Doenças da Goiabeira (Psidium guajava) Bacteriose ou seca dos ponteiros Agente causal: Erwinia psidii -Temperaturas elevadas e alta umidade relativa. Sintomas: -Seca dos ponteiros e a mumificação dos frutos recém-formados. Folhas: o ataque da bactéria ocorre apenas nas mais jovens, mostrando-se murchas, avermelhadas e irregulares na lâmina foliar, evoluindo para uma coloração bronzeado-escura tanto nas folhas quanto nos ramos do ponteiro; as nervuras tornam-se marrons, secam e ficam penduradas nos ponteiros mortos. flores: ficam escuras e provocando o aborto das mesmas. Frutos jovens: são infectados diretamente pela bactéria, daí mumificados assintomáticos. ser em comum encontrar ponteiros frutos totalmente - Quando se faz um corte nos raminhos dos ponteiros, observa-se um ligeiro escurecimento da medula, acompanhado da destruição dos tecidos, os quais, ao serem comprimidos, escorrem um líquido claro e denso. Sobrevivência: ponteiros, folhas mortas e nos frutos mumificados que persistem na planta por muito tempo. OBS: As variedades de polpa vermelha mostramse mais tolerantes a E. psidii do que as de polpa branca. Controle - Mudas devem ser sadias - Realizar podas de limpeza freqüentes para retirar do campo todos os ponteiros secos e os frutos mumificados, os quais devem ser coletados em sacos plásticos e logo queimados. - Ferramentas de poda devem ser desinfetadas (hipoclorito de sódio 1%). - Operários devem lavar e desinfetar as mãos após a manipulação de cada planta. - As podas devem ser realizadas preferencialmente em horário sem a presença orvalho ou água livre sobre as plantas e durante as horas mais quentes do dia. - Realizar podas de condução de maneira a garantir a formação de uma copa aberta que permita uma boa circulação do ar. - Planejar a implantação de sistema de irrigação localizada (micro-aspersão ou gotejamento), visando evitar um microclima favorável ao patógeno. - As adubações nitrogenadas devem ser equilibradas, baseando-se nas análises de solo e foliar. -Pulverizações preventivas com oxicloreto de cobre a cada 15 dias. Ferrugem Agente causal: Puccinia psidii Wint. -O fungo afeta tecidos novos de órgãos em desenvolvimento, tais como folha, botões florais, frutos e ramos. Sintomas: - Produz manchas necróticas, circulares, diâmetro variável até um centímetro. de - As manchas necróticas se recobrem rapidamente por uma densa massa pulverulenta, de cor amarelo-viva, podendo causar, em ataques intensos, perdas na ordem de 80 a 100% dos frutos. Sintomas: Plantas adultas: pequenas pontuações amareladas e necróticas, que evoluem para manchas circulares, necróticas, de coloração amarela, recobertas por uma densa e pulverulenta massa, de coloração amarelo-viva, formada pelos uredósporos e teliósporos do fungo. - Com o tempo, essa massa amarela desaparece, permanecendo somente a área necrótica e seca, freqüentemente apresentando rachaduras. Condições favoráveis: as lesões coalescem, provocando a morte do conseqüente queda das folhas. limbo foliar e Frutos: são atacados desde as primeiras fases de desenvolvimento, e caem em grande quantidade. - Os frutos infectados que permanecem na planta mumificam-se. Flores e botões florais: atacados na fase inicial de desenvolvimento apresentam lesões circulares, de diâmetro variável, recobertas por uma massa pulverulenta de esporos do fungo, de coloração amarela. - Alta umidade relativa e temperaturas moderadas favorecem a ocorrência da doença. Controle: -Promover um melhor arejamento e insolação do pomar através de podas e desfolhas. -Realizar a poda em períodos com condição climática desfavorável à ocorrência da doença. - Realizar adubação adequada, de acordo com a análise do solo, evitando excesso de adubação nitrogenada. Instalar o pomar em locais que apresentem baixa umidade relativa ou menor período chuvoso Controle Químico: - Pulverizações preventivas com fungicidas cúpricos podem ser realizadas em frutos com até 3 cm de diâmetro. - Pulverizações