Sessão 4: Introdução ao Quadro de Medição de Desempenho PEFA Novembro 2012 Agenda 1. A Abordagem Reforçada 2. O Quadro de Medição de Desempenho 3. O Relatório de Avaliação 1. A Abordagem Reforçada • Grande quantidade matérias de GFP, de trabalho efectuado em – Na maioria por agências doadoras – Grande montante de conhecimento gerado LIMITAÇÕES • Duplicação e Falta de Coordenação resultando numa pesada sobrecarga para os governos parceiros • Sem possibilidade de demonstrar se o desempenho da GFP no país estava a melhorar • Monitoria das reformas de GFP com foco nos inputs e actividades, mais do que no desempenho 1. A Abordagem Reforçada Agenda de Paris • Efectividade da Ajuda requer propriedade do país, incluindo coordenação dos seus parceiros. Assim chamando para a necessidade de: – Mais voz por parte do país receptor da ajuda bem como de capacidade para fazer face aos desafios dos parceiros – Melhores mecanismos para a promoção de objectivos comuns bem como de compromissos e monitoria reciproca. 1. A Abordagem Reforçada Parceria OCDE DAC sobre GFP • A Parceria “sublinha a importância de medidas proactivas por parte da comunidade doadora para fortalecer a capacidade dos países em desenvolvimento fazerem a sua gestão de finanças publicas, bem como este deverão examinar formas através das quais podem apoiar de forma efectiva os esforços do país a este respeito”. • As Orientações \ Guião da DAC “Harmonizando as Práticas dos Doadores para efectivar a entrega da Ajuda” é endossada pela Abordagem Reforçada. 1. A Abordagem Reforçada A Abordagem Reforçada em Apoio à Reforma de GFP • Um programa de reforma de GFP liderado pelo país – • Um programa de apoio coordenado dos doadores – • Incluindo uma estratégia e um plano de acção reflectindo as prioridades do país; e, implementado através das estruturas do Governo Compreendendo apoio analítico, técnico e financeiro Uma base comum de informação – Com base num quadro de medição e monitoria de resultados ao longo do tempo i.e. o Quadro de Avaliação de Desempenho PEFA 1. A Abordagem Reforçada Um programa de reforma liderado pelo país • Não existe um mapa para desenhar o programa de reforma do Governo, mas alguns aspectos devem ser considerados: – O programa de reforma do Governo reflecte as prioridades do país e não é norteado pela agenda dos doadores – A condução geral da reforma e a responsabilidade pelo programa de reforma está integrado na estrutura do Governo • Desafios: capacidade, tensão entre condicionalidade e propriedade do país 1. A Abordagem Reforçada Um programa de apoio coordenado dos doadores Programa coordenado de apoio pelos doadores em apoio à construção de capacidades Apoio Analítico Apoio Técnico Apoio analítico e aconselhamento técnico ao governo para (i) Diagnóstico de GFP (através de módulos) e, (ii) e desenvolvimento e implementação de uma estratégia e plano de acção de reforma liderada pelo país De acordo com as prioridade definidas na estratégia de reforma de GFP, os doadores disponibilizam assistência técnica e construção de capacidades, e outros apoios necessários. Desafio: Incentivos Financiamento Apoio financeiro alinhado para a implementação da estratégia de GFP (condicionaldiade alinhada). 1. A Abordagem Reforçada Implicações da Abordagem Reforçada? • A Abordagem Reforçada tem como melhoramentos nos sistemas de GFP do país: foco – Sublinhando a liderança e a propriedade do país pelos resultados • Segunda opção sobre a “melhor prática” – Base de informação comum, menos diagnósticos duplicados – Trabalho conjunto dos doadores no país, reduzindo diagnósticos – Menos ênfase nos diagnósticos, mais na criação de capacidades – Com o quadro de desempenho, mais aprendizagem sobre o que resulta e porquê 2. O Quadro de Medição de Desempenho de GFP Um conjunto padrão de indicadores de alto nível • De larga aceitação e número limitado • Medição de desempenho em relação ás características chave do sistema de GFP • Permite um seguimento e monitoria credível do desempenho e do progresso ao longo do tempo Um Relatório de Desempenho de GFP • Relatório