Atualidades – 2011/12 OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS MUNDIAIS E NACIONAIS “Atualidades” é um aspecto dos processos seletivos que procuram avaliar a capacidade dos candidatos de acompanhar as mudanças mundiais e nacionais – em suas diferentes facetas – economia, política, cultura, mídia. Geralmente seus temas envolvem temas polêmicos, que foram temas da mídia em geral. É importante estar atento à esses temas, e procurar aprofundar as informações, que muitas vezes são retratadas de forma superficial pelos meios de comunicação. A Polêmica é o combustível para o reconhecimento de um assunto atual Esse início de década está cada vez mais marcado por transformações sociais em diferentes locais do globo; pelo avanço das redes sociais – inclusive com um uso político e organizativo. Derrubada de governos na África e Oriente Médio, Desastres Naturais, Minorias buscando aceitação, Novos Países emergentes (Os BRICs) e novos líderes mundiais, Crises econômicas em diversos países são alguns dos elementos que marcam esse início de década. Acontecimentos Mundiais A premiação irritou a China, que não permitiu que nenhum representante do ativista fosse receber o prêmio em seu lugar na cerimônia em Oslo, na Noruega. Foi a primeira vez que isso aconteceu em 75 anos. Xiaobo foi condenado a 11 anos de prisão por manifestações em prol da democracia e dos direitos humanos. Ele está preso em Pequim. Sua mulher, também dissidente, cumpre prisão domiciliar. A China é hoje a segunda economia do mundo e um dos poucos regimes comunistas remanescentes do século 20. Xiaobo ficou conhecido depois do massacre da Praça da Paz Celestial em 1989, em que aderiu à greve estudantil, e por ser o principal autor da “Carta 8”, documento que pede reformas políticas em seu país. A reação do governo chinês ocorreu de duas maneiras. Externamente, usou a diplomacia para tentar boicotar a cerimônia – aderiram, entre outros, Rússia, Cuba e Venezuela. Internamente, bloqueou sites de notícias, interrompeu a transmissão do evento, reprimiu simpatizantes e criou seu próprio prêmio, o Confúcio da Paz. É o segundo ano consecutivo em que o Nobel da Paz gera polêmicas. No ano passado, o laureado foi o presidente norteamericano Barack Obama, mesmo com os Estados Unidos envolvidos em duas guerras, no Iraque e no Afeganistão. Em maio de 2012... O ativista dissidente chinês cego Chen Guangcheng deixou a China a bordo de um vôo para os Estados Unidos, disse nesta sábado o Departamento de Estado dos EUA. "Podemos confirmar que Chen Guangcheng, sua esposa e dois filhos já deixaram a China e estão a caminho dos Estados Unidos, para que possa prosseguir com os estudos em uma universidade americana," afirmou a porta-voz, Victoria Nuland, em comunicado. "Estamos aguardando ansiosos por sua chegada nos Estados Unidos ainda hoje. Manifestamos também o nosso apreço pela maneira em que fomos capazes de resolver esta questão e para apoiar o desejo do Sr. Chen para estudar nos EUA e perseguir seus objetivos." 1º. Polêmica: O dissidente chinês Liu Xiaobo foi condecorado com o prêmio Nobel da Paz. O WikiLeaks é um órgão formado por jornalistas de diversos países, que tem como objetivo divulgar documentos que mostrem principalmente aquilo que o governo Americano não quer que o mundo saiba. Foi fundado em 2006 pelo jornalista australiano Julian Assange, porém o site só atraiu atenção do mundo em abril desse ano, quando foi divulgado um video onde um helicóptero Americano assasinava diversos civis no Iraque, dentre eles estavam dois jornalistas da REUTERS. O WikiLeaks divulgou que no total foram vazados documentos enviados de 274 embaixadas e consulados Americanos em diversos países à Casa Branca. Os documentos abrangem um período que vai de 1966 até fevereiro de 2010 e serão divulgados progressivamente nos próximos meses. Certamente é o maior vazamento de informações secretas da história, porém grande parte desses documentos contém informações irrelevantes e uma espécie de “fofoca de embaixadas”. Mas isso serviu para que o governo Americano resolvesse dar um fim à organização, usando seu enorme poder político para tirar rapidamente o WikiLeaks do ar. Não adiantou pois rapidamente a gigante comunidade que está por trás do WikiLeaks começou a criar Mirrors do site em outros servidores, e atualmente já são mais de 1300 no ar. Julian Assange foi outro alvo do governo Americano que orquestrou junto de duas excolaboradoras do WikiLeaks uma acussação de assédio sexual com agravante de estupro leve (na Suécia praticar o coito sem camisinha é considero estupro leve) contra o fundador do site. O governo Americano se defende alegando que esses documentos vazados podem auxiliar terroristas no planejamento de ataques, mas isso apenas coloca mais lenha na fogueira, já que quem seriam os EUA para falar em terrorismo, depois de seus podres – tão terroristas quanto outros grupos violentos – exposto na rede mundial de computadores. 2ª. Polêmica: O Site WikiLeaks inicia a divulgação de milhares de documentos secretos americanos. É uma sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia e China, que destacaram-se no cenário mundial pelo rápido crescimento das suas economias em desenvolvimento. O acrônimo foi cunhado e proeminentemente usado pelo economista Jim O’Neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs, em 2001. A Coreia do Sul e em parte o México seriam os únicos países comparáveis com os países BRIC, de acordo com um artigo publicado em 2005, mas suas economias foram excluídas inicialmente porque já foram considerados mais desenvolvidas. O Goldman Sachs argumenta que, uma vez que estão em rápido desenvolvimento, em 2050, o conjunto das economias dos BRICs pode eclipsar o conjunto das economias dos países mais ricos do mundo atual. Os quatro países, em conjunto, representam atualmente mais de um quarto da área terrestre do planeta e mais de 40% da população mundial. O Goldman Sachs não argumenta que os BRICs se organizam em um bloco econômico ou uma associação de comércio formal, como no caso da União Europeia. No entanto, há fortes indícios de que "os quatro países do BRIC têm procurado formar um "clube político" ou uma "aliança", e assim convertendo "seu crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica." Em 16 de junho de 2009, os líderes dos países do BRIC realizaram sua primeira reunião, em Ecaterimburgo, e emitiram uma declaração apelando para o estabelecimento de uma ordem mundial multipolar. 3º. Polêmica: Os Brics – Brasil, Rússia, Índia e China apontam como possíveis novas potências... Será? A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos laicicistas e democráticos do Mund o Árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e, em pouco casos apoiados pelo exército, foram causados por fatores demográficos estruturais, condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários revelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos divulgados pelo WikiLeaks. Estes regimes, nascidos dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 50 e 70 foram se convertendo em governos repressores e corruptos e autoritários. Outras causas são as más condições de vida, desemprego, a injustiça política e social de seus governos, a falta de liberdades, a alta militarização dos países, a falta de infraestruturas Estas revoluções não puderam ocorrer antes, pois, com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não eram permitidas nesses países. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo processo da globalização,que difundiu as idéias do Ocidente. Com a chegada da internet e das redes sociais, a juventude passa a achar outros canais de organização política que tais governos não conseguem controlar – não é a toa que essas revoluções tem como marca a participação da juventude . 4º. Polêmica: Revoltas no mundo Islâmico – a busca pela democracia e por melhores condições de vida . Devastação. A costa nordeste do Japão foi devastada no dia 11 de março por um terremoto de magnitude 8,9, seguido por um tsunami. Tal incidente natural gerou falhas explosões nos reatores de uma usina nuclear em Fukushima, no nordeste, a 250 quilômetros de Tóquio. Tal tragedia manteve a discussão sobre desastres naturais (ou possíveis desequilíbrios causados pelo uso abusivo do homem com relação a natureza) e sobre o quanto é realmente seguro uma Usina Nuclear. 5ª. Polêmica – Terremoto e Tsunami no Japão – A ameaça nuclear volta a assustar. Osama bin Laden foi morto no dia 1º. de maio por forças especiais da Marinha dos EUA. Ele estava escondido em uma cidade próxima à Islamabad, capital do Paquistão. O saudita, de 54 anos, era o homem mais procurado no mundo e responsável pelo maior ataque terrorista cometido em solo americano. A morte de Bin Laden foi anunciada pelo presidente Barack Obama a poucos meses do aniversário de dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001. Ele foi morto com dois tiros, na cabeça e no peito, e teve o corpo sepultado no mar. O fim do terrorista foi comemorado nos Estados Unidos, que entrou em alerta contra eventuais retaliações da Al Qaeda. A operação militar provocou uma tensão diplomática entre Estados Unidos e Paquistão. O governo paquistanês só soube da invasão à fortaleza do líder terrorista após o término da ação, enquanto os americanos questionaram a ignorância do paradeiro do saudita por parte dos paquistaneses. As consequências da morte de Bin Laden, porém, ainda são incertas. Há anos, sua influência sobre a Al Qaeda era mais simbólica do que efetiva. As revoltas em países árabes, porém, apontam para um destino mais democrático para o mundo muçulmano, bem distante dos ideais do terrorista morto. 6ª. Polêmica: A morte de Bin Laden Neste começo de 2011, os preços dos gêneros alimentícios atingiram o pico pela segunda vez em menos de quatro anos. A crise dos alimentos é fruto do desequilíbrio na relação econômica entre oferta e procura. Há uma redução na oferta de produtos e uma maior procura, o que encarece as mercadorias. Os principais fatores que geraram este desequilíbrio, do lado da demanda, são: --Crescimento da população mundial, que hoje é de 6,9 bilhões. --Aumento do consumo de alimentos em países em desenvolvimento. --Elevação do preço do barril de petróleo, que estimulou os investimentos em biocombustíveis a base de grãos. E, no lado da oferta: --Limites de recursos naturais (terra e água). --Mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Como consequência, a crise dos alimentos provocou: --A queda de 44 milhões de pessoas abaixo do limite da pobreza (US$ 1,25 dólar por dia). --Protestos no Oriente Médio e Norte da África, que já derrubaram dois ditadores. Por isso, as potências mundiais discutem soluções como pacotes de estímulo à agricultura e implementação tecnológica. 