curativas com o uso de produtos à base de oxicloreto de cobre, hidróxido de cobre, óxido cuproso e calda bordalesa. Antracnose ou Mancha Chocolate Agente causal: Colletotrichum gloeosporioides Penz. - Característica doença de pós-colheita, o fungo afeta frutos em estádio de maturação adiantada. Sintomas: - Crestamento dos ramos e folhas e as manchas escuras e irregulares em folhas e frutos. Folhas: manchas irregulares, escuras e secas, com tendência a induzir o crestamento da lâmina foliar. Frutos: pode ser infectados em qualquer fase do desenvolvimento, mas os sintomas são mais severos nos frutos maduros ou em amadurecimento. - As lesões deprimidas, aparecem como arredondadas, manchas tornando-se irregulares, marrom-escuras ou negras. - Além do progresso externo da lesão sobre a casca, também progride para o interior da polpa, apodrecendo-a, e os tecidos escurecem e adquirem uma consistência flácida; sob condições favoráveis, a podridão pode ocupar quase todo o fruto. - As lesões ocorrem apresentando-se deprimidas. como nos ramos estrias verdes, negras e Sobrevivência: nos ramos infectados da planta ou nas folhas e ramos infectados cortados ou caídos naturalmente, deixados no solo do pomar. Disseminação: - Mudas ou das borbulhas para enxertia infectadas; - Frutos que manifestam a doença depois de armazenados, podem ser comercializados em lugares muito distantes do seu lugar origem e carregar o patógeno, que pode estabelecer-se em outras culturas, dado o caráter onívoro do patógeno. -Dentro do pomar, os conídios são disseminados principalmente pelos respingos da água da chuva ou da irrigação por aspersão e pelos insetos que visitam as flores ou os frutos maduros no pé. - Períodos chuvosos prolongados que propiciam a permanência de uma lâmina de água livre sobre os tecidos suscetíveis e temperaturas amenas (18-22 °C), assim como ferimentos ou outros tipos de injúrias superficiais são condições que favorecem o desenvolvimento da doença. Controle: Não há referências sobre cultivares de goiabeira com algum tipo de resistência. Verrugose Agente causal: desconhecido Esta doença tem sido verificada com certa freqüência em muitos pomares de goiabeira, principalmente nos industriais, e são perdas de até 100% na produção de frutos. Em ataques severos, os frutos podem ficar totalmente deformados, portanto, sem valor comercial. Sintomas: - Não se manifesta em folhas e brotações. Frutos: aparecimento de manchas aquosas e irregulares com tonalidade verde-escura, quando estes apresentam em torno de 1 mm de diâmetro. Botões florais e até frutos em desenvolvimento próximos do ponto de maturação podem ser atingidos, mas é mais freqüente em frutos com diâmetro inferior a 3 cm. Com o tempo, nos locais onde as lesões ou manchas se originaram, ocorre uma reação de cicatrização, formando-se um tecido necrótico e endurecido, podendo atingir de 2 a 5 cm de diâmetro. -Aparentemente ocorre uma reação dos tecidos de maneira a promover isolamento das áreas necróticas, possibilitando ser destacados manualmente ou cair naturalmente. -Em caso de coalecência das lesões, os frutos podem se tornar completamente deformados e depois cair. Controle: - Realizar podas de limpeza CULTURA DO ABACATEIRO (Persea americana) Gomose ou Podridão da raízes do abacateiro Agente causal: Phytophthora cinnamomi Rands -Trata-se de uma das principais doenças da cultura, e pode ocorrer tanto em condições de campo quanto de viveiro. Sintomas: amarelecimento generalizado, seguido de queda das folhas, ocorrendo também a seca de ramos do ponteiro. - Costuma ocorrer aumento na produção de frutos menores, antes da morte da planta. Raízes: ficam descoloridas e necrosadas, enquanto as radicelas são quase totalmente destruídas. Casca: ocorre fendilhamento da casca e exudação de goma. Ocorrência: umidade elevada temperatura entre 21oC e 30oC. . no solo, e Controle: - uso de porta-enxertos tolerantes ao fungo; - a aquisição de mudas de qualidade; - remoção de