narrativo e integrado baseado nos indicadores e na avaliação do desempenho; com base em evidencias observáveis e empíricas • Actualizado periodicamente, dependendo das circunstâncias do país e as necessidades operacionais • Contribuindo para uma avaliação coordenada • Alimenta o dialogo político governo - doadores 1. A Abordagem Reforçada () 2. O Quadro de Medição de Desempenho de GFP As componente do Quadro de Medição de Desempenho de GFP • Um conjunto de indicadores de GFP de alto nível para avaliar o desempenho – 28 indicadores para o desempenho do governo – 3 indicadores para as práticas dos doadores. • Um relatório conciso e integrado – o Relatório de Avaliação de Desempenho de GFP – Formato e conteúdo padrão – Detalha a narrativa que apoia a avaliação de cada indicador (a evidencia) – Resulta num sumário da análise total 2. O Quadro de Medição de Desempenho de GFP O Quadro disponibiliza: Uma perspectiva de alto nível de todos os aspectos dos sistemas de GFP (incluindo receita, despesa, aquisições e activos financeiros e responsabilidade) Largamente aplicável aos países em diferentes níveis de desenvolvimento Mas NÃO disponibiliza: Uma avaliação das causas do forte ou fraco desempenho i.e. os factores de capacidade Uma avaliação das políticas fiscais e financeiras DIMENSÕES DO DESEMPENHO DE UM SISTEMA DE GFP Escrutínio externo e auditoria: Credibilidade do Orçamento: O orçamento é realista e implementado como intencionado? Abrangência e Transparência: O monitoria do orçamento e o risco fiscal é abrangente? E a informação está acessível ao público? Orçamentação com base em políticas: O orçamento é preparado com consideração devida ao política do governo? 6 dimensões criticas do desempenho do sistema de GFP Existem arranjos efectivos para o escrutínio das finanças públicas? E seguimento pelo executivo? Contabilidade, registo e reporte: Registos e informações adequados são produzidos, mantidos e disseminados para efeitos de tomada de decisão, controlo, gestão e reporte? Previsibilidade e controlo na execução orçamental: O orçamento é implementado de uma forma previsível? Existe controlo e direcção na recolha e use de recursos públicos? 2. O Quadro de Medição de Desempenho de GFP FOCO DO QUADRO Focalizado nas operações do governo central Ligações com outras áreas do sector público Governos sub nacionais Empresas Públicas, – Na medida em que estas têm implicações no Governo Central 2. O Quadro de Medição de Desempenho de GFP Os 3 princípios observados no desenho dos indicadores • O desempenho do sistema agregado \ alto nível é medido – Avalia o desempenho, mas não os factores subjacentes • Perspectiva global do sistema de GFP – Receita, despesa, responsabilidades aquisições, bens financeiros e • Largamente aplicável a países em qualquer estágio de desenvolvimento, mas não intencionado à comparação entre países O Conjuntos de Indicadores de Desempenho da GFP UM CONJUNTO PADRÃO DE INDICADORES DE ALTO NÍVEL A. CREDIBILIDADE DO ORÇAMENTO: RESULTADOS GFP 1. Resultado da despesa originalmente aprovado agregada comparado com o orçamento 2. Composição do resultado da despesa comparado com o orçamento originalmente aprovado 3. Resultado da receita agregada comparado com o orçamento originalmente aprovado 4. Saldo e monitoria do pagamento de despesas em atraso UM CONJUNTO PADRÃO DE INDICADORES DE ALTO NÍVEL B. ABRANGÊNCIA E TRANSPARÊNCIA 5. Classificação do orçamento 6. Abrangência da informação incluida na documentação do orçamento 7. Extensão das operações de governo não reportadas 8. Transparência das relações fiscais inter-governamentais 9. Supervisão do risco fiscal agregado de outras entidades do sector público 10. Acesso público a informação fiscal chave UM CONJUNTO PADRÃO DE INDICADORES DE ALTO NÍVEL C. i. CICLO DO ORÇAMENTO ORÇAMENTAÇÃO COM BASE EM POLÍTICAS 11. Ordem e participação no processo de orçamentação anual 12. Perspectiva plurianual na planificação fiscal, politica de despesa e orçamentação UM CONJUNTO PADRÃO DE INDICADORES DE ALTO NÍVEL C. CICLO DO ORÇAMENTO ii. PREVISIBILIDADE E