MARIANA EPISCOPAL
Imagine um evento de grandes proporções, capaz de promover o drástico desenvolvimento de uma cidade. Imaginou? Você pensou em que?
Um “chute”: na Copa do Mundo de Futebol?! Da mesma forma que um acontecimento como este modifica o cotidiano das cidades em que é
realizado (com a construção de prédios, realização de benfeitorias urbanas etc.), também Mariana protagonizou um fato histórico que alterou de
forma significativa sua existência social.
Assim, em 1745, ocorreu a criação do primeiro bispado mineiro, que teve por sede justamente esta cidade. Aliás, a fundação deste bispado
foi a motivação para a elevação de Mariana à categoria jurídico-administrativa de “cidade”, pois antes ela portava o simples status de “vila”, com
o nome de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo. A chegada do primeiro bispo, D. Frei Manoel da Cruz, em 15 de outubro de 1748, tornou
Mariana, portanto, uma cidade episcopal. Mas o quê é uma “cidade episcopal”?
Para tentarmos responder a esta pergunta, teremos de recuar até o período comumente conhecido como “medieval” ou “Idade Média”, que
se estende ao longo de mil anos, entre os séculos V e XV. Durante esta época da história ocidental, mas sobretudo a partir do século XII, embora
grande parte da população vivesse no campo, algumas cidades destacaram-se como pólos econômicos (concentravam atividades comerciais e
artesanais), políticos (nelas residiam os monarcas dos frágeis reinos existentes) ou religiosos. Neste último caso, enquadravam-se as cidades que
foram escolhidas para sediar um bispado ou diocese, tornando-se o núcleo geográfico da autoridade de um bispo, então simbolizada pela
edificação de uma catedral. Veja só o que o historiador Georges Duby comenta acerca das cidades episcopais:
A catedral é, por definição, a igreja do bispo. Desde os primórdios da cristianização, há um bispo em cada cidade. A
catedral é, pois, uma igreja urbana. A arte das catedrais significa acima de tudo, na Europa, o despertar das cidades. [...]
Os burgueses, com efeito, não nãovam na catedral apenas para rezar. Era ali que se reuniam suas confrarias e toda a
comuna para suas assembléias civis. A catedral era a casa do povo. Do povo citadino.
DUBY, Georges. A Europa na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1988. p. 59.
Logo, residir em uma cidade episcopal era habitar em um lugar muito importante, onde a vida não parava de fervilhar. E porque Mariana
tornou-se uma cidade episcopal? A importância adquirida pela Capitania das Minas Gerais devido à exploração do ouro e dos diamantes não
apenas favoreceu sua separação do território de São Paulo em 1720, como também fez com que a Coroa Portuguesa, em comum acordo com a
Igreja Católica, buscasse cuidar mais de perto da moral e dos bons costumes dos seus fiéis. O objetivo desta medida era o de evitar, ou menos
minimizar, as muitas desordens, sedições e crimes que eram cometidos na região, como também o desvio do ouro, que era bem expressivo... A
condição de cidade episcopal acarretou muitas mudanças para Mariana, algumas das quais serão reconstituídas nas próximas páginas deste
segundo volume do Álbum Ilustrado.
Até hoje, nós podemos identificar várias dessas transformações, expressas nas sacadas do casario, nas torres das igrejas, na riqueza artística
das obras esculpidas nos espaços públicos e de culto desta cidade. Você já parou para observar o requinte envolvido em sua produção e a sutil
mensagem de poder que elas transmitem? Algumas desses obras é a sua preferida? Sim, porque Mariana episcopal não é uma representação
urbana restrita apenas aos grupos católicos. Ela é um patrimônio de todos aqueles que se encantam com os mistérios escondidos nas ruas e nas
memórias da cidade em que moram. Vamos redescobri-los?
O maior em notoriedade, o primeiro na
Ordem
Veio da terra maranhense:
Sofreu na viagem muitos incômodos
E até mesmo adoeceu.
Inaugurou o seu pastoreio
Trazido em carro triunfal pela cidade
Enfeitada de rosas e grinalda
E animada com cantos e danças
populares.
Com sua Cruz, esparziu luzes por toda a
parte;
Com carinho, ajeitou para sempre um
abrigo
Para os meninos embatinados
Nas margens históricas e floridas do
Carmo.
Aprimorou com a arte a Igreja Catedral
Que encarregou de ressoar os salmos
sagrados
A cidade se fez a primeira
Pela feliz presença do Bispo Emanuel.
Pe. Pedro Sarneel, 1748.
Poesia originalmente escrita em latim
1. “Com carinho, ajeitou para sempre um abrigo
para os meninos embatinados [...]”
Fig. 1 - Retrato de D. Frei Manoel da Cruz, sem data precisa.
Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz – Mariana
Fig. 2 - Bico de pena retratando Dom Frei Manoel da Cruz, autoria de Nöbauer, data.
Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz - Mariana
Fig. 3 - Seminário Nossa Senhora da Boa Morte.
Biblioteca Mário de Andrade, pintura de Burmeister (obra desaparecida),
http://www.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/cultura/bma/obras_desaparecidas/
Fig. 4 - Órgão Arp Schnitger, presente de D. João V
a D. Frei Manoel da Cruz.