restos culturais; - cuidado com balanço nutricional, evitando-se níveis elevados de N, pH alcalino e deficiência de Ca e P; - evitar encharcamento do solo; - evitar ferimentos na raízes ou tronco; - se a doença for detectada no início, usar fungicida. OBS: Neste caso, recomenda-se metalaxyl, via solo, ou fosetyl alumínio, via foliar. Oídio Agente causal: Oidium perseae. Sintomas: - pequenas machas esbranquiçadas e pulverulentas de formato circular localizadas na superfície superior da folha, e pequenas manchas cloróticas na face inferior. - Posteriormente toda a folha fica branca e pulverulenta pelos esporos do fungo. Folha: necrosam e enrrugam-e ou deformam o limbo foliar, podendo ocorrer queda. Ocorrência: temperaturas desenvolvimento constantes. alta altas, umidade mas prejudicado relativa tem por o e seu chuvas Controle: aplicação de fungicida à base de enxofre. Verrugose ou Sarna do abacateiro Agente causal: Sphacelona perseae Jenkim. - Deprecia a aparência do fruto e pode provoca queda de frutos jovens e afeta seu subdesenvolvimento. Sintomas: Fruto: pequenas pontuações eruptivas que aumentam e coalescem, porém a infecção não ultrapassa a casca. Folha: pontuações amarronzadas, podendo causar deformação e até mesmo rompimento do limbo foliar, com conseqüente redução da área fotossintética. Controle: - recomenda-se a utilização de variedades resistentes, além da aplicação de fungicidas cúpricos. OBS: Recomenda-se iniciar a aplicação, no caso dos frutos, quando pelo menos 2/3 das pétalas caírem, atém os frutos atingirem 5cm de diâmetro. Nas folhas, o controle deve ser feito semente no período de brotações, até que as mesmas atinjam 3cm de comprimento. Em viveiros de mudas, variedades da raça guatemalense, recomenda-se quinzenais de fungicidas cúpricos. aplicações Cercosporiose Agente causal: Cercospora purpurea Cooke, Cercospora perseae Ellis & Martin. Sintomas: lesões ligeiramente deprimidas e irregulares, de coloração marrom e bordos definidos, nos frutos. -Com o envelhecimento, essas lesões tendem a provocar fissuras, possibilitando o ataque de outros patógenos. - Pode provocar a queda dos frutos e por conseqüência, elevada perda de produção. Folhas: lesões angulares de coloração marrom ou cinza, com halo clorótico, que tendem a coalescer e provocar o rasgamento do limbo foliar. Pedúnculo: Lesões que podem provocar a queda dos frutos. Sobrevivência: se dá através das infecções foliares, e a sua disseminação ocorre por via aérea. - O pico da doença ocorre nos meses de junho e julho. Controle: - uso de variedades resistentes. - químico é difícil devido ao porte da plantas, e a inexistência de produtos eficientes, registrados para a cultura. OBS: cúpricos e de tiocarbamatos pouco antes da florada e logo após a queda de 2/3 da pétalas. Antracnose Agente causal: Glomerella cingulata (Stanem) Spauld & Schrenk (Colletotrichum gloeosporioides (Penz) Sacc). - Afeta principalmente os frutos, podendo ocorrer nas folhas, flores e ramos, porém sem causar danos à cultura. Sintomas: Folhas: manchas necróticas de coloração escuros, com bordos definidos e formato irregular. Frutos: iniciam-se por pequenas pontuações de coloração marrom a preta, que tendem a evoluir, atingindo parte do fruto, ou necrosando-o completamente. Ocorrência: água livre para que possa germinar e infectar a planta, sendo a temperatura ideal para o seu crescimento, 22 a 27oC. Em frutos verdes não se desenvolve, vindo causar sintomas apenas após o amadurecimento. Controle: - manejo correto da adubação e nas técnicas de manejo adequado. - Recomenda-se a poda de limpeza e a queima de material doente. - Deve-se evitar ferimentos nos frutos durante a colheita e pós-colheita, mantendo-se os pedúnculos nos frutos, que devem ser conservados em câmara fria sob concentrações adequadas de CO2. Cultura da Bananeira (Musa spp.) Sigatoka-amarela ou Cercosporiose ou mal-deSigatoka. -Esta é uma das mais importantes doenças da bananeira, sendo também