CONTROLO NA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL 13. Transparência das obrigações e responsabilidade dos contribuintes 14. Eficácia das medidas de registo dos contribuintes e avaliação fiscal 15. Eficácia na cobrança dos pagamentos de impostos 15. Previsibilidade sobre a disponibilidade de fundos para compromissos de despesas 16. Registo e gestão de saldos de caixa, divida e garantias 17. Eficácia dos controlos da folha de pagamento de salários 18. Concorrência, valor acrescentado e controlos nas aquisições 19. Eficácia dos controlos internos de despesa não salarial 20. Eficácia da auditoria interna UM CONJUNTO PADRÃO DE INDICADORES DE ALTO NÍVEL C. CICLO DO ORÇAMENTO iii. CONTABILIDADE , REGISTO E REPORTE 22. Oportunidade e regularidade na reconciliação de contas 23. Disponibilidade de informação sobre os recursos recebidos pelas unidades de prestação de serviços 24. Qualidade e oportunidade dos relatórios de execução orçamental 25. Qualidade e oportunidade das demonstrações financeiras anuais iv. ESCRUTÍNIO EXTERNO E AUDITORIA 26. Abrangência, natureza e acompanhamento da auditoria externa 27. Fiscalização do Legislativo da lei de orçamento anual 28. Fiscalização do Legislativo dos relatórios de auditoria externa UM CONJUNTO PADRÃO DE INDICADORES DE ALTO NÍVEL D. PRÁTICAS DOS DOARES D1. Previsibilidade do Apoio Directo ao Orçamento D2. Informação financeira fornecida pelos doadores sobre projectos e ajuda programática para efeitos de orçamentação e reporte D3. Proporção da ajuda que é gerida através do uso de procedimentos nacionais CALIBRAÇÃO E PONTUAÇÃO Escala pontuação de quatro pontos (A, B, C, D) Reflectindo “boas práticas” internacionalmente aceites Determinada a pontuação com início no “D” e subindo Não se deve pontuar se as evidências são insuficientes Seta ▲ Utilizado para indicador um melhoramento que ainda não permite a mudança de pontuação DIMENSÕES DOS INDICADORES A maior parte dos indicadores tem 2, 3 ou 4 dimensões Cada dimensão deve ser pontuada separadamente Agregação da pontuação das dimensões permite pontuar o indicador; dois métodos M1 ou M2, sempre especificado por indicador Pontuações Intermédias (B+, C+, D+) para indicadores multidimensionais, quando as dimensões pontuam diferentemente MÉTODO DE PONTUAÇÃO M1 ‘Elo mais fraco entre as dimensões’ (Exemplo: PI-4 Pontuação = ‘D+’) Classificação A B Requisitos Mínimos de classificação (Método de Classificação M1) (i) O montante da mora é baixo (inferior a 2% do total das despesas). (ii) Dados fiáveis e completos sobre o montante da mora são gerados por meio de procedimentos de rotina pelo menos no final de cada exercício financeiro (e incluem um perfil de idade). (i) O montante da mora constitui 2-10% das despesas totais e há evidências de que foi reduzido significativamente (isto é, mais de 25%) nos últimos dois anos. (ii) Dados sobre o montante da mora são gerados anualmente, mas talvez não sejam completos para algumas categorias de despesas identificadas ou instituições orçamentais específicas. C (i) O montante da mora constitui 2-10% das despesas totais e não há evidências de que tenha sido reduzido significativamente nos últimos dois anos. (ii) Foram gerados dados sobre o montante da mora por pelo menos um exercício especial amplo nos últimos dois anos. D (i) O montante da mora ultrapassa 19% das despesas totais. (ii) Não há dados fiáveis sobre o montante da mora nos últimos dois anos. MÉTODO DE PONTUAÇÃO M2 ‘Média das Dimensões’ (Exemplo PI-22. Score = ‘C’) Dimensão Regularidade das conciliações bancárias Requisitos mínimos para a classificação da dimensão Método de Classificação M2 Classificação = A: A conciliação bancária de todas as contas públicas centrais ocorre, no mínimo, mensalmente em níveis agregados e detalhados, geralmente nas últimas 4 semanas do período. Classificação = B: A conciliação bancária de todas as contas bancárias geridas pelo Tesouro, ocorre, no mínimo, mensalmente, geralmente nas últimas 4 semanas. Classificação = C: A conciliação bancária de todas as contas bancárias geridas pelo