Catedral Nossa Senhora da Assunção.
www.bid.mg.gov.br
Fig. 5 – Cálice, século XVIII (tirar o preto)
http://www.tratosculturais.com.br/qf/TeCer/museus/arte_sacra/area.htm
Fig. 6 – Terço, século XVIII
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra
Mariana - MG
Fig 7 – Imagem do senhor dos Passos, levada na procissão de Sexta-Feira Santa, século
XVIII.
Igreja de xxxx Cachoeira do Campo, distrito de Mariana - MG
Fig. 8 – Oratório, com imagem de Nossa Senhora xxxxxx, século XVIII.
Museu do Oratório
Ouro Preto - MG
UMA LEITURA DA HISTÓRIA
Em 1745, a Vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, que surgira como um pequeno arraial havia apenas pouco mais de quatro
décadas, foi escolhida pela Metrópole portuguesa para sediar o novo bispado de Minas Gerais, criado neste mesmo ano. Ora, segundo os preceitos
da época, um bispo não deveria residir em uma “vila” e, por isto, o povoado foi elevado pelo rei D. João V à dignidade de cidade, com o nome de
Mariana, em homenagem à sua esposa, a rainha D. Maria Ana d’Áustria. E como toda cidade-sede de um bispado possui uma catedral, a capela de
Nossa Senhora da Conceição, localizada bem no meio do núcleo urbano de Mariana, tornou-se a nova Sé, mas com outra invocação, bem ao gosto
da família real portuguesa: Nossa Senhora da Assunção.
Mas quem seria o novo bispo de Mariana? A escolha do rei recaiu sobre a figura de D. Frei Manoel da Cruz, português, monge da Ordem de
Cister, que desde 1739 já vivia no Brasil, pois tinha assumido o cargo de bispo da diocese do Maranhão. Aliás, até a instauração do sistema
republicano no Brasil, em 1889, Estado português e Igreja Católica estavam vinculados pelo regime do Padroado, e por isso era o rei, e não o
papa, quem primeiramente indicava o sacerdote a ser sagrado bispo. Para vir de sua antiga diocese até Mariana, o bispo empreendeu uma difícil e
perigosa viagem pelo interior da Colônia, atravessando montanhas e rios, que demorou quatorze meses para ser concluída. Assim, apenas em
outubro de 1748, este religioso conseguiu chegar à nova cidade. Sua presença foi celebrada com grandes festas, as quais incluíram desfiles de
carros enfeitados com símbolos mitológicos e cristãos, procissões e fogos de artifícios, além das missas solenes. Tais celebrações, de tão
pomposas, ficaram conhecidas até em Lisboa, estando descritas numa obra denominada “Áureo Trono Episcopal”.
A gestão de D. Frei Manoel da Cruz no bispado Mariana trouxe significativas mudanças à vida social e religiosa dos moradores, tais como:
a fundação, em 1750, do Seminário de Nossa Senhora da Boa Morte, uma das mais importantes instituições de ensino da região; a criação de
novas paróquias, o que possibilitou o reconhecimento civil (batismos, casamentos, óbitos) da população que vivia isolada nas mais distantes
localidades; o incremento artístico-cultural, com edificação de novas igrejas matrizes e capelas, com celebrações litúrgicas melhor organizadas,
que contavam, inclusive, com a utilização um órgão alemão doado para a Catedral.
Além disso, o bispo buscou organizar as práticas religiosas dos fiéis de acordo com as normas do Concílio de Trento. Assim, foram
mantidas antigas formas de piedade, como a devoção aos santos, a realização de promessas, a oferta de ex-votos, a ocorrência de romarias e
procissões (estas geralmente encabeçadas pelas irmandades). E como não mencionar as devoções promovidas no espaço doméstico? Afinal, em
muitas casas, ao entardecer, era rezado o terço, ou mesmo o rosário, com a família e seus agregados reunidos em torno de um oratório. Em
paralelo, D. Frei Manoel da Cruz incentivou o recurso aos sacramentos e à oração mais interiorizada, defendidos pela Reforma católica. Nem
sempre os esforços do bispo tiveram êxito – quem já não ouviu falar, por exemplo, da utilização das imagens sacras para fins nada piedosos, como
o desvio do ouro, os chamados “santos do pau-oco”? Mas, apesar de todos os problemas enfrentados, pode-se afirmar que entre 1748-1764,
período em que D. Frei Manoel da Cruz esteve à frente da Igreja em Mariana, a Igreja conseguiu definir melhor a sua identidade e o seu papel na
sociedade mineira.
Desta maneira, em Mariana Episcopal, homens e mulheres, religiosos e leigos, acreditavam profundamente no poder do sobrenatural, na
intervenção divina em seu cotidiano e na história dos povos. Tornar-se sede de um bispado significou, para eles, bem mais do que uma
valorização política, em função da maior proximidade com o poder civil e eclesiástico – implicou em participar mais diretamente desta presença
sagrada no mundo.
ROTEIRO DE ATIVIDADES
1. Você conhece o significado de todas as palavras lidas no texto da página anterior? Não hesite em dar uma olhadinha no dicionário em caso de
alguma dúvida! É importante que você repita esta prática todas as vezes que encontrar palavras, termos e expressões que lhe são desconhecidos
nos demais textos deste volume do Álbum Ilustrado de Mariana. Assim, em pouco tempo seu vocabulário será ampliado!
2. Observe atentamente as Figuras1 e 2, relativas à pessoa de D. Frei Manoel da Cruz. Após debater com um de seus colegas de turma, indique:
a) Dois elementos iconográficos que permitem identificar essas imagens com o cargo eclesiástico de “bispo” católico.
