I SIMPÓSIO DE INFECÇÃO EM TRANSPLANTES DA ABTO I SIMPÓSIO IBEROAMERICANO DE INFECÇÃO EM TRANSPLANTES Lígia Camera Pierrotti Comissão de Infecção em Transplante - COINT/ ABTO HCFMUSP - DMIP/ Serviço de Transplante Renal [email protected] Não há conflito de interesse. Familia Polyomaviridae - principais vírus JCV - associado a leucoencefalopatia multifocal progressiva nos pacientes com aids BKV - associado a cistite hemorrágica (TCTH), estenose ureteral e nefropatia (transplantados) Ambos são adquiridos na infância (infecção assintomática) e permanecem latente Alta prevalência na população adulta (>80%) Replicação do BKV e JCV na população geral: Virúria (intermitente) = 5 - 10% Idosos, gestantes, imunossuprimidos,... Ausência de viremia Ausência nefropatia 1. Polo et al. Clin Microbiol Infect 2004;10:640. 2. Egli A. et al. JInfect Dis 2009; 199: 837–846. 3. Drachenberg CB et al. Hum Pathol 2005; 36: 1245. Enxerto renal: microambiente favorável para a replicação viral Relatos de casos após outros tipos de tx Etienne et al. Transplant Proc 2000; VIREMIA (DNA) Razonable et al. J Infect Dis 2005. Limaye et al. Am J Transplant 2005; Menahem et al. Translanation 2005; Masuda et al. Acta Cytol 1998; Barber et al. Transpl Infect Dis 2006; Milstone et al. Transplantation 2004; Haririan et al. Translantation 2002; Egli et al. Am J Transplant 2010; Transplante Renal: Incidência: 1 - 10% Perda função renal: 10 - > 80% of patients Nickleit et al. J Am Soc Nephrol 1999. Replicação BKV Outros FR associados: Intensidade da IS Tratamento de RA - corticóide, terapia anti-linfocítica (ATG) Stent ureteral 2 Idoso, sexo masculino, caucasiano D+/ R – : aumento risco pós-tx?? Transmissão BKV pelo enxerto é possível.2 Decoy cell urine positive pré-tx 3 1. Hirsh et al. Transplantation 2005;79:1277. 2. Brennan et al. Am J Transplant 2005;5:582-594. 3. Hayat et al. Nephrol 2008;13:157-63. Viruria Viremia NAPV Perda Enxerto Viruria Decoy cell: 20 - 30%; DNA urina: 30 - 40% Viremia (DNA): 10 - 20% Hirsch HH. et al. N Engl J Med 2002;347:488. (Figura) NAPV: 0 - 10% Brennan DC. et al. Am J Transplant 2005;5:582-594. Bressollette-Bodin C et al. Am J Transplant 5: 1926–1933, 2005 Perda Enxerto: 0 - 100% Limaye AP et al. J Infect Dis 183: 1669–1672, 2001 Nickeleit V et al. N Engl J Med 342: 1309– 1315, 2000 Intervenção clínica baseada na monitorização da replicação viral: redução da incidência da NAPV redução da perda de enxerto renal Redução da IS resulta no clareamento da viremia e estabilização da função renal: Brenann DC et al, AM J Transplant 2005. Vasudev et al. Kidney Int 2005;68:1834-39. Alméras C et al. Transplantation 2008;85:1099-1104. Saad ER et al. Transplantation 2008;85: 850–854. Alméras C et al. Transplant Infect Dis 2011; 13:101-108. Univ. Maryland, Baltimore, USA; Univ. Basel, Switzerland; - 2003 Drachenberg1997 et al. Am J Transplant 2004; 4:2082. NAPV confirmada por bx = 90 pacientes Padrão a – alterações citopáticas virais/ nenhuma ou pouca inflamação Padrão b – alterações citopáticas virias + inflamação intersticial e atrofia tubulos renais b1 - b2 - b3: grau de acometimento renal Padrão c – pouco efeito citopático, atrofia/ fibrose tubular e inflamação crônica (estágio final) In cases of BK viremia, the antimetabolite was withdrawn and for sustained viremia, the calcineurin inhibitor was minimized. Figure 1: Patient survival at 5 years: Sustained viremia compared to no sustained viremia was associated with worse patient survival (72.7 vs. 91.5%, p = 0.044). Hardinger KL, Koch MJ, Bohl DJ, Storch GA and Brennan DC. Am J Transplant 2010; 10:407-15. 11 Secreção de IFN-gama por células mononucleares do sg periférico estimuladas por BKV Redução da IS com aumento da imunidade específica (celular e humoral) Comoli P. et al. Transplantation 2004;78: 1229 –1232. Foco pacientes de risco- quem?? Período de Vigilância Freqüência de coleta dos exames Exames de vigilância Painel Internacional de experts, Basel, Switzerland, 2003: 1 Baseado na investigação de virúria - por decoy cell ou PCR 1) a cada 3 m durante 1os 2 anos pós-tx; 2) quando piora da função renal; e 3) quando bx renal realizada. Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Transplant Work Group., 2009: 2-4 Baseado na investigação de viremia (PCR no plasma) 1) mensal durante durante 1os 3 m pós-tx; 2) a cada 3 m até 12º m pós- tx; 3) após o tratamento de rejeição aguda 1. Hirsch HH. et al. Transplantation 2005;79: 1277–1286. 2. Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Transplant Work Group. KDIGO clinical practice guideline for the care of kidney transplant recipients. Am J Transplant 2009; 9(Suppl 3): S1–S157. 3. Bia M et al. Am J Kidney Dis 56:189-218. 4. Heemann U et al. Nephrol Dial Transplant 2011; 26: 2099–2106. Replicação Viral Após as primeiras semanas pós-tx NAPV ▪ Maioria dos casos ocorre no 1o ano pós-tx; < 25% ocorre tardiamente (Hirsh et al. Transplantation 2005;79:1277) Análise retrospectiva 376 tx renal - 12 casos NAPV - todos com os três exames +. Exames no momento da bx renal. Cutoff: Virúria: > 1 X 1010; viremia: > 1 X 104. Chung BH. et al. Transplant International 2012; 25:687–695. Urine cytology screening: fortnightly from 0 to 3 mo, monthly from 3 to 6 mo, then every 2 mo from 6 to 12 mo. Sustained decoy cell positivity had plasma sent for BKV qPCR analysis. • median time until decoy cell positivity was 78 days • median time until detection of viremia was 105 days (range, 48 –360) viremia www.nature.com/bmt/journal/v41/n1/fig_tab/1705886f1.html Chakera et al. Transplantation 2011; 92. 17 Decoy cells Real-time PCR Decoy cell neg neg pos TOTAL 9 34 43 Kappa index = 0,153 (baixo grau de pos 3 45 48 concordância) TOTAL 12 79 91 Análise da decoy cell: - Sedimento urinário: após 2-3 horas da última micção (e não a primeira urina do dia); - Utilização de urina fresca, processada até 3 horas da coleta; idealmente coletada no hospital. Dados STR/ HC FMUSP • PCR baseado na detecção do RNA • 6,5×105 BKV- VP1 mRNA/ng RNA • S 100%, E 97% • VPN 100% e VPP 86% • Técnica mais difícil, menos utilizada. Dadhania D, Snopkowski C, Ding R, et al. Transplantation 2010;90(2):189-97. Cornel Medical Center, New York, NY. Difícil comparação entre os métodos in house Henry Ford Hospital Detroit, MI Estudo retrospectivo, 2008 - 2011 Biópsia renal quando aumento creat (> 0,5 mg) N = 413 pacientes (≥ 1 ano seguimento) 248 bx realizadas 31 com diagnóstico de NAPV 11/31 (35%) com viremia < 4 log10/ml 3 evoluíram com perda enxerto renal Cutoff viremia ≥ 4 log10/ml (AST) - S 64,5%, E 98%, VPP 87% e VPN 95,5%. Oral Abstract Session (1299). IDWEEK 2012, San Diego, CA. N = 246 pacientes em seguimento (tx ago/10 a out/12) NAPV: 6 casos - bx com SV40+ (2,4%) Todos com viremia sustentada > 10.000 cópias/ml Diagnóstico NAPV: 2º ao 12º mês pós-tx Um caso de perda enxerto renal (16%) Dados de Viremia Viremia Coletadas Sem Nefropatia Viremia Coletadadas Com NAPV N pacientes Máximo Minimo Media Mediana 67 94.000 6 3.062.221 0 1.751 0 0 139.710 13.050 Projeto FAPESP GB e PI-9: elevado nos casos de NAPV /perda função, semelhante aos casos de RA (e superior em relação aos casos de NAPV/ sem perda de função Co-existência infecção ou processo inflamatório ao BKV - ? GB: granzyme B PI-9: proteinase inhibitor-9 Dadhania D, Snopkowski C, Ding R, et al. Transplantation 2010;90(2):189-97. O melhor diagnóstico é a vigilância. Risco para NAPV Replicação BKV Outros FR?? - IS Manejo replicação viral: Reduz risco de NAPV Reduz risco de perda do enxerto renal Estratégias de vigilância - considerar: Incidência replicação BKV e NAPV no serviço Intensidade IS (primeiros meses pós-tx, após tto de rejeição) Recursos disponíveis Agradecimento: Camila da S. Bicalho Renato dos Reis Oliveira Cristina Fink Cláudio Sérgio Pannuti Daisa Ribeiro David Elias David Neto STR - HCFMUSP LIM - Virologia - USP Crédito da Foto: Cláudio Bonesso.