobreza e ao desemprego.