AS CALAMIDADES
NA VISÃO ESPÍRITA
Elaborado por:
João Paulo Bittencourt Cardozo
QUESTÃO ATUAL E SEMPRE PRESENTE

TERREMOTO NO
JAPÃO

11 de março de 2011

Magnitude de 9 graus

9.737 mortos e 16.501
desaparecidos
QUESTÃO ATUAL E SEMPRE PRESENTE

TERREMOTO NO HAITI

12 de janeiro de 2010

Magnitude de 7 graus

Estimativa entre 100 e
200 mil mortos
QUESTÃO ATUAL E SEMPRE PRESENTE
 Revolta
na Líbia
 Fevereiro
2011
de
QUESTÃO ATUAL E SEMPRE PRESENTE
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL – 1939 -1945
Questão atual e sempre presente
Rio de Janeiro, 07 de
abril de 2011
Atirador ingressa
na Escola de
Ensino
Fundamental
Tasso da Silveira
e abre fogo
contra os alunos
 12 mortos e 13
feridos

Maximillian Kolbe (1894-1941)
Frade franciscano da
Polônia
 Início do outono de
1939, nazistas invadem a
Polônia
 17 de fevereiro de 1941,
foi preso
 Executado em julho de
1941, no lugar de
Francisco Gajowniczek

Vários questionamentos...
Podem as calamidades ter alguma
utilidade?
Numa mesma
calamidade
morrem bons
e maus. Será
que isso é
justo?
Será que todo
o mundo
numa mesma
calamidade
morre igual?
Será que todos os que morrem
numa grande calamidade
deveriam estar lá e morrer
mesmo?
Se Deus é tão
bom, por que
ele permite que
haja
calamidades?
SOFRIMENTO COMO UMA CONSTANTE NA
HUMANIDADE ATUAL
Todos os seres que habitam a Terra
sofrem.
Deste os animais, primeiros seres
que têm uma percepção mais
acurada,que lutam ardentemente
pela vida.
A onda de sofrimento que é infligida
à Humanidade é também
constante e permanente.
História da Humanidade é uma
constante história de sofrimento,
com imensidão de guerras,
terremotos, erupções vulcânicas,
etc.
A GÊNESE
Allan Kardec


São chegados os tempos,
dizem-nos de todas as partes,
marcados por Deus, em que
grandes acontecimentos se vão
dar para a regeneração da
Humanidade (Cap. XVIII)
Nosso globo, como tudo o que
existe, está sujeito à lei do
progresso
A GÊNESE
Allan Kardec

De duas maneiras se efetua este
progresso:
LENTA, gradual, insensível
 BRUSCA, movimento ascencional
mais rápido, períodos progressivos
da Humanidade



Às vezes PARCIAL, limitado a uma
raça ou nação
Às vezes GERAL, de toda a
Humanidade
A GÊNESE
Allan Kardec
CALAMIDADES
NATURAIS
CALAMIDADES
HUMANAS
NECESSIDADES
INDIVIDUAIS
NECESSIDADES
COLETIVAS
 737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos
destruidores?
 “Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a
destruição uma necessidade para a regeneração moral dos
Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na
escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo,
para que os resultados possam ser apreciados. Somente do
vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os
qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam.
Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias
para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de
coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido
muitos séculos.”
FLAGELOS DESTRUIDORES
• A Lei de Destruição diz com a
necessidade de tudo se destruir para
renascer num estado melhor. É tudo
transformação.
• Desde os primeiros choques de
partículas do Universo, que deram
origem a ele, esta Lei vem sendo
aplicada.
Hiroshima, Japão, 06 de agosto de
1945
Declaração Universal dos Direitos
Humanos
10 de dezembro de 1948
E não haveria processos menos drásticos e
rigorosos de a Humanidade evoluir?
• Esta a grande questão.
• Os meios estão aí,
permanentemente à disposição de
todos.
• Primeiro temos a chance de
aprender pelo amor, pois os
chamamentos a isso estão
permanentemente à nossa frente.
 738. Para conseguir a melhora da
Humanidade, não podia Deus empregar outros
meios que não os flagelos destruidores?
 “Pode e os emprega todos os dias, pois que
deu a cada um os meios de progredir pelo
conhecimento do bem e do mal. O homem,
porém não se aproveita desses meios.
Necessário, portanto, se torna que seja
castigado no seu orgulho e que se lhe faça
sentir a sua fraqueza.”
JOANNA DE ÂNGELIS
 As
leis de Deus são
irrefragáveis (...). Toda
vez que são
desrespeitadas, seja no
concerto geral ou
individual, no todo como
em qualquer parte, por
meio da agressividade
ou da desconsideração
pelos seus códigos,
a) — Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de
bem como o perverso. Será justo isso?
“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de
maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos
dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso
mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada
são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que
tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que
vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e
sobrevivem a tudo, formam o mundo real (85). Esses os filhos de
Deus e o objeto de toda a sua solicitude. Os corpos são meros
disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das
grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é
semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra,
ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O
general se preocupa mais com seus soldados do que com os
uniformes deles.”
OBRAS PÓSTUMAS

