Desproteções relacionais e o Trabalho Social no CRAS ABIGAIL TORRES STELA FERREIRA LIMEIRA, 18 DE JUNHO DE 2015 Proposta de trabalho Manhã Levantamento de expectativas Diálogo sobre demandas de proteção social na assistência social Vulnerabilidades relacionais: definição e compromissos de proteção Tarde Estratégias de intervenção Convivência como método. Fortalecimento de vínculos como resultado da proteção do SUAS. Chimamanda É uma das mais importantes jovens autoras de língua inglesa, pois atrai uma nova geração de leitores de literatura africana. Cresceu na cidade universitária de Nsukka, no sudeste da Nigéria. Seu pai era professor de estatística, na universidade, e sua mãe trabalhava como administradora no mesmo local. Aos dezenove anos foi estudar em universidades dos EUA. Fez estudos de escrita criativa e mestrado de estudos africanos. Seu livro Half of a Yellow Sun ganhou o Orange Prize para ficção em 2007. Adichie divide seu tempo entre a Nigéria, onde ensina oficinas de escrita, e nos Estados Unidos . Ela foi a primeira mulher a ser Chefe da Administração da Universidade da Nigéria. vulnerabilidades relacionais e segurança de convivência convivência Serviços de Proteção Social Básica e Especial acolhida sobrevivência Construção da demanda de proteção de assistência social Crianças pequenas que permanecem períodos do dia em casa sem companhia de um adulto. Família vítima de violência com adolescente ou jovem institucionalizado. Falecimento de alguma pessoa da família. Paternidade na adolescência. Adolescente ou jovem membro da família em medida socioeducativa de liberdade assistida ou prestação de serviço a comunidade. Ocorrência de fuga ou desaparecimento de pessoas da família. Vivência de situações de discriminação relacionada com a cor, origem, religião, local de moradia, sexo, orientação sexual. Familiares que cuidam de outros que estão doentes ou com algum grau de dependência. Famílias que residem há pouco tempo na cidade. Presença de maus tratos/violência no ambiente familiar. Famílias que tem membros (crianças ou adultos) que permanecem nas ruas. Conflitos constantes entre adultos da família. Famílias vivendo em abrigos provisórios vitimas de calamidade pública. Pessoa com deficiência que tenha sido vítima de maus tratos ou violência em instituições de abrigo. Presença de idosos com dependência que permanecem períodos do dia em casa sem companhia de outro adulto. vulnerabilidades relacionais: definição e compromissos de proteção Tornar visível Conhecer e reconhecer as desproteções do campo relacional Desproteções decorrentes das relações sociais: a especificidade brasileira Convivência subordinações humilhação. social pode ser promotora e desencadear sentimentos de de A especificidade nacional está em invisibilizar e banalizar sofrimentos e desqualificações de modo a parecerem naturais e até não intencionais. Objetivação: Situações que ocorrem em diferentes lugares nas quais as características das pessoas são tomadas como desqualificantes. Referência central: Jessé de Souza A dimensão relacional como vulnerabilidade Humilhações/desqualificações Vergonha Culpa Medo Imobilismo/sofrimento vulnerabilidades Conflitos Preconceito/ discriminação Violência Vulnerabilidades relacionais/ Desproteções Isolamento Abandono Confinamento Apartação Resultam de diferenças vividas como desigualdades Reduzem capacidades humanas e colocam os sujeitos na condição de demandantes de proteção social. Produzem sofrimento éticopolítico: reconhecimento negativo/desvalorizado que se faz de uma pessoa. Proteção por reconhecimento/vínculos Tipo de vínculo Potência de proteção/ reconhecimento Formas de desrespeito AUTOCONFIANÇA “Sou digno de ser amado” maus-tratos e violação ameaças à integridade física Vínculos afetivos (filiação, eletivo) Vínculos de cidadania Todos (orgânicos, eletivos, filiação, cidadania) AUTORRESPEITO “Valho tanto quanto os demais” ESTIMA SOCIAL “Minhas particularidades são admiradas” privação de direitos e exclusão fere a integridade social degradação e ofensa fere a honra e a dignidade Referências: Honneth e Paugam Por que convivência como ação programática? Os indivíduos não podem violações que vivem. enfrentar sozinhos as A ação estatal deve orientar-se pela preservação da liberdade e das relações democráticas. Estado pode alargar oportunidades de vivência de relações protetivas e de reconhecimento dos sujeitos. Aprendizados relacionais são transportados para outras relações. Segurança de convivência na Assistência Social: medidas necessárias Combater a visão do usuário como coitado e carente. Produzir conhecimentos sobre as situações de violação de direitos e de desrespeito Tornar as relações objeto de estudo e de intervenção Construir indicadores que demonstrem demandas e resultados Adensar debates conceituais Perguntas necessárias Estamos olhando todas as demandas para as quais precisamos produzir respostas? Incorporamos uma leitura sobre sofrimento e sentimentos quando entrevistamos as pessoas? Registramos alterações nesses cenários a partir da intervenção profissional? Podemos afirmar qual a correlação direta entre alteração em situações de vulnerabilidade relacional e o trabalho social desenvolvido? E... Estamos dialogando com usuários para saber seu grau de satisfação sobre a atenção recebida? ? vulnerabilidades relacionais: estratégias do trabalho social Observação de práticas afirma É possível... diversificar as relações nos serviços. potencializar autonomia corresponsabilizar na atenção. fundamentar a intervenção na escuta e no diálogo horizontal. ofertar experiências de reconhecimento e valorização para os cidadãos usuários. e se ! Metodologias: engrenagens em PDF Segurança de convívio Conflitos Preconceito/ discriminação Abandono Apartação Confinamento Isolamento Violência Sempre que uma diferença é vivenciada como ético-político Sofrimento desigualdade Vulnerabilidades relacionais • • • • • • • • • • • Convivência - método Fortalecimento de vínculos- resultado Encontros de/com: Resultados / indicadores: Escuta Valorização / reconhecimento Situações de produção coletiva Exercício de escolhas Tomada de decisão sobre a própria vida e de seu grupo Experiência de diálogo na resolução de conflitos e divergências Reconhecimento de limites e possibilidades das situações vividas Experiência de escolher e decidir coletivamente Experiência de aprender e ensinar horizontalmente Experiência de reconhecer e nominar suas emoções nas situações vividas Experiência de reconhecer e admirar a diferença Algumas relações... • de parentesco serem fonte de afeto e apoio ordinário • com amigos são fonte de afeto, valorização e prazer de viver junto • orgânicas são fonte de parceria e realizações produtivas • de cidadania são fonte de aprendizado, de diálogo e conquistas • com os profissionais da política de assistência social são fonte de referência de continuidade e amoralidade no enfrentamento das situações de vulnerabilidade. • Os territórios tecidos por essas relações são valorizados como lugares de pertença. A proposta Propõe-se que se desenvolva um modo de olhar que expresse uma “atenção cívica” (GOFMAM), um olhar intrometido, metido no que normalmente se desolha, mas também comprometido. E que esse compromisso se traduza na obrigação de denúncia, de desocultação, de desvelamento e de superação. O que exige também superar as teorias e práticas do desvio: “Desvio do olhar de uma realidade desviante”. José Machado Pais Obrigada!! [email protected] [email protected]