6ª. Polêmica: A Crise dos Alimentos Após uma crise iniciada no setor bancário e imobiliário NorteAmericano em 2008 (a crise dos sub-primes), vários bancos quebraram, gerando um sequência em massa de fechamento de grandes empresas e bancos. A Europa, com a zona do Euro instituída também foi afetada pela Crise, e os Estados deixam de lado a teoria Neo-liberal e passam a socorrer os banqueiros e outros grandes investidores do setor financeiro e industrial. Tal dinheiro estatal injetado na iniciativa privada, viria por diminuir a capacidade de investimento estatais no setor público europeu e americano, afetando principalmente países menos industrializados da zona do Euro como Irlanda, Grécia, Portugal, que possuem um grande endividamento público e pouca capacidade de inovação produtiva. Todo esse contexto vem criando um ciclo recessivo que ameaça a zona do Euro, bem como a organização do Capitalismo Financeiro atual. 7º. Polêmica: Crise Econômica no Capitalismo Central – A Crise Americana e a Crise do Euro. UE (União Europeia) aprovou, no dia 9 de maio de 2010, um fundo emergencial de 750 bilhões de euros (R$ 1,7 trilhão) para salvar a Grécia de uma crise fiscal que ameaçava colocar a Europa em nova crise econômica. A Grécia gastou muito além do que seu orçamento permitia nos últimos anos. Para pagar as contas, o Estado contraiu empréstimos com instituições bancárias. E, para piorar a situação, a crise de 2008 provocou desemprego e queda de receitas. Com o objetivo de equilibrar as contas, o governo anunciou um pacote que congela salários e aumenta impostos. Foi o que causou violentas manifestações em Atenas, que deixaram três mortos no dia 5 de maio. O que tornou inevitável a ajuda para resgatar a economia grega foi o risco de que a crise se espalhasse pela Europa, afetando, principalmente, países em situações fiscais semelhantes, como Irlanda, Espanha e Portugal. 8ª. Polêmica: Crise do Euro – Origens e Consequências. Occupy Wall Street ('Ocupe Wall Street') é um movimento de protesto contra a influência empresarial e financeira na sociedade e no governo dos Estados Unidos. O movimento se posiciona também contra a impunidade dos responsáveis e beneficiários da crise financeira mundial. As manifestações foram inicialmente convocadas pela revista canadense Adbusters e inspira-se nos movimentos árabes pela democracia, especialmente os protestos na Praça Tahrir, no Cairo, que resultaram na Revolução Egípcia de 2011. A denúncia de que o megainvestidor George Soros seria um financiador do movimento foi desmentida pela própria agência que divulgara a versão. As mobilizações começaram no dia 17 de setembro de 2011 e ainda continuam. No 1º de outubro, o protesto mobilizou de cinco a dez mil pessoas. Uma onda de protestos semelhantes ocorre em diversas outras cidades nos Estados Unidos (Boston, Chicago, Los Angeles, Portland, São Francisco, entre outras), na Europa e em outras partes do mundo. A estratégia do movimento é manter uma ocupação constante de Wall Street, o setor financeiro da cidade de Nova Iorque, em protesto contra a desigualdade social, a ganância empresarial e o sistema capitalista como um todo. As pessoas se organizam em assembleias gerais, nas quais todas podem falar e participar das decisões coletivas. Os manifestantes indicaram que a ocupação será mantida "pelo tempo que for necessário para atendimento às demandas." 9º. Polêmica: A Reação Popular Americana: Ocupe Wall Street. O Stop Online Piracy Act (em tradução livre, Lei de Combate à Pirataria Online), abreviado como SOPA, é um projeto de lei da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de autoria do representante Lamar Smith e de um grupo bipartidário com doze participantes. O projeto de lei amplia os meios legais para que detentores de direitos de autor possam combater o tráfico online de propriedade protegida e de artigos falsificados. No dia 20 de janeiro, amar Smith suspendeu o projeto. Segundo ele a suspensão é "até que haja um amplo acordo sobre uma solução". O projeto tem sido objeto de discussão entre seus defensores e opositores. Seus proponentes afirmam que proteger o mercado de propriedade intelectual e sua indústria leva a geração de receita e empregos, além de ser um apoio necessário nos casos de sites estrangeiros. Seus oponentes alegam que é uma violação à Primeira Emenda, além de uma forma de censura e irá prejudicar a Internet, ameaçando delatores e a liberdade de expressão. 10ª. Polêmica: V de Vigança: A discussão sobre a liberdade de expressão na internet e o ativismo virtual e anônimo. A população mundial atingiu os 7 bilhões de habitantes no dia 31 de outubro, segundo estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas). A China é hoje o país mais populoso do mundo, com 1,35 bilhão de pessoas, seguida da Índia, com 1,24 bilhão. As projeções indicam que, em 2050, serão 9,3 bilhões de habitantes no planeta, índice que atingirá os 10 bilhões até o final do século, antes de estabilizar. O aumento ocorrerá principalmente em países africanos que registram altas taxas de fertilidade. O ritmo acelerado de crescimento populacional impõe desafios para garantir uma convivência mais equilibrada nos centros urbanos, nas próximas décadas. O problema não é acomodar tanta gente: há espaço de sobra. As questões envolvem o balanço entre população idosa e jovem, uso de recursos naturais, fluxo migratório e desenvolvimento sustentável em zonas urbanas, que concentrarão 70% da população mundial. No Brasil, com 192 milhões de habitantes, há uma tendência para o envelhecimento da população. Na última década, projeções apontam uma tendência de queda para índices de fecundidade próximos aos registrados em países europeus. Outro desafio é a vida em centros urbanos: o Brasil, com 85% da população vivendo nas cidades, é um dos países mais urbanizados do mundo. 11a. Somos 7 bilhões de pessoas no mundo. Novo diálogo com Irã pode ser última cartada diplomática antes de ação militar A União Europeia (UE) anunciou nesta terça-feira uma nova rodada de negociações entre um grupo de seis potências internacionais e o Irã em torno do programa nuclear do país.Para o especialista em assuntos diplomáticos e de defesa da BBC, Jonathan Marcus, este pode ser o último esforço diplomático para resolver a crise em torno do programa nuclear iraniano. Se ele falhar, segundo Marcus, uma ação militar se tornará muito mais provável.No anúncio, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse ter respondido a uma correspondência do Irã, em nome dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha.O negociador iraniano, Saeed Jalili, enviou a carta no mês passado, com a proposta de diálogo. Nenhuma data ou local foi definido ainda.A medida ocorre em meio a especulações de preparativos para um ataque militar contra as instalações nucleares iranianas. O Irã insiste que o seu programa atômico tem fins pacíficos, mas as potências ocidentais temem que o país esteja construindo armas nucleares. Marcus afirma que, com os sinais de sanções econômicas e de um possível conflito militar, as autoridades de Teerã estão indicando sua vontade de voltar ao caminho da diplomacia. O especialista da BBC afirma ainda que, acima de tudo, os diplomatas ocidentais estão buscando sinais claros de que a iniciativa iraniana é séria, e não simplesmente uma tática de dissimulação. 12a. Irã e a Questão Nuclear. Foram iniciados como uma mobilização social e midiática, exigindo maior liberdade de imprensa, direitos humanos e uma nova legislação. A Síria tem estado em estado de emergência desde 1962, que efetivamente, suspende as proteções constitucionais para a maioria dos cidadãos. Hafez alAssad esteve no poder por trinta anos, e seu filho, Bashar al-Assad tem mantido o poder com mão firme nos últimos dez anos. Os protestos começaram em frente ao parlamento sírio e a embaixadas estrangeiras emDamasco. O presidente Bashar al-Assad afirmou que seu país está imune a todos os tipos de protestos em massa como os que ocorreram no Cairo, Egito.Os protestos em 18 e 19 de março foram os maiores que ocorreram na Síria em décadas, tendo as autoridades sírias respondido com violência contra os manifestantes. O Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon, chamou o uso da força letal de "inaceitável". Após a morte de mais de oitenta rebeldes sírios, a União Europeia, representada por Catherine Ashton, classificou a situação do país como "intolerável" e solicitou que reformas ocorram na Síria. Em resposta aos protestos, o governo sírio enviou suas tropas para as cidades revoltosas com o objetivo de encerrar a rebelião.O resultado da repressão e dos enfrentamentos com os protestantes acabou sendo de centenas de mortes, a grande maioria de civis.Muitos militares se recusaram em obedecer às ordens de suprimir as revoltas e manifestações, e alguns sofreram represálias do governo por isso.No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado. Em 23 de agosto de 2011, a oposição finalmente se uniu em uma única organização representativa formando o chamado Conselho Nacional Sírio. Os combates então se intensificaram, assim como as incursões das tropas do governo em áreas controladas por opositores. De acordo com um relatório da ONU, a luta está rapidamente se transformando numa guerra civil Segundo informações de ativistas de direitos humanos dentro e fora da Síria, o número de mortos no levante popular passa de 11 mil.Outras 100 mil pessoas teriam sido detidas pelo governo. Revoltas na Síria Dossiê Primavera Árabe. Líbia Protestos contra o regime de Muamar Khadafi deixaram um número não confirmado de mortos e feridos desde o dia 16 de fevereiro. O grupo de defesa de direitos humanos Human Rights Watch afirmou que 233 