conhecida como Agente causal: Mycosphaerella musicola, Leach, forma perfeita ou sexuada de Pseudocercospora musae (Zimm) Deighton. Dois tipos de esporos: um de origem sexuada (ascósporo) e outro de origem assexuada (conídio). Fase sexuada: Ascósporos bicelulares hialinos. Fase assexuada: conídios longos e multi-septados. Fase sexuada Ascósporos bicelulares hialinos: são produzidos no interior de estruturas em forma de saco denominadas ascos, que, por sua vez estão inclusos em frutificações globosas de formato piriforme, paredes grossas, coloração escura ou preta denominadas pseudotécios, os quais são produzidos e igualmente distribuídos em ambas as faces da folha, quando ocorre infecção massiva. - Quando as lesões estão espalhadas sobre a folha, verifica-se maior concentração de ascósporos na face superior. Fase assexuada - Conídios produzidos longos em e multi-septados: conidióforos presentes são em esporodóquios, que são estruturas reprodutivas formadas por uma massa de tecido fúngico que emerge através dos estômatos da folha infectada. Sintomatologia Tanto M. musicola como M. fijiensis a infecção ocorre nas folhas mais jovens da planta através dos estômatos localizados na face inferior. A lesão ocasionada por Sigatoka amarela passa por vários estádios de desenvolvimento: Estádio I: Fase inicial de ponto ou risca de no máximo 1 mm de comprimento com leve descoloração. Estádio II: Risca apresentando vários milímetros de comprimento, com um processo de descoloração mais intenso. Estádio III: Mancha nova, apresentando forma oval alongada e coloração levemente parda, de contornos mal definidos. Estádio IV: Ocorre paralisação do crescimento do micélio, aparecimento de um halo amarelo em volta da mancha e início de esporulação do patógeno. Estádio V: Fase final de mancha. Apresenta-se na forma oval-alongada, com 12-15 mm de comprimento por 2-5 mm de largura. - O centro é totalmente deprimido, cujo tecido é seco de coloração cinza. OBS: As manchas de Sigatoka sofrem grande influência pelos fatores do ambiente como umidade, temperatura e vento. Se um filme de água estiver presente sobre a folha de uma variedade suscetível e nesta estiver o esporo depositado, o mesmo germinará. OBS: A temperatura influenciará de modo que, abaixo de 21ºC haverá um sensível declínio na taxa de infecção e no desenvolvimento da doença, mesmo sob condições favoráveis de umidade. O vento e a umidade juntos, principalmente quando há precipitação, são os principais responsáveis pela liberação dos esporos e disseminação da doença. Controle -manejo integrado é uma alternativa importante, devendo-se utilizar todas as estratégias disponíveis. Algumas práticas culturais merecem destaque: -drenagem do solo e o combate às plantas daninhas; - a eliminação de folhas atacadas ou parte delas; - densidade populacional das plantas na área de cultivo e adubação balanceada. - controle químico Sigatoka Negra Agente causal: M. fijiensis Morelet (Anamorfo: Paracercospora fijiensis (Morelet) Deighton), sendo ambas as fases importantes no desenvolvimento da doença. - Atinge as folhas mais novas da bananeira, causando estrias (linhas) marrons. - Com o avanço da doença, as folhas têm morte prematura e os prejuízos podem chegar até 100%. OBS: O agente causal da Sigatoka-negra é muito mais destrutivo que o da Sigatoka-amarela (M. musicola Leach ex Mulder), caracterizando-se por apresentar maior velocidade e intensidade de ataque e por infectar também as folhas mais jovens, destruindo, em conseqüência, maior quantidade de tecido fotossintetizante. -Fungo difícil de controlar e que apresenta um espectro maior de cultivares suscetíveis de banana dos subgrupos Prata, Cavendish e Terra. - O poder de destruição dessa doença e a rapidez com que a mesma vem se disseminando pelas áreas produtoras de banana do mundo. Sintomatologia Folhas: manchas foliares decorrentes da ação do fungo reduzem a área fotossintetizante da planta e podem provocar severo desfolhamento