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b) Uma associação entre os elementos listados acima e o poder exercido pelo bispo ou pela instituição católica de maneira geral no século XVIII.
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c) Uma diferença entre as duas Figuras, que demonstre como as linguagens utilizadas pelos artistas (pintura e desenho a bico de pena...) podem
destacar ou encobrir um aspecto da realidade histórica e, em decorrência, da interpretação que tecemos sobre ela.
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3. As Figuras 3 e 4 expressam duas transformações promovidas na vida letrada e artística de Mariana, ocorridas em função da vinda de D. Frei
Manoel da Cruz. Com base no que você já conhece sobre a cidade de Mariana, complete a tabela abaixo:
Seminário Nossa Senhora da Boa Morte
Catedral Nossa Senhora da Assunção
Usos sociais no século XVIII:
Usos sociais na atualidade:
4.Após observar as Figuras 5, 6, 7, e 8, descreva, em relação às práticas religiosas representadas por tais imagens:
a)Uma permanência:____________________________________________________________________________________________________
b)Uma mudança:_______________________________________________________________________________________________________
2. Com sua cruz, espargiu luzes por toda cidade [...]
Nas margens históricas e floridas do Carmo
Fig. 9 – Palácio episcopal, vista dos fundos, século XIX
Imagem integrante do relatório sobre a Chácara da Olaria, 2006.
Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz
Fig. 12 – Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz, vista dos fundos
www.jornalaldrava.com.br/images/gif/palacio.gif
Fig. 11 – Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz, vista de frente
bp0.blogger.com/.../s400/Museu+da+Música2.jpg
Fig. 13 - Dar um jeito de distribuir as imagens pela folha.
http://www.eesc.usp.br/nomads/SAP5846/mono_Ana.htm
Fig. 14- Interior casa setecentista mineira, século XVIII
Museu da Inconfidência – Ouro Preto
Tirar a frase “Revista Museu”
Fig. 17 - Ferro de Passar, século XVIIi
Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro - RJ
Fig. 15 - Interior casa setecentista mineira, século XVIII
Museu da Inconfidência – Ouro Preto
Tirar a frase “Revista Museu”
http://www.revistamuseu.com.br/emfoco/emfoco.asp?id=3350
Fig. 16- Cadeira de Costura, século XVIII
Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro - RJ
UMA LEITURA DA HISTÓRIA
A presença de D. Frei Manoel da Cruz na cidade de Mariana provocou várias mudanças, entre as quais a criação de um palácio episcopal,
em 1753. Bem, não se tratava propriamente de um “palácio”, dadas as precárias condições de urbanismo com que a cidade ainda convivia. Mas
que era um casario e tanto, isto era! Até esta data, o bispo residira em uma casa alugada, perto da Catedral, mas empenhara-se em adquirir uma
residência em condições mais apropriadas ao exercício de sua função episcopal: o novo prédio deveria atender tanto às necessidades da vida
privada de seus moradores, como às exigências do governo religioso da diocese. Assim, após algumas reformas, a Chácara da Olaria foi
transformada em “Palácio do Bispo”, exercendo esta função até 1927. Hoje em dia, este mesmo prédio abriga o Centro Cultural que leva o nome
do primeiro prelado de Mariana, em uma homenagem a D. Frei Manoel da Cruz.
Mas como o bispo conseguiu comprar a Chácara? Com os parcos recursos enviados pela Coroa é que não seria. A saída encontrada por D.
Frei Manoel da Cruz foi outra, e inesperada: a Chácara foi doada à diocese por um de seus fiéis, José Torres Quintanilha, que em troca pediu que
fossem rezadas, pelos sacerdotes que cuidavam do Seminário, três missas semanais em sua memória.
Mas não bastava edificar ou adquirir uma casa. Os habitantes mais abastados do local buscavam aproximar suas residências aos padrões
arquitetônicos elitizados, vigentes nas principais cidades da América Portuguesa, como Salvador e Rio de Janeiro. A extração do ouro dos “sertões
das Gerais”, já famosa no Reino e na Colônia, facilitou a introdução dessas inovações nas fachadas e estruturas dos edifícios (públicos, religiosos
e particulares), os quais se tornaram maiores e mais suntuosos. Paralelamente, também o interior das casas dos grupos sociais mais favorecidos
passou a exibir mobília e objetos caros e sofisticados. Assim, a vida privada dos homens e mulheres de Mariana no século XVIII tornou-se um
indicativo de sua condição social.
Mas no cotidiano doméstico, outras tantas distinções ocorriam. Os homens livres podiam circular sem restrições pela casa, pois numa
sociedade de cultura patriarcal, a autoridade era associada à figura masculina. Já as mulheres concentravam-se em áreas mais restritas, como os
quartos ou alcovas (cômodos sem janelas) e os lugares onde os alimentos eram preparados. Além disso, as residências coloniais apontam para um
aspecto bastante interessante: raramente eram vistos objetos de uso exclusivamente masculino no espaço privado, enquanto aqueles empregados
pelas mulheres eram bem mais visíveis, tais como a roca, o ferro etc. Verifica-se, assim, que a casa colonial também expressava relações de poder
entre os gêneros.