pessoas morreram no país desde o início dos protestos, mas o governo afirma que os relatos são "exagerados. Benghazi, segunda maior cidade do país, foi o principal foco de revoltas e de violência. Testemunhas afirmaram que forças de segurança usaram metralhadoras e artilharia pesada contra multidões. Os protestos se espalharam para a capital, Trípoli, no dia 20 de fevereiro. O filho de Khadafi, Saif al-Islam, advertiu em pronunciamento pela TV para o risco de uma guerra civil poderia atingir o país. O governo bloqueou a internet e vem dificultando o trabalho da mídia estrangeira, o que torna difícil ter uma idéia da proporção real dos distúrbios no país. Protestos são proibidos na Líbia, mas a revolta foi detonada pela prisão de um advogado conhecido por ser um crítico aberto do governo. Khadafi é o líder há mais tempo no poder na África e no Oriente Médio - desde 1969 - e um dos mais autocráticos. Dossiê Primavera Árabe. Bahrein A monarquia sunita que governa o país ofereceu diálogo com representantes da maioria xiita do Bahrein, após dias de protestos na principal praça da capital, Manama. Após usar tropas para dispersar manifestantes da Praça Pérola no dia 17 de fevereiro - em uma operação que deixou quatro mortos ao menos - o governo parece ter recuado, permitindo que os manifestantes reocupassem a praça. O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu calma ao Bahrein, que é um país estrategicamente importante para os EUA. O rei Hamad pediu a seu filho mais velho, o príncipe regente Salman, que dê início a um "diálogo nacional" para pôr fim à revolta. Representantes de alto escalão do principal grupo político xiita do país, Wefaq, pediram a renúncia do governo. Entre outras demandas está a libertação dos presos políticos e conversas sobre uma nova Constituição. Manifestantes xiitas reclamam de problemas econômicos, falta de liberdade política e discriminação no mercado de trabalho a favor de sunitas. Dossiê Primavera Árabe. Marrocos O principal grupo de oposição do Marrocos afirmou que a "autocracia" será varrida do país, se reformas econômicas profundas não forem implementadas. O país enfrenta vários problemas econômicos. O governo anunciou um aumento nos subsídios do Estado para tentar conter o aumento no preço das commodities. No começo do ano, a reputação do Marrocos foi atingida quando o site Wikileaks revelou documentos com acusações de corrupção na família real e entre pessoas próximas ao rei Mohammed 6º. O rei diz que a luta contra a pobreza no país é uma prioridade, o que lhe valeu o epíteto de "guardião dos pobres". A liberalização da economia atraiu investimentos estrangeiros, e as autoridades afirmam que estão realizando melhorias em favelas e áreas rurais do país. Mas organizações não-governamentais dizem que pouco mudou, que a pobreza e o desemprego ainda são grandes no país. O Marrocos vem sendo atingido por greves, nos setores público e privado. O Marrocos, como Egito e Argélia, dá pouco espaço para a liberdade de expressão e até agora tem sido capaz de conter protestos maiores. Assim como a Jordânia, o país é uma monarquia, que tem apoio de grandes setores da população. Dossiê Primavera Árabe. Argélia Protestos esporádicos vêm acontecendo no país desde o começo de janeiro, com manifestantes pedindo a renúncia do presidente Abdelaziz Bouteflika. Grupos de manifestantes se uniram em seu movimento contra o governo, incluindo pequenos sindicatos e partidos políticos menores. O gatilho para os protestos parece ter sido principalmente econômico - em particular o aumento acentuado no preço dos alimentos. No começo de fevereiro o presidente Bouteflika prometeu suspender o estado de emergência - em vigor no país desde 1992 - em um "futuro próximo", mas ainda não o fez. O governo da Argélia conta com riqueza considerável vinda de suas exportações de petróleo e gás, e tenta responder a reclamações econômicas e sociais com um grande programa de gastos públicos. Dossiê Primavera Árabe. Tunísia Protestos continuam na Tunísia apesar da decisão do presidente Zine al-Abidine Ben Ali de renunciar em janeiro. Ele deixou o país após semanas de manifestações e choques entre manifestantes e a polícia. O gatilho foi o ato desesperado de um jovem desempregado, no dia 17 de dezembro. Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo, quando autoridades de sua cidade impediram-no de vender legumes nas ruas de Sidi Bouzid sem permissão. O gesto detonou protestos que se espalharam pelo país. A resposta violenta das autoridades - com a polícia abrindo fogo contra manifestantes - parece ter exacerbado a ira da população e fomentado novos protestos, que terminaram levando à derrocada do presidente. O presidente do Parlamento, Foued Mebazaa, foi empossado como presidente interino, e pediu ao premiê Mohammed Ghannouchi, chefe do governo desde 1999, para formar uma coalizão nacional. O premiê também prometeu abandonar o poder após eleições, que deverão ser realizadas dentro de seis meses. Dossiê Primavera Árabe. Jordânia Milhares de jorndanianos saíram às ruas ao longo das últimas cinco semanas, pedindo melhores perspectivas de emprego e redução nos preços de alimentos e combustível. Em resposta, o rei Abdullah 2º demitiu o primeiro-ministro Samir Rifai, acusando-o de promover reformas lentas. Marouf al-Bakhit, ex-general do Exército e embaixador do país em Israel, foi nomeado em seu lugar. Um novo gabinete com 26 integrantes foi empossado no dia 10 de fevereiro. O Reino Hachemita da Jordânia é um país pequeno, com poucos recursos naturais, mas desempenha um papel crucial na luta por poder no Oriente Médio. A morte do rei Hussein, que governou por 46 anos, deixou a Jordânia na briga pela sobreviência econômica e social, assim como pela paz regional. Seu filho, Abdullah, que o sucedeu no trono, enfrenta o desafio de manter a estabilidade e atender a demandas por reforma. Um plano para mudanças políticas, econômicas e sociais de longo prazo - conhecido como Agenda Nacional - ainda não foi implementado. Dossiê Primavera Árabe. Egito Centenas de milhares de pessoas se reuniram no Cairo no dia 18 de fevereiro para marcar uma semana da queda do presidente Hosni Mubarak O líder de 82 anos renunciou no dia 11 de fevereiro, após 18 dias de protestos. Ele estava no poder desde 1981. O Egito há muito vinha sendo um centro de estabilidade em uma região volátil, mas isso mascarava problemas, que vieram à tona nas demandas de manifestações populares contra o governo de 30 anos de Mubarak, no dia 25 de janeiro. Os principais gatilhos foram pobreza, inflação, exclusão social, raiva contra a corrupção e o enriquecimento da elite política do país. Com Mubarak fora do jogo, as Forças Armadas do país assumiram o poder através de um Conselho Militar, que governará pelos próximos seis meses, até que eleições sejam realizadas. O grupo islamista conservador Irmandade Muçulmana tem chances de ter um bom desempenho em quaisquer eleições livres e justas, mas temores de que o timão político no Egito se volte para o lado do conservadorismo islâmico é a principal fonte de preocupação do Ocidente e de Israel. Dossiê Primavera Árabe. Irã O governo iraniano convocou uma manifestação para a sexta-feira 18 de fevereiro para manifestar seu repúdio à oposição do país.O chamado se seguiu a manifestações organizadas pelas duas principais figuras de oposição ao governo em apoio a protestos em países vizinhos. O protesto rapidamente se transformou em uma manifestação antigoverno, que deixou dois mortos e vários feridos.O sistema político complexo e incomum do Irã combina elementos de uma teocracia islâmica com democracia.Uma rede de instituições não sujeitas a voto popular e controladas pelo altamente poderoso Líder Supremo do país tem como contrapartida um presidente e um Parlamento eleitos pelo povo. O presidente Mahmoud Ahmadinejad, eleito em 2005, é um adepto da linha-dura, que prometeu reprimir qualquer protesto contra o regime. Ele acusou manifestantes de querer "manchar o brilhantismo nacional iraniano". Dossiê Primavera Árabe. Arábia Saudita Um dos países mais insulares e pios do Oriente Médio, a Arábia Saudita deixou de ser um reino desértico e pobre para tornar-se uma das nações mais ricas da região, graças a seus vastos recursos petrolíferos. Mas seus governantes enfrentam a tarefa delicada de responder a pressões por reforma e, ao mesmo tempo, combater o problema crescente da violência extremista islâmica. A família real saudita sempre tentou preservar a estabilidade na região e reprimir extremistas islâmicos. Movimentos de oposição são proibidos no país. Regionalmente, o país é importante, com o rei Abullah Bin-Abd-al-Aziz Al Saud visto no mundo árabe como um defensor dos interesses árabes. Foi para a Arábia Saudita que o líder deposto da Tunísia, Zine al-Abidine Ben Ali, fugiu em janeiro. Manifestantes em Sanaa, capital do Iêmen Dossiê Primavera Árabe. Iêmen Após dias de protestos, o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou, no dia 2 de fevereiro, que não concorreria a outro mandato, após três décadas no poder. Ele também disse ao Parlamento que não passaria o poder a seu filho, afirmando: "Nenhuma extensão, nenhuma herança, nenhum cronômetro zerado". Mas os protestos continuam, com pessoas saindo às ruas nas cidades de Sanaa, Aden e Taiz. Manifestantes antigoverno pedindo reformas políticas entraram em choque com grupos leais ao governo, e a polícia foi enviada para reprimir manifestações. O Iêmen é o país mais pobre do mundo árabe, onde quase metade da população vive com menos de US$2 por dia. ONU - Os principais objetivos da ONU são: manter a paz e a segurança internacionais; desenvolver relações amistosas entre as nações, com base nos princípios de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos; promover a cooperação internacional em assuntos econômicos, sociais, culturais e humanitários. Organizações Mundiais OTAN - Como objetivos principais da OTAN, na atualidade, podemos citar: garantir a segurança militar no continente europeu e exercer influências nas decisões geopolíticas da região. Países membros: Alemanha Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia, Países Baixos, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia, Hungria, Polônia, República