com isso, o tamanho dos frutos, das pencas e dos cachos e o número de pencas por cacho e, em conseqüência, o rendimento por severamente afetados. unidade de área são -São observadas perdas de rendimento superiores a 20% em parcelas não tratadas com fungicidas -A doença, além de afetar a qualidade física dos frutos (tamanho dos dedos) e o rendimento por hectare, provoca a maturação precoce da banana ainda no campo ou durante o transporte para o mercado. - Com isso, a vida pós-colheita da fruta é reduzida e a comercialização prejudicada. Fase ascospórica ou sexuada: que constitui o inóculo primário, permite a sobrevivência do patógeno principalmente quando as condições ambientais são desfavoráveis (períodos frios e de baixa umidade relativa do ar). Fase conidial ou assexual: que constitui o inóculo secundário, garante a rápida multiplicação do patógeno em menor espaço de tempo e em maior quantidade. Disseminação: ascósporos (produção em grande número nos pseudotécios), - conídios Curtas distâncias: vento, a chuva e a água de irrigação Longas distâncias: mudas doentes e folhas infectadas (proteger os cachos durante transporte para evitar ferimentos nos frutos). o Controle Medidas de exclusão e monitoramento: a)Evitar o transporte de mudas, frutas, folhas ou partes da bananeira das regiões afetadas; b)Proibir o trânsito de bananas envoltas em folhas de bananeiras, pois são um meio efetivo de disseminação do patógeno a longa distância; c) Evitar o transporte de bananas em caixas difíceis de serem desinfestadas e não reutilizar caixas provenientes de regiões onde ocorre a doença que contenham restos de banana ou folhas; d) Desinfestar caixas, caminhões, roupas e outros equipamentos utilizados na colheita quando provenientes de outras regiões, principalmente das afetadas; e) Denunciar o transporte ilegal de banana ou de cachos de banana às autoridades competentes; e) Erradicar pomares abandonados para que não venham a constituir-se em fontes de inóculo; f) Utilizar mudas certificadas no estabelecimento de plantios; g) Realizar os tratos culturais recomendados no pomar, como o controle da Sigatoka-amarela, desfolha fitossanitária, daninhas, desbastes controle e de ervas utilização dos espaçamentos adequados; h)Procurar imediatamente um técnico especializado em caso de suspeita de ocorrência de sintomas da doença; i) Aumentar a fiscalização nos postos de controle nas fronteiras dos estados; k) Promover campanhas educativas e elucidativas sobre a doença. Mal do Panamá -São conhecidas quatro raças fisiológicas do patógeno, sendo que 1, 2 e 4 são importantes à bananeira. - A raça 3 ocorre apenas em Heliconia sp. No Brasil: isolados de F. oxysporum f. sp. cubense analisados, presume-se a prevalência da raça 1. Disseminação: mudas infectadas. Em nível local: água de irrigação, de drenagem e de inundação, implementos agrícolas, homens e animais. -vento e pelo contato de raízes com rizomas, pseudocaule e raízes infectadas, dada a intensa produção de inóculo no rizoplano e em áreas circunvizinhas. Sobrevivência: - Clamidósporos - Restos de culturas Sintomatologia Xilema: abundante esporulação, cujos conídios são transportados pelo fluxo transpiratório. -Pseudocaule: cortes transversais ou longitudinais de plantas em estágios mais avançados da doença, podem ser avermelhadas, observadas pontuações provavelmente, oxidação de fenol. surgidas pardopela -A descoloração vascular no pseudocaule concentra-se mais perifericamente, mantendo-se o centro claro. Folhas: amarelecimento progressivo das folhas mais velhas para as mais novas, começando pelos bordos do limbo em direção à nervura principal. -Progressivamente ao amarelecimento, ocorre murcha, com posterior quebra do pecíolo junto ao pseudocaule, que dá à planta o aspecto típico de um guarda-chuva fechado. - Estreitamento do limbo nas folhas mais novas, engrossamento das nervuras secundárias da folha e, ocasionalmente, necrose do cartucho. - A rachadura do feixe de