ROTEIRO DE ATIVIDADES
1. Observe as Figuras 14, 15, 16 e 17. Você consegue descrever o seu uso por gênero (emprego por homens, mulheres
ou ambos) de dois objetos contidos em tais imagens?
a) No século XVIII:_______________________________________________________________________________
b) Na atualidade:_________________________________________________________________________________
2. Veja que interessante o processo de transformação arquitetônica ocorrido na cidade de Mariana, conforme indicado
pela Figura 18! Vamos promover a uma pesquisa histórica sobre essas mudanças? Para isto, você vai precisar:
 Formar um grupo de pesquisa: nenhum conhecimento é obtido individualmente, há sempre o envolvimento de várias
pessoas ou instituições. Além disso, é muito mais produtivo e interessante trabalhar em equipe!
 Formular uma problemática: não basta escolher o assunto, é preciso fazer uma pergunta interessante sobre ele, que
torne o conhecimento histórico uma espécie de “descoberta do sentido da vida”.
 Selecionar fontes históricas: afinal, como reconstituir a experiência ocorrida, se não houver registros sobre ela?
Sugestão: vamos trabalhar com história oral? Você pode entrevistar pessoas cujas famílias tenham vivido por gerações
e gerações na cidade de Mariana, perguntando a elas sobre objetos que ouviram seus pais e avós comentarem, ou mesmo que
tenham sido guardados no “baú” da família.
Bibliografia de apoio: INCLUIR INDICAÇÃO DE LIVRO
 Consultar uma bibliografia de apoio, contendo artigos e capítulos de livros, escritos por historiadores e estudiosos de
áreas afins, sobre o tema.
Após entrecruzar todos esses elementos, você, junto com seu grupo, é então desafiado a redigir sua resposta à
problemática inicial. E que tal apresentar esta conclusão aos demais colegas da turma, sob a forma de seminário ou outra
atividade similar?
3. Observe as Figuras 9, 10, 11 e 12, que retratam o Palácio Episcopal, verificando que este prédio, no passado,
exerceu uma função social e, atualmente, exerce tarefas distintas. Isto também ocorreu com outros prédios da cidade de
Mariana, já existentes no século em que viveu D. Frei Manoel da Cruz. Selecione duas construções com mais de 200 anos
situadas em Marianas e, a seguir, indique sua função social na época em que foi construída e as atividades nelas exercidas no
período contemporâneo.
a)______________________________________________________________________________________________
b)______________________________________________________________________________________________
RELATÓRIO DE PESQUISA
 Formulação da problemática:
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 Fontes selecionadas:
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 Bibliografia de apoio:
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 Conclusão elaborada pelo grupo:
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 Registro iconográfico da pesquisa (fotos dos integrantes do grupo em processo de pesquisa, dos entrevistados etc.)
3. Aprimorou com arte a Igreja Catedral
Que encarregou de ressoar os salmos sagrados
Fig. 18 - Catedral Nossa Senhora da Assunção
Mariana - MG
Fig. 19 e 20 - Resplendor e sacra
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, Mariana – MG
Fig 21 – Moeda de ouro no valor de 4.000 réis, circulante em Minas
Colonial.
www.bcb.gov.br/htms/album/13.jpg
Fig. 23 - Conjunto de medidas de capacidade
Museu Histórico Nacional
Fig. 22 - Alambique de cobre para fazer cachaça. Do século XVIII
Museu de Artes e Ofícios – Belo Horizonte
Fig. 24 - Fig. Instrumentos odontológicos. Pelicanos, Fórceps e Cinzel.
Museu Histórico Nacional
Fig. 25- Bateia, século XVIII.
Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro – RJ.
Fig. 27 - Lavagem do ouro no Itacolomi.
Litografia aquarelada, Rugendas, início século XIX.
br.geocities.com/historiamais/rugendas. jpg
Fig. 26 - Máquina de moer e separar areias auríferas, 1812
Arquivo Nacional. Rio de Janeiro - RJ
www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/brasil
Fig. 28 – Mineração no Ribeirão do Carmo
Fotografia, Século XX
http://www.idasbrasil.com.br/minapassagem/histórico.htm
UMA LEITURA DA HISTÓRIA
Já foi possível refletir como a chegada do bispo D. Frei Manoel da Cruz à Mariana, em 1748, afetou bastante a vida de seus moradores. E
uma dessas mudanças foi o crescimento da prática de ofícios, isto é, de atividades artesanais e manufatureiras, algumas das quais voltadas para o
embelezamento arquitetônico da cidade. Com a criação do bispado, tanto os dirigentes eclesiásticos como as irmandades mais poderosas
consideraram indispensável adornar, de forma mais ostensiva, o interior e o exterior dos locais de culto sagrado. Afinal, tais lugares eram uma
expressão simbólica de sua própria importância social e política na região. Destaque especial foi conferido à Catedral Nossa Senhora da
Assunção: logo após chegar à cidade, o bispo mandou assentar as janelas, rebocar, caiar, retelhar e acrescentar o forro; edificou a capela-mor, o
coro e a sacristia dos cônegos, além de ornamentar o prédio com pinturas, isto sem contar colocação dos sinos, erguidos em uma das torres do
edifício. E isto entre outras coisas...
Assim, clérigos e associações religiosas leigas passaram a contratar artífices (ainda não havia a identidade social do “artista”, distinta do
“técnico” ou do “mestre de obras”) para ornamentar várias igrejas, que desde então portaram pinturas e esculturas de grande beleza. Em paralelo,
houve também um maior cuidado e requinte na edificação dos sobrados: um exemplo é o uso mais difundido da pedra-sabão. Mas, as mesmas
sacadas e colunas que destacavam a força dos poderosos, indicavam também a importância da atuação de ex-escravos (também chamados
“forros”, em função da carta de alforria por eles obtida) e escravos, os quais, junto com os homens nascidos livres, foram os produtores de tão
belas obras de artesanato e manufatura que, atualmente, fazem a cidade de Mariana ser admirada no restante do país como “patrimônio nacional”.