Checa, Bulgária, Estónia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e a Eslovênia. BANCO MUNDIAL - Tem como objetivo fornecer assistência técnica e financiamento para os programas de redução da pobreza nas áreas de saúde, agricultura e infra-estrutura básica. É composto por 184 países membros. Sede: Washington DC, EUA O Banco Mundial é composto pelo BIRD e pela AID, que são duas das cinco instituições que compõem o Grupo Banco Mundial: BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento AID - Associação Internacional de Desenvolvimento IFC - Corporação Financeira Internacional AMGI - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos CIADI - Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos Organizações Mundiais FMI - O objetivo geral do FMI é estimular a cooperação internacional, facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio mundial, promover a estabilidade cambial e colaborar para o estabelecimento de um sistema de pagamentos internacionais e para a eliminação de restrições cambiais. Um outro de seus objetivos é que torna o Fundo mais conhecido (ou temido). Numa tradução livre, "incutir confiança aos países membros, disponibilizando temporariamente, sob adequadas salvaguardas, recursos para que possam corrigir desequilíbrios em seus balanços de pagamentos, sem que tenham que recorrer a medidas destrutivas da prosperidade nacional ou internacional Sede em Washgnton D.C. possui atualmente 182 paises membros O G-20 tem uma vasta e equilibrada representação geográfica, sendo atualmente integrado por 23 Membros: 5 da África (África do Sul, Egito, Nigéria, Tanzânia e Zimbábue), 6 da Ásia (China, Filipinas, Índia, Indonésia, Paquistão e Tailândia) e 12 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela). G8 é um grupo internacional que reúne os sete países mais industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo, mais a Rússia. Todos os países se dizem nações democráticas: Estados Unidos, Japão, Alemanha,Reino Unido, França, Itália e o Canadá (antigo G7), mais a Rússia - esta última não participando de todas as reuniões do grupo. Principais Indicadores Socioeconômicos Indicadores Sociais e Econômicos - Produto Interno Bruto (PIB): É a soma de bens e serviços produzidos por uma nação no decorrer de um ano. Ajuda a medir a capacidade de produção de um país: quanto maior o PIB, mais rica é a nação. - Produto Nacional Bruto (PNB):É a soma de bens e serviços produzidos por uma nação no decorrer de um ano, mais o capital nacional que está no exterior, de cujo valor é subtraído o capital que foi enviado para fora do país nesse período. Normalmente, os países pobres possuem um PIB maior que o PNB. - Renda per capita:É o PIB de um país dividido pelo número de seus habitantes. Não configura a realidade porque é uma estimativa média da renda anual de cada habitante. - Mortalidade infantil: Indica o número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade, para cada grupo de l 000 crianças que nasceram vivas. Quanto maior o índice de mortalidade infantil, piores as condições sociais do país. Lembre-se de que é um valor médio. - Expectativa de vida: É a estimativa do tempo de vida que os habitantes de um país deverão ter. Quanto melhores as condições sociais, maior a esperança ou expectativa de vida. Também é um valor médio. - Escolaridade: Mede o grau de instrução da população, Quanto mais tempo de estudo, melhores os indicadores sociais do país. . Indicadores Sociais e Econômicos O índice de Desenvolvimento Humano (IDH E considerado o indicador socioeconômico mais amplo e mais completo porque leva em conta três aspectos: a expectativa de vida, o grau de escolaridade e a renda percapita. O IDH é uma média dos valores que correspondem ao conjunto desses três aspectos e varia de O a l. Quanto mais próximo de l, melhor o IDH de uma nação. Analisando e comparando esses indicadores, é possível classificar os países em ricos ou pobres, desenvolvidos ou subdesenvolvidos, com elevado, médio ou baixo IDH. Podemos constatar que as menores rendas per-capita, os menores PIBs e os mais baixos índices de desenvolvimento humano estão em países subdesenvolvidos, Por outro lado, as nações européias, o Japão e os Estados Unidos, países desenvolvidos, apresentam situações inversas Indicadores Sociais e Econômicos Desenvolvido pelo matemático italiano Corrado Gini, o Coeficiente de Gini é um parâmetro internacional usado para medir a desigualdade de distribuição de renda entre os países. O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de renda. Quanto mais próximo do um, maior a concentração de renda num país. O índice Gini é apresentado em pontos percentuais (coeficiente x 100). O Índice de Gini do Brasil é de 54,4 (ou 0,544 relativo ao ano de 2008, divulgado em 2009) o que demonstra que nosso país tem uma alta concentração de renda. Índice de Gini de outros países: - Argentina: 49 (2007) - China: 47 (2007) - Alemanha: 27 (2006) - México: 47,9 (2006) - Paraguai: 56,8 (2008) - Noruega: 25 (2008) - Portugal: 38,5 (2008) - Estados Unidos: 45 (2007) - França: 32,7 (2008) Risco-País E as Agências de Classificação de Risco. O conceito risco-país engloba diversas categorias de risco que podem ser associadas a um país. As principais categorias estudadas quando da avaliação do risco apresentado por um páis são: risco político, risco mercadológico e risco geográfico. O risco político se refere à possibilidade de que o governo do país em questão, tome medidas adversas aos investimentos realizados. Alterações em regulamentação e tributação são a forma mais comum de um governo local afetar negócios estrangeiros no país. Mas o conceito também inclui riscos mais esporádicos e muito mais significativos como os riscos de desapropriação ou nacionalização de ativos, de calotes em contratos, de desordem pública por inépcia governamental e até de golpe de Estado, terrorismo ou guerra civil. O risco mercadológico refere-se à possibilidade de fatores de mercado impactarem valores ou preços de forma a influenciar os investimentos realizados. Ou seja, quando valores ou preços dos ativos financeiros, das taxas de juros, da moeda (ou câmbio) ou dos insumos básicos para produção se alteram em função de forças de mercado exógenas ao investimento gerando impacto negativo no mercado do país em questão. O risco geográfico se refere à possibilidade de fatores geológicos, climáticos e geopolíticos influirem negativamente nos investimentos estrangeiros. Desastres naturais, tensões diplomáticas e conflitos internacionais podem impactar significativamente o valor dos investimentos quando ocorrem. Agências de classificação de risco - as quais destacam-se Moody´s, Standard & Poor´s e Fitch Ratings. Essas agências se dedicam à análise do risco-país associado a investimentos em ativos financeiros, tais como títulos e ações. Por meio da análise das finanças de governos e empresas, as agências produzem classificações ou ratings, que indicam a segurança oferecida pelo governo e pelas empresas de cada país aos investidores estrangeiros que aplicam seu dinheiro em títulos da dívida daqueles governos e empresas. No Brasil, passamos também por um período de intensas mudanças, começando pela eleição da primeira mulher chefe de Estado, passando pela discussão da Copa do Mundo, das Olimpíadas, pelo massacre acontecido numa escola pública no Rio, e pela aprovação do Supremo Tribunal Federal do Casamento entre Homossexuais. O Brasil desse início de década se apresenta como uma nação em transformação. Atualidades – 2011/2012 Acontecimentos Nacionais O Governo Dilma Rousseff é um termo informal que corresponde ao período da história política brasileira que se inicia com a posse de Dilma Vana Roussef à presidência, em 1º. de janeiro de 2011, em sua primeira tentativa de chegar ao cargo presidencial, após derrotar o candidato do PSDB, José Serra, nas eleições de 2010, com 56,05% dos votos válidos, em segundo turno. O período é marcado por fato histórico, pois representa a primeira vez que uma mulher assumiu o poder no Brasil no posto mais importante do país. Dilma Rousseff fazia parte do Governo Lula tendo sido Ministra da pasta Minas e Energia e, mais tarde, Ministra Chefa da Casa Civil do Brasil. Sua estada na presidência está prevista até o dia 1º. de janeiro de 2015, podendo se estender por mais quatro anos, caso se candidate novamente e consiga se reeleger na eleição de 2014. No mundo temos 24 mulheres governando o mundo. 1ª. Polêmica: A primeira mulher a chefiar o Brasil. O primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff já tem uma marca registrada: os escândalos em série. Já são oito os ministros atingidos por denúncias e suspeitas. Sete caíram: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva (Esporte), Carlos Lupi (Trabalho) e Mário Negromonte (Cidades). Casa Civil O ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci deixou o cargo no dia 7 de junho em meio a enorme pressão para explicar como seu patrimônio foi multiplicado por 20 entre 2006 e 2010. A crise envolvendo Palocci dividiu a base aliada e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Brasília para tentar articular a aliança PT-PMDB, abalada pela crise. Transportes / Nascimento Após reportagem do GLOBO sobre o crescimento de 86.5% do patrimônio do filho do ministro Alfredo Nascimento, ele foi demitido por Dilma em 6 de julho. Dias antes, a revista “Veja” mostrara esquema de superfaturamento e propina nos Transportes. Até agora, chegam a 27 os servidores demitidos na pasta, a maioria deles do PR. A faxina de Dilma derrubou, por exemplo, o diretor-geral do Dnit, Luiz Antnio Pagot, afilhado político do senador Blairo Maggi (PR-MT); o presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, homem de confiança do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), secretário-geral do partido entre outros. 