bainhas próximo ao solo, cujo tamanho varia com a área afetada no rizoma, constitui-se em sintoma característico e, freqüentemente encontrado nas plantas doentes. - Essas rachaduras resultam do crescimento relativamente normal dos feixes de bainhas externas, comparado ao crescimento estabilizado dos feixes internos do pseudocaule. Controle -A busca de variedades resistentes é hoje uma das principais linhas de ação visando o controle do mal do panamá. -uso de solos supressivos (nível de pH próximo à neutralidade, o moderados a elevados níveis de argila e matéria orgânica e, particularmente, a alta diversidade da flora microbiana do solo). Antracnose da Banana Agente causal: Colletotrichum musae - Dentro dessa espécie, há a existência de tipos biológicos ou raças fisiológicas (Couto & Menezes, 2004). Sintomatologia -lesões deprimidas, escuras, com o eixo maior paralelo ao eixo longitudinal e delimitada por uma margem mais clara nos tecidos sadios. - Sob condições de alta umidade, cobrem-se de frutificação rosada, ou acérvulos do agente patogênico. - Geralmente, as lesões são superficiais, mas podem, em casos severos, com o amadurecimento da fruta, atingir a polpa. Ocorrência: principalmente na fase de maturação, porém a infecção inicia-se no campo, ocasião em que os conídios do agente causal, dispersos no ar, infectam os frutos. -Essa infecção permanece quiescente até o início da maturação. Duas formas distintas dessa doença: -Antracnose latente: originária da infecção quiescente - Antracnose não latente: produzida pela invasão do patógeno, principalmente por intermédio dos ferimentos ocasionados nos frutos verdes em trânsito. Controle - manejo adequado na pré-colheita, colheita e após a colheita, em cultivares susceptíveis à doença. Moko ou Murcha Bacteriana Agente causal: Ralstonia solanacearum Smith (Pseudomonas solanacearum), raça 2. - Atualmente é considerada a principal doença da bananeira, em função dos riscos que representa para a bananicultura das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do Brasil. - Sergipe e erradicados. Alagoas que são prontamente Sintomas - depende da idade da planta, da cultivar de bananeira, estirpe envolvida e das condições ambientais. Plantas adultas: podem ser confundidos com os do Mal do Panamá, Plantas jovens: sintomas internos nos rizomas, pseudocaule, engaços e frutos apresentam diferenças visíveis para um conhecedor do assunto: não frutifica, há amarelecimento, murcha e secamento progressivo das folhas a partir das mais novas, necrose do cartucho ou folha enrolada, vela. Disseminação -Somente as estirpes SFR e A são disseminadas por insetos: abelhas irapuá (Trigona spp), Polybia spp e Drosophila spp. - Dependendo da estirpe e do vetor, a bactéria pode penetrar pelas raízes ou flores e em poucas semanas atinge o rizoma, pseudocaule e engaço, causando murcha, quebra do pecíolo junto ao limbo foliar e secamento das folhas. - Se for pelas flores, atinge os frutos, causando podridão seca e parda da polpa. - Novos plantios só devem ser feitos em áreas que não tenham registros da ocorrência da doença. Outras medidas podem ser tomadas como: · Realizar fiscalização permanente e constante do pomar (aparecimento de doença enviar o material a um laboratório credenciado de Fitopatologia). · Uso de material propagativo (mudas) sadias obtidas de local livre do patógeno de produtores credenciados e de preferência utilize mudas oriundas de cultura de tecido; - Realizar a desinfecção dos implementos sempre e, principalmente, quando a doença estiver presente no pomar, (tratores, roçadeiras, grades, subsolador, rotativa, tesoura de poda, canivete, etc., com produtos à base de hipoclorito de sódio ou cálcio, álcool ou amônia quartenária. No caso das mãos, utilizar o álcool para desinfecção). · Evitar capinas manuais ou mecânicas para não causar ferimentos ao sistema radicular. Na medida do possível, dê preferência ao uso de herbicidas e roçadas com implementos que não causem danos às raízes da planta. · Eliminação do coração, que constitui atrativo para insetos visitadores de inflorescência como abelha irapuá Trigona spp. E vespas do gênero Polybia; · Uso de material propagativo (mudas) sadias obtidas de local livre do patógeno de produtores credenciados e de preferência utilize mudas oriundas de cultura de tecido; Realizar a desinfecção dos implementos sempre e, principalmente, quando a doença estiver presente no pomar, (tratores, roçadeiras, grades, subsolador, rotativa, tesoura de poda, canivete, etc., com produtos à base de hipoclorito de sódio ou cálcio, álcool ou amônia quartenária. No caso das mãos, utilizar o álcool para desinfecção). · · Não existem cultivares resistentes ao Moko; · A cultivar Prata Anã está menos sujeita à infecção por insetos, mas é altamente suscetível quando ocorre infecção por sistema radicular; · A cultivar Pelipita (AAB) foi recomendada na América Central para substituir a cultivar Bluggoe, que é altamente suscetível à estirpe SFR; · · Procurar manter a plantio em ótimas condições procurando fazer análise de solo de acordo com a recomendação técnica; · Procurar manter um esquema de adubação equilibrada com base nos resultados das analises foliar e de fertilidade do solo; · Plantios novos procurar implantar em solos bem drenados, com níveis bons de fertilidade e ricos em matéria orgânica; · Inspecionar, periodicamente, o plantio e erradicar as plantas com sintomas da doença, através do uso de herbicidas, depois de secas as plantas deverão ser queimadas; · Procurar iniciar o trabalho no pomar pelas plantas sadias, deixando por fim as plantas doentes; · Plantações onde a doença já está em um nível muito alto devem-se trocar a cultura. Maracujá (Passiflora edulis Sims) Tombamento, mela ou "damping off" - caracteriza-se por uma lesão no colo da plantinha, provocando seu tombamento e morte. Controle - manejo adequado da sementeira ou usando pentacloro nitrobenzeno para Rhizoctonia, benomil para Phytophthora. Fusarium e fosetyl-Al para Antracnose Agente causal: Colletotrichum gloeosporioides - ataca as folhas causando manchas pequenas, a princípio claras, circulares, rodeadas por bordos verde-escuros que mais tarde podem coalescer tornando-se pardo-avermelhadas. Os ramos apresentam manchas alongadas que se transformam em cancros. Controle - pode ser feito pela aplicação de produtos à base de oxicloreto de cobre + mancozeb, chlorotalonil ou benomil. Verrugose ou Cladesporiose Agente causaL: Cladosporium herbarum (Pers.) Link. Sintomas: - Caracteriza-se por manchas circulares, inicialmente de aspecto translúcido, cobrindo-se posteriormente por um tecido corticoso, áspero, saliente, de cor parda. Fruto: aspecto deformado Folha: limbo foliar torna-se completamente enrugado. Sintomas: aparecem também em ramos, gavinhas e pecíolos. Controle - cobertura com caldas fungicidas destacando-se os produtos à base de cobre, com periodicidade semanal sob chuvas e quinzenalmente em períodos de umidade e chuvas esparsas. Não se recomenda o controle dos frutos quando o destino dos mesmos é para a industrialização do suco pois a doença não atinge a polpa. Bacteriose, mancha oleosa Agente causal: Xanthomonas campestris pv. passiflorae Sintomas: Folhas: pequenas manchas oleosas, translúcidas, com presença de halos visíveis, encontradas principalmente ao longo das nervuras principais. - Com a evolução da doença essas lesões tornam- se deprimidas, adquirem coloração marrom e coalescem, podendo formar grandes necrosadas e causando a seca total da folha. áreas Frutos: as lesões são oleosas, pardas ou esverdeadas, circulares ou irregulares e com margens bem definidas. Essas podem coalescer ou, em casos severos, penetrar até as sementes inutilizando os frutos para o consumo. Controle: -uso de sementes e mudas sadias e de boa qualidade - uso de máquinas e equipamentos limpos. - rotação de cultura com espécies não hospedeiras por um período mínimo de três anos reduz