Tesouro ocorre trimestralmente, geralmente até 8 semanas do último trimestre. Classificação = D: A conciliação bancária de todas as contas bancárias geridas pelo Tesouro ocorre cerca de 4 vezes ao ano OU com acúmulos de vários meses. Classificação = A: A conciliação e compensação de contas e adiantamentos em aberto ocorrem cerca de 4 vezes ao ano, até um mês do final do período e com poucos saldos transferidos. Regularidade Classificação = B: A conciliação e compensação de contas e adiantamentos em aberto da conciliação ocorrem, pelo menos, uma vez ao ano até dois meses do final do período. Algumas e aprovação contas têm saldos não liquidados transferidos. Classificação = C: A conciliação e compensação de contas e adiantamentos em aberto de contas e ocorrem anualmente de modo geral, nos últimos dois meses do ano, mas um número adiantamentos significativo de contas têm saldos não liquidados transferidos. em aberto Classificação = D: A conciliação e compensação de contas e adiantamentos em aberto ocorrem anualmente com mais de dois meses de atraso, ou menos frequentemente. O Relatório de Desempenho GFP Conteúdos do Relatório de Desempenho Um relatório narrativo integrado incluindo: Introdução com o contexto da avaliação Informação sobre os antecedentes do país Evidências e justificações da pontuação de cada indicador Questões especificas do país Descrição do progresso das reformas e dos factores que as influenciam Sumário da avaliação do impacto no sistema de GFP Introdução ao RD - GFP Objectivo da avaliação – Porquê que a avaliação está a ser realizada – Para o que vai contribuir Processo de preparação da avaliação – Parceiros envolvidos, equipa de avaliação e participação do governo Metodologia utilizada para preparar a avaliação – Fontes de Informação, Uso de relatórios de diagnóstico anteriores e extensão da recolha de dados Âmbito da avaliação – Dados quantitativos sobre a estrutura do sector público em termos de unidades organizacionais e o valor da despesa a todos os níveis – Que partes do sector público cobertos pela avaliação RD-GFP – Informação do Contexto do País Situação económica do país – Inclui informação geral do país, parâmetros macroeconómicos, dados de pobreza agregados e estrutura económica Resultados orçamentais – – – – Informação sobre as metas fiscais e de despesa do Governo Dados do desempenho fiscal agregado dos últimos 3 anos Dados sobre a alocação de recursos (funcional e económico) Utilizar dados de análises existentes, por exemplo, RDP Quadro Legal e Institucional da GFP – Quadro legal e sua evolução – Instituições e suas responsabilidades RD-GFP – Avaliação do Sistema Analises norteada pelos indicadores – Descrição factual e com base em evidências do desempenho de cada indicador – Descrição das fontes de informação e das ausências de informação – Pontuação do indicador e suas dimensões com breve justificação Reporte sobre progresso (relevante a cada indicador) – Descrição de reformas recentes ou em curso – Indicação se as medidas podem afectar o desempenho (mesmo quando não reflectidos nas evidências) – Indicação de quando as medidas de reforça produzirão alterações ao desempenho Questões especificas do país – Descrição das características mais relevantes do pais para o funcionamento dos sistemas de GFP. Por exemplo, governo sub nacional, empresas públicas e gestão de receitas de industrias extractivas RD-GFP – Processo de Reforma do Governo Sumário geral das reformas mais recentes e em curso – Uma perspectiva das medidas de reforma Factores institucionais que apoiam a reforma – Ua perspectiva futura dos factores institucionais que apoiam a planificação e implementação das reformas Não é intencionado a julgar a adequabilidade das reformas nem fazer recomendações. RD-GFP - Avalição Sumária Reúne: A avaliação dentro de cada uma das 6 dimensões criticas do desempenho do sistema de GFP O impacto do desempenho do sistema de GFP nos resultados orçamentais identificados na análise: disciplina fiscal agregada, alocação estratégica de recursos e eficiência na prestação de serviços.