2ª. Polêmica: Os Escândalos do Governo Dilma Rousseff. Agricultura A crise começou quando Oscar Jucá Neto foi demitido da direção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal ligada à Agricultura. Após ser denunciado por desvio de dinheiro , ele acusou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, de oferecer propina em troca de silêncio. Rossi negou as acusações. Três dias depois, nova denúncia destacou a atuação do lobista Júlio Fróes, que teria uma sala no ministério e distribuiria propina a servidores. Ele teria o incentivo do secretário executivo da pasta, Milton Ortolan, que pediu demissão. Esportes. O ministro do Esporte, Orlando Silva, é apontado como principal beneficiário de um suposto esquema de desvio de dinheiro público por meio de convênios de sua pasta com Organizações Não Governamentais (ONGs) pelo policial militar João Dias Ferreira, investigado como um dos integrantes do grupo. O jornal Estado de S.Paulo revelou, em série de reportagens publicadas este ano, que o principal programa do ministério, o Segundo Tempo, transformou-se em instrumento financeiro do PCdoB, partido de Silva. Sem licitação, o ministro entregou o programa a entidades ligadas ao partido, cujos contratos somaram R$ 30 milhões somente em 2010. O pior deslizamento da história do país deixou 710 mortos em quatro cidades da região serrana do Rio de Janeiro. Um total de 13,8 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. O número de vítimas é maior que o registrado em Caraguatatuba, em 1967 (436 mortos). A tragédia foi causada por um fenômeno raro que combina fortes chuvas com condições geológicas específicas da região. Porém, ela foi agravada pela ocupação irregular do solo e a falta de infraestrutura nas cidades atingidas. Os deslizamentos ocorreram na madrugada do dia 12 de janeiro. Toneladas de lama desceram as montanhas e destruíram favelas e imóveis de alto padrão. Os rios encheram e inundaram as cidades. Os estragos foram maiores em Nova Friburgo e Teresópolis, cidades turísticas. Os efeitos do aquecimento global tornam as chuvas mais intensas a cada ano. Para evitar tragédias, os governos precisam impedir a ocupação das encostas e investir em programas de prevenção. 3ª. Polêmica: Chuvas no Rio de Janeiro. Parlamentares eleitos em outubro do ano passado tomaram posse no último dia 1º de fevereiro em Brasília. O destaque do novo Congresso é a ampliação da base aliada do governo na Câmara dos Deputados e no Senado. Dos 513 deputados federais e 81 senadores que compõem as Casas legislativas, 461 (ou 77,6%) são filiados a partidos da situação. Nas legislaturas de 2003 e de 2007, o número de aliados era, respectivamente, de 285 e 401. José Sarney (PMDB-AP) e Marco Maia (PT-RS) irão presidir, respectivamente, o Senado e a Câmara pelos próximos dois anos. Eles pertencem a partidos com o maior número de cadeiras no Poder Legislativo. Os parlamentares fazem leis e fiscalizam o Poder Executivo. Nenhuma lei entra em vigor no Brasil sem antes ser aprovada pela Câmara e pelo Senado. Em tese, o maior número de aliados no Congresso Nacional garantiria a aprovação de projetos do governo. Mas, na prática, nem sempre funciona assim. A razão é que alguns políticos levam mais em conta, na hora de votar os projetos, seus próprios interesses. Entre as atividades em pauta para o primeiro semestre está a votação do projeto de reajuste do salário mínimo e a reforma política. Outros temas polêmicos, como a criminalização da homofobia e a legalização do aborto, devem ser discutidos. 4ª. Polêmica: Oposição ao governo é menor do que na gestão passada. O presidente norte-americano Barack Obama fez nesta semana a sua primeira viagem oficial à América Latina. Em cinco dias, ele passou por Brasil, Chile e El Salvador. O objetivo foi reaproximar os Estados Unidos dos governos da região, após um período de distanciamento. O esfriamento das relações se deu por dois motivos. Primeiro, os ataques do 11 de Setembro, que desviaram o foco da política externa norte-americana para o mundo mulçumano. E depois, as divergências com governos de esquerda e, principalmente, a influência do presidente venezuelano Hugo Chávez. O Brasil também bateu de frente com os Estados Unidos durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Duas ocasiões merecem destaque: a intervenção na crise política em Honduras, em 2009, e a defesa do programa nuclear iraniano. A questão do Irã, aliás, seria o principal motivo pelo qual Obama, durante a visita ao país, não endossou a intenção do Brasil que conseguir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. Para os Estados Unidos, o maior interesse no Brasil foi reforçar as relações comerciais, sobretudo na área de energia. 5ª. Polêmica: Obama visita o Brasil. Doze adolescentes com idades entre 12 e 15 anos foram mortos na manhã do dia 7 de abril na escola municipal Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, num ataque sem precedentes no Brasil. O atirador, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, se matou após ser baleado por um policial militar. Outros seis adolescentes atingidos pelos disparos, de um total de 13 feridos, continuam internados. Segundo relatos de parentes, o rapaz era esquizofrênico e foi vítima de bullying na mesma escola, da qual era ex-aluno. O massacre em Realengo reabriu o debate sobre a venda de armas no Brasil. Após o episódio, o Governo Federal anunciou que anteciparia para maio deste ano a campanha de desarmamento. No Congresso, discute-se a realização de um novo referendo sobre o desarmamento. No primeiro referendo, realizado em 2005, 63,94% dos eleitores votaram contra a proibição do comércio de arma de fogo e munição no país. 6ª. Polêmica: Ataque na Escola de Realengo, Rio de Janeiro. O STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu no dia 5 de maio a união estável de casais homossexuais, que passam agora a ter os mesmos direitos civis que heterossexuais. A decisão é histórica e afeta 60 mil casais gays no país, segundo dados do Censo 2010. Entre os direitos estendidos a casais homossexuais estão: adoção de filhos, inclusão de parceiros como dependentes no plano de saúde, declaração conjunta do Imposto de Renda, adoção do sobrenome do parceiro e recebimento de pensão e herança. A única restrição continua sendo o casamento civil, que depende da votação de leis específicas pelo Congresso. Antes da resolução do Supremo, casais do mesmo sexo tinham que recorrer à Justiça e ficavam à mercê da interpretação de juízes sobre a legislação. Agora, as instâncias inferiores devem seguir a decisão dos magistrados. Em julho do ano passado, a presidente argentina Cristina Kirchner promulgou uma lei que permite o casamento de homossexuais. A Argentina foi o primeiro país na América Latina e o décimo no mundo a legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo. 7ª. Polêmica: União Civil Homossexual – O casamento gay no Brasil A polêmica em torno do projeto de lei que estabelece o novo Código Florestal emperra sua votação na Câmara dos Deputados. De um lado, os ruralistas defendem as mudanças propostas pelo governo. Do outro, os ambientalistas apontam riscos do crescimento de florestas desmatadas e de prejuízos ao meio ambiente. A votação foi suspensa no último dia 12 de maio, sem prazo para voltar à pauta. O Código Florestal, em vigor desde 1965, reúne um conjunto de leis que visam à preservação das florestas. Porém, ele não foi seguido pela maioria dos produtores rurais. Estima-se que 90% estejam em condições irregulares. O principal objetivo das mudanças é regularizar a situação desses produtores. Os três principais pontos em discussão são: APPs (Áreas de Preservação Permanente): são áreas de vegetação nativa nas margens de rios e encostas de morros que devem ser preservadas. O projeto prevê uma diminuição da faixa mínima a ser mantida pelos produtores rurais e a permissão de determinadas culturas em morros. RL (Reserva Legal): são trechos de vegetação nativa localizados dentro de propriedades rurais. As mudanças na lei beneficiam pequenos proprietários, que ficarão isentos de reflorestar áreas desmatadas. Anistia: o novo Código propõe suspender a multa e sanções aplicadas a proprietários rurais até 22 de julho de 2008 - data em que entrou em vigor o decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais. 8ª. Polêmica: Novo Código Florestal brasileiro é aprovado. Com uma maior visibilidade no cenário internacional, o Brasil tem sofrido com distúrbios sociais em grandes centros urbanos. No Rio de Janeiro trava-se uma guerra ao tráfico e as milícias com a implantação das UPPs. Em São Paulo ações de desalojos de ocupações urbanas e intervenção policial na USP também demonstram grande truculência por parte do governo. Podemos elencar também a greve dos policiais na Bahia. Uma série de medidas com intuito de refrear ou mascarar os problemas sociais se tornam mais comuns com a proximidade da Copa do Mundo. 9ª. Ação Policial e Estado: UPPs, Desocupações em São Paulo – USP e o caso Pinheirinho. Diante de ministros da área econômica e presidentes de bancos centrais de 18 países e da União Européia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou os países ricos de irresponsáveis, na abertura da reunião do G20, o grupo das maiores economias mundiais. Lula disse que não é justo que o resto do mundo pague pelas inconseqüências dos mercados financeiros e foi categórico: quem deve tomar medidas para evitar maiores conseqüências da crise financeira global são as nações desenvolvidas. “É hora de uma ação coordenada. Mas o exemplo deve partir dos países ricos. É deles que se espera a adoção das principais medidas nesse sentido.” O presidente enfatizou que a crise nasceu nas economias avançadas, em conseqüência da “crença cega” na capacidade de auto-regulação dos mercados e pela falta de controle sobre as atividades dos agentes financeiros. Lula criticou a postura dos países ricos em vários momentos. “A desordem que se instaurou nas finanças mundiais, nos últimos anos, ameaça o funcionamento da economia real. O preço a pagar por essa irresponsabilidade se pode medir de várias formas. Para nós, o que importa é a ameaça de uma recessão generalizada e, na sua esteira, a perda de milhões e milhões de empregos, o aumento da pobreza e da exclusão.” Em outro ponto do discurso, ele voltou a pedir que os ricos assumam as conseqüências de suas práticas de livre mercado. “As políticas de cada país não podem transferir riscos e custos a outros países. Cada país deve assumir suas responsabilidades”, ressaltou. Para Lula, cabe aos países ricos adotar medidas de liquidez aos mercados internacionais. “Os países desenvolvidos e instituições como o Fundo Monetário Internacional [FMI] devem adotar medidas para restaurar a liquidez nos mercados internacionais.” O diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, estava entre os ouvintes. 