o potencial de inóculo. - tratamento preventivo com uso de antibióticos e aplicação de fungicidas cúpricos. Podridão do colo Agente causal: Fusarium Phytophthora parasitica solani e - manchas escurecidas e úmidas que depois apodrecem lesionando inclusive o cilindro central do caule. A lesão pode se desenvolver para cima ou para as raízes. Folhas: tornam-se murchas, amareladas e quando a lesão envolve totalmente o diâmetro do caule a planta morre. Controle - não plantar em solos compactados, - não usar grade, - evitar ferimentos nas operações da capina, - retirar as lesões iniciais, - raspar a área afetada e aplicar pasta bordaleza, no momento do plantio, mergulhar as raízes até 20 cm acima do colo, em uma solução de metalaxil (200 g/100 1 água); - erradiação das plantas e sua imediata destruição pelo fogo. Mamoeiro - Carica papaya L Podridões de Phytophthora Agente causal: P. parasita Em solos argilosos e mal-drenados e em condições de umidade e temperatura elevadas há o apodrecimento do colo e raízes, amarelecimento de folhas e queda de frutos. Controle: erradicar plantas afetadas, - evitar plantio em solos pesados - controle químico com Fosetyl-Al. Viroses: Mosaico - caracterizada pelo amarecimento das folhas mais novas que se tornam rugosas seguindo-se clareamento das nervuras; posteriomente a lamina da folha apresenta porções amarelas misturadas com verdes (mosaico). Controle preventivo: treinar pessoal para reconhecimento da doença, localizar viveiros em áreas bem distantes de mamoais, erradicar e ou evitar o plantio de solanaceas (beringela, pimenta, fumo), brassicaceae (repolho, couve), abobora, melão, melancia, pepino, próximo de áreas com momoeiros, vistoriar plantio 2-3 vezes por semana erradicarndo plantas doentes. Antracnose Agente causal: Colletotrichum gloesosporioides, ocorre em frutos em qualquer fase do seu crescimento maduros). (tem preferência por frutos Sintomas: Pontos negros aparecem e transformam-se em lesões deprimidas com até 5cm de diâmetro. - Lesões velhas produzem esporulação rósea intensa. Controle: enterrar frutos atacados, colhé-los ainda verdoengos, desinfetar galpões e vasilhames de transporte e pulverizar frutos quinzenalmente com fungicidas à base de cobre ou mancozeb (3-8l. calda/planta). Pinta Preta ou Varíola do mamoeiro Agente causal: Asperisporium caricae Sintomas -Inicia-se nas folhas inferiores da planta, mas algumas vezes pode começar nas folhas novas e nos frutos. - Na parte inferior das folhas, o fungo desenvolve frutificações pulverulentas, circulares e levemente angulosas. -Manchas têm coloração cinza clara no centro, cercadas por linhas concêntricas, de margens marrom-escuras ou pretas. - Na face superior das folhas, ocorrem pequenas manchas de forma arredondada, de cor pardo- clara, cercadas por um halo amarelo. Quando ocorre intenso ataque da doença, os sintomas podem ser amarelecimento, queda prematura das folhas, e retardamento crescimento e da vitalidade das plantas. do -Doença aparece inicialmente nas folhas mais velhas, deve-se monitorar o pomar localizando as lesões que aparecerem neste tipo de folha, as quais devem ser retiradas e destruídas no local, não devendo ser arrastadas evitando-se a dispersão de esporos. pelo pomar, - devem começar quando a lesão inicial ainda temcoloração pardacenta. -Realizando-se um efetivo controle das lesões nas folhas, não é necessário pulverizar os frutos A queda de grande quantidade de folhas pode provocar queimaduras nos frutos, devido ao contato direto com o sol Os primeiros sintomas da doença nos frutos verificam-se quando estes, ainda pequenos e verdes, apresentam nos tecidos áreas circulares com aspecto encharcado, em cujo centro notam-se tornando-se salientes . pontos posteriormente esbranquiçados, pardacentos e O tamanho das manchas acompanha o desenvolvimento dos frutos, adquirindo coloração mais escura e atingindo apenas a camada externa do fruto, que fica mais endurecida, porém sem alcançar a polpa