Mas a instauração do bispado também dinamizou outras atividades na cidade de Mariana e seu entorno, como o comércio de gêneros
alimentícios (grãos, farinha, queijo etc.). Tal prática exigia o recurso a instrumentos de pesos e medidas, os quais, inclusive, eram freqüentemente
adulterados, numa busca de lucros sempre maiores... Ao mesmo tempo, ofícios até então inexistentes começaram a aparecer no local, como os de
barbeiro-dentista, tecelão, ourives etc.
Tal incremento artístico, social e econômico só foi possível porque a cidade de Mariana, como grande parte da região mineira, era
responsável por uma extração significativa de metais e pedras preciosas, que a tornaram bastante conhecida em toda a América Portuguesa e na
Europa. A retirada do ouro, prática mais recorrente em Mariana, era uma atividade geralmente realizada por escravos, mas que também contava
com o esforço de trabalhadores livres. A obtenção do ouro poderia ocorrer através de sua separação do cascalho dos rios (o ouro de “aluvião”),
com uso de batéias; ou ele poderia ser retirado das montanhas, cuja terra era dividida em lavras, com o emprego de dragas.
O ouro era o padrão monetário mais utilizado (e desejado) como forma de pagamento de todos esses negócios; ele circulava, portanto, de
uma forma ou de outra, na vida de todos, pobres e ricos, homens e mulheres, livres e escravos. Mas é claro que esta circulação diferia bastante
segundo a condição de vida da pessoa! Em paralelo, a destinação do ouro para a promoção de ofícios artísticos ou para aquisição de bens de
consumo cotidiano é um importante indicativo de como, para a sociedade da época, as dimensões religiosa e econômica não poderiam ser
facilmente separadas da existência social em Mariana no século XVIII.
ROTEIRO DE ATIVIDADES
1. Observe atentamente as Figuras 21, 22 e 23 e, em seguida, indique:
a) Um elemento de permanência entre as práticas comerciais existentes em Mariana episcopal e nesta cidade nos dias de hoje.
________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
b) Dois elementos de diferença entre essas mesmas práticas, sendo um relacionado aos produtos e outro às profissões.
________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
2. Antes da chegada do bispo à cidade de Mariana, o ouro já era explorado e utilizado como padrão monetário. A partir da chegada do
bispo, continuou a ocorrer tal exploração. Após analisar as Figuras 25, 26, 27 e 28, aponte uma transformação da experiência histórica em relação
à:
a) Mão de obra:__________________________________________________________________________________________________
b) Tecnologia:____________________________________________________________________________________________________
Existe algum aspecto que você considera não ter passado por algum tipo de mudança histórica significativa? Qual?
________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
3.
Com a chegada do primeiro prelado à Mariana, ocorreu uma valorização das atividades realizadas pelos artífices, fossem de caráter
artesanal ou manufatureiro. Dê uma olhadinha nas Figuras 19 e 20 e, logo depois, tente responder:
a) A que grupos sociais pertenciam a maior parte desses artífices?
________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________
b) Como os artífices eram vistos pela sociedade de seu tempo (gozavam de prestígio, eram discriminados, obtinham remuneração
expressiva pelo seu trabalho ou eram mal pagos...) ?
________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
c) Como os artífices e artistas são vistos pela sociedade brasileira contemporânea?
________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
4. A Cidade se fez a primeira,
pela feliz presença do Bispo Emanuel
•
•
Fig. 29 - Copiar o prospecto da cidade de Mariana, observado do morro do Seminário, de José Joaquim Viegas de Meneses,
1809.
No livro Visitas pastorais de D. Frei José da Santíssima Trindade, p. 339 e 342. (Vou escolher o que for melhor).
Fig. 30 - Rua ________________________________
Mariana - MG
Acervo particular de ......
Fig. 31- Rua _______________________
Mariana – MG
Acervo particular de ......
Fig. 32 - Obs. Tirar uma foto mais legal
Acervo particular de....
Fig. 33 - Pelourinho
Achar uma foto mais legal na internet
Fig. 34- Chafariz
Mariana - MG
http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/cidades/Mariana/port/casario.asp
Fig. 35- Pistola
Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro - RJ
UMA LEITURA DA HISTÓRIA
O primeiro núcleo de povoamento da antiga Vila de Nossa Senhora do Carmo, depois a cidade de Mariana, foi estabelecido onde situa-se
atualmente o bairro da Prainha de Santo Antônio. Em função da criação do bispado e da elevação desta Vila à condição de cidade, a Coroa
Portuguesa adquiriu as terras onde hoje se localiza o chamado “centro histórico”. O objetivo da Metrópole era o de implementar um projeto de
urbanização associado a um modelo hierárquico de ordem social: as ruas retas, cruzadas em forma de grade, transmitiam a idéia de uma cidade
submetida a uma lógica racional e a um poder efetivo.