10a. Lula e o G-20 – Nações desenvolvidas são culpabilizadas pela crise. A pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje mostrou que as áreas de impostos e de Saúde têm os piores índices de avaliação da população. O setor de Saúde apresenta o maior porcentual de desaprovação: 67%. Apenas 30% dos entrevistados aprovam as políticas do governo para o setor. E a área de impostos é reprovada por 66% da população, enquanto 27% avalizam as ações de governo neste setor. A avaliação do gerente de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, é de que esses números mostram que a população acompanha "com preocupação" o debate alimentado pelo governo de que é preciso "aumentar impostos para resolver o problema da saúde“. Na última segunda-feira, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, admitiu que o governo defenderá a recriação da CPMF para financiar a área de Saúde. Ideli ressalvou, apenas, que a escalada da crise financeira internacional obriga o adiamento desse debate para o próximo ano. A pesquisa mostrou uma queda de 69% para 67%, em comparação com a rodada anterior, ocorrida em julho, na desaprovação ao governo das ações na área de saúde. Mas essa oscilação ficou dentro da margem de erro da pesquisa. O Ibope realizou 2.002 entrevistas em 141 municípios entre os dias 16 a 20 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. 11a. A saúde em crise. O fim da paralisação de 28 dias nos Correios, determinado nesta terça-feira (11) pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), expôs o racha entre a cúpula da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) e seus representados. Os próprios sindicalistas reconheceram que a decisão pouco difere de um acordo feito na semana passada, endossado pela cúpula e rejeitado pelos funcionários em assembleias. Com a decisão, os funcionários voltam ao trabalho na quinta-feira (13). Para o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, a decisão expõe um dos principais problemas trabalhistas do Brasil. “O comando de greve foi desautorizado por seus representados. Temos um problema sério porque não há como negociações sérias serem conduzidas por sindicatos sem representatividade real”, disse ele após o julgamento. Vários ministros fizeram essa crítica ao longo do dia. O secretário-geral da Fentect, José Rivaldo, disse que os trabalhadores não desrespeitaram o tribunal ao rejeitarem o acordo fechado pelas lideranças com a direção da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos). Mas admitiu a frustração com o resultado do movimento. “A gente teve uma expectativa maior. O que ficou para os trabalhadores é que é melhor negociar do que apostar no tribunal”, disse. Entre as críticas ao movimento grevista, ministros do TST acusaram “interesses políticos”, “greve pela greve”, “intolerância” e até “infiltração de partidos de extrema esquerda, barrando as negociações”. Os ministros do TST decidiram que funcionários devem receber um aumento salarial real de R$ 80 a partir de outubro de 2011 e a reposição da inflação de 6,87%. Apesar de julgar o movimento não abusivo, a corte definiu pela compensação de 21 dias de paralisação. Outras sete jornadas serão abatidas dos pagamentos dos trabalhadores. As compensações serão feitas aos sábados e domingos.Com a decisão, o TST decreta o fim da greve e determina o retorno imediato ao trabalho --no caso, na quinta-feira (13), já que amanhã é feriado. O presidente do tribunal disse que se os trabalhadores não voltarem ficarão sujeitos a uma multa diária de R$ 50 mil.A greve começou no dia 14 de setembro e o impasse residia no valor do aumento real a ser concedido e no desconto no salário para os dias de paralisação até agora. 12a. Greve dos Correios. 1— Ameaça à meia-entrada para estudantes Não haverá lei federal que verse sobre meia-entrada ou gratuidade. Segundo a assessoria do ministro Orlando Silva, caberá à Fifa a definição sobre os valores dos ingresses nos jogos da Copa. A federação internacional de futebol estará livre para “discutir” o assunto com prefeituras e estados. 2— Estatuto do Torcedor e Cervejas Só serão aplicados direitos e deveres “compatíveis” com a Copa. Apesar do Estatuto e de leis estaduais e municipais proibirem a venda de cerveja nos estádios, o COL fala que o assunto ainda está em discussão. Ministério do Esporte não diz que pontos do Estatuto podem ser modificados. 3— Indenização É um mistério. Em 2007, o item “indenização” fez parte das exigências da Fifa aceitas pelo governo brasileiro para sediar a Copa. Mas ninguém sabe qual será o fato gerador do pagamento nem o valor pago à Fifa por algum imprevisto durante a Copa do Mundo. O Grupo de Trabalho do Ministério Público Federal para a Copa do Mundo quer saber do que se trata o cumprimento. 4— Imagens para noticiários Apesar do documento do Ministério do Esporte, falar em “afastamento” da Lei Pelé, a assessoria da pasta diz que se trata de um erro no material. Ficou acertado entre a Fifa, o governo e o COL que a Lei Pelé será mantida. Ou seja, as emissoras que não detiverem direitos de transmissão das partidas poderão usar até 3% das imagens, limitados a 90 segundos, para a produção de noticiários. 5— Imprensa A Fifa terá exclusividade para dar e negar credenciais aos jornalistas, para comercializar as imagens e para distribuí-las. Fica proibido o uso de flagrantes das imagens para fins comerciais, como o chamado “marketing surpresa”, em que pessoas pagas por empresas se passam por torcedores com objetivo de promover marcas e produtos. 13. Lei Geral da Copa. O Projeto Ficha Limpa torna mais rigorosos os critérios que impedem políticos condenados pela Justiça de se candidatarem às eleições. Apesar de ter recebido emendas na Câmara dos Deputados e no Senado que amenizam seu impacto, ele contribui para mudar o comportamento da classe política. A medida vai atingir políticos condenados por crimes graves, cuja pena de prisão é superior a dois anos, e aqueles que renunciarem o mandato visando escapar do processo de cassação. Ficha Limpa ou Lei Complementar nº. 135/2010 é uma legislação brasileira originada de um projeto de lei de iniciativa popular que reuniu cerca de 1,3 milhões de assinaturas. A lei torna inelegível por oito anos um candidato que tiver o mandato cassado, renunciar para evitar a cassação ou for condenado por decisão de órgão colegiado (com mais de um juiz), mesmo que ainda exista a possibilidade de recursos. O Projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados no dia 5 de maio de 2010 e também foi aprovado no Senado Federal no dia 19 de maio de 2010 por votação unânime. Foi sancionado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010.[3] Esta lei proíbe que políticos condenados em decisões colegiadas de segunda instância possam se candidatar.[4] Em fevereiro de 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a lei constitucional e válida para as próximas eleições que forem realizadas no Brasil. A lei prevê a inegibilidade de candidatos que tenham sido julgados culpados por tribunais de conta, entidades de classe entre outras. Como esses tribunais e entidades não detém a última palavra na justiça brasileira, o ministro Gilmar Mendes e o colunista Reinaldo Azevedo acreditam que uma condenação viciada barraria candidatos que não seriam necessariamente condenados na justiça. Assim poderia criar-se diversos tribunais com amplo poder de decisão fora da estrutura jurídica. Por exemplo, tribunais de contas que podem não aprovar a conta de prefeitos, que ficariam assim inelegíveis. Como a nomeação de juízes dos tribunais de conta é feita pelos governadores estaduais, teme-se o uso político dos tribunais de conta estaduais, tornando inelegíveis prefeitos opositores ao governo estadual. Além disso, teme-se que a legislação fira o princípio de "presunção da inocência", tornando inelegíveis pessoas inocentes. 14 a. Lei da Ficha Limpa. O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 1° de agosto o início do julgamento do mensalão, maior escândalo de corrupção do governo Lula que resultou em ação penal contra 38 pessoas. O caso estourou em 2005, com a revelação de suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares da base governista. A denúncia abalou o primeiro mandato de Lula, e fez com que José Dirceu, então ministro da Casa Civil, deixasse o cargo. O petista foi apontado como o chefe do suposto esquema de mesada. O pagamento garantiria que o governo tivesse maioria para aprovar projetos de seu interesse na Câmara. Uma semana depois que o caso estourou, Dirceu pediu para sair da Casa Civil e foi substituído por Dilma Rousseff. O Mensalão passou a ser escancarado pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB – RJ), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no início de junho de 2005. Roberto Jefferson era acusado de envolvimento em processos de licitações fraudulentas, praticadas por funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ligados ao PTB, partido do qual ele era presidente. Antes que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) fosse instalada para apurar o caso dos Correios, o deputado decidiu denunciar o caso Mensalão. Segundo Jefferson, deputados da base aliada do PT recebiam uma “mesada” de R$ 30 mil para votarem segundo as orientações do governo. Estes parlamentares, os “mensaleiros”, seriam do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista), PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e do próprio PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Um núcleo seria responsável pela compra dos votos e também pelo suborno por meio de cargos em empresas públicas. José Dirceu, Ministro da Casa Civil na época, foi apontado como o chefe do esquema. 15o. O Caso do Mensalão. Delúbio Soares, tesoureiro do PT, era quem efetuava o pagamento aos “mensaleiros”. Com o dinheiro em mãos, o grupo também teria saldado dívidas do PT e gastos com as campanhas eleitorais. Marcos Valério Fernandes de Souza, publicitário e dono das agências que mais detinham contrato de trabalho com órgãos do governo, seria o operador do Mensalão. Valério arrecadava o dinheiro junto a empresas estatais e privadas e em bancos, através de empréstimos que nunca foram pagos. Fernanda Karina Somaggio, exsecretária do publicitário, foi uma das testemunhas que confirmou o esquema, apelidado de “valerioduto”. Em agosto de 2007, mais de dois anos após ser denunciado o esquema, o STF (Supremo Tribunal Federal) acatou a denúncia da Procuradoria Geral da República e abriu processo contra quarenta envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre os réus, estão: José Dirceu, Luiz Gushiken, Anderson Adauto, João Paulo Cunha, Marcos Valério, Roberto Jefferson, os quais responderão por crime de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, entre outros. Mensalão mineiro, também chamado de mensalão tucano, ou ainda valerioduto tucano, é o escândalo de corrupção que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional ao governo de Minas Gerais em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da República ao STF, como "um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado", baseada no Inquérito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo por"peculato e lavagem de dinheiro“ O escândalo conhecido como “mensalão do DEM” teve início em 26 de novembro de 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. Com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), agentes federais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Belo Horizonte e Brasília, incluindo a residência oficial do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). No inquérito da PF consta a transcrição de um diálogo no qual Arruda e um assessor conversam sobre o repasse de dinheiro a políticos aliados. É daí que vem o nome “mensalão”, em referência ao escândalo de 2005, no qual integrantes do PT, segundo o Ministério Público Federal, pagavam propina a parlamentares em troca de apoio. O caso está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. O pivô do “mensalão do DEM” é Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo do DF. A gravação na qual Arruda pede o repasse de dinheiro a políticos foi feita por ele, com equipamentos da PF. Investigado em mais de 30 processos, a maior parte por desvio de dinheiro, Barbosa aceitou cooperar com a polícia e com o Ministério Público em troca de uma redução de pena em um julgamento futuro. Como parte da nova política industrial do governo Dilma, chamada de "Plano Brasil Maior", que está sendo lançada nesta terça-feira em Brasília, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou uma série de medidas "que permitirão maior agilidade na concessão de financiamentos e redução de custos do investimento", segundo divulgação no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). 16a. – Diminuição das Taxas de Juros e Plano Brasil Maior. Um incêndio ocorrido na madrugada de 25 de fevereiro destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, base científica administrada pela Marinha. A estação funcionava há 28 anos. Dois militares brasileiros morreram tentando apagar o fogo: o sargento Roberto Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo. Atualmente, 59 pessoas, entre cientistas, militares e civis, trabalhavam no local. Na estação eram realizadas pesquisas importantes sobre biodiversidade marinha e mudanças climáticas. A Antártida (ou Antártica) é o continente mais frio, seco e com as maiores altitudes e mais ventos do planeta. Um tratado internacional impede que países reivindiquem a posse do continente e realizem operações militares no local. As bases mantidas por 20 países, entre eles o Brasil, fazem pesquisas em clima de cooperação. 17a. Incêndio da Base Brasileira na Antártida Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as atitudes que tomamos no dia a dia - do tempo que demoramos para escovar os dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afetam, de alguma maneira, o planeta e, por consequência, nossa vida. Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que serão promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas. A ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor para vivermos 18a. Polêmica: A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, Rio+20 e a começou no último dia 13 de junho no Rio de Cúpula dos Janeiro. O evento, que acontece até o dia 22 Povos. de junho, reúne líderes mundiais para discutir medidas que promovam o progresso aliado à preservação do meio ambiente nas próximas décadas. O evento marca os 20 anos da realização da Rio-92 (ou Eco-92). Os dois principais temas em debate são: economia verde e cooperação global. Economia verde é um modelo de crescimento econômico baseado na baixa emissão de carbono e no uso inteligente dos recursos naturais. Isso depende, por sua vez, de uma organização entre os países para garantir que os protocolos sejam seguidos por todos os governos. O desafio da conferência é fazer com que países como Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta, convirjam em seus interesses para assumir os compromissos estabelecidos pela cúpula. Um documento com as metas a serem atingidas nas próximas décadas deve ser divulgado ao final do evento O melhor redutor de pobreza no Haiti tem sido a emigração. Há cerca de meio milhão de haitianos nos Estados Unidos, e suas remessas para os parentes em casa ajudam bastante a economia. No Canadá, lar de outra diáspora significativa, a governadorageral do país é uma imigrante do Haiti. Pesquisadores tem sugerido que a melhor maneira de auxiliar o desenvolvimento haitiano é criar programas de vistos de trabalho, mesmo que temporários. Tais indicações foram feitas pensando nos EUA, mas aplicam-se também ao Brasil.O governo brasileiro estima que 4 mil haitianos estejam no país atualmente. A maioria entra pela Amazônia e às vezes usa o território do Brasil apenas como passagem para chegar a outras nações sulamericanas, como Colõmbia e Peru. A região tem crescido muito, o desemprego está em baixa histórica. No Brasil, aproxima-se das taxas de pleno emprego e já há carência de mão-de-obra em vários setores da economia. Além disso, com fertilidade de 1,9 filho por mulher, a população brasileira em breve começará a diminuir. Em 2030, segundo projeção do IBGE. O governo brasileiro se assustou com o aumento da migração haitiana para o país e reagiu limitando os vistos a 100 por mês. As autoridades temem que a situação saia de controle, mas o Brasil não tem sequer 1% de estrangeiros na população, pode absorver muito mais. Não apenas em regiões tradicionais de atração econômica, como São Paulo, mas no Nordeste e no Centro-Oeste, que crescem há anos acima da média nacional. 19a. Polêmica – Imigrantes Haitianos no Brasil. 20a. Usina de Belo Monte. A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma obra faraônica a ser construída no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará – em plena floresta amazônica – o lago da usina terá uma área de 516 km² (1/10.000 da área da Amazônia Legal). Em potência instalada, a usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14.000 MW). Seu custo é estimado em R$ 19 bilhões (2010), ou seja R$ 1,7 milhões por MW instalado e R$ 4,3 milhões por MW efetivo. A usina está prevista para entrar em funcionamento em 2015. A construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a flora e fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos. Um estudo formado por 40 especialistas e 230 páginas defende que a usina não é viável dos pontos de vista social e ambiental. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região. Impactos sociais O transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas. De resto, as análises sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte feitas pelo Painel de Especialistas, que reúne pesquisadores e pesquisadoras de renomadas universidades do país, apontam que a construção da hidrelétrica vai implicar um caos social que seria causado pela migração de mais de 100 mil pessoas para a região e pelo deslocamento forçado de mais de 20 mil pessoas. Tais impactos, segundo o Painel, são acrescidos pela subestimação da população atingida e pela subestimação da área diretamente afetada. 21º. Comissão da Verdade A Comissão da Verdade, grupo federal criado para investigar, durante dois anos, as violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, incluindo o período da ditadura militar, enfrenta obstáculos para realizar, com êxito, a apuração dos casos. Atualmente, recebe críticas ferrenhas acerca da quantidade de membros que formará o grupo. O projeto, aprovado pela Câmara no último mês e que, atualmente, aguarda votação no Senado, autoriza apenas sete pessoas para a comissão, indicados pela presidente da república, além de 14 assessores. No entanto, para alguns especialistas, 21 membros, compondo o que eles chamam de “comissão da Meia-Verdade” serão insuficientes para o volume de tarefas e responsabilidade previstas para essa comissão, visto que o trabalho consiste no acesso a documentos sigilosos, convocação de pessoas para prestar depoimentos e a determinação de perícias e diligências. Como argumento, eles afirmam que, no Uruguai, por exemplo, comissão formada para a execução de um trabalho semelhante, contava com a cerca de 200 membros. Além disso, afirmam o quanto será difícil que essas 21 pessoas consigam investigar as minúcias de todas as violações do período estabelecido. Diante disso, o governo lançou, também no último mês, uma medida cujo objetivo é agregar acadêmicos e pesquisadores à Comissão da Verdade, visando, assim, suprir o déficit humano do projeto. A medida busca a inclusão de universidades, movimentos sociais e ONGs que sejam ligadas à área dos direitos humanos. A intenção do trabalho da Comissão da Verdade é formidável, mas, para obter resultados justos e conclusivos, de fato, precisa contar com uma equipe de alto padrão, na quantidade e, principalmente, na qualidade. O orçamento destinado à execução desse trabalho deve estar, portanto, à altura da importância dessas investigações para a história brasileira. Deve ser realizada uma apuração impecável e, para isso, é necessário que receba o devido investimento do governo e reconhecimento da sociedade. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 26 de abril, que o sistema de cotas raciais em universidades não contraria a Constituição brasileira. O resultado do julgamento sanciona a prática, adotada por instituições públicas de ensino superior, de manter reservas de vagas para estudantes negros, pardos e índios. O objetivo é corrigir injustiças históricas provocadas pela escravidão na sociedade brasileira. Um dos efeitos desse passado escravocrata é o fato de negros e índios terem menos oportunidades de acesso à educação superior e ao mercado de trabalho. Brasileiros brancos têm, em média, dois anos a mais de escolaridade do que negros e pardos, de acordo com dados de 2008. Foi esse argumento – de que o sistema de cotas é uma forma de combater a herança escravagista do século 19 – que prevaleceu entre os ministros do Supremo, cuja decisão foi unânime. Eles julgaram uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas na UnB (Universidade de Brasília), adotado em 2004. A instituição reserva 20% das vagas para candidatos que se declarem negros ou pardos. O partido sustentou que a medida viola o princípio constitucional de igualdade e é discriminatória. As cotas raciais fazem parte de um modelo de ação afirmativa criado nos anos 1960, nos Estados Unidos. A proposta era de amenizar o impacto da desigualdade social e econômica entre negros e brancos. Hoje, apesar da reserva de vagas ser considerada ilegal nos Estados Unidos, as universidades americanas usam as ações afirmativas para selecionar alunos negros e hispânicos com potencial.No Brasil, o sistema de cotas raciais não beneficia apenas negros, mas pardos e índios. Há ainda as chamadas cotas sociais, para alunos vindos de escolas públicas e deficientes físicos, e cotas mistas, para estudantes negros que estudaram na rede pública de ensino, por exemplo.Para concorreram a essas vagas, os candidatos devem assinar um termo autodeclarando a raça e, em algumas instituições, passar por entrevistas.O problema é que, em uma sociedade mestiça como a brasileira, há o risco de distorções no processo de seleção. O caso mais conhecido ocorreu em 2007. Dois irmãos gêmeos univitelinos (idênticos), filhos de pai negro e mãe branca, inscreveram-se como candidatos no sistema de cotas da UnB. Após uma entrevista, somente um deles foi considerado negro e conseguiu a vaga. Houve repercussão na imprensa e a pressão fez a universidade rever a decisão. 22º. Aprovação das Cotas Universitárias O "Portal da Transparência" passou a publicar nesta quarta-feira (27) os salários dos servidores do Executivo federal. A publicidade da remuneração de funcionários públicos foi determinada pela presidenta Dilma Rousseff por meio de decreto de regulamentação da Lei de Acesso à Informação, editado em 16 de maio . A nova legislação tem como objetivo ampliar o acesso da população a informações públicas. Os salários dos militares das Forças Armadas ainda não foram incluídos no portal. De acordo com o portal, a presidenta Dilma recebeu um salário bruto de R$ 26.723,13 no mês de maio. Com as deduções por conta dos impostos, o valor líquido chegou a R$ 19.818,49. Presidenta Dilma Rousseff determinou a divulgação dos salários dos servidores federais quando assinou o decreto que regulamentou a Lei de Acesso à Informação. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), o prazo para incluir essas informações expira em 30 de julho. A consulta deve ser feita pelo site www.portaldatransparencia.gov.br, na seção "Servidores". O cidadão pode consultar os salários pelo nome ou CPF do servidor, por órgão ou função. Além do vencimento básico, serão divulgadas remunerações eventuais, como férias e gratificação natalina e deduções obrigatórias. Além disso, o portal vai mostrar se o servidor devolve dinheiro à União por ter ultrapassado o teto do funcionalismo, bem como se possui jetons (gratificações extraordinárias). O site não vai divulgar descontos de caráter pessoal, como pensões e empréstimos consignados. Por enquanto, não serão exibidas informações sobre verbas indenizatórias, tais como auxílios alimentação, transporte e creche, ajudas de custo ou diárias de viagens. De acordo com a CGU, essas informações têm até 30 de agosto para serem publicadas. 23a. Portal da Transparência. 24º. O Caso Carlos Cachoeira As relações do empresário de jogos ilegais Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos, servidores públicos e empresários serão investigadas por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso Nacional. O empresário foi preso no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou organização que explorava máquinas de caçaníqueis no Estado de Goiás. O contraventor, apontado pela PF como chefe do grupo, ficou conhecido com o caso Waldomiro Diniz, o ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, considerado o primeiro escândalo do governo Lula, em 2004. Cachoeira é suspeito de vários crimes, entre os quais corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e contrabando. Entre as relações do empresário que serão investigadas está sua ligação com o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM). Interceptações telefônicas feitas com autorização judicial indicam que o parlamentar atuava no Congresso em favor de Cachoeira. Outras gravações revelaram o envolvimento de servidores públicos do Incra e de funcionários dos governos estaduais de Goiás e do Distrito Federal. Dados Econômicos Brasil O Brasil possui atualmente uma economia forte e sólida. O país é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. As áreas de agricultura, indústria e serviços são bem desenvolvidas e encontram-se, atualmente, em bom momento de expansão. Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo (dados de 2011). O Brasil possui uma economia aberta e inserida no processo de globalização. Informações, índices e dados da economia brasileira PIB (Produto Interno Bruto): R$ 4,143 trilhões (ano de 2011) ou US$ 2,367 trilhões * taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 1,75 (em 06/03/2012)Renda per Capita (PIB per capita): R$ 21.252 ou US$ 12.144 (2011) * taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 1,75 (em 06/03/2012)Coeficiente de Gini: 49,3 (2008) alto Evolução do PIB nos últimos anos: 2,7% (2002); 1,1% (2003); 5,7% (2004); 3,2% (2005); 4 % (2006); 6,1% (2007); 5,2% (2008); 0,3% (2009); 7,5% (2010); 2,7% (2011). Taxa de investimentos: 19,3% do PIB (2011) Taxa de poupança: 17,2% do PIB (2011) Força de trabalho: 104 milhões (estimativa 2011) Inflação: 6,5% (IPCA de 2011) Taxa de desemprego: 5,5% (janeiro de 2012) Salário Mínimo Nacional: R$ 622,00 (a partir de 1º de janeiro de 2012)Dívida Externa: US$ 271 bilhões (estimativa em fevereiro de 2011) Comércio Exterior: Dados Econômicos Brasil Exportações: US$ 256,041 bilhões (2011) Importações: US$ 226,251 bilhões (2011) Saldo da balança comercial (2011): US$ 29,790 bilhões (superavit) - Crescimento em relação ao ano de 2010: 47,8% Países que o Brasil mais importou (2011): Estados Unidos , China, Argentina e Alemanha Países que o Brasil mais exportou (2011): China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Japão Principais produtos exportados pelo Brasil (2010): minério de ferro, ferro fundido e aço; óleos brutos de petróleo; soja e derivados; automóveis; açúcar de cana; aviões; carne bovina; café e carne de frango. Principais produtos importados pelo Brasil (2010): petróleo bruto; circuitos eletrônicos; transmissores/receptores; peças para veículos, medicamentos; automóveis, óleos combustíveis; gás natural, equipamentos elétricos e motores para aviação. Organizações comerciais que o Brasil pertence: Mercosul, Unasul e OMC (Organização Mundial de Comércio) Dados Econômicos Brasil Tipos de energia consumida no Brasil (dados de 2009): Petróleo e derivados: 37,9% Hidráulica: 15,2% Gás natural: 8,8% Carvão Mineral: 4,8% Biomassa: 21,8% Lenha: 10,1% Nuclear: 1,4% Principais produtos agrícolas produzidos: café, laranja, cana-deaçúcar (produção de açúcar e álcool), soja, tabaco, milho, mate. Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de frango, carne suína Principais minérios produzidos: ferro, alumínio, manganês, magnesita e estanho. Principais setores de serviços: telecomunicações, transporte rodoviário, técnico-profissionais prestados à empresas, transporte de cargas, limpeza predial e domiciliar, informática, transportes aéreos e alimentação. Principais setores industriais: alimentos e bebidas, produtos químicos, veículos, combustíveis, produtos metalúrgicos básicos, máquinas e equipamentos, produtos de plástico e borracha, eletrônicos e produtos de papel e celulose. Fontes: IBGE, Ministério de Minas e Energias, Banco Mundial, CIA The World Factbook. Ministério Sigla Atual ministro(a) Partido Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA Mendes Ribeiro PMDB Cidades MCidades Aguinaldo Ribeiro PP Ciência, Tecnologia e Inovação MCTI Marco Antonio Raupp Comunicações MC Paulo Bernardo Cultura MinC Ana de Hollanda Defesa MD Celso Amorim PT Desenvolvimento Agrário MDA Pepe Vargas PT Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC Fernando Pimentel PT Desenvolvimento Social e Combate à Fome MDS Tereza Campello PT Educação MEC Aloizio Mercadante PT Esporte ME Aldo Rebelo PCdoB Fazenda MF Guido Mantega PT Integração Nacional MI Fernando Bezerra Coelho PSB Justiça MJ José Eduardo Cardozo PT Meio Ambiente MMA Izabella Teixeira Minas e Energia MME Edison Lobão PMDB Pesca e Aquicultura MPA Marcelo Crivella PRB Planejamento, Orçamento e Gestão MPOG Mirian Belchior PT Previdência Social MPS Garibaldi Alves Filho PMDB Relações Exteriores MRE Antonio Patriota Saúde MS Alexandre Padilha PT Trabalho e Emprego MTE Brizola Neto PDT Transportes Turismo MT MTur Paulo Sérgio Passos Gastão Vieira PR PMDB — PT — — — Outros Possíveis Temas Mundiais: O Caso da Síria, da Rússia, da morte do Grande Líder na Coréia do Norte, a COP 17, Adesão da Palestina à Unesco, os 60 anos da Rainha Elizabeth no trono inglês, Ataque Terrorista na Noruega, Morte da Amy e condenação do médico do Michael Jackson.. Outros Possíveis Temas Nacionais: O caso Cesare Battisti, Vazamento na Bacia de Campos, O plebiscito sobre a divisão do Estado do Pará, o aborto para anencéfalos, entre outros. ... Boa Sorte!