Tema "Expiações
Coletivas“: a própria
espiritualidade trabalha
para que de alguma forma
as pessoas que precisam
passar por esta
experiência estejam ali
reunidas no momento
exato em que se dê o
flagelo
 740. Não serão os flagelos,
igualmente, provas morais para o
homem, por porem-no a braços com
as mais aflitivas necessidades?
 “Os flagelos são provas que dão ao
homem ocasião de exercitar a sua
inteligência, de demonstrar sua
paciência e resignação ante a
vontade de Deus e que lhe oferecem
ensejo de manifestar seus
sentimentos de abnegação, de
desinteresse e de amor ao próximo,
se o não domina o egoísmo.”
EXEMPLO DE ANDRÉ LUIZ: AÇÃO E REAÇÃO: EQUIPE SOCORRISTA NUM
ACIDENTE AÉREO



Vários desencarnados no referido acidente
encontravam-se em posição de choque, presos
aos respectivos corpos físicos, mutilados parcial
ou totalmente, entretanto alguns
apresentavam-se em melhores condições de
lucidez consciencial.
Outros sentiam-se imantados aos próprios
restos cadavéricos, gemendo de dor e
sofrimento, e outros ainda gritavam em
desespero, mantendo-se também aprisionados
aos despojos físicos, em violenta crise de
inconsciência, numa profunda perturbação.
Os espíritos socorristas, médicos e enfermeiros
em especial, a todos atendiam com elevado
sentimento de compaixão, prestando a
assistência espiritual de acordo com a situação
de cada um.
EXEMPLO DE ANDRÉ LUIZ: AÇÃO E REAÇÃO
(COMENTÁRIOS PROF. CÍCERO MARCOS TEIXEIRA, TEXTO MORTE E
SIGNIFICADO)





1. O socorro espiritual é ministrado indistintamente a todos, sem nenhuma
exceção.
2. A expressão—"Se o desastre é o mesmo para todos, a morte é diferente para
cada um", é um ensinamento importante e merece ser assimilado.
3. Nem todos podem ser retirados dos despojos físicos, cadaverizados, logo
imediatamente.
4. A afirmação de que "Somente aquele cuja vida interior lhe outorga a
imediata liberação", é de relevante significado educativo, pois revela a
necessidade moral de se buscar o autoconhecimento e a conseqüente
emancipação psicológica e emocional indispensável para maior autonomia e
discernimento conscienciais, ainda em plena vida física (...).
5. Aquele cuja vida consciencial se manteve em desalinho, vivendo em
descompasso desarmônico com as Leis da Vida, concentrando-se no egoísmo
egocêntrico, perdendo valiosas oportunidades de amar e bem servir ao próximo
como a si mesmo, e, por conseguinte, ficando mais condicionado às
manifestações instintivas e emocionais, sem nenhuma preocupação com os
valores espirituais para o próprio crescimento e desenvolvimento consciencial,
este fica apegado ao corpo físico, não tendo condições de manter equilíbrio
harmônico e a lucidez consciencial indispensáveis à neutralização dos impulsos
de atração e imantação energética que o retém ao cadáver mutilado.
A GÊNESE
Allan Kardec
“Nestes tempos, porém, não se trata de
uma mudança parcial, de uma renovação
limitada a certa região, ou a um povo, a
uma raça. Trata-se de um movimento
universal, a operar-se no sentido do
progresso moral’.
 ‘Mas, uma mudança tão radical como a
que se está elaborando não pode realizarse sem comoções’.

A GÊNESE
Allan Kardec
‘... Os períodos de renovação moral da
Humanidade coincidem, como tudo leva a
crer, com as revoluções físicas do globo’
 ‘Somente o progresso moral pode
assegurar aos homens a felicidade na
Terra, refreando as paixões más; somente
esse progresso pode fazer que entre os
homens reinem a concórdia, a paz, a
fraternidade.’

Algumas elucubrações...
O Brasil não está somente destinado a suprir as
necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta,
mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão
consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior
celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro.
O MARTÍRIO DE LÍVIA
• Sob os aplausos delirantes e
ensurdecedores da turba numerosa,
soltaram-se os leões famintos, para a
espantosa cena de impiedade, de pavor
e sangue, mas nenhum dos apóstolos
desconhecidos, que iam morrer no
depravado festim de Nero, sentiu as
torturas angustiosas de tão horrenda
morte, porque o brando anestésico das
potências divinas lhes balsamizou o
coração dorido e dilacerado no
tormentoso momento.
O MARTÍRIO DE LÍVIA
• Ingressando na arena, Lívia ajoelhara-se defronte do
grande e suntuoso pavilhão do Imperador, onde
buscou lobrigar o vulto do esposo, pela derradeira
vez, a fim de guardar no fundo dalma a dolorosa
expressão daquele último quadro, junto da imagem
íntima de Jesus Crucificado, que inundava de
emoções serenas o seu pobre coração dilacerado no
minuto supremo. Pareceu-lhe divisar, confusamente,
na doce claridade do crepúsculo, a figura ereta do
senador coroado de rosas, como os triunfadores e,
quando seus lábios se entreabriram numa última
prece misturada de lágrimas ardentes que lhe
borbulhavam dos olhos, viu-se repentinamente
envolvida pelas patas selvagens de um monstro.
O MARTÍRIO DE LÍVIA
• Não sentira, porém, qualquer
comoção violenta e rude, que
assinala comumente o minuto
obscuro da morte. Figurou-se-lhe
haver experimentado ligeiro
choque, sentindo-se agora
embalada nuns braços de névoa
translúcida, que ela contemplou
altamente surpreendida. Buscou
certificar-se da sua posição, dentro
do circo, e reconheceu, a seu lado,
a nobre figura de Simão, que lhe
sorria divinamente, dando-lhe a
silenciosa e doce certeza de haver
transposto o limiar da Eternidade.
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As Calamidades na Visão espírita