Porém... Nos arredores da cidade, junto às áreas de mineração, pequenos povoados continuaram a surgir de forma desordenada. E mesmo no
centro urbano, não era fácil para as autoridades estabelecerem o controle que tanto desejavam: com a circulação de metais preciosos, a região
atraiu muitas pessoas, que circulavam em Mariana nos mais diversos horários, das mais diferentes maneiras, com os interesses bastante
específicos. A cidade passou a conhecer um ritmo de vida que seria considerado frenético apenas poucos anos antes pelos moradores locais - até
um relógio foi instalado na Catedral! Além disso, pessoas circulavam pelas ruas utilizando os mais variados meios de transporte, desde o andar a
pé até os coches (estes reservados aos representantes do poder público e religioso, e ainda assim em ocasiões muito especiais). As mais diversas
montarias percorriam as vielas de pedra (e, em sua maioria, de terra), com paradas estratégicas nos chafarizes espalhados pela cidade.
Tal movimentação também girava em tono da aquisição de vários bens de consumo, ampliando-se o número de lojas (localizadas na área
central da cidade), vendas e tabernas (estas espalhadas nos morros). Estes dois últimos estabelecimentos, todavia, eram vistos sob suspeita pelo
governo local: por venderem bebidas e mantimentos aos escravos empregados na mineração, foram acusados de, com isto, desviarem o ouro, tão
cobiçado pela Coroa. A repressão também não poupava as negras de tabuleiro, acusadas deste e de outros crimes.
Logo, nem tudo era tranqüilo na vida urbana de Mariana. Os furtos eram constantes, numa cidade em que todas as transações eram pagas
em ouro; em paralelo, a prostituição e mesmo o estupro eram práticas cotidianas. A violência era tamanha que a Metrópole determinou, várias
vezes, que os homens residentes na cidade somente andassem armados nas ruas. Enfim, as desigualdades e os conflitos travados entre os
estamentos sociais de Mariana encontravam no cenário urbano um campo privilegiado para sua expressão, tornando este espaço um símbolo do
desafio do “viver em Colônia”.
ROTEIRO DE ATIVIDADES
1. As Figuras 30 e 31 representam ruas de Mariana, pelas quais você muito possivelmente já transitou. Observe-as e responda:
a) Você consegue identificar o nome dessas ruas? Escreva-os nas lacunas inseridas das legendas.
b) Você saberia dizer o nome que estas mesmas ruas tiveram na época de D. Frei Manoel da Cruz? Você pode entrevistar um pesquisador das
Ciências Humanas do ICHS, da Casa Setecentista ou de outra instituição cultural de Mariana para obter esta informação, escreveendo-a no espaço
abaixo:
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c) Reflita com seu colega um motivo para a mudança dos nomes das ruas.
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2. As Figuras 33 e 34 representam lugares freqüentados e objetos utilizados pela população marianense, os quais poderiam suscitar, direta ou
indiretamente, embates sociais. Com auxílio de bibliografia, complete o quadro abaixo:
Usos sociais
Embates sociais
Chafariz
Pelourinho
3. A Figura 35 fornece uma indicação acerca da violência e da repressão que permeavam o cotidiano dos moradores da cidade de Mariana.
Debata com seu colega e indique:
a) Dois crimes que seriam, possivelmente, alguns dos mais cometidos em Mariana Colonial, e suas respectivas motivações.
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b) Dois crimes que têm apresentando índice de crescimento em Mariana contemporânea.
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TRANSFORMANDO A VIDA
Mariana Episcopal pode ser conhecida sob muitas perspectivas ou pontos de vista. Ela pode ser percorrida, por exemplo, a partir dos
lugares em que os bispos do período colonial exerciam sua autoridade, como o palácio e a catedral. Mas a cidade também pode ser mais
conhecida com base nas construções que sustentaram a fé da população humilde, como capelas, cruzeiros... E que tal a Mariana artística,
embelezada por tantos artífices extraordinários? Dê uma olhadinha nas dicas de visitação abaixo e organize um passeio com sua turma! Lembrese: na maioria destas instituições, estudantes de escolas públicas têm direito à entrada gratuita!
Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção
Acervo: Altares que registram as quatro fases da arte barroca e cripta dos Bispos.
Funcionamento: terça a domingo, das 8h às 18h.
Telefone: (31) 3557 - 1216
Ingresso: R$ 2,00
Concerto do Órgão Arp Schnitger: sextas-feiras às 11 h. e domingos às 12h15..
Ingresso para o concerto: R$ 12,00
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Museu da Música
Funciona no prédio do antigo Palácio dos Bispos
Acervo: obras da música religiosa brasileira dos séculos XVII a XX; Memorial em homenagem ao 4º arcebispo de Mariana, Dom Luciano
Mendes de Almeida
Funcionamento: terça a domingo, das 8h30 às 11h30 - 13h30 às 18h.
Telefone: (31) 3557 - 1237
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Museu Arquidiocesano de Arte Sacra
Acervo: prédio do final do século XVIII, obras do Aleijadinho e Francisco Xavier de Brito; objetos de prata e ouro.
Funcionamento: terça à sexta, das 8h30 às 12h - 13h30 às 17h. Finais de semana e feriados, das 8h30 às 14h.
Telefone: (31) 3557 – 2516
Ingresso: R$ 5,00.
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BIBLIOGRAFIA
LISTAGEM DE 10 OBRAS SOBRE O TEMA
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Talheres
Prata portuguesa, século XVIII.
Museu Histórico Nacional
Farinheira
Prata portuguesa; século XVIII. Originalmente, as farinheiras eram objetos simples como cuias
de coco e tigelas de barro. A introdução da prata, nos séculos XVIII e XIX, para a confecção
destes utensílios gerou uma produção de peças extremamente elaboradas.
Museu Histórico Nacional
Terrina
Origem francesa, século XVIII. Serviço Pingo de Ouro ou Paço da Cidade.
Travessas
Século XVIII. Conhecidas como "louças de Macau".
Museu Histórico Nacional
Ferro de Passar
Século XVIII, feito de madeira e bronze.
Museu Histórico Nacional
Cofre
Em ferro e madeira, século XVIII. Utilizado para guardar valores.
Museu Histórico Nacional
Museu Histórico Nacional
Cadeira de Costura
Composição: madeira e couro; século XVIII; x .
Museu Histórico Nacional
Cômoda-Papeleira
Composição: madeira e metal; século XVIII; x . Móvel híbrido, cumpria as funções de guarda de
vestuário e de escrivaninha.
Museu Histórico Nacional
Preguiceiro
Composição: madeira e couro; século XVIII; x x . Observações: em meio à sociedade
escravocrata, o preguiceiro reflete a ociosidade de alguns grandes senhores. Colocado nas
salas, destinava-se à sesta após a refeição, cujo hábito, legado ibérico, se coadunava com as
nossas estruturas sociais e com o clima.
Museu Histórico Nacional
Leito
Composição: madeira e tecido; século XVIII; x x . Nas alcovas da antiga tradição
arquitetônica ou nos quartos das residências, o leito ocupa lugar de destaque - simples catres
ou elaboradas estruturas ornamentais, as camas marcavam nascimento e morte do indivíduo
e o acolhiam durante a convalescença.
Museu Histórico Nacional
Banco
Composição: madeira e tecido; século XVIII; x . Observações: assentos para todos os fins são o
resultado da crescente especialização do mobiliário. Cadeiras de salão, de canto, de costura, representam
um interessante panorama de diversidade de usos e, relacionados com eles, dos acabamentos.
Museu Histórico Nacional
Mesa de Centro
Composição: madeira e metal; século XVII; x . Observações: as mesas de centro altas definiam
e marcavam o eixo das antigas salas de visita. Enquanto se aguardava pela futura
especialização de ambientes e de móveis, as mesas serviam a usos múltiplos, desde escrever até
o consumo de uma refeição.
Museu Histórico Nacional
www.eesc.usp.br/nomads/SAP5846/mono_Ana.htmwww.eesc.usp.br/nomads/SAP5846/mono_Ana.htmwww.eesc.usp.br/nomads/SAP5846/mono_Ana.htm
Casa do Bispo (atual Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz)
Sobrado de Mariana
Telha
Em cerâmica, séculos XVII/XVIII. Região dos Sete Povos das Missões. Pertence ao acervo do
Museu das Missões, localizado no Rio Grande do Sul.
Museu Histórico Nacional.
Frontão
Em pedra, fazia parte da Igreja de Santo Inácio, inaugurada pelos padres jesuítas em 1588, no
Morro do Castelo, no Rio de Janeiro, e demolida por ocasião do desmonte daquele morro, em
1922.
Museu Histórico Nacional.
Cachorro
Fragmento arquitetônico, século XVII, parte da Igreja da Matriz de São Miguel das Missões, no
Rio Grande do Sul. Em arquitetura, o termo cachorro designa a peça que sustenta ou aparenta
sustentar o beiral de telhados ou sacadas.
Museu Histórico Nacional.
Brasão
Pedra, século XVIII.
Brasão eclesiástico do frei Antônio do Desterro, responsável pela edificação do
convento da Ajuda, primeiro convento feminino no Brasil, situado onde hoje se
encontra a Cinelândia e demolido em 1911.
Grade de cadeia
Gradil de ferro, do século XVIII, retirado da Cadeia Velha, onde Tiradentes esteve
preso. O prédio foi demolido e o local hoje abriga a Assembléia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro.
Cadeirinha
Composição: madeira, tecido, couro e vidro ; século XVIII; x x . Observações: também
conhecida como serpentina, denominação derivada da configuração de suas extremidades, que
possuem a forma de cabeças de serpentes. Originárias do Oriente - Índia e China - as cadeirinhas
serviam ao transporte de fidalgos e homens do governo; depois seu uso vulgarizou-se para os
demais civis.
Museu Histórico Nacional.
Museu Histórico Nacional.
Museu Histórico Nacional.
Montaria
Estribos. Composição: bronze, madeira, prata, ouro e ferro; séculos XVIII e XIX.
Observações: usados em cada lado da sela para o cavaleiro firmar o pé ao subir na montaria
Do início da colonização até princípios do século XX, os cavalos e mulas foram os principais
meios de transporte entre as cidades, seus arredores e o interior, em função das precárias
condições dos caminhos e estradas. Sua longa utilização correspondeu à existência de
manufaturas e selarias dedicadas à fabricação de arreios e artefatos de montaria.
Museu Histórico Nacional.
Espada
Composição: aço; prata e ouro; primeira metade do século XVIII; Portugal; compr.: .
Observações: na Europa do século XVIII, havia uma tendência, no sentido da redução do
tamanho das espadas, devido à sua virtual substituição pelas armas de fogo. Na península
Ibérica e em algumas outras áreas da Europa, as espadas, contudo, ainda mantiveram as
antigas formas e funções, uma vez que os soldados destas regiões ainda lutavam com armas
brancas. Esta espada de luxo é um exemplo.
Museu Histórico Nacional.
Pistola
Composição: aço, madeira, latão e prata; segunda metade do século XVIII; Norte da África; compr.:
497mm. Observações: arma de pederneira (estilo francês), com decorações mouriscas.
Museu Histórico Nacional.
Jardins e pomares (na antiga Casa do Bispo)
Pelourinho
Chafariz
Catedral Nossa Senhora da Assunção
Mariana
Ruas de Mariana
Conjunto de medidas de capacidade
Origem portuguesa, século XVIII. Brasão real de Portugal gravado na tampa. Contém sete medidas
Museu Histórico Nacional
Instrumentos Odontológicos
Pelicanos, Fórceps e Cinzel. Composição: madeira e metal; século XVIII. Observações:
embora durante muito tempo tenha se acreditado que pertenceram a Joaquim José da
Silva Xavier, o Tiradentes, esta atribuição não pode ser comprovada. Os pelicanos,
utilizados desde o século XVI até o início do XIX, são precursores dos fórceps.
Museu Histórico Nacional
Roca
Composição: madeira (castanheiro); século XVIII; Brasil; x x . Observações : a roca, proveniente da
Bretanha onde é famosa a indústria de fiação, foi utilizada no Brasil nas cidades do interior e fazendas.
Nestas plantava-se o algodão, fazia-se o fio e tecia.
Museu Histórico Nacional
Cabo de Agulha de Crochê
Composição: marfim; século XVIII. De origem francesa, pertence à coleção Miguel
Calmon.
Museu Histórico Nacional
F lauta
Instrumento de sopro do século XVIII. Faz parte da coleção Miguel Calmon.
Museu Histórico Nacional
Alambique de cobre para fazer cachaça. Do século XVIII
Museu de Artes e Ofícios – Belo Horizonte
Ouro quintado
Museu Histórico Nacional
Candeeiro de ferro batido do século XVIII. Tinha design arrojado para a época
Museu de Artes e Ofícios – Belo Horizonte
Formas de queixo. Século XVIII.
Museu de Artes e Ofícios – Belo Horizonte
Bateia
Composição: madeira. Brasil, século XVIII. Proveniente da região das Minas Gerais,
provavelmente Mariana e Ouro Preto. Objeto utilizado pelos garimpeiros livres ou escravos no
trabalho da mineração. Servia para separar o ouro aluvião da areia que eram retirados dos leitos
dos rios.
Museu Histórico Nacional
Ourivesaria e prataria Sendo o ouro um bem da Coroa portuguesa, de circulação controlada, a prata
transformou-se no metal permitido e utilizado na ornamentação, tanto das igrejas quanto das residências.
Imagem de cálice.
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - Mariana
Resplendor
Sacra
As sacras são placas móveis em metal e figuravam sempre em número de três sobre os altares. Os altares
gravados nas peças auxiliam os oficiantes nas celebrações das missas. A disposição das mesmas, uma ao
centro ladeada pelas demais, obedece ao que deverá ser recitado nos momentos determinados pela
liturgia.
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - Mariana
Tronco e viramundo
Composição: ferro e madeira; séculos XVIII e XIX. Tronco e viramundo para
aprisionamento de mais de um escravo simultaneamente. No tronco, os escravos ficavam
presos pela cabeça e pelos pulsos. No viramundo, o aprisionamento era feito pelos
tornozelos.
Museu Histórico Nacional
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - Mariana
Par de lanternas processionais
Lanternas processionais, também chamadas de tocheirosEssas peças continham uma vela ou
pavio destinada a iluminar imagens reverenciadas durante a procissão, na Bahia.
Crucifixo
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - Mariana
Conjunto de instrumentos de tortura
O viramundo exposto era destinado a aprisionar um escravo pelos pulsos e tornozelos. Os outros
objetos são: libambo, cinto de ferro, palmatória, mordaça, gargalheiras, algema com cadeado e
ferros de marcar.
Museu Histórico Nacional
Bico de pena retratando Dom Frei Manoel da Cruz, da autoria de Nöbauer.
Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz - Mariana
Livro de cantochão de Dom Frei Manoel da Cruz, datado de 1747.
Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz - Mariana
Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz - Mariana
Órgão Arp Schnitger, presente de Dom João V a Dom Frei Manoel da Cruz (1753).
Trono episcopal, proveniente do Maranhão, que veio junto com o 1º Bispo de Mariana, em 1748.
Centro Cultural D. Frei Manoel da Cruz
Pontifical dado por D. João V a D. Frei Manoel da Cruz
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - Mariana
Santo do Pau-Oco
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - Mariana
Santo do Pau-Oco
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - Mariana
Ex-voto Santa Ifigênia, 1756
óleo sobre papel
Oratório
Museu do Oratório – Ouro Preto
Nossa Senhora dos Anjos. Madeira policromada. Proveniente da Igreja de Santo
Antônio, Santa Bárbara
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra – Mariana
Retábulo com a primeira N. Sª da Conceição que chegou para ser
cultuada na região, séc. XVIII
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra – Mariana
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - Mariana
Forro da Igreja de São José, em Ouro Preto (MG).
Óleo sobre madeira, séc. XVIII
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - Mariana
Seminário Nossa Senhora da Boa Morte
Procissões
Imagem do distrito de Cachoeira do